Lavagem do Beco do Fuxico vira patrimônio histórico|| Foto Divulgação
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A tradicional Lavagem do Beco do Fuxico em Itabuna passou à imortalidade. O prefeito Augusto Castro sancionou a Lei Municipal 2.606, publicada no Diário Oficial eletrônico desta terça-feira (18). A decisão do chefe de Executivo ocorreu depois que a Câmara de Itabuna aprovou o projeto da vereadora Wilmacy Oliveira (PC do B).

Com isso, a Lavagem do Beco do Fuxico fica declarada como patrimônio histórico e cultural, de natureza imaterial do Município de Itabuna, devendo ser registrado, via Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), em livro próprio.

A lavagem do Beco ocorre na Travessa Adolfo Leite, reduto da boemia itabunense. É no referido endereço que estão localizados o ABC da Noite, do lendário Caboclo Alencar, e outros bares que ao meio-dia e aos finais de tarde de segunda a sábado, se enchem de amigos e clientes para o papo, a cervejinha, a batida de sabores de frutas tropicais; e claro: a resenha diária sobre variados assuntos, incluindo futebol e casos prosaicos da cidade.

COMO SURGIU O BECO DO FUXICO

De acordo com relatos do empresário e carnavalesco Nérope Martinelli, no início da década de 1980, o despachante e ex-jogador de futebol Abelardo Moreira, Bel, no seu escritório, na Travessa Adolfo Leite (Beco do Fuxico), recebeu a visita do amigo engenheiro Roberto Carlos Godygrover Bezerra (Malaca), morador de Salvador, que lhe relatou a lavagem do Beco Maria da Paz, o que evoluiu para a criação da Lavagem do Beco do Fuxico.

Martinelli narra, em texto publicado em fevereiro de 2019, que um dos encontros no bar do Batuta reuniu Cambão, Dudu, Giru, Pinguim, Peru pintor, Claudir, Manoel Estia, Alemão, Geraldo Caçolinha (bloco Maria Rosa), Nilton Ramos (Jega Preta) e ele próprio, ambos do bloco carnavalesco Casados I…Responsáveis. “A primeira rodada de cerveja foi paga por Nelito Carvalho e Caboclo Alencar que, além do apoio à ideia, contribuiu com um litro de batida”, escreveu.

A vereadora Wilmaci Oliveira apresentou o projeto de lei ao receber sugestão do presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itabuna (CMPCI), Egnaldo Ferreira França. O projeto de lei contou com apoio de comerciários, mestres capoeiristas, artistas, jornalistas, professores, intelectuais, advogados, médicos e outros profissionais que no dia a dia descarregam ansiedades, interagem nos bares do Beco do Fuxico e em ruas próximas.

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Moro na cidade de Itabuna desde 1966. Aqui constituí família, atuei na área do comércio e da educação, incentivei o esporte e fui membro ativo de várias instituições sociais e clube de serviços. Sou apaixonado pela cidade de Itabuna e pelo seu povo.

 

Nérope Martinelli || nerope.martinelli@gmail.com

Na década de noventa, Itabuna era a terceira cidade em índice populacional e de desenvolvimento na Bahia. Ficávamos apenas atrás de Salvador e Feira de Santana. Infelizmente, hoje somos a sexta cidade e logo seremos a décima. Precisamos urgente de projetos de desenvolvimento. Tivemos o êxodo rural devido à podridão parda e à vassoura-de-bruxa. Com a economia parada, estamos hoje com o êxodo urbano – Itabuna hoje é um canteiro de placas de aluga-se e vende-se.

No ano de 1915, a cidade de Enterprise, no Estado do Alabama, Estados Unidos, tinha uma economia forte, graças à monocultura do algodão. Veio a praga do Bicudo, devastando as plantações e a economia, como exatamente aconteceu na região cacaueira, com as pragas sucessivas da podridão parda e a vassoura-de-bruxa, que os fazendeiros convivem com elas até hoje, por conta do descaso dos órgãos públicos e orientação técnica equivocada das entidades responsáveis.

As lideranças políticas e empresariais de Enterprise foram em busca de novas alternativas agrícolas e industriais, conseguiram erradicar a praga e criar novas culturas agrícolas e industriais, tornando-se, assim, uma cidade pungente e próspera em apenas quatro anos. E, como resultado, em 2019 construíram um monumento ao besouro Bicudo, considerado o responsável pelo novo desenvolvimento da região.

Precisamos urgente de novas lideranças empresariais e políticas que defendam os interesses da comunidade de Itabuna nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal.

SUGESTÕES DE “BICUDOS” PARA A REGIÃO DE ITABUNA

Agricultura Com os novos clones, a produção de cacau voltou a ser rentável. O problema é que os proprietários de terra estão descapitalizados e negativados, precisando de anistia e incentivos. Temos também a opção das áreas já desmatadas para o plantio de café, que, além de rentável, utiliza muita mão de obra, com alguns produtores regionais colhendo mais de duas mil sacas de café por safra. Pode-se também aproveitar as áreas para a pecuária de corte e leite.

Infraestrutura Duplicação urbana das BRs 101 e 415 e conclusão das três pernas que faltam do Semianel Rodoviário, abertura de novas avenidas como vetores de desenvolvimento, a exemplo das ligações da antiga estrada de Buerarema, no final do bairro São Caetano até a BR 101, e outra avenida do Hospital de Base até Ferradas, na BR-415. Todas essas opções com infraestrutura de asfalto, água e energia – possibilitando a chegada de empresários com indústrias, concessionárias de veículos, grandes redes varejistas e atacadistas etc.

Aeroporto Revitalização do Aeroporto Tertuliano Guedes de Pinho e urbanização do bairro Bananeira, com abertura do aeroporto para voos domésticos e comerciais (transporte de carga), podendo absorver passageiros de toda região cacaueira – porque todos passam por Itabuna, com exceção de Canavieiras, Una e Uruçuca.

Logística Com a chegada da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e do Porto Sul –  como Itabuna é servida por duas rodovias federais, BRs 101 e 415 – temos que construir com urgência um polo de logística visando a exportação de grãos, gado, madeira, cacau, minério etc.

Zona Azul A cidade de Itabuna precisa urgente da implantação da zona azul, antes das atividades do Natal. Todas as vagas de estacionamento são ocupadas por profissionais liberais, empresários, comerciantes, comerciários, bancários, ambulantes e etc. os compradores motorizados circulam atrás de vagas para estacionar e não encontram, seguem para o Shopping (menos mal) ou voltam par a casa e compram pela internet.

Moro na cidade de Itabuna desde 1966. Aqui constituí família, atuei na área do comércio e da educação, incentivei o esporte e fui membro ativo de várias instituições sociais e clube de serviços. Sou apaixonado pela cidade de Itabuna e pelo seu povo. Precisamos com urgência do apoio da união de lideranças política e empresariais, profissionais liberais e população em geral. Essa luta é de todos empresários, profissionais liberais, trabalhadores e população em geral.

Nérope Martinelli é empresário e pensador regional.

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Allah Góes | allah.goes@gmail.com
 
 

Se Ubaldo pudesse ter tido mais uma oportunidade de governar
Itabuna, teríamos uma cidade mais humana e melhor planejada. Faltou-lhe habilidade política, pois administrativa tinha de sobra.

 
 
Uma das primeiras eleições em que tive uma participação mais ativa, e isso com 17 anos, foi a eleição municipal de 1992, uma das mais acirradas e surpreendentes disputas da história política de Itabuna. Muitos pensavam que seria o retorno triunfal do grande gestor Ubaldo Dantas ao cargo de prefeito, mas não foi bem isso que aconteceu. Faltou “combinar com o eleitor”.
Ubaldo Porto Dantas havia governado Itabuna de 1983 a 1988, eleito por uma das sub-legendas do PMDB. Além de ter feito uma gestão proba, reunindo um dos melhores “times” de Secretários Municipais que essa terra já viu, conseguiu mudar a cara da cidade, “abrindo ruas”, criando o Sítio do Menor Trabalhador. Enfim, fazendo gestão e planejando a cidade para ser, de fato, a Capital do Cacau.
Por causa daquilo que fez em seu governo, Ubaldo se apresentava em 1992 como “o candidato a ser batido”. O prefeito de Itabuna era o atual prefeito Fernando Gomes que, por não existir a possibilidade de reeleição, havia escolhido como o seu candidato à sucessão o também ex-prefeito José Oduque Teixeira, de quem havia sido secretário de Administração.
Todos pensavam que a disputa daquele ano se daria entre esses dois personagens. Ledo engano. Correndo por fora, com pouco tempo de televisão – que até hoje é fundamental para se vencer uma eleição, também disputava a peleja o jovem técnico agrícola da Ceplac e, naquela época deputado estadual, Geraldo Simões de Oliveira. Como todos sabem, acabou sendo eleito prefeito.
Ubaldo achava que o conjunto de suas ações, durante o período em que foi prefeito, aliado ao desgaste que naquele momento vivia o prefeito Fernando Gomes, lhe garantiria uma vitória fácil, tanto que impôs como seu vice naquela disputa o seu homem de confiança, Moacir Lima, que, politicamente, nada acrescentava à chapa. A escolha e o tom imperial da decisão levaram a diversas defecções em seu grupo político.
Lembro-me de uma reunião tensa, logo após a convenção, onde fui levado pelo jornalista José Adervan. E pude ver um Nérope Martinelli, que era uma das principais lideranças do grupou ubaldista, transtornado devido à infeliz decisão acerca da escolha do vice, anunciar que estaria “deixando o Grupo”.
Conheci Martinelli quando militávamos no movimento estudantil secundarista e, naquele momento, pude testemunhar a força que o mesmo tinha, não apenas junto ao empresariado local, mas também com os desportistas e estudantes, agregando muito mais que o vice imposto por Ubaldo.
Na época em que iniciamos a reorganização da UESI (União dos Estudantes Secundaristas de Itabuna), juntamente com Adilson José, Josivaldo Gonçalves, Fabio Lima e outros, Martinelli nos ajudou bastante, chegando a incentivar a pré-candidatura de Emanoel Coelho, presidente do Grêmio do CIOMF, a Vereador, candidatura essa que não vingou por conta de sua saída do grupo ubaldista.
E assim, Ubaldo Dantas, contando apenas com seu estafe mais próximo, iniciou a campanha daquele ano em que de inicio até chegou a polarizar com Oduque, dando a entender que seria eleito, mas, por causa do acirramento da campanha televisiva, em que se utilizou de ataques pessoais, de lado a lado, acabou fazendo com que seu eleitor fosse migrando para a candidatura da “zebra” Geraldo Simões, que ali já contava com o significativo apoio de João Xavier e de Martinelli.
O resto, tudo mundo já sabe: Ubaldo e Itabuna perderam. Nada contra Geraldo Simões, o vencedor daquela eleição, e que no final fez uma boa gestão. Mas acredito que, se Ubaldo pudesse ter tido mais uma oportunidade de governar
Itabuna, por conta daquilo que se viu em sua gestão, teríamos uma cidade mais humana e melhor planejada. Faltou-lhe habilidade política, pois administrativa tinha de sobra.
Allah Góes é advogado municipalista, consultor de prefeituras e câmaras de vereadores.

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Baianas fazem a Lavagem do Beco do Fuxico sem Casados... este ano (Foto Pimenta/Arquivo).
Baianas fazem a Lavagem do Beco do Fuxico sem Casados… este ano (Foto Pimenta/Arquivo).

Do Blog do Thame
O empresário Nérope Martinelli, um dos fundadores do bloco Casados I…Responsáveis, qualifica como “absurda e inaceitável” a ausência dos carnavalescos na Lavagem do Beco do Fuxico, que acontece neste sábado, dia 9, a partir das 14h, em Itabuna.
A direção do Casados justifica que a ausência na Lavagem do Beco é uma homenagem ao jornalista Eduardo Anunciação, falecido recentemente, e também um dos fundadores do bloco.
Para Martinelli, “a maior homenagem que poderia se prestar a Eduardo era estar presente na Lavagem do Beco, pois ele simbolizava a alegria de viver”. Ele lembra ainda que, “mesmo com a saúde precária, duas semanas antes de falecer, Eduardo fez questão de comparecer à festa dos 80 anos do Caboco Alencar no ABC da Noite”.
Leia também artigo do jornalista Walmir Rosário sobre o assunto

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O Corinthians faturou a Taça Libertadores e inspirou os torcedores Nérope Martinelli e Marco Maciel a criar a Saci. Martinelli jura que nada tem a ver com lenda, folclore. “É a nossa Sociedade dos Amigos Corintianos de Itabuna (Saci)”, afirma em tom elucidativo e a quase dizer que é Saci e não… bambi.

Ele acredita que, na região onde predominam torcedores de times cariocas, a ideia vai ajudar a arrebanhar a nação de fiéis do Timão. E pra que esse negócio de Saci? Ele diz que é para acompanhar os jogos pela televisão – juntos – e fazer excursões à cata do Corinthians onde o bando de loucos estiver – seja em Salvador ou pelo Nordeste.

A dupla Martinelli e Maciel promete até brinde para os 10 primeiros a se inscrever na Saci. O contato é o email saciitabuna@gmail.com. Este blogueiro tentou descolar uma fotinha do torcedor roxo do Corinthians. “Sou fanático, mas não tenho camisa”, respondeu. Rolou uma montagem fuleira. Afinal, vale a intenção, né?

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O Ministério da Educação reconheceu os cursos de ensino a distância EaD da Uniube, instituição que possui polo no sul da Bahia. O resultado da análise por parte do ministério foi publicado no Diário Oficial da União. De acordo com a coordenação do polo em Itabuna, a Uniube tornou-se a primeira universidade do país a obter o reconhecimento por parte do ministério.
Nérope Martinelli, coordenador do polo, vê na publicação da portaria do MEC “demonstração de que existe uma padronização em todos os núcleos de Ead da Uniube”. A instituição oferece cursos de Agronegócios, Biologia, Química, Matemática, Letras – Português/Espanhol, Letras – Português/Inglês, Geografia, História, Produção Sucroalcooleira, Ciências Contábeis, Administração e Pedagogia.