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O Ministério Público Estadual (MP-BA) acionou o Município de Poções na Justiça para que faça concurso público de provas e títulos para preenchimento de vagas na administração municipal. A ação civil pública ainda pede a nomeação dos aprovados no certame e a substituição de todos os funcionários contratados e terceirizados e a suspensão de três processos seletivos, principalmente os lançados neste ano (editais 01, 02 e 03/2022).

‘O Município de Poções age como se não precisasse cumprir a Constituição Federal e as leis, além de ser totalmente indiferente às recomendações e determinações dos órgãos de controle, em especial à medida cautelar deferida pelo Tribunal de Contas dos Municípios’, destacou o promotor de Justiça Ruano da Silva Leite, autor da ação civil pública.

Segundo o promotor de Justiça Ruano da Silva Leite, o Município de Poções não realiza concurso público há aproximadamente 15 anos. Durante esse período, o acionado vem suprindo a necessidade do serviço, sem prévia criação de cargos públicos por lei formal, com sucessivos processos seletivos não excepcionais e terceirizações ilícitas.

Na ação, o MP requer ainda que o acionado encaminhe projeto de lei municipal, com pedido de urgência, para a regularização, com efeito retroativo, dos servidores efetivos aprovados em concurso público que atualmente não possuem cargos aprovados em lei formal, bem como, obedecidos os preceitos de responsabilidade fiscal, para a criação dos demais cargos que sejam do interesse da administração municipal.

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É cada vez mais iminente a deflagração de greve dos funcionários dos hospitais São José e Maternidade Santa Helena, ambos mantidos pela Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus. Fevereiro chegou e os mais de 300 funcionários ainda não receberam o salário de dezembro.

Havia previsão para quitação até a última sexta (29). O pagamento estava condicionado à Santa Casa receber pelos serviços prestados pela instituição ao SUS, leia-se Secretaria de Saúde de Ilhéus (Sesau). O município não pagou.

Ainda na sexta (29) houve uma reunião entre Sesau e provedoria da Santa Casa com a intermediação do Ministério Público Estadual (MP-BA). Lá, pintou a promessa da Prefeitura de Ilhéus de pagar à Santa Casa nesta segunda (1º), segundo a Provedoria relatou à direção do Sindicato dos Trabalhadores, o Sintesi.

Porém, o município não honrou acordo com a instituição.

Já em situação preocupante e prestes a completar dois meses de salários atrasados na próxima sexta (5), os funcionários da Santa Casa devem entrar em greve. A paralisação pode ser deflagrada a qualquer momento.

Há questionamento, ainda, sobre o que está havendo com o caixa da Secretaria de Saúde de Ilhéus, pois o pagamento dos serviços de novembro deveria ocorrer, no máximo, até o início de janeiro.

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erick maiaErick Maia

 

Esses avanços, em grande medida, devem-se à atuação dos seus trabalhadores, sindicato e Ministério Público, especialmente na luta travada ano passado, que resultou no afastamento de toda a diretoria da empresa e sinalizou, de forma inequívoca, que os itabunenses não aceitariam mais retrocessos.

No último dia 26, o prefeito do município de Itabuna, Fernando Gomes, confirmou em entrevista ao jornalista Ederivaldo Benedito que fará a privatização da Empresa Municipal de Água e Saneamento S/A (EMASA). Aliás, desde a criação da Emasa, em 1989, a partir da retirada desses serviços do controle do Estado da Bahia, Gomes tem demonstrado uma verdadeira obsessão em querer vender a empresa.

No entanto, não temos dúvidas de que essa privatização trará instabilidade jurídica, demissão em massa, aumentos exorbitantes da tarifa de água e não resolverá a questão de investimentos, principalmente nas regiões periféricas da cidade e na zona rural – que precisam de subsídio estatal.

Dos cerca de 400 milhões de reais necessários para melhoria do abastecimento de água e ampliação do sistema de esgotamento sanitário, de acordo com o Plano Municipal de Saneamento, a maior parte deverá ser destinada aos bairros onde as populações pagam tarifa social.

Há, ainda, um enorme passivo sob responsabilidade da Emasa que depende da sua arrecadação, como: dívidas tributárias, trabalhistas, financeiras e judiciais, que não serão assumidas com uma eventual privatização.

Na última proposta de concessão feita pelo então prefeito Claudevane Leite e encaminhada à Câmara de Vereadores, a empresa privada assumiria apenas o patrimônio, sem o inconveniente das dividas, que ficariam com a prefeitura. Um verdadeiro calote!

Outro fato relevante é o contrato de comodato entre o Município e o Estado da Bahia, referente à parte do patrimônio da Emasa, que, segundo a lei, não pode ser transferido a terceiros sem a anuência da Embasa.

GESTÃO

Sob o aspecto da gestão, estamos certos de que não há razões que justifiquem a privatização da Emasa. Prova disso é que, em pouco tempo, após ter enfrentado a sua maior crise de abastecimento, a empresa tem demonstrado capacidade de recuperação econômico-financeira. A Emasa, hoje, tem buscado cortar custos desnecessários, melhorar a sua eficiência financeira e aumentar receitas, prestando, certamente, um serviço público próximo das expectativas da sociedade, sem correr o risco de tarifas abusivas próprias da iniciativa privada.

Mas é preciso fazer justiça. Esses avanços, em grande medida, devem-se à atuação dos seus trabalhadores, sindicato e Ministério Público, especialmente na luta travada ano passado, que resultou no afastamento de toda a diretoria da empresa e sinalizou, de forma inequívoca, que os itabunenses não aceitariam mais retrocessos.

Existem vastos exemplos bem sucedidos de prestação de serviços públicos na área de saneamento. E não é preciso ir muito longe.

Na Bahia, apesar de Itabuna, com seus 220 mil habitantes, ser a exceção da regra (não chega a tratar 10% dos seus esgotos), a maioria esmagadora dos médios e grandes municípios do Estado tratam mais da metade dos seus efluentes domésticos. O município de Vitória da Conquista é uma das referência do interior e tem os melhores indicadores do Norte/Nordeste, segundo o SNIS (Sistema Nacional de Informações de Saneamento).

Por consequência, o debate da necessidade de privatização pelo argumento da falta de competência de gestão pelo setor público fica comprometido e se mostra extremamente enganador.

INVESTIMENTOS

O dado concreto é que, também pelo argumento da falta de capacidade de investimento, não é possível sustentar a privatização, pois está sendo com dinheiro público a construção da Barragem no Rio Colônia, ao custo de mais de 100 milhões de reais, que vai garantir, além de segurança hídrica à região, uma vazão mínima ecológica que atuará na diluição dos efluentes em épocas de seca e, nos períodos de cheia do rio, poderá mitigar o impacto das enchentes às populações ribeirinhas.

Foi também com dinheiro público que, na crise hídrica do ano passado, garantiu-se toda infraestrutura possível para atenuar o sofrimento do povo de Itabuna com água potável trazida de outros municípios por meio de carros-pipas e a distribuição de reservatórios nos bairros.

Assim, torna-se flagrante que a falta de recursos para investimento como justificativa para privatizar não tem como prosperar. Há notícias de que a Emasa, com recursos próprios, já começou a investir de maneira consistente e ascendente. Sem deixar de comentar que o mesmo governo do Estado da Bahia, que está fazendo a barragem, é importante frisar, quis assumir o sistema de abastecimento do município e, sabe-se que, o prefeito eleito, Fernando Gomes, teria atuado junto aos vereadores para que não fosse aprovado o convênio de cooperação.

Finalmente, continuaremos intransigentes na defesa do saneamento público, da autonomia técnica e gerencial da Emasa, na valorização dos seus servidores efetivos e o controle social.

Erick Maia é dirigente do Sindae.

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David brincava na porta de casa.
David brincava na porta de casa.

Os protestos contra o avanço da criminalidade em Itabuna também atingiram a promotora Cleide Ramos, responsável pelo acompanhamento de inquéritos e investigações policiais no município. Ontem, familiares e amigos de David Santos Lima fizeram manifestação no centro da cidade.

O ato foi encerrado no Fórum Ruy Barbosa, onde havia faixa pedindo a saída da promotora. Cleide é alvo de críticas por adotar ações que inibiriam a ação policial no município.

David, de apenas 11 anos, morreu na manhã da última terça (15), atingido por uma bala perdida. A criança brincava, na porta de casa, no Bairro Corbiniano Freire (Pau Caído). David foi encaminhado para o Hospital de Base, onde faleceu à noite. O blog não conseguiu contato com a promotoria local.

SEM ÔNIBUS

Desde a última terça (15), moradores dos bairros Corbiniano Freire e Novo Horizonte estão sem transporte coletivo. Na terça, populares ameaçaram atear fogo em um ônibus, o que não foi concretizado por causa da polícia. Empresas alegam falta de segurança para rodar nas duas localidades. A ameaça também afeta usuários que dependem da linha Santa Inês-Estrela do Sul. Ônibus são desviados para o Hospital de Base. Matéria atualizada às 21h40min/20.nov.2016.

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fahel foto humberto filhoO promotor de Justiça Márcio Cordeiro Fahel é considerado o nome preferido do governo baiano para comandar o Ministério Público Estadual (MP-BA). Além de ter sido o mais votado na eleição para procurador-geral de Justiça (relembre aqui), Fahel é tido como homem de confiança do atual procurador, Wellington César Lima e Silva.
No período de Wellington à frente do MP (2010-2012 e 2012-2014), o promotor itabunense foi secretário-geral do órgão e chefe de gabinete do procurador-geral. Em 2010, Wellington acabou escolhido mesmo sendo o menos votado.
O nome do novo procurador será escolhido pelo governador Jaques Wagner a partir da lista tríplice com os mais votados para o cargo: Márcio Fahel, Ediene Lousado e Millen de Moura.