A PREOCUPAÇÃO DOS MILITARES
Há uma certa inquietação no staff militar em decorrência do andamento do governo, que parece sem um rumo definido, governando o país como se fosse uma prefeitura.
Cai o primeiro ministro militar do governo Bolsonaro. O general Carlos Alberto dos Santos Cruz é demitido da Secretaria de Governo. No seu lugar, outro ministro do Exército, Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira.
Santos Cruz integrava o núcleo duro do Palácio do Planalto. O vereador Carlos Bolsonaro e o escritor Olavo de Carvalho, respectivamente filho e uma espécie de pupilo do presidente, foram os protagonistas da exoneração.
Uma preocupação com a imagem do Exército começa a surgir nos bastidores e nas conversas reservadas nos quartéis, principalmente entre os generais, cuja maioria é da opinião de que um eventual desastre do governo Bolsonaro pode respingar na instituição.
Há uma certa inquietação no staff militar em decorrência do andamento do governo, que parece sem um rumo definido, governando o país como se fosse uma prefeitura.
Para alguns generais, o vice Hamilton Mourão, também general, é quem pode salvar um eventual arranhão na imagem do Exército. Mourão vem sendo elogiado pela sua postura de equilíbrio diante de situações polêmicas.
Mesmo com a pulga atrás da orelha, o consenso é apoiar o presidente Jair Messias Bolsonaro e torcer para que a maior autoridade do Poder Executivo entenda que sua responsabilidade é grande. Não pode ficar tratando de assuntos outros, do disse-me-disse, em detrimento das imprescindíveis e inadiáveis reformas, como as da Previdência e Tributária.
E a reforma política? Essa continua sendo a representante do blablablá dos senhores parlamentares. De público, o discurso favorável. Na calada da noite, as manobras para manter as facilidades para chegar ao poder.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.
BOLSONARO, MILITARES E EXPECTATIVAS
O presidente sabe que a sustentação do governo, aí também incluindo a tal da governabilidade, depende mais do apoio do segmento militar do que do Congresso Nacional.
A maior preocupação com o governo Bolsonaro, eleito democraticamente, não é dos aliados políticos, do seu partido (PSL) e do campo da direita. O segmento militar é o mais apreensivo, especificamente os generais.
Se o bolsonarismo fracassar, leva junto o militarismo, já que a opinião de que o governo é conduzido por esse segmento institucional é unânime. O insucesso da era Bolsonaro pode colocar em dúvida a capacidade dos militares.
É bom lembrar que Jair Messias Bolsonaro é um capitão do exército, o que faz seu governo ficar cada vez mais distante do civilismo, destoando assim dos últimos presidentes eleitos.
A vontade do presidente Bolsonaro era ser mais incisivo na defesa do seu filho Flávio Bolsonaro, eleito senador pelo Estado do Rio de Janeiro. A pressão dos militares fez o mandatário-mor da República recuar.
“Se por acaso ele errou e isso for provado, lamento como pai, mas ele terá de pagar o preço por esses atos que não podemos aceitar”, disse o chefe do Executivo em Davos (Suíça), no Fórum Econômico Mundial.
O caso Coaf e outros envolvendo o filho, terminaram prejudicando o desempenho do presidente no encontro internacional. O prêmio Nobel de Economia, Robert Shiller, foi mordaz ao ser questionado sobre a fala de Bolsonaro: “O Brasil é um grande país. Merece alguém melhor”.
Os senhores generais temem que o discurso de que “lugar de militar é no quartel” volte com toda força nos partidos de esquerda, mais especificamente no PT e PCdoB, ferrenhos defensores do regime ditatorial venezuelano e adeptos do quanto pior, melhor.
O presidente sabe que a sustentação do governo, aí também incluindo a tal da governabilidade, depende mais do apoio do segmento militar do que do Congresso Nacional.
PS – O que chama mais atenção no Caso Coaf, envolvendo o filho do presidente, cuja renúncia do mandato já é defendida no staff militar, é o silêncio do ministro da Justiça e ex-juiz Sérgio Moro, sem dúvida o membro do governo que mais entende de lei, principalmente quando ela é transgredida.
Marco Wense é articulista político e colunista do Diário Bahia.
FORÇAS ARMADAS ENTRAM NA GUERRA CONTRA AEDES AEGYPTI
O governo federal anunciou hoje (27) que 220 mil miltares vão ajudar no combate ao mosquitoAedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, da febre chinkungunya e do vírus Zika. Em coletiva de imprensa, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, informou que os homens das três Forças Armadas vão atuar em 356 municípios.
“As Forças Armadas já exercem essa função auxiliar desde o primeiro momento de combate ao mosquito Aedes aegypti. Agora estamos intensificando a mobilização onde há uma incidência maior”, disse Aldo Rebelo.
Dos 356 municípios, 115 concentram grande quantidade de casos de microcefalia, que podem ter sido provocados pelo vírus Zika. A atuação das Forças Armadas vai complementar as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, estados e municípios. Aldo Rebelo informou que a ação dos militares será dividida em quatro etapas.
A primeira ocorrerá até o dia 4 de fevereiro quando os militares farão um mutirão para erradicar criadouros do mosquito em instalações das Forças Armadas em todo o país.
No dia 13 de fevereiro, quando ocorrerá a segunda fase, 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas farão uma ação de conscientização para orientar a população no combate ao mosquito. Os militares irão distribuir panfletos com um número de telefone local que irá receber denúncias de locais onde haja proliferação do mosquito.
UNIVERSO PARALELO
VINÍCIUS E O MONOSSÍLABO IMPUBLICÁVEL
UMA “TRADUÇÃO” SEM NADA DE CIENTÍFICO
EXPRESSÃO MISTURA QUICONGO E QUIMBUNDO


EM SARAMAGO, A RELAÇÃO PEIXE E LEITOR


ÀS MARGENS DO TEJO, UM MENINO PESCANDO


“ESCREVER É JOGAR UMA GARRAFA NO MAR”
ENTRE O BOLERO DERRAMADO E A ANTOLOGIA


INCORPORAÇÃO DE NOSSA HERANÇA AFRICANA


DISCO CHEGA AO MERCADO 20 ANOS DEPOIS
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O.C.