Deputado Binho Galinha é alvo de mandado de busca e apreensão || Foto Alba
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O deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida (Patriota), mais conhecido como Binho Galinha, é apontado como principal alvo da Operação El Patron, deflagrada hoje (7) pela Polícia Federal. Ele seria o líder de organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada e outros crimes. O grupo atua em Feira de Santana e cidades vizinhas. Contra o parlamentar, foi cumprido mandado de busca e apreensão.

A força-tarefa também cumpre dez mandados de prisão preventiva e mais 32 de busca e apreensão. Os investigados tiveram R$ 700 milhões bloqueados de contas bancárias e 26 propriedades urbanas e rurais sequestradas. Expedidas pela 1ª Vara Criminal de Feira de Santana, as ordens incluem suspensão das atividades econômicas de seis empresas.

As investigações apontam que três policiais militares integrariam o braço armado do grupo miliciano. Eles seriam responsáveis por fazer cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogos ilícitos e empréstimos a juros excessivos (agiotagem).

MILÍCIA

A investigação teve início após denúncia encaminhada à Polícia Federal, pelo Ministério Público do estado da Bahia, relatando os crimes. “Com o aprofundamento das diligências, colheram-se elementos probatórios que revelaram a participação dos indiciados num grupo miliciano e evidenciaram parte de sua estrutura, inclusive o seu poderio econômico”, diz a PF, em nota.

Apesar de ter prerrogativa de foro por ser deputado estadual, os crimes atribuídos a Binho Galinha antecedem sua diplomação no cargo e não têm relação direta com o exercício do mandato. Isto permitiu que as investigações seguissem na primeira instância da Justiça.

RELATÓRIOS

A Receita Federal, em cumprimento à ordem judicial, produziu relatórios apontando inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, bem como propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.

A Operação El Patron contou com o apoio do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT), Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (GAECO) e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil da Bahia (CORE).

A investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

Tenente-coronel Cachorrão comandava milícia, segundo investigação
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Desde as primeiras horas da manhã de hoje (29), a Operação Alcateia cumpre mandados de prisão e de buscas e apreensão em Salvador, Feira de Santana e Paulo Afonso, na Bahia, e em Petrolina, em Pernambuco. A operação cumpriu mandados contra milícia que atuava na região de Paulo Afonso e envolvia um tenente-coronel da PM e outros policiais militares, além de um criminoso civil. A milícia era comandada pelo tenente-coronel Cláudio Humberto “Cachorrão”, segundo as investigações.

A ação integrada realizada pela Força Tarefa de Combate a Grupo de Extermínio e Extorsões da Secretaria da Segurança Pública e o Ministério Público cumpriu cinco mandados de prisão contra quatro policiais militares e um homem não policial. Também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Crime, Júri e Execuções Penais da Comarca de Paulo Afonso.

Os investigados são acusados de participação em grupo criminoso envolvido em homicídios, tráficos de drogas e lavagem de dinheiro. A medida judicial também determinou o afastamento cautelar das funções públicas e proibição de uso dos serviços militares por 180 dias a um oficial, um dos alvos de mandado de busca e apreensão. Veículos, armas e celulares foram apreendidos na operação.

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Após o assassinato de um soldado da Polícia Militar, em Vitória da Conquista, a cidade se viu envolvida por um clima de terror, promovido por um grupo de encapuzados que estaria promovendo execuções sumárias de adolescentes em conflito com a lei.

O soldado Marcelo Márcio Lima da Silva foi assassinado com um tiro na nuca, no dia 28 de janeiro, no bairro Alto da Conquista. Depois disso, uma onda de violência, que já fez ao menos 10 vítimas entre os adolescentes – há rumores de outras nove mortes, não confirmadas.

Há também relatos de que meninos são retirados à força de dentro de casa, e depois aparecem mortos. Ao menos três estão desaparecidos.  Na noite de segunda-feira, um adolescente de 17 anos, conhecido como ‘Jararaca’, se entregou à Justiça, sob forte esquema de segurança. Os jovens mortos e desaparecidos até agora têm em comum algum tipo de ligação com Jararaca.

A suspeita é que policiais militares, revoltados com a morte do colega, estejam matando quem possa ter ligação com o crime.  Uma sindicância foi aberta, e o comandante do 15º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Itabuna, o tenente-coronel Jorge Ubirajara Pedreira, foi designado para coordenar a investigação. Com informações do A Tarde e Blog do Anderson.