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Termos representações femininas é uma obrigação que perpassa campo partidário e seus times, senhores! Uma obrigação moral de contribuir para a evolução da sociedade.

 

Manu Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

O número de mulheres líderes na política tem crescido, mas ainda assim é muito abaixo do esperado e preciso. O machismo ainda grita, mesmo que velado. A dúvida ainda paira no ar quanto às intenções de muitas, e cabe a nós, homens e mulheres conscientes de um novo tempo, irmos de encontro a isso. Sem divisões ou cotas, mas com incentivo e apoio, o que falta a muitas. Já me faltou também!

Quando fui convocada para integrar a formação de um novo grupo político em Itabuna, liderado por ACM Neto, Paulo Azi e Enderson Guinho, ainda no ano passado, contei os motivos que teriam me feito desistir, lá atrás. Relatei os percalços vividos até então e fui impulsionada justamente a combatê-los.

Recentemente, assistimos a mais uma mulher recuar em Itabuna. E o que me chocou foi perceber que tal medida causou uma repercussão muito mais expressiva do que a sua própria inserção na política baiana. Independentemente de lado, time ou partido, precisamos nos alertar para o principal debate que isso nos traz: quando uma mulher desiste, ela impacta e enfraquece diretamente todo o movimento.

Estamos diante da maior transformação e revolução feminina dos últimos tempos em diversos aspectos, principalmente no empreendedorismo e seu poder de transformação. Porém, um estudo realizado pela União Interparlamentar mostra que, entre 192 países, o Brasil aparece na 142ª colocação do ranking de participação de mulheres na política nacional.

Termos representações femininas é uma obrigação que perpassa campo partidário e seus times, senhores! Uma obrigação moral de contribuir para a evolução da sociedade em si. Pensemos nisto!

Manu Berbert é publicitária e empreendedora.

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Durval Filho - diretor da Biblioteca Afrânio Peixoto - Foto Walmir Rosário (1)Durval Pereira da França Filho | dumaestro11@hotmail.com
 

Embora na história de cidades tradicionais como Canavieiras, Ilhéus e Itabuna não haja registro de mulheres assumindo o Executivo Municipal, por força do voto direto, a Bahia tem um histórico de lutas pela igualdade de direitos entre os gêneros.

 
No contexto das discriminações existentes entre os seres humanos, é possível que uma das mais antigas seja contra as mulheres. Desde priscas eras, porém, a luta pelos direitos da mulher tem sido uma constante, seja através de correntes filosóficas, seja por meio de segmentos religiosos, como o cristianismo primitivo, por exemplo.
Os movimentos em defesa dos direitos iguais para homens e mulheres, que começaram de forma tímida no final do século XIX, a partir das décadas de 1960/1970 ganharam forças capazes de impactar as sociedades ocidentais. Essas forças foram se tornando mais efetivas, tanto no campo da cultura como no campo do direito, principalmente com relação aos direitos políticos (votar e ser votado), direito à autonomia, direitos trabalhistas etc.
Na constituinte da República (1890-1891), um projeto favorável ao voto feminino foi derrotado pelos positivistas que consideravam a atividade política desonrosa para a mulher. Contudo, a História do Brasil está repleta de ações de mulheres que se destacaram pela resistência a toda e qualquer forma de opressão.
Para efeito das nossas considerações, colocamos em evidência mulheres baianas, a começar com Maria Felipa de Oliveira, escrava da ilha de Itaparica, no Recôncavo Baiano, mulher guerreira, em todas as acepções do termo, que liderou os baianos em lutas decisivas pela independência, em 1823.
De igual maneira, a abadessa Joana Angélica de Jesus (1761-1822) e Maria Quitéria de Jesus Medeiros (1792-1853): a primeira, de Salvador, tornou-se a protomártir da independência; a segunda, de Feira de Santana, foi a primeira mulher brasileira a integrar uma unidade militar no país. Embora muitas mulheres baianas tenham lutado pela independência do Brasil, essas três entraram para a história como símbolos da luta que culminou no Dois de Julho.
Trinta anos depois, em 1852, foi criado o Jornal das Senhoras, divulgador das primeiras bandeiras em defesa dos interesses femininos. E nesse universo, merece realce o nome de Ana Justina Ferreira Nery (1814-1880), de Cachoeira, patronesse das enfermeiras do Brasil, função na qual atuou de forma marcante na Guerra do Paraguai (1864-1870).
Em 1887, foi graduada a primeira médica do Brasil, a gaúcha de Rio Grande, Rita Lobato Velho Lopes (1866-1954), pela antiga Faculdade de Medicina da Bahia. E em 1891, a Ordem dos Advogados do Brasil, a contragosto, admitiu o registro de Myrtes Gomes de Campos (1875-1965), fluminense de Macaé, o que fez dela a primeira mulher brasileira a exercer a profissão de advogada.
Mas somente em 1922, cem anos depois da luta de Maria Felipa, foi criada a Federação Brasileira para o Progresso Feminino, pela bióloga paulista Bertha Lutz (1894-1976), o que inspirou Amélia Augusta do Sacramento Rodrigues (1861-1926), de Santo Amaro da Purificação, escritora, professora e poeta, a organizar as mulheres na Bahia.
Nessa época, em Canavieiras, as jovens professoras Isbela Freire e Anadília Costa já formavam fileira em defesa do voto feminino, antiga reivindicação que se tornou vitoriosa em 1932, quando o Código Eleitoral garantiu o direito de a mulher votar e ser votada. E em 1935, a advogada Maria Luiza Bittencourt, de Salvador, foi eleita primeira deputada baiana para a Assembleia Constituinte.
Raimunda Maria Vargens Cidreira (1920-1985) foi a primeira mulher a ocupar um lugar na Câmara Municipal de Canavieiras (1951-1955), fato só repetido 35 anos depois, quando Denyse dos Santos Reis Carvalho foi eleita para a legislatura de 1989 a 1992. Outras vieram a seguir.
Em Belmonte, Dejanira Rezende de Souza foi a única prefeita eleita (1959-1963) naquele município até o momento.
Namir Oliveira Mangabeira e Silva, em Itabuna, foi também a única mulher a ocupar (interinamente) a chefia do Executivo Municipal (05.09.1966-03.10.1966). Maria Rita de Almeida Fontes foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira no Legislativo de Itabuna, embora de forma indireta, no governo de Ubaldino Brandão (1948-1951), sendo sua atuação no período de 1950-1951, porque o titular da cadeira fora nomeado para administrar o então distrito de Buerarema. Algumas outras vieram depois.
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Quitéria é a primeira mulher a presidir a UPB.
Quitéria é a primeira mulher a presidir a UPB.

Maria Quitéria, presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), defendeu maior participação da mulher na política brasileira. Filiada ao PSB da pré-candidata a governadora, Lídice da Mata, Quitéria lembrou que 62 prefeituras baianas são administradas por mulheres, mas isso representa apenas 14,87% do total de municípios no estado.
Nesta linha, Quitéria anunciou debate com as gestoras municipais baianas na sede da UPB, em Salvador, em 19 de março. A dirigente da entidade municipalista é prefeita de Cardeal da Silva cita que 52% do eleitorado brasileiro é feminino e a legislação destina 5% do Fundo Partidário para a criação e manutenção de programas de estímulo à participação feminina na política.
SUL DA BAHIA
A região sul do estado está entre as que mais possuem municípios comandados por mulheres:

Almadina – Gleide de Val (PSD)
Aurelino Leal – Liu Andrade (PP)
Barra do Rocha – Vera (PSC)
Barro Preto – Jaqueline Mota (PT)
Camacan – Ângela Castro (PP)
Camamu – Emiliana de Zequinha da Mata (PP)
Coaraci – Josefina Castro (PT)
Floresta Azul – Dra. Sandra (DEM)
Itajuípe – Gilka Badaró (PSB)
Maraú – Gracinha (PP)
Valença – Jucélia Nascimento (PTN)
Ubatã – Simeia de Expedito (PSB)
Una – Diane (PSD)
Uruçuca – Fernanda Silva (PT)