O pedido de intervenção federal no governo de Brasília, feito pelo procurador-geral da república, Roberto Gurgel, encontra apoio até em lideranças do DEM, partido ao qual pertence o governador em exercício, Paulo Octávio.
A tática dos mangangões do DEM, a exemplo do senador Demóstenes Torres (GO), é afastar do ex-partido de Arruda qualquer possiblidade de contaminação pelo escândalo. Tarde demais.
A polícia federal já encontrou na sede oficial do governo do Distrito Federal documentos que ligam financeiramente Arruda ao DEM, através de recibos de doações de empreiteiras.
Os dirigentes democratas dizem que o dinheiro (apenas dois recibos registra mais de R$ 400 mil destinados à legenda) foi repassado de forma legal.
Só que, se assim fosse, os recibos deveriam estar na contabilidade das empresas e não no escritório de Arruda. Essa é a questão que mais intriga a Polícia Federal.