Zidane é nome dado como certo no comando do PSG na próxima temporada || Foto Getty Images
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No Brasil, é uma prática corriqueira que um clube tenha mais de um ou dois técnicos ao longo de uma temporada, já que por aqui se preza bastante os resultados imediatos ao invés de um trabalho a longo prazo. E assim que um técnico perde duas ou três partidas em sequência, geralmente ele já começa a ser contestado e o seu trabalho fica por um fio.

Enquanto isso, na Europa é mais comum que o treinador tenha mais tempo para trabalhar com a equipe, e os torcedores tendem a ser um pouco mais pacientes. No entanto, isso não se aplica ao badalado Paris Saint-Germain, que ao longo dos últimos anos tem dispensado treinadores de forma bem semelhante aos times brasileiros.

No comando do PSG há pouco mais de um ano, o argentino Mauricio Pochettino tem sido extremamente criticado e sua continuidade na equipe está em xeque. De acordo com a imprensa francesa, mesmo que o treinador leve o time a eventual conquista da Liga dos Campeões, ele não continuará como técnico, e a diretoria do clube parisiense deve trazer Zinedine Zidane para a vaga.

GRANDES EXPECTATIVAS

As expectativas para a equipe no início desta temporada eram enormes, principalmente com a contratação de grandes reforços como Sergio Ramos, Hakimi, Donnarumma e Lionel Messi. Associando esses reforços às estrelas já presentes no elenco, o PSG era visto como favorito a vencer tudo que disputasse.

Pochettino é tido como nome descartado pelo PSG após eliminação na Copa da França || Foto AFP

Contudo, o “hype” foi diminuindo conforme os resultados não vinham, e equipes como o Manchester City, Bayern de Munique e Real Madrid, estão muito melhor cotadas entres os fãs no momento. Por conta disso, muitos torcedores têm procurado as casas de apostas com bônus de cadastro, onde o usuário precisa apenas se registrar para ter acesso a um saldo generoso. Com isso, qualquer um pode começar a palpitar nas partidas do seu time do coração com um baixo ou sem nenhum custo, tendo a oportunidade ainda de ser mais ousado em suas apostas por conta do saldo extra.

FRITADOS

Caso Pochettino realmente seja dispensado, essa não será a primeira nem a segunda vez que o Paris Saint-Germain “frita” um treinador. A equipe foi comprada em 2011 por um fundo bilionário do Qatar, e de lá para cá é presidida por Nasser Al-Khelaifi, com isso, o clube já teve vários tipos de técnicos, desde os de “elite” aos considerados da “nova geração”. E o que todos eles têm em comum? Deixaram o Parque dos Príncipes antes do previsto.

O primeiro a encarar o comando do time parisiense foi o consagrado treinador italiano Carlo Ancelotti. Ele ficou na equipe entre janeiro de 2012 a junho de 2013, e naquele período já existia uma grande pressão pela conquista da Liga dos Campeões, algo que não ocorreu até hoje.

Mesmo vencendo o Ligue 1 da temporada 2012/13, o italiano acabou deixando o time, e logo após a sua saída, Ancelotti disse: “Não fizemos um trabalho ruim, ganhamos a Liga, mas os dirigentes não estavam felizes. A partir dali, me dei conta de que não acreditavam no projeto, pensavam mais em resultados imediatos. Estavam ansiosos, enquanto o PSG precisava seguir trabalhando a médio e longo prazo. O clube não devia pensar em ganhar de imediato a Liga dos Campeões. Quando estava lá, cada jogo que perdia acabava em brigas a gritos”.

Para o lugar de Ancelotti, o time parisiense contratou Laurent Blanc, que venceu a Ligue 1 nas três temporadas em que ficou no comando da equipe, contudo os títulos nacionais não foram suficientes para garantir sua permanência no Parque dos Príncipes. Em julho de 2016, chegou o copeiro Unai Emery, trazido especialmente para tentar levar a taça da Liga dos Campeões. Pouco depois, ainda chegaram ao time Neymar e Mbappé, mas ainda assim a equipe não conquistou o sonhado título continental e mais um treinador foi mandado embora.

O último a ser fritado pelo PSG foi o alemão Thomas Tuchel. O treinador chegou ao time em julho de 2018 e ficou até dezembro de 2020, sendo dispensado cerca de seis meses antes do término do seu contrato. Ele foi quem chegou mais próximo de conquistar a orelhuda, já que levou o PSG até o vice-campeonato da Liga dos Campeões na temporada 2019/20, perdendo o título para o praticamente invencível Bayern de Munique. Apesar do  melhor resultado na história da competição, Tuchel foi dispensado e acabou assinando com o Chelsea.

E como o destino muitas vezes é cruel, na temporada 20/21, Tuchel conseguiu conquistar a Liga dos Campeões com o Chelsea, enquanto Emery vencia na mesma temporada a Europa League com o Villarreal.

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França de Mbappé fará semifinal contra a Bélgica || Foto Jason Cairduff/Reuters-Agência Brasil

A primeira partida da semifinal terá, nesta terça-feira (10), dois dos times mais regulares desta Copa do Mundo. De um lado estará a França, que venceu todos os jogos e não foi realmente ameaçada no campeonato até agora. Do outro, a Bélgica, que desfilou pela fase de grupos sem nenhum problema, se classificou no sufoco contra o Japão, quando se esperava um jogo fácil. Contra o Brasil, fez uma partida sólida novamente, quando venceu mostrando qualidade técnica e comprometimento tático.
“Foi muito gratificante ver, no jogo contra o Brasil, os jogadores executando meu plano de uma forma tão boa. Eles mostraram muita inteligência e capacidade de adaptação”, disse o treinador da Bélgica, Roberto Martinez, que deverá mostrar uma atuação diferente no jogo contra a França.
O técnico francês Didier Deschamps terá o time todo à disposição, enquanto Martinez não poderá contar com o zagueiro Meunier, suspenso com dois cartões amarelos. Segundo Deschamps, não é só a Bélgica que tem poder de adaptação ao adversário.
“Estaremos prontos e nos adaptaremos à organização belga, seja qual for, em razão da ausência de Meunier. A Bélgica não está aqui por acaso. Eu preparei meus jogadores para diferentes possibilidades e não é só pensando na Bélgica. Eu trabalho nisso, independentemente do adversário”.
Dos dois lados existem craques que podem decidir uma partida. A Bélgica tem Lukaku, Hazard e De Bruyne, jogadores versáteis e habilidosos. Do lado francês, um dos ataques mais badalados desta Copa, há Griezmann, Giroud e Mbappé. E é de Mbappé, o jovem camisa 10 do time, que se espera uma jogada de craque, uma lance que possa desequilibrar a partida.
CORAÇÃO DIVIDIDO
Uma curiosidade do confronto é que no banco de reservas da Bélgica estará um dos grandes ídolos do futebol francês. Thierry Henry, campeão do mundo em 1998 e finalista na Copa de 2006, faz parte da comissão de Roberto Martinez como auxiliar técnico.
“É um pouco peculiar vê-lo com o time da Bélgica, mas esta é sua carreira e ele está aprendendo para a futura carreira. Eu acho que seu coração estará dividido [na hora do jogo] porque, antes de tudo, ele é e continua sendo francês”, disse o goleiro Lloris, que jogou com Henry na seleção francesa por duas temporadas.
França e Bélgica se enfrentam hoje (10), às 15h, em São Petersburgo. Quem vencer garante vaga na final da Copa, no próximo dia 15. Informações da Agência Brasil.