Consumidor deve ficar atento e menos ansiosos para conseguir melhores preços
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Desde março de 2020, devido ao surgimento da covid-19, os carros novos sumiram das concessionárias por causa da falta de insumos em sua fabricação, principalmente os semicondutores. Os preços dos carros seminovos e usados foram inflacionados de tal maneira que “ultrapassou” os limites da loucura.

Mesmo com a alta, os consumidores não deixaram de comprar. Os preços continuaram a subir, mas como o “mercado” começou a reagir e as fábricas já começaram a montar o seu estoque. Por isso, é natural que as coisas voltem ao “normal”. Ou seja, os preços dos carros usados já estão caindo. Porém, há muito “murmurinho” sobre os valores, pois muitas pessoas estão pensando que esses vão despencar da noite para o dia. E como num passe de mágica, ele voltará ao preço exercido no período pré-pandemia.

Se você parar um minuto para refletir, lembrará que os valores dos veículos sempre foram decrescentes. Sempre sofreram uma desvalorização. Umas marcas mais, outras menos.

Então, o voltar ao “normal” não significa que o preço cairá 20%, 30%, 40% ou 50% entre um mês e outro, e sim que estará deflacionando na medida em que o tempo vai passando.

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´CAR. A coluna é publicada às sextas-feiras.

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– Ícaro Mota é consultor automotivo

A BYD, pronuncia-se, num bom português, Biuaidí, é a sigla para Build Your Dreams (construa seus sonhos). Essa é uma marca chinesa que promete sacudir o mercado brasileiro com seus carros elétricos – e o Dolphin é a aposta para destronar um “rei” que não reinou, o Renault Kwid E-Tech (reveja aqui).

O Kwid é, atualmente, o carro elétrico mais barato do Brasil, mas será que os seus dias no trono estão contados?

A BYD oferecerá ao Brasil o Dolphin com motor elétrico de 95cv e torque de 18,3 Kgfm na versão GS 180 EV. São números que expressam que o carro será bem esperto para uso urbano.

Esse será o modelo mais barato da marca. O hacth compacto não dispõe de acabamentos luxuosos, e a sua “simplicidade” é o que garantirá a competitividade dos preços.

A bateria que alimenta o motor elétrico pode ter 30,7 kWh, que tem autonomia de até 301 quilômetros, ou 44,9 kWh, que pode chegar a 405 quilômetros com uma só carga.

Construído sob a nova plataforma e-plataform 3.0, esse compacto têm as seguintes dimensões: 4,07 metros de comprimento, 2,70m de entre-eixo, 1,77m de largura e 1,57m de altura.

O subcompacto tem traços dianteiros que lembram o Honda Fit e a sua lanterna traseira única interligada mostra que essa é a tendência do mercado. Em seu interior, traz cores que dão a sensação de sofisticação, o painel tem linhas arrojadas, e esbanjam beleza. O seu quadro de instrumentos faz lembrar um tablet e sua multimídia flutuante é 100% digital.

Até o momento não foi divulgado o preço que o BYD Dolphin chegará ao Brasil.

Mas, me diz aí: o que você achou?

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Quando buscamos a palavra “popular” no dicionário, encontramos: que pertence ao povo; feito ou pensado para atender às necessidades do povo; cujo valor de compra é acessível à maioria; que recebe aprovação do povo; lugares mais baratos; tendo em conta a vontade do povo; e etc…

Hoje, vamos focar na frase “cujo valor de compra é acessível à maioria”.

Num país em que se valoriza mais “os bens materiais do que as pessoas”, o salário mínimo é de R$ 1.212,00 e mais de 30 milhões de trabalhadores ganham até um salário e 90% dos brasileiros ganham menos de R$ 3.500,00. Sempre existiu uma enorme dificuldade quando falamos sobre o poder de compra da população brasileira. A maioria de nós cresce com um “kit desejo” (material), comprar carro e casa – e muitos “sacrificam a própria vida” para poder conquistar esses sonhos.

Infelizmente, no período pandêmico a dificuldade de conquistar esses sonhos só aumentou. Tudo foi inflacionado, principalmente pela falta de insumos e reajuste absurdo em ferro, borracha, PVC e combustíveis, fazendo com que os carros atingissem valores astronômicos.

E o carro “popular” sumiu!

Mas, não fisicamente e, sim, financeiramente, pois, como se já não bastasse a alta em cifras, também subiu a taxa Selic (responsável por elevar as taxas de juros dos financiamentos e empréstimos). Como exemplo, um Volkswagen Gol que custava pouco mais de R$ 40.000,00 em 2019, já passa dos R$ 75.000,00 em 2022. Sendo ele o carro mais vendido da marca, e atingindo esse patamar de preço, foi um dos principais responsáveis na queda das vendas da Volkswagen em 60%, no primeiro quadrimestre de 2022.

Se, por um lado, os valores subiram; por outro, as esperanças diminuíram. Mas creio que, em breve, entraremos no processo de “oferta e demanda”. Penso que chegaremos ao ponto de ter tantos carros parados nos pátios das concessionárias – por causa dos preços exorbitantes – que tudo se normalizará na base dos “trancos e barrancos”. Os preços terão que cair, e o poder de compra voltará a crescer.

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Lançado no Brasil no início do segundo trimestre de 2022, o Renault Kwid E-Tech (o “SUV” dos subcompactos) chega como o carro elétrico mais barato do país. Mas não podemos falar que uma caixa de fósforo com bateria, que custa mais de R$ 142.000,00, seja acessível ao proletariado.

Importado da China, podemos observar que em seu visual houve um facelift, e sua tomada de recarga fica escondida abaixo da logo Renault (ela suspende feito uma porta basculante).

O para-choque traseiro também mudou, recebeu um novo grafismo em suas lanternas, ganhou molduras nas caixas de roda, uma faixa lateral com o nome (E-Tech) e abandonou a ideia dos engenheiros dos Ford Pampa, Del-Rey e Belina, que utilizavam somente 3 parafusos em cada uma de suas rodas. Como diria uma família de 3 pessoas com a chegada de um novo integrante: agora somos 4.

Em relação à sua autonomia, está equipado com uma bateria de 26,8 kwh que garante autonomia de 298 km na cidade e 265 km no ciclo combinado, segundo os padrões do Inmetro. Ou seja, se você estiver pensando em comprar um e fazer um passeio de Itabuna a Porto Seguro (264km segundo o Google), você terá que deixar o carro na entrada da cidade – e o restante do percurso fazer a pé ou empurrando. Ou esperar recarregar a bateria.

Ele leva cerca de nove horas para recuperar 190 km de autonomia quando plugado em uma tomada comum de 220v. Essa mesma quilometragem é alcançada em apenas 40 minutos se o carro estiver conectado a uma fonte de recarga rápida DC. Já em um wallbox de 7 kw, 80% da bateria é recuperada em cerca de três horas.

Sobre a motorização, o Kwid gera 65 cv e 11,4 kgfm de torque. Com esse propulsor elétrico, a velocidade máxima não passa dos 130 km/h e a sua incrível aceleração de 0 a 100 km/h leva “intermináveis” 14,6 segundos (que é tão chato quanto assistir a 3 propagandas de 5 segundos no Youtube). E isso gera esperança nos proprietários de fusca, pois conseguirão encontrar nas estradas um carro novo (atual) que eles possam ultrapassar com segurança.

Podemos concluir que o Kwid e-tech foi feito para rodagem urbana, e que de barato na Renault só existe a revenda.

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As gerações de um fenômeno de vendas do mercado automotivo brasileiro, o Gol || Foto Quora
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Com certeza, você já viu ou ouviu falar do Volkswagen Gol. Ele foi projetado nos últimos anos da década de 70 para substituir o Fusca e disputar mercado com o Chevette e o Fiat 147 (carros com designs modernas na época). Lançado em 1980 com motores carburados, encontra-se na oitava geração.

A primeira, chamada de Gol quadrado, teve reestilizações nos ano de 1987, 1989 e 1991 até a chegada da sua impactante segunda geração, conhecida como Gol bola, este fabricado em 1996 com injeção eletrônica. A terceira geração começou a ser produzida em 1999 e terminada em 2005.

Era 2006, quando veio a quarta e controversa geração. O design não agradou. A geração anterior era a preferida. Ele mudou. E não agradou em estética, porém continuou o seu legado de vendas como o carro popular da VW. Em 2009, passou pela maior reestilização da sua história. Foi totalmente redesenhado. Era a quinta geração. A sexta veio em 2013. Quatro anos depois, a sétima. A oitava ‘pintou’ em 2019.

O Gol fez parte da história de muitas famílias ao longo dos seus 42 anos de mercado. E já batalhou com vários oponentes de peso até se tornar o carro mais vendido da VW no Brasil. Como nossa sociedade é multifacetada – e se faz necessário crescer diariamente -, tudo que não evolui fica obsoleto. Então, a Volkswagen decidiu que o Gol deverá mudar novamente, e de forma drástica, para acompanhar o mercado.

Transformação: Novo Gol será um SUV médio || Imagem Overboost

Para a sua nova geração, a VW vai conferir-lhe um outro patamar. Será a maior evolução do “queridinho” do Brasil. Ele deixará a categoria dos hatchs e passsará a compor a lista dos SUVs compactos. É isso mesmo que você leu. O Gol 2023 será um SUV. Virá na plataforma MQB e passará a ter proporções de 4,10m de comprimento por 1,46m de altura e 1,78m de largura.

O novo SUV será produzido na fábrica de Taubaté (SP), onde já são montados, atualmente, Gol e Voyage. Será equipado como motor 1.0 TSI, de 128cv e 20,4 kgfm, mesmo propulsor utilizado no Polo, Virtus, Nivus e T-Cross. Haverá opção de câmbio manual ou automático de 6 marchas.

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SUV Pulse é nova aposta da Fiat
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Em agosto deste ano, foi lançado no Brasil o SUV compacto da Fiat, o Pulse, conhecido inicialmente por Progetto 363. Ele chega com a proposta de combater o seu adversário de peso, o VW Nivus.

O Fiat Pulse foi produzido sob a plataforma MP1 do conhecido hatch compacto Fiat Argo, e têm design italiano arrojado, item impactante que caracteriza a marca ao longo dos anos.

O SUV pioneiro da Fiat vem com duas versões de motorização: motor 1.3 aspirado Firefly, que gera 109 cavalos, e torque de 14,2 kgfm, e o motor downsize 1.0 turbo, com 120cv e torque de 20kgfm.

Ele conta em seu interior com o painel derivado do seu irmão menor Fiat Argo, com leve evolução no seu desenho. Sua central de entretenimento é da Apple CarPlay e tem 7 polegadas, mesmo tamanho da do seu concorrente alemão Nivus.

Quando analisado quanto ao conforto, o Pulse conta com ar-condicionado, travas elétricas, aquecedor, piloto automático, volante com regulagem de altura, computador de bordo, sensor de farol, farol de milha e internet 4G integrada.

Segurança: ele conta com airbag e ABS, distribuição eletrônica de frenagem e controle de tração.

Dimensões: altura 1m54cm, largura 1m76cm e 4m10cm de comprimento.

Com preços a partir de R$ 79.990,00, o Pulse chega com as seguintes versões: Drive 1.3 manual; Drive 1.3 câmbio CVT; Drive 1.0 turbo CVT; Audace 1.0 turbo CVT e o Impetus 1.0 turbo CVT (topo de linha). E flex.

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Desenho da fábrica da JAC a ser construída em Camaçari, na Bahia.
Desenho da fábrica da JAC a ser construída em Camaçari, na Bahia.

A liberação de financiamento de R$ 120 milhões do da agência de fomento Desenbahia vai assegurar o início das obras de construção da fábrica da JAC Motors em Camaçari, segundo o governo baiano. A fábrica deve gerar 3,5 mil empregos e absorverá investimento total de R$ 1,45 bilhão, conforme projeto.
Metade do financiamento assegurado pelo Desenbahia sairá do tesouro estadual e a outra parte está assegurada pelo BNDES. A promessa é de novo ritmo no projeto, após a conclusão da inversão do controle acionário da JAC Motors. A matriz chinesa passou a ter 66% de participação no negócio. O Grupo Sérgio Habib, do Brasil, terá 33%.
A fábrica será erguida em uma área de 6,7 milhões de metros quadrados, cuja terraplenagem foi concluída em abril deste ano. Lá, a estimativa é de produção de 100 mil carros de passeio e 20 mil caminhões. Para atrair a JAC Motors, o governo baiano ofereceu benefícios fiscais que incluem ICMS
De acordo com nota do governo baiano, a JAC vem promovendo rodada de negociações com fornecedores de autopeças. Oito já fecharam, dentre eles a Usiminas, que fornecerá aço, a Valeo, de componente elétricos, e a Tudor, que fornecerá baterias.