Rapha Falcão durante palestra na Semana Sebrae no sul da Bahia || Foto Maurício Maron/ASN
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Melhorias e investimento nas mídias digitais com dicas práticas foram os caminhos para o crescimento de vendas apresentados pelo especialista Rapha Falcão, nesta semana, durante o Workshop Retomada Digital. O evento foi realizado na segunda e na terça-feira (4 e 5), nas cidades de Itabuna e Ilhéus.

“Diante de toda essa transformação, se você não está no ambiente digital, deixa dinheiro na mesa. As empresas que não estavam na internet antes da pandemia tiveram muita dificuldade em permanecer, algumas até fecharam as portas. As que atuavam no ambiente digital alavancaram os seus negócios. Trabalhar no digital hoje é questão de sobrevivência”, declarou Rapha Falcão.

Catalina Rumbo, microempresária dona da marca Viva Amarillo, empresa do ramo de moda infantil com fabricação própria, avaliou o workshop de forma produtiva. “Estamos numa cidade pequena e já existe esse paradigma que cidade pequena tem poucas opções, então o Sebrae abriu uma porta pra gente, trazendo essa personalidade que é o Rapha. Os pequenos negócios que estão aqui representam sonhos e movem a economia regional. Estar no digital é uma necessidade para a nossa sobrevivência”, pontuou a empresária.

O mesmo sentimento foi compartilhado pelo casal Daiana Boudoux e Elielson Araújo, proprietários da Milho e Brasa Churrascaria, empresa do ramo de alimentos. “Quando recebi o cartaz do evento eu logo me inscrevi, coloquei o meu esposo e mais duas colaboradoras da equipe, porque sei que o Sebrae sempre entrega mais do que propõe, portanto, a partir da palestra do Rapha decidimos que vamos investir em impulsionamento nos próximos seis meses porque vimos que isso pode ampliar o nosso leque de clientes, além de conseguir chegar nos clientes certos”, planejou Daiana.

Para o gerente adjunto da regional do Sebrae em Ilhéus, Michel Lima, a capacitação é uma forma de contribuir para o crescimento das micro e pequenas empresas da região. “O Rapha trouxe uma apresentação prática, de fácil assimilação para que os empresários consigam aplicar nos seus negócios. E através disso, certamente eles conseguirão retorno financeiro como resposta. Melhorar e ampliar as ações do empreendedor na nossa região, especialmente nas mídias digitais, foi a nossa proposta”, concluiu Michel

SEMANA SEBRAE

Em sua 6ª edição, a Semana Sebrae de Capacitação Empresarial acontece até a próxima sexta-feira (8). Este ano, a programação está focada em oferecer todo o conteúdo necessário para que os empresários possam alavancar suas vendas com a retomada das atividades econômicas.

Durante os cinco dias de evento, o Sebrae programou mais de 190 capacitações online e presenciais, distribuídas em mais de 90 cidades, com a disponibilização de cerca de 30 mil vagas de capacitação. As inscrições para o evento estão sendo feitas gratuitamente pelo site www.semanasebrae.com.br. Outras informações podem ser obtidas também pela Central de Relacionamento Sebrae, no telefone 0800 570 0800.

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Os últimos acontecimentos revelam que nada será como antes no uso das mídias na política e quem quiser se eleger, terá que se adaptar.

Andreyver Lima || andreyver@gmail.com

Nesta semana o Whatsapp surpreendeu, quando fez um anúncio dando um prazo aos usuários para aceitar ou não os novos termos de privacidade. Ou seja, quem não aceitar até lá, é convidado a apagar o aplicativo.

Em 2014, quando comprado pelo Facebook, o aplicativo fez uma grande revisão e atualizou os termos de uso, compartilhando dados como localização e contatos. O debate sobre quando e como as redes sociais podem utilizar nossos dados está só começando.

Sem dúvida, as plataformas de mídias sociais podem desestabilizar países e tanto poder na mão de empresas representa um sério risco para a democracia. Entretanto, a presença digital nunca foi tão importante para o sucesso de comunicação de uma marca ou figura pública.

Como exemplos do bom uso da presença digital na política temos Barack Obama, Trump e Bolsonaro. O fato é que os dois últimos souberam utilizar a linguagem dos memes, do Twitter e Whatsapp muito antes de outras vertentes políticas se apropriarem.

Os memes são peças de comunicação da internet com poder de síntese. Uma frase ou imagem pode representar mensagens e ideias. Um artigo, por exemplo, não tem como competir com o efeito viral do meme. Daí, o motivo das fake news invadirem os celulares.

Os últimos acontecimentos revelam que nada será como antes no uso das mídias na política e quem quiser se eleger, terá que se adaptar.

O fato das redes sociais banirem Trump, após convocar grupos em direção ao Capitólio, pode indicar que muita coisa anda mudando na internet e na política.

Andreyver Lima é comentarista político no Jornal Interativa News 93,7FM e editor do site sejailimitado.com.br
UFSB abre inscrições em colégios universitários
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A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) inicia, na próxima segunda-feira (14), a segunda chamada  para o processo seletivo para ingresso em cursos de 2º ciclo. O processo seletivo é voltado para estudantes que tenham integralizado um Bacharelado Interdisciplinar (BI) ou Licenciatura Interdisciplinar (LI) na instituição e que queiram dar continuidade aos estudos em cursos de 2º ciclo.

Para essa segunda chamada, são ofertadas 543 vagas. Cada curso possui uma formação exigida, sempre especificada no edital. É importante lembrar que, ao finalizar o 1º ciclo, o estudante recebe o diploma de conclusão de ensino superior, sendo o 2º ciclo sua segunda graduação.

Na primeira chamada, foram 760 vagas, em 25 cursos, distribuídos nos campi de Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Entre os cursos estão os novos de Biomedicina, Engenharia Civil, Engenharia de Aquicultura e Recursos Hídricos, Engenharia Sanitária e Ambiental, Gestão Ambiental, Gestão Pública e Social, Jornalismo, Mídia e Tecnologia, Mídias Digitais, Políticas Públicas e Produção Cultural.

O estudante ingressa através do Enem-SiSU ou Enem-Colégios Universitários em cursos de 1º ciclo (BI ou LI). Após integralizar um dos cursos, ele pode participar de um edital interno que possibilita o ingresso em cursos de 2º ciclo. Acesse o edital aqui.

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Será um salve-se quem puder! E que Deus, aqui pra nós, nos acuda, porque nunca vi tanta gente despreparada querendo “salvar Tabocas Ville” junta!

 

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Dois mil e vinte acabou de bater na porta. Não sei se por conta da combinação inusitada dos números envolvidos, ou por se tratar de ano eleitoral mesmo, é fevereiro, o carnaval ainda não passou, e já estamos com a sensação de que já vivemos um ano inteiro, praticamente.

A agilidade da notícia tem trazido uma infinidade de sentimentos. Acontece o fato, alguém fotografa, narra, e aquilo toma corpo de manchete em segundos. Quando a pauta chega às redações dos blogs e/ou jornais e TVs, e acontece (ou não) a apuração mais real do caso, já estamos extasiados de imagens, áudios, fotos e vídeos. Daí, aqui para nós, pouca gente se interessa por ler uma matéria na íntegra, refletir e discutir a veracidade daquilo tudo. Já estamos, minutos depois, sedentos pelo próximo assunto. E assim vai seguindo o baile do dia.

Lembro, com um pouco de saudade até, das campanhas eleitorais no comecinho disso tudo. Em 2012, por exemplo, tempo em que começamos a acessar o facebook pelos smartphones e tablets, e a trocar mensagens instantâneas. Ainda que já conectados, acabávamos tendo um tempinho entre o fato político, a pulverização dele com o mundo, e o resultado. “Impactou? Passou uma mensagem positiva ou negativa? Podemos reverter isso aí? De que forma?” E assim iniciavam as longas reuniões nos QGs das campanhas eleitorais, que geralmente iam madrugada adentro.

Prevejo que 2020 não será para amadores. Ainda é fevereiro e já estamos acompanhando o troca-troca de partidos e lados políticos, a boataria baixa, e a resposta instantânea. “Você viu? O pré-candidato respondeu ao blog X no grupo Y! A pré-candidata bateu boca no whatsapp com uma liderança da oposição!” Será um salve-se quem puder! E que Deus, aqui pra nós, nos acuda, porque nunca vi tanta gente despreparada querendo “salvar Tabocas Ville” junta!

Manuela Berbert é publicitária.

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Juninho e Victor bombam nas redes sociais

Os bordões que surgem durante conversas de vizinhos e as histórias de moradores da periferia de Aurelino Leal, no sul da Bahia, transformadas em pequenos vídeos tiraram José Bispo dos Santos Junior da lista de brasileiros anônimos. Juninho Espoliano Martinelli, como tornou-se conhecido nas redes sociais, teve seus vídeos visualizados por mais 4 milhões de pessoas em oito meses.

Ele já ultrapassou 200 mil seguidores nas redes sociais e seus bordões ganharam as ruas de cidades do interior da Bahia. Peeega esse viado! e Não estou boa nem tenho previsão de melhora! tornaram-se familiares de internautas sul-baianos e até de outros estados.

Os vídeos são sucesso garantido no FacebookInstagram e YouTube. O mais famoso deles – sobre uma briga entre vizinhos por causa do suposto furto de uma galinha – já possui mais de 2,1 milhões de visualizações e 25 mil curtidas somente na página oficial do artista no Facebook. As transmissões diárias ao vivo nas redes sociais reúnem, em média, três mil seguidores.

O sucesso é tanto que o novo humorista das redes sociais assina o seu primeiro contrato com empresário neste mês e prepara stand up para iniciar carreira no teatro.  Enquanto isso, curte a fama e posa para fotos com os fãs, como ocorreu na última quarta-feira (6), durante passeio no Shopping Jequitibá, em Itabuna, foi cercado várias vezes por pessoas para uma pose e ouviu repetidas vezes o bordão Peeega esse viado! Em vídeo, a entrevista concedida ao PIMENTA, na Carmen Steffens.

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Felipe-de-PaulaFelipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com

 

A migração acelerada para o campo digital faz com que os recursos de campanha devam ser pulverizados de acordo com a sinalização dessa realidade. O raciocínio é simplório: uma palavra é dado. Um comportamento é dado, uma imagem também. Mesmo os sentimentos – intensamente expressos nas redes sociais – também podem se tornar um número, uma informação.

 

Uma constatação sobre a comunicação feita hoje por diversas empresas: ultrapassada. O século XX ficou marcado como um espaço de grandes campanhas. O boom do mercado publicitário incutiu na mente dos investidores a necessidade de desembolsar grandes quantias visando atingir grandes públicos. Era o tempo da comunicação de massa, da grande mídia, pensada para atingir a maior quantidade de pessoas. Elegia-se um suporte, determinava-se uma área de abrangência e a marca era disparada para todas as direções. A contemporaneidade não suporta mais essa configuração.

Vivemos num tempo em que o consumidor, assim como todo o mundo, mudou. Poucos são os que aceitam passivamente as informações veiculadas numa campanha. Não aceitam qualquer informação, exatamente por essas estarem mais disponíveis. Se uma publicidade me garante que o produto “x” tem qualidades, posso, naquele mesmo momento, buscar mais dados sobre ele. Troco informações em redes sociais, leio críticas, vejo vídeos, comparo com concorrentes, analiso uma venda online. É o Big Data.

Hoje todos são produtores de informação. Toneladas de conteúdo virtual são produzidas a cada segundo. O Big Data fez com que o marketing, a publicidade, a ação comunicativa ultrapassasse a mera elaboração de campanha e passasse a analisar dados e atuar no planejamento, em ações de inteligência. A mídia contemporânea não admite mais, por exemplo, simplesmente investir numa revista aleatória ou determinar que um carro de som divulgue a marca de sua empresa sem que isso passe por uma intensa análise de dados dos potenciais clientes. A pessoa envolvida no investimento pode fazer isso? Sim. Contudo a chance de desperdiçar recursos e não obter retorno será elevada.

A migração acelerada para o campo digital faz com que os recursos de campanha devam ser pulverizados de acordo com a sinalização dessa realidade. O raciocínio é simplório: uma palavra é dado. Um comportamento é dado, uma imagem também. Mesmo os sentimentos – intensamente expressos nas redes sociais – também podem se tornar um número, uma informação. Tudo isso deve ser tabulado, organizado e alimenta o Big Data. Essas informações, expressas na rede, são capturáveis e passíveis de alimentar grupos de comportamento com indicadores que pautarão os investimentos. Pode parecer complexo de explicar, mas os resultados são impactantes. É uma comunicação para muitos, mas personalizada.

Em uma realidade em que 94 milhões de brasileiros têm acesso contínuo às redes sociais, desconsiderar essas informações que estão sendo disponibilizadas, continuamente, denota desperdício.

Qualifique sua comunicação. Qualifique sua empresa, independente do ramo que atua e do porte que tenha. Quer vender? Quer comunicar bem? O futuro é digital.

Felipe de Paula é professor da UFSB e pesquisador da comunicação social.