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Eduardo Sampaio (à esq.), da 11ª Promotoria, lamentou exonerações de Nazal e Gusmão

O Ministério Público Estadual (MP-BA) externou em nota pública “grande sentimento de perda amargado pela sociedade ilheense” com os pedidos de exoneração apresentados por José Nazal e Emílio Gusmão ontem (30). O vice-prefeito deixou o comando da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável e Gusmão saiu da Superintendência de Meio Ambiente de Ilhéus. A nota pública foi emitida neste feriado do Dia do Trabalhador pelo titular da 11ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, Paulo Eduardo Sampaio Figueiredo.
A Promotoria deseja “que o atual governo tenha a felicidade em escolher substitutos à altura desses membros que deixam a Administração, frente aos complexos desafios que se apresentam na gestão da pasta urbanístico-ambiental, bem como seja mantida a continuidade das exitosas ações construídas ao longo desses dezesseis meses com o Ministério Público e demais parceiros ambientais, em prol do desenvolvimento sustentável de nosso Município”.
Nazal e Gusmão protocolaram pedidos de exoneração depois de enxergarem ações internas, do núcleo duro do governo, para travar o trabalho tanto do Planejamento como na área ambiental. O prefeito Mário Alexandre (Marão) também forçava a saída do vice-prefeito ao não recebê-lo por 70 dias, apesar Nazal ocupar a Secretaria de Planejamento. Abaixo, a íntegra da Nota Pública da 11ª Promotoria de Justiça de Ilhéus.
NOTA PÚBLICA
A 11ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, por meio de seu membro titular, o Exm.º Sr. Paulo Eduardo Sampaio Figueiredo, vem externar seu grande sentimento de perda amargado pela sociedade ilheense com os pedidos de exoneração dos senhores José Nazal Pacheco Soub e Emílio Santos Gusmão dos cargos de Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável e Superintendente de Meio Ambiente de Ilhéus, respectivamente. Que o atual governo tenha a felicidade em escolher substitutos à altura desses membros que deixam a Administração, frente aos complexos desafios que se apresentam na gestão da pasta urbanístico-ambiental, bem como seja mantida a continuidade das exitosas ações construídas ao longo desses dezesseis meses com o Ministério Público e demais parceiros ambientais, em prol do desenvolvimento sustentável de nosso Município.
Ilhéus, 1º de maio de 2018.
PAULO EDUARDO SAMPAIO FIGUEIREDO
11º Promotor de Justiça de Ilhéus

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Na localidade de Volta Grande, bela imagem do Rio Almada || Foto José Nazal

O Rio Almada abastece mais de 300 mil moradores no sul da Bahia. É água que chega a lares de municípios como Itajuípe, Uruçuca e Itabuna. Nasce em Almadina e encontra o mar em Ilhéus. Não importa o que o ser humano faça. Nem os obstáculos. O Almada segue o seu curso. Generoso. São dezenas de quilômetros gerando o sustento de milhares e imagens como a captada pela sensibilidade do fotógrafo José Nazal, um dos maiores conhecedores da alma dessa gente sul-baiana.

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Thiago Guedes assume o Instituto Cabruca || Foto Lucas França

O engenheiro agrônomo Thiago Guedes Viana tomou posse como novo presidente do Instituto Cabruca. A nomeação foi celebrada pela diretoria da entidade que avaliou o nome de Guedes para ocupar a presidência da instituição. O Instituto Cabruca completou 10 anos.

O novo presidente atua há nove anos no terceiro setor e se destaca na coordenação de programas e projetos de Sustentabilidade e Desenvolvimento Territorial. O novo gestor recebe a tarefa de modernizar e fortalecer as parcerias com instituições e buscar cooperações sinérgicas em meio ambiente e melhoria das condições de vida da população.

Ao tomar posse, Thiago Guedes ressaltou o compromisso em trabalhar “com responsabilidade, constância e desafio dinâmico diante do cenário atual”, onde emerge a pauta do desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento da região cacaueira. “Estamos planejando inúmeras estratégias para o desenvolvimento de novos talentos profissionais, startups, criação de aplicativos mobile na área ambiental e agropecuária, dentre outras propostas para os próximos anos”, assegurou Thiago.

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Uesc tem boa avaliação em cursos de pós-graduação
Uesc tem boa avaliação em cursos de pós-graduação|| Foto Jonildo Glória

Quatro programas de Pós-graduação da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) mantiveram ou aumentaram seus conceitos, atingindo 5 na avaliação feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação, referente ao período 2013 a 2016. Trata-se dos Programas de Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Ecologia, Conservação da Biodiversidade, Zoologia e Genética e Biologia.

A avaliação do Sistema Nacional de pós-graduação é realizada periodicamente pela Capes, com a participação da comunidade acadêmico-científica, por meio de consultores num processo que assegura a qualidade dos cursos de mestrado e doutorado no país.

A avaliação quadrienal da qualidade acadêmica da pós-graduação, além de ser fundamental à manutenção do funcionamento dos programas, é um indicador de qualidade, embasando as políticas governamentais e institucionais para o crescimento qualitativo e quantitativo dos cursos.

Os cursos de pós-graduação da UESC obtiveram avanços nesta primeira etapa da avaliação, como por exemplo, os programas de Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Ecologia e Conservação da Biodiversidade e Zoologia, que saíram do conceito 4 para o conceito 5. Outros cursos mantiveram o mesmo patamar de avaliação em relação à avaliação anterior, como o curso de Genética e Biologia Molecular, nível de mestrado e doutorado, que possui conceito 5.

Um dos diferenciais desta avaliação da Capes foi a reserva de um período para análise exclusiva dos mestrados profissionais. O Mestrado Profissional em Formação de Professores da Educação Básica foi avaliado com conceito 4 e os demais mestrados profissionais, vinculados à Universidade, obtiveram avaliações semelhantes aos períodos anteriores.

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Baleia Jubarte é encontrada em praia de Una.
Baleia Jubarte é encontrada morta em praia de Una|| Foto divulgação

Uma baleia Jubarte de cerca de 10 metros de comprimento foi encontrada morta por populares na segunda-feira (24), na Praia dos Lençóis,  no limite de Una com Ilhéus.

O Instituto Marola e o Projeto A-Mar informaram que a baleia era fêmea e apresentava ferimentos na região da mandíbula. O corpo do animal foi retirado do local nesta terça-feira (25) e a causa da morte só será conhecida após a conclusão da perícia feita pelo Projeto Baleia Jubarte.

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Mar avança sobre a parte norte de Ilhéus (Imagem Vídeo Play Digitais/Agravo).
Mar avança sobre a parte norte de Ilhéus (Imagem Vídeo Play Digitais/Agravo).

O nível do mar na costa brasileira tende a aumentar nas próximas décadas. No Brasil, contudo, onde mais de 60% da população vive em cidades costeiras, não há um estudo integrado da vulnerabilidade dos municípios litorâneos a este e a outros impactos decorrentes das mudanças climáticas, como o aumento da frequência e da intensidade de chuvas.

Um estudo desse gênero possibilitaria estimar os danos sociais, econômicos e ambientais e elaborar um plano de ação com o intuito de implementar medidas adaptativas.

As conclusões são do relatório especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) sobre “Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades costeiras brasileiras às mudanças climáticas”, lançado nesta segunda-feira (5) durante um evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

A publicação tem apoio da Fapesp e parte dos estudos nos quais se baseia são resultado do Projeto Metrópole e de outros projetos apoiados pela Fundação no âmbito do Programa Fapesp de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), financiado pela Fundação e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“A ideia do relatório foi mostrar o estado da arte sobre mudanças de clima e cidades costeiras, baseado em uma exaustiva revisão de publicações internacionais e nacionais sobre o tema, e também identificar lacunas no conhecimento para que os formuladores de políticas públicas e tomadores de decisão no Brasil possam propor e implementar medidas de adaptação”, disse José Marengo, coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e um dos autores e editores do relatório, à Agência Fapesp.

De acordo com dados do documento, entre 1901 e 2010 o nível médio do mar globalmente aumentou 19 centímetros – com variação entre 17 e 21 centímetros. Entre 1993 e 2010, a taxa de elevação correspondeu a mais de 3,2 milímetros (mm) por ano – com variação entre 2,8 e 3,6 mm por ano.

No Brasil também há uma tendência de aumento do nível do mar nas regiões costeiras com algum grau de incerteza porque não há registros históricos contínuos e confiáveis, ponderam os autores.

“Ainda não conseguimos detectar o aumento do nível do mar no Brasil por conta das poucas observações existentes e de estudos de modelagem para avaliar os impactos. Mas já identificamos por meio de estudos regionais diversas cidades de médio e grande porte que apresentam alta exposição à elevação do nível relativo do mar e já têm sofrido os impactos desse fenômeno, particularmente na forma de ressacas e inundações”, disse Marengo.Leia Mais

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Sede regional da Ceplac, na rodovia Ilhéus-Itabuna (Foto Divulgação).
Sede regional da Ceplac, na rodovia Ilhéus-Itabuna (Foto Divulgação).

Profissionais e pesquisadores internacionais e brasileiros de reconhecida competência na área agroflorestal, professores e estudantes de instituições de ensino superior e empresários e produtores rurais do Sul da Bahia e de outras regiões do país vão participar do III Encontro Baiano de Sistemas Agrossilviculturais (EBSAGS). O evento será de 5 e 9 de junho, na semana dedicada ao Meio Ambiente, cuja data transcorre dia 5.

Em eventos simultâneos como palestras, mesas-redondas, oficinas e Feira do Empreendedor, o Encontro ocorrerá no campus da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), em Itabuna, e no Centro de Treinamento da CEPLAC, no Km 22 da Rodovia Ilhéus-Itabuna.

Com previsão de reunir cerca de 1.000 participantes, a terceira edição do EBSAGS debaterá estratégias de incentivo ao agronegócio e à empresa rural e proporcionará a integração dos participantes com especialistas em sistemas silvipastoris. É, segundo os organizadores, a oportunidade de reunir a excelência acadêmica e realizar preleções e discussões sobre usos do recurso água e acerca da regularização ambiental das fazendas de cacau e agropastoris.

No momento, as atenções do mundo estão voltadas para as mudanças climáticas, suas consequências e a discussão de ações mitigadoras e a necessidade da conservação ambiental. Mas, desde o século XVIII, a Região Cacaueira se beneficia com sistemas agrossilviculturais, a partir do consórcio  de culturas agrícolas com espécies arbóreas.

O tradicional cultivo do cacau adotado é o sistema “cabruca” em que mudas são plantadas à sombra de árvores da mata atlântica, após esta ter sido submetida a um raleamento de seu sub-bosque. Isto acontece por causa do sombreamento do cacau, planta de cujas amêndoas beneficiadas se produz o chocolate, que vive nova onda de consumo e experimentação mundial, principalmente com massivo conteúdo de cacau e pouco açúcar na sua formulação.

CACAU-CABRUCA

Se o cacau-cabruca trouxe inúmeros benefícios ambientais, como a conservação do bioma Mata Atlântica, além da restauração de florestas e a recuperação de áreas degradadas no passado, atualmente tal sistema agroflorestal (SAF) garante o uso racional e eficiente da terra e a conservação de nascentes e corpos d’água.

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Parte central de Itabuna com destaque para o Rio Cachoeira tomado pelas baronesas. A foto é de Robenilson Torres.
Parte central de Itabuna com destaque para o Rio Cachoeira tomado pelas baronesas. Também chamadas de aguapés, elas refletem o nível de poluição da água. Quanto mais poluído for o leito, maior será a presença de baronesas, que têm grande facilidade de proliferação. Esta é uma realidade que permeia não apenas o trecho itabunense do Rio. Desde os seus afluentes, o rio já surge gritando por cuidados. O problema surge rio acima e aqui se agrava. A foto é de Robenilson Torres.
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Campanha da Fraternidade deste ano foi lançada hoje (Foto Marcello Casal/ABr).
Campanha da Fraternidade deste ano foi lançada hoje (Foto Marcello Casal/ABr).

Da Agência Brasil

Com o tema Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu hoje (1º) a Campanha da Fraternidade 2017. Segundo a entidade, o objetivo da ação é dar ênfase à diversidade de cada bioma, promover relações respeitosas com a vida, o meio ambiente e a cultura dos povos que vivem nesses biomas.

“Este é, precisamente, um dos maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais”, disse o papa Francisco, em mensagem ao Brasil. O papa destacou que o desafio global pela preservação, “pelo qual toda a humanidade passa”, exige o envolvimento de cada pessoa junto com a atuação da comunidade local. Para ele, os povos originários de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem oferecem um exemplo claro de como a convivência com a criação pode ser respeitosa.

“É necessário conhecer e aprender com esses povos e suas relações com a natureza. Assim, será possível encontrar um modelo de sustentabilidade que possa ser uma alternativa ao afã desenfreado pelo lucro que exaure os recursos naturais e agride a dignidade dos pobres”, argumentou o papa.

Para o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, ninguém pode assistir passivamente à destruição de um bioma, por isso o assunto não pode ser deixado de lado pela Igreja. “Há muito a ser feito por cada um espontaneamente, como mudança no padrão de consumo, cuidados com a água e com o lixo doméstico, mas necessitamos de iniciativas comunitárias, que exigem a participação do Poder Público e ações efetivas dos governos”, disse. “Precisamos de um modelo econômico que não destrua os recursos naturais”, ressaltou.

VENDA DE TERRAS A ESTRANGEIROS

O lançamento da campanha, hoje em Brasília, contou com a presença do deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ), presidente da Frente Parlamentar Ambientalista. Ele pediu o apoio da CNBB à Frente em projetos em tramitação no Congresso Nacional, destacando, entre eles, o projeto que quer liberar a venda de terras a estrangeiros. “Essa compra não será para proteger a biodiversidade, mas para estimular a exploração predatória e a serviço do dinheiro”, disse.

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Deborah e José Carlos desenvolveram estudo sobre mata atlântica (Fotomontagem Pimenta).
Deborah e José Carlos desenvolveram estudo sobre mata atlântica (Fotomontagem Pimenta).
Um estudo desenvolvido pelos professores José Carlos Morante Filho e Deborah Faria, ambos doutores e membros do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), foi capa da Ecology, edição de dezembro. A publicação é das revistas mais prestigiadas na área de ecologia em todo o mundo. José Carlos e Deborah são pesquisadores do Laboratório de Ecologia Aplicada à Conservação (LEAC) da universidade pública sul-baiana.

O trabalho dos pesquisadores mostra, através da construção e teste de um complexo modelo de interações ecológicas, que o desmatamento da Mata Atlântica leva a um aumento no dano foliar causado por insetos”, opina a professora Fernanda Gaiotto. De acordo com os autores do estudo, esse efeito ocorre porque, quando uma determinada região é desmatada, a floresta que resta sofre profundas modificações em consequência da perda de árvores grandes e altas.

Os professores José Carlos Morante Filho e Deborah Faria assinalam que “em particular, a floresta se torna mais fina, mais baixa e mais rala, e este novo ambiente favorece a proliferação de populações de insetos herbívoros que consequentemente aumentam o consumo de plantas”. O trabalho mostra, com clareza, a maneira pela qual o desmatamento modifica determinados processos ecológicos que são importantes para o funcionamento das florestas tropicais.

Neste estudo, o aumento do dano foliar causado pelos insetos herbívoros pode ainda influenciar a regeneração das populações de plantas e de toda a floresta, uma vez que, para crescerem e reporem os adultos, estas plantas terão que vencer a pressão de consumo imposta pelos insetos.

Esta pesquisa foi desenvolvida dentro da Sisbiota, uma rede de pesquisa financiada pelo CNPq e coordenada pela doutora Deborah Faria, e contou com a colaboração de pesquisadores de universidades do México, Holanda e Alemanha.

São coautores do trabalho, publicado no volume 97 da revista Ecology , de 12 de Dezembro de 2016, nas páginas 3315 a 3325, os doutores Víctor Arroyo-Rodríguez, do Instituto de Investigaciones en Ecosistemas y Sustentabilidad, Universidad Nacional Autónoma de México, Morelia, Michoacán, México; Madelon Lohbeck, do Floresta Ecologia e Grupo de Gestão Florestal, Universidade de Wageningen, Países Baixos e Teja Tscharntke, do Agroecologia, Georg-August-Universidade de Göttingen, Alemanha.

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Cenário da bela Baía do Pontal foi modificado pelas baronesas.
Cenário da bela Baía do Pontal foi modificado pelas baronesas.

A chuva dos últimos dias na região sul modificou o cenário de uma das mais belas paisagens de Ilhéus, a Baía do Pontal. Toneladas de baronesas foram levadas para a baía com a cheia do Rio Cachoeira. A chuva deu uma paradinha, porém o grande volume de água tem carreado ainda mais material orgânico para Ilhéus. Já em Itabuna, um grande tapete verde se formou na Ponte do Marabá, como quase sempre ocorre a cada cheia do rio que corta a cidade e desemboca no município vizinho. A foto é de Luiz Fernandes Ferreira.

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Ramiris, à esquerda, teve trabalho premiado em evento internacional.
Ramiris, à esquerda, teve trabalho premiado em evento internacional.

Jonildo Glória

O estudante Ramiris Moraes, do doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), teve seu trabalho premiado na primeira edição da School of Advanced Science on Nitrogen Cycling, em São Paulo. Em seu trabalho, Ramiris discutiu como a perda de floresta pode alterar a dinâmica de nutrientes na Mata Atlântica.

O pôster apresentado sugere que a porcentagem de floresta numa determinada área é um forte descritor das mudanças no estoque de carbono. O doutorando apontou que as áreas com elevado índice de desmatamento perderam aproximadamente 80% dos seus estoques de carbono, se comparadas com áreas mais conservadas.

O trabalho ainda alertou para a possibilidade de essa alteração afetar o carbono do solo, o que seria mais um fator de emissão de CO2 para a atmosfera. Durante o evento, foram apresentados 105 trabalhos de estudantes de vários países, dentre os quais apenas seis receberam o referido prêmio.

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Efigênia OliveiraEfigênia Oliveira | ambiente_educar@hotmail.com

 

A mensagem da Carta escrita no ano 2070 registra a precariedade da vida na Terra, pela escassez não somente de água, mas de oxigênio, elementos essenciais, em falta no ambiente, pela escassez, também, de árvores na paisagem terrestre.

 

A Carta escrita no ano 2070, publicada no ano 2002, na revista Crónicas de Los Tiempos, apresenta fortes características proféticas, realidade no Sudeste brasileiro, no Sul e Extremo sul da Bahia, regiões sem antecedentes de seca.

Sentindo a iminência da tragédia, o cronista externa sua aflição que aos desatentos parece besteira. Limitam-se, eles, a rotularem de ecochatos os que recomendam parcimônia no uso da água potável, ou de qualquer outro bem natural. Aqui, trechos da referida Carta antecipam as consequências da irresponsabilidade com o único líquido que cria e robustece todos os seres vivos do planeta:

“[…] Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém ligava; pensávamos que a água jamais acabaria. […] Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. […] Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores, o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações. […] Alterou-se a morfologia dos espermatozoides de muitos indivíduos, e como consequência, crianças nascem com insuficiências, mutações e deformações […]”. A Carta faz, pois, referências às consequências ora constatadas.

Fontes idôneas dão conta de que as regiões brasileiras perdem, todos os anos, milhões de toneladas de água, e que as chuvas escassas, provocam acentuados prejuízos no cenário socioeconômicoambiental nacional.  Aliás, os eventos climáticos têm ganhado contornos severos. Em alguns lugares, chuvas torrenciais interferem abruptamente na vida em suas dimensões; em outros, a seca aniquila impiedosamente todos os cantos.

O serviço de meteorologia promete chuva para o sul da Bahia, em imagem que anima a todos os afetados pela ausência dela. Tem sido assim. Logo começa forte ventania que desvia as nuvens carregadas, e no outro dia, céu de brigadeiro, sem chance de água para as tarefas domésticas e para umedecer a lavoura que adorna as feiras livres com alimentos diretos da agricultura familiar.

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Resort em Arraial D´Ajuda, Porto Seguro, é acionado pelo MPF (Foto Zarpo/Divulgação).
Resort em Arraial D´Ajuda, Porto Seguro, é acionado pelo MPF (Foto Zarpo/Divulgação).

O empreendimento turístico Arraial D’Ajuda Ecoresort, localizado no distrito de Arraial D’Ajuda, município de Porto Seguro, recebeu notificação do Ministério Público Federal na Bahia (MPF) em Eunápolis (BA) por não atender a normas ambientais.

A empresa, de acordo com o órgão, estaria despejando resíduos de sua estação de tratamento de esgoto em um rio de domínio da União, sem autorização da Agência Nacional de Águas.

O estabelecimento deve, no prazo de 90 dias, realizar as medidas necessárias a fim de adequar a sua estação de tratamento de esgoto às normas ambientais vigentes. Caso não acolha a recomendação do MPF, o Arraial D’Ajuda Ecoresort estará sujeito a medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.

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Efigênia OliveiraEfigênia Oliveira | ambiente_educar@hotmail.com

 

As populações, em tímida mobilização no combate ao inimigo, ávidas estão pelo consumismo, pelo uso das tecnologias, e pela competitividade em ritmo acelerado, mas desatentas estão à alta produção de resíduos expostos no meio ambiente.

 

O cientista japonês Masaru Emoto comprova por meio de minuciosos experimentos, que “a água está profundamente conectada à consciência individual e coletiva dos seres humanos, fornecendo uma nova luz à evolução humana”. Suas experiências dão conta de que a água submetida a palavras amenas ou grosseiras apresenta características próprias a essas situações.

Essa constatação sugere que patologias mentais, individuais e/ou coletivas, como a violência diversificada e exacerbada, emitida pelos humanos, estariam contaminando os mananciais. Não seria esta a causa de epidemias, como dengue, chicungunya, zika e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, cujo suporte de reprodução é a água?

Verdade é que, em igual proporção ao recrudescimento dos distúrbios sociais – corrupção e outras inúmeras ferocidades humanas contra a própria espécie, nas últimas décadas, doenças provenientes do mau manuseio da água tem se proliferado e se tornado cada vez mais invasivas e resistentes.

Considere-se que um simples mosquito existe desde que o mundo é mundo, como elemento transmissor da malária, da febre amarela e de outras doenças, em muitos casos letais, mas passíveis de tratamento e cura. A preocupação com suas larvas, popularmente conhecidas como cabeças-de-prego, sempre houve. Nada mais do que isso, até elas se replicarem em batalhões de mosquitos que voam da água parada e limpa, prontos para o ataque.

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