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Para advogado, vídeo confirma que cabo agiu em legítima defesa || Reprodução Pimenta

A Região

O advogado Marcelo Pinheiro, que atua na defesa do cabo da Polícia Militar Cleomário de Jesus Figueiredo, suspeito de matar o delegado José Carlos Mastique de Castro Filho, em Itabuna, apresentou um vídeo, na quinta-feira que, segundo ele, comprova que o disparo com uma submetralhadora foi em legítima defesa.

O caso ocorreu em abril deste ano nas proximidades de um posto de combustíveis no bairro Góes Calmon. Segundo a Polícia Militar, o cabo Cleomário de Jesus Figueiredo está proibido de portar armas e cumpre serviço administrativo no 15º Batalhão, onde é lotado.

Marcelo Pinheiro diz que as imagens mostram que o delegado não obedeceu à abordagem feita pelo cabo e fez movimentos bruscos na direção dos policiais. O advogado afirmou que Cleomário já tinha tirado a primeira arma do delegado, que se afastou. Cleomário continuou a dar voz de abordagem, mas ele não obedeceu.

“O delegado sacou uma segunda arma das costas, um revólver 38, e fez movimentos bruscos em direção à guarnição,” afirma o advogado. “O policial ainda deu um intervalo de tempo de 10 segundos mandando ele soltar a arma, ele não soltou, o policial se sentiu ameaçado e não teve outra alternativa sem ser dar aquele disparo”

O caso foi registrado na Corregedoria da Polícia Militar e também era investigado pela Polícia Civil, além de dar origem a Ação Penal do MP-BA contra Cleomário por homicídio qualificado.

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Clayton: vítima de emboscada.

Um homem apontado como suspeito de matar o delegado Clayton Leão morreu em confronto com a polícia por volta das 17h em Camaçari, na região metropolitana de Salvador. Ele estava em companhia de uma outra pessoa, que fugiu durante a abordagem policial, em Jauá, litoral do município. O nome do suspeito, no entanto, não foi divulgado.

O carro usado no assassinato do delegado da polícia civil foi incendiado pelos marginais. O GM Corsa, branco e de placas vermelhas, foi encontrado em um dos acessos ao Polo Petroquímico de Camaçari.

O delegado Clayton Leão Chaves, 33, foi executado nesta manhã de quarta-feira, 26, enquanto concedia entrevista ao vivo, por telefone, à rádio Líder FM, de Camaçari. O policial não pôde comparecer aos estúdios da emissora e dava a entrevista enquanto levava sua esposa ao trabalho.

Corsa usado no crime (Foto Raimundo Rui/Líder FM).

Clayton estacionou o carro numa estrada que liga Arembepe a Camaçari, conhecida como Cascalheira. Depois de quase 10 minutos de bate-papo com os apresentadores da rádio, ouviu-se o delegado falar “peraí, peraí”. Em seguida, estampidos de três tiros. A mulher do policial não foi atingida nem sofreu ferimentos. O corpo do policial será sepultado nesta quinta-feira, 27, às 10h, no Campo Santo, Federação, em Salvador.