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O empresário Guilherme Leal tem até as 18 horas desta sexta-feira, 9, para apresentar – ao Ibama – a planta e as licenças ambientais do projeto privado que ele toca numa fazenda em Uruçuca, no sul da Bahia. A propriedade está cravada numa Área de Proteção Permanente (APP) e suspeita-se de que o investimento foi iniciado sem as licenças devidas.
Como o empreendimento ocupa uma área superior a 50 hectares, ele teria de apresentar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) ao Ibama, o que não aconteceu.
Leal se defende e disse que iniciou o projeto com autorizações da prefeitura de Uruçuca e do Governo Estadual, em 2007. Mas a informação é de que a prefeitura não possuía autonomia para conceder esta licença nem o estado poderia autorizá-la dissociado do Ibama.
A área é totalmente de restinga. Diretores da Modusvivendi Participações Ltda teriam dito que o empreendimento, voltado ao lazer e entretenimento, irá gerar 200 empregos. Guilherme Leal é candidato a vice-presidente da República pelo PV.
Ainda ontem, a presidenciável Marina Silva saiu em defesa do companheiro de chapa. Afirmou que as denúncias teriam o objetivo de tisnar Leal. Já o dona da Natura Cosméticos vê perseguição contra o projeto por ser ele um contrário ao Complexo Intermodal Porto Sul, um megaprojeto que prevê investimentos de R$ 6 bilhões na Bahia, a maioria concentrada na zona norte de Ilhéus.