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Torres da Primavera deveriam ser entregue em dezembro de 2010 (Foto Costa Filho).

Os clientes da Construtora Verti que compraram apartamentos do edifício Torres da Primavera estão apreensivos. Eles alegam que até agora a empresa não entregou os imóveis e não sinalizou quando a obra será concluída.

O condomínio de 164 apartamentos, localizado no bairro Jardim Primavera, em Itabuna, deveria ter sido concluído em dezembro do ano passado, mas houve uma combinação de atraso no cronograma da obra e – conforme o mercado – dificuldades de ordem financeira.

A pressão recai também sobre a Caixa Econômica Federal, financiadora da obra e acusada de não acompanhar os passos da construtora e a evolução do projeto.

A Construtora Verti enviou, nesta semana, comunicado a todos os clientes em que os convida para uma reunião no próximo dia 30, no canteiro do empreendimento. A empresa quer negociar um novo prazo de entrega, mas clientes lembram que este já foi dilatado para junho deste ano.

Os clientes assinaram os contratos de compra dos apartamentos em julho de 2009 e tinham a promessa de imóveis entregues em dezembro de 2010. O prazo acabou sendo esticado por mais seis meses. Os apartamentos tem valores que variam de R$ 85 mil a aproximadamente R$ 100 mil.

“OBRA SERÁ ENTREGUE NESSE ANO”

João Neto, da Construtora Verti em Salvador, disse ao PIMENTA que o atraso na obra se deve à falta de mão-de-obra. “Tivemos um atraso de sete meses por isso. A obra é grande, mas falta profissional no mercado, principalmente aí em Itabuna”.

João assegura que as obras da parte interna dos apartamentos estão adiantadas e já começou a trabalhar a parte externa. “Vamos fazer essa reunião no canteiro para que os clientes possam acompanhar, ver como está a evolução da obra”.

O executivo da Construtora Verti se negou a falar quando exatamente entrega as obras. “Tenho que anunciar primeiro para os clientes”, ressaltou. Questionado se a obra seria concluída ainda em 2011, disse que sim. “Será entregue nesse ano”.

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O corte de R$ 50 bilhões no orçamento da União atingiu em cheio o programa habitacional Minha Casa Minha Vida. De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o programa terá corte de R$ 5,1 bilhão. O programa teria recursos da ordem de R$ 12,7 milhões, mas caiu para R$ 7,6 bilhões.

Criado para atender principalmente a população de baixa renda, o Minha Casa Minha Vida era das maiores prioridades da então candidata a presidenta, Dilma Rousseff. Ainda não está claro como (e se ) a Bahia será afetada pelo bloqueio. Na semana passada, a presidenta da República disse num fórum de governadores do Nordeste que a região não sofreria com o corte de R$ 50 bi no Orçamento.

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A Secretaria de Assistência Social de Itabuna divulgou uma lista de 135 pessoas que poderão beneficiar-se de unidades habitacionais do programa “Minha Casa, Minha Vida”. A relação pode ser consultada em unidades de saúde e no site da Prefeitura.

A partir desta quinta-feira, 13, os candidatos deverão comparecer à Casa do Bolsa Família, na Travessa Juarez Távora, bairro São Caetano, e apresentar cópias de documentos e informações exigidos, para análise da Caixa Econômica Federal.

O atendimento será realizado até o próximo dia 18.

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Famílias vão residir neste condomínio construído pelo governo federal (Foto Waldir Gomes).

A Caixa Econômica Federal e a prefeitura de Itabuna divulgaram a lista dos primeiros 496 beneficiários do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. Os nomes dos contemplados podem ser conhecidos no portal da prefeitura ou nas unidades do Cras.

Também foi publicada a lista do cadastro reserva para as moradias do condomínio Pedro Fontes 1, no São Roque. A obra tem investimento de R$ 40 milhões do Governo Federal, financiados pela Caixa. São 991 apartamentos construídos numa área às margens do Semianel Rodoviário.
Os 496 incluídos na lista dos beneficiários devem comparecer à Casa do Bolsa Família, na Travessa Juarez Távora, no São Caetano, para confirmar o interesse no imóvel. O beneficiário deve apresentar documento como Carteira de Trabalho, Identidade, CPF, título de eleitor e Certidão de Nascimento de toda família. O atendimento é das 8h às 17h.
Os primeiros imóveis serão entregues até o início de dezembro. Cerca de 1,5 mil moradias estão sendo construídas em Itabuna com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida. Outro condomínio é erguido pela construtora Runa, na Califórnia, beneficiando cerca de 400 famílias. O investimento é de R$ 15 milhões. Itabuna está habilitada, nesta etapa, a construir 1.636 unidades habitacionais dentro do Minha Casa Minha Vida para quem ganha de 0 a 3 salários mínimos.
Confira a lista dos beneficiários

Confira a lista reserva

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A Caixa Econômica anunciará aporte de mais de R$ 8 milhões em um novo projeto habitacional em Itabuna, no sul da Bahia, durante a visita do vice-presidente de atendimento da instituição financeira, Carlos Borges. O condomínio residencial, voltado a famílias com renda entre três e seis salários mínimos, será construído na região do São Roque.
De acordo com a assessoria da Caixa, o Vila Morena terá 384 unidades e investimento total de R$ 23.040.000,00. A assinatura do contrato com a FM Construtora está previsto para as 11h20min, no auditório do Itabuna Palace Hotel. O vice-presidente da Caixa terá reunião com gerentes-gerais de agências sul-baianas e visitará projetos habitacionais do Minha Casa Minha Vida.

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Trecho da obra sob responsabilidade da EMA sofreu paralisação. Polícia foi acionada (Foto Pimenta).

Fome, humilhação, atraso de salário e operários sem carteira assinada. Esse foi o cenário encontrado pelo Pimenta em um canteiro de obras do programa federal Minha Casa, Minha Vida, no bairro São Roque, em Itabuna. Os trabalhadores foram demitidos entre ontem e hoje após realizar protesto no canteiro central da prefeitura de Itabuna, na Adei (fundos do estádio Luiz Viana Filho).

Pedreiros e serventes são contratados pela Construtora EMA em pequenas cidades do sul da Bahia com a promessa de salário, hora-extra, carteira assinada, hospedagem e alimentação. Em Itabuna, a realidade encontrada foi bem diferente, o que causou a revolta dos operários. Todos ouvidos pelo Pimenta diziam que o dono da EMA, Ernani Santana, prometia ainda emprego por “um ano ou até dois”.

“Ficamos três dias sem ter o que comer, com fome”, descreve o operário Joabson Santos, que reside em Una e foi atraído para Itabuna pelas facilidades prometidas pelo dono da construtora. Joabson denunciou que o salário recebido era inferior aos dias trabalhados e a empresa não teria pago a hora-extra. Dos trabalhadores ouvidos, ninguém tinha carteira assinada. 

Foto Pimenta na Muqueca 06.03.10
Polícia é chamada para controlar tumulto no pagamento a operários da EMA (Foto Pimenta).

Hoje pela manhã, a polícia foi chamada para evitar conflito no refeitório da obra, local utilizado para quitar os salários atrasados dos peões. De acordo com funcionários ouvidos pelo blog, os operários foram contratados pela EMA, que presta serviços à FM Construtora, a responsável pela obra.

A situação de humilhação imposta aos operários será investigada pela OAB-Itabuna. O presidente da Ordem, Andirlei Nascimento, disse que comunicará o caso, na segunda-feira, à procuradoria do Ministério Público Federal do Trabalho e à delegacia itabunense do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Desiludidos, humilhados, parte dos operários retorna para casa. “Ainda volto na segunda-feira para resolver minha situação”, diz Alex da Silva. Contratado em fevereiro, ele passou mais de um mês comendo farofa de ovo e pão, fornecido pela empresa. A reportagem completa você confere amanhã.