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Unidade da Nestlé em Itabuna pode fechar unidade de secagem.
Unidade da Nestlé em Itabuna pode fechar unidade de secagem.
Salles teme fechamento de unidade (Foto Divulgação).
Salles teme fechamento de unidade (Foto Divulgação).

Da Coluna Tempo Presente, d´A Tarde

A Nestlé anunciou, segundo o deputado Eduardo Salles (PP), que vai desativar no fim do mês a fábrica de secagem em Itabuna.

Mesmo tendo incentivos fiscais do governo, a indústria deve ir para outro estado. Se for confirmado o fechamento, a Bahia perderá a última fábrica de leite em pó.

A Vale Dourado tinha uma em Itapetinga, mas está em recuperação judicial, e a CCLB já fechou em Feira de Santana.

Afronta — Eduardo Salles quer convocar a direção da Nestlé para explicar as razões da indústria para fechar a unidade. Diz que a decisão é uma afronta à população baiana, que através do governo incentivou o desenvolvimento da fábrica no estado.

– A Bahia ficará sem produção de leite em pó, algo fundamental para nossa pecuária após anos de seca e em período de recuperação.

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Unidade da Nestlé em Itabuna.
Unidade da Nestlé em Itabuna enfrenta paralisação de 24 horas.

Trabalhadores da linha de produção de leite da Nestlé em Itabuna iniciaram nesta noite de terça (17) paralisação de 24 horas. De acordo com o diretor do SindiAlimentação, Eduardo Sodré, esta é paralisação de advertência, para que a empresa apresente melhor contraproposta.
A multinacional ofereceu 7,5% de reajuste, enquanto os trabalhadores querem 9%, além de unificação do piso salarial (reveja aqui). Os funcionários já aprovaram deflagração de greve na unidade em Itabuna.
Segundo Sodré, a paralisação por tempo indeterminado pode ocorrer a qualquer momento, caso a multinacional não melhore a contraproposta. Os trabalhadores da linha de achocolatados também podem aderir à paralisação, segundo o presidente do Sindicacau, Luiz Fernandes.

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Trabalhadores da Nestlé já sinalizavam greve desde a semana passada.
Trabalhadores da Nestlé já sinalizavam greve desde a semana passada.

Os funcionários da unidade da Nestlé em Itabuna aprovaram greve por tempo indeterminado. A votação ocorreu em assembleia no final da tarde desta quarta (11). Os funcionários cobram piso salarial único para todas as unidades e reajuste salarial de 9%, mas a multinacional oferece 7,5%
De acordo com Eduardo Sodré, dirigente do SindiAlimentação, o piso para funcionários da Nestlé na Bahia é R$ 1.075,00 ante R$ 1.240,00 em São Paulo e R$ 1.100,00 em Minas Gerais. A unidade da Nestlé em Itabuna tem 343 funcionários, conforme o sindicalista.
A Nestlé foi notificada da decisão tomada em assembleia, segundo Sodré. A empresa receberá, em até 48 horas, um prazo para retomada de negociação. “A diferenciação de piso salarial nas diversas unidades revoltou os funcionários”, disse o sindicalista. “Além disso, a empresa, que patrocina Copa do Mundo, quer dar apenas 0,5% de aumento real”.

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Stédile5O líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, 60, esteve em Salvador no último final de semana, onde participou de uma plenária sobre o Plebiscito por uma Constituinte Exclusiva. Stédile é graduado em economia pela PUC do Rio Grande do Sul e pós-graduado pela Universidade Nacional Autônoma do México.

Nesta entrevista, ele fala também sobre a Reforma Agrária nos governos FHC, Lula e Dilma e diz que o agronegócio utiliza veneno que está o provocando câncer. Stédile também vê o Congresso Nacional dominado pelas bancadas ruralista e do empresariado e faz uma avaliação sobre as próximas eleições.  Confira a entrevista concedida a Marival Guedes, especialmente para o Pimenta.
BLOG PIMENTA – Vamos começar fazendo uma comparação entre os mandatos de Fernando Henrique, Lula e de Dilma sobre a Reforma Agrária.
JOÃO PEDRO STÉDILE – No Brasil, a rigor, nunca tivemos Reforma Agrária no que ela representa, que é um programa de governo que leve a democratização do acesso à terra a todos. FHC abriu as portas para as grandes empresas internacionais, mas teve um azar: o agronegócio, na sua ganância de tomar conta das terras, cometeu dois grandes massacres que deixaram a população indignada. Teve aquela nossa grande marcha à Brasília que fez com que FHC se obrigasse a um programa de assentamentos que foi até razoável, mas foi fruto dos massacres em Carajás e no Paraná.
PIMENTA – Com Lula, houve uma grande expectativa…
STÉDILE – Nós tínhamos esperança de que o governo Lula pudesse acelerar, mas, infelizmente, ele seguiu apenas a política de assentamentos. Então, onde havia pressão política, houve desapropriações. Nós mantivemos, digamos assim, o mesmo ritmo do governo FHC.

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A reforma agrária praticamente parada. E esta é a nossa bronca com relação ao Governo Dilma.

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PIMENTA – E estes três anos e três meses do governo Dilma?
STÉDILE – Agora, está praticamente parada. E esta é a nossa bronca com relação ao governo Dilma, porque não avançou na Reforma Agrária.
PIMENTA – Quais os motivos?
STÉDILE – A resposta simplista seria que falta vontade política do governo, mas não é bem assim. A nossa avaliação é de que a correlação de forças na luta de classe na agricultura piorou no governo Dilma. Piorou em função da crise do capitalismo internacional, houve uma avalanche de capital internacional que veio se proteger no Brasil. Investiram em usinas, hidrelétricas, praticamente desnacionalizaram todo o setor canavieiro e compraram muita terra. Isso representa a força do capital que chega lá no interior, compra terra, controla o comércio etc.

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O cacau tem o comércio cada vez mais concentrado nas mãos da Dreyfus, Nesttlé e da Cargil. Isso foi de pouco tempo pra cá.

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PIMENTA – Pode citar um exemplo?
STÉDILE – O cacau tem o comércio cada vez mais concentrado nas mãos da Dreyfus, Nesttlé e da Cargil. Isso foi de pouco tempo pra cá. A segunda explicação é que, dentro do governo Dilma, há uma presença maior do agronegócio.  Terceira mudança: o Congresso no governo Dilma é mais ruralista. Aquilo que no governo tava parado – e nos ajudava -, o agronegócio avançou pelo Congresso fazendo chantagem. Esta bancada fazia as mudanças, como foi o episódio do Código Florestal, e impunha ao governo como uma derrota. Estas três circunstâncias levaram o governo Dilma a recuar com relação à Reforma Agrária.
PIMENTA  – O que o MST reivindica a curto, médio e longo prazos?
STÉDILE – De curto prazo, a Carta e a pauta que entregamos na audiência durante nosso congresso, em 13 de fevereiro passado, quando sinalizamos para a presidenta: olha, nós entendemos a correlação de forças, que não depende de vontades pessoais. Mas, ao seu alcance, estão, imediatamente, antes de terminar o governo, algumas medidas concretas de emergência.

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Nós temos 100 mil famílias acampadas, inclusive algumas ao longo das rodovias em Itabuna, Ilhéus e outros municípios do sul da Bahia.

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PIMENTA – E quais seriam?
STÉDILE – Nós temos 100 mil famílias acampadas, inclusive algumas ao longo das rodovias em Itabuna, Ilhéus e outros municípios do sul da Bahia. É um absurdo que nós tenhamos acampamentos com oito anos, pessoas morando debaixo de lona preta. Segunda medida, aqui para Nordeste, nós descobrimos que dentro dos perímetros irrigados, já com tudo pronto, o governo botou água, gastou milhões de reais, existem 80 mil lotes vagos, porque, na política burra do Dnocs e da Codevasf, eles fazem primeiro o perímetro irrigado e depois fazem o edital de licitação em que só o pequeno empresário do sul vem aqui. No caso da Bahia, a região de Juazeiro. E, depois, abandonam.
PIMENTA – Quais as razões para esse abandono?
STÉDILE – Porque eles criam uma ilusão: “vou plantar manga, abacaxi e vou bamburrar de dinheiro.” O mercado mundial de frutas já tá tomado. Não é chegar assim: vou exportar manga pra Europa e vou ganhar dinheiro. Não há mais mercado pra fruta na Europa, nem sequer da uva. Ao contrário, toda a produção do perímetro irrigado no Nordeste, hoje vai para o mercado nacional, porque aumentou a renda do brasileiro. Então, é melhor vender no Brasil que no exterior.
PIMENTA – O que foi feito com estes lotes?

STÉDILE – Estão vagos. Tem 80 mil lotes vagos, tudo pronto com água passando. E nós falamos pra Dilma: pelo amor de Deus, bote sem-terra nestes lotes. Não precisa gastar nada, nem desapropriação, pra eles produzirem alimentos.

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A Polícia Federal, nos últimos 12 anos, identificou 566 fazendas onde havia trabalho escravo. Ora, a Constituição é clara: não cumpriu a função social, desapropria. É só ter coragem.

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PIMENTA – A questão do trabalho escravo também consta na carta. Qual a reivindicação?
STÉDILE – A Polícia Federal, nos últimos 12 anos, identificou 566 fazendas onde havia trabalho escravo. Ora, a Constituição é clara: não cumpriu a função social, desapropria. Não interessa se é produtiva ou improdutiva. É um crime hediondo, primeiro motivo absoluto, o cara que pratica trabalho escravo tem que ter [a área] desapropriada. Então, é só ter coragem e pegar os processos e somente aí já teríamos 566 fazendas.
PIMENTA – Quais as ações do MST a partir de agora?
STÉDILE – Nós temos três inimigos do pobre do campo: o primeiro é o latifúndio atrasado, que ainda é improdutivo ou que paga mal aos trabalhadores e que agride a natureza. O segundo é o agronegócio, que é moderno, mas não gera riqueza para o povo brasileiro. E o terceiro é este sistema geral, mundial, que transformou o Brasil numa economia de exportação de matéria-prima, apenas. E não fica nenhuma riqueza aqui.

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Cargil, Dreyfus e Nestlé controlam as exportações. Elas que ficam com o lucro da riqueza do cacau, não o produtor. Este fica com uma pequena margem.

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PIMENTA – Quem controla as exportações?

STÉDILE – O agronegócio aumenta cada vez mais as exportações, mas Cargil, Dreyfus e Nestlé controlam as exportações. Elas que ficam com o lucro da riqueza do cacau, não o produtor. Este fica com uma pequena margem. Então, se queremos que o cacau seja um produto orgânico para produzir chocolate para o povo brasileiro, temos que derrotar este sistema destas empresas transnacionais. São nossas inimigas.
Para ler a íntegra, clique no link a seguir:Leia Mais

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Ramon faleceu após mal súbito.
Ramon faleceu após mal súbito.

O funcionário Ramon Brito Viana, que faleceu após sofrer mal súbito na Nestlé, trabalhava há um ano na linha de produção de achocolatado. Segundo relato de colegas, Ramon começou a passar mal vinte minutos após o início da jornada.

Colegas que estavam próximos pensavam que o jovem de apenas 27 anos estava brincando quando o mesmo começou a sofrer convulsão. “Pare com essa brincadeira, Ramon”, disse um deles. Sem reação do funcionário, perceberam a gravidade do caso. Ao tocarem em Ramon já sentiram o corpo frio, segundo disse ao PIMENTA o presidente do SindAlimentação, Eduardo Sodré.

A Brigada de Incêndio da empresa foi acionada e aplicou massagem, o que não alterou o quadro. Ao acionar o Samu 192, os funcionários foram informados de que não havia ambulância no momento (confira mais abaixo). Ramon acabou sendo levado para o hospital em carro particular, já agonizando.

O jovem recebeu os primeiros atendimentos médicos no Calixto Midlej Filho às 00h47min de hoje, falecendo logo depois. Até há pouco, o corpo não havia sido liberado. A perícia apontará a causa da morte. A equipe médica trabalhava com as hipóteses de infarto fulminante ou aneurisma cerebral.

ENTERRO EM IBICUÍ

O corpo de Ramon deverá ser enterrado amanhã (9) na cidade natal do industriário, Ibicuí, conforme desejo expresso pela família. O trabalhador deixa esposa e filho de apenas um ano.

A produção na fábrica da Nestlé foi paralisada. O presidente do SindAlimentação, Eduardo Sodré, disse que está acompanhando toda a situação para apurar se houve negligência da multinacional. Porém, informou, não havia sido constatado problema de saúde nos exames admissionais e periódicos.

“Nós cobramos da empresa políticas de ergonomia e intensidade do trabalho, mas os relatos dos colegas descartam [que o trabalho tivesse originado sobrecarga nesta noite]”, diz, enfatizando que Ramon estava começando o turno. “Sabemos que não possuímos poder de polícia, mas estamos investigando tudo”.

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Fábrica da DPA Nestlé em Itabuna, onde operário sofreu mal súbito.
Fábrica da DPA Nestlé em Itabuna, onde operário sofreu mal súbito.

Um funcionário da unidade da DPA Nestlé em Itabuna faleceu no início da madrugada desta quinta-feira (8), após sofrer mal súbito na fábrica. O funcionário foi identificado apenas pelo prenome Ramon, conhecido como “Índio”, e tinha 27 anos.

Segundo colegas, Ramon passou mal quando trabalhava na linha de produção do achocolatado Nescau. Funcionários da DPA afirmam que não havia ambulância na empresa nem obtiveram socorro do Samu, que alegou falta de unidade móvel.

Ramon foi levado, agonizando, em um carro de um colega para o Hospital Calixto Midlej Filho, onde faleceu. O PIMENTA entrou em contato com a gerência da DPA Nestlé em Itabuna. A empresa deve se posicionar sobre o caso somente à tarde, segundo a atendente.

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Funcionários da Nestlé em Itabuna na paralisação de duas horas, ontem.
Funcionários da Nestlé em Itabuna na paralisação de duas horas, ontem.

A Nestlé Brasil emitiu nota em resposta à postagem em que o diretor do SindAlimentação, Eduardo Sodré, questiona a tentativa da empresa de impor piso e percentuais salariais diferenciados para as unidades em Feira de Santana e Itabuna, na Bahia. Os 1.500 trabalhadores ameaçam cruzar os braços nas duas unidades.
As negociações com representantes do Sindicato “ainda estão abertas e dentro do calendário previsto pela categoria”, diz a nota. A empresa informa, ainda, que ocorreram três rodadas de negociação em Feira e uma em Itabuna.
“Novas reuniões estão agendadas para os próximos dias para que seja dada continuidade à negociação das propostas. As empresas reiteram que estão abertas ao diálogo com os representantes do sindicato e reafirmam sua disposição em colaborar com o processo de negociação”, reforça.
A empresa reforça que possui política transparente de negociação e que respeita a legislação trabalhista. Para conferir a íntegra da nota, clique em “leia mais”.
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Funcionários da Nestlé fazem protesto debaixo de chuva em Feira.
Funcionários da Nestlé fazem protesto debaixo de chuva em Feira.

Funcionários das unidades da Nestlé em Itabuna e Feira de Santana cruzaram os braços nesta segunda (10), por duas horas, para forçar a multinacional a negociar reajuste salarial, além de conceder percentual de reajuste igual para as duas fábricas na Bahia. Eles aprovaram indicativo de greve em Itabuna e Feira.
A indústria em Feira tem 1.100 funcionários que acamparam em frente à unidade, mesmo debaixo de chuva. De acordo com Eduardo Sodré, do Sindalimentação-BA, a proposta dos trabalhadores é de reajuste de 13,16% para todos os cargos e piso de admissão de R$ 1.240,00 tanto para Itabuna como Feira.
A Nestlé quer conceder reajuste real de 7,3% para Feira de Santana e apenas 6,58% para Itabuna e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 3,9 mil para funcionários de Itabuna e R$ 4 mil para Ilhéus. O sindicato quer R$ 5.800,00 para as duas unidades. Sodré lamenta a “política excludente” praticada pela multinacional de alimentos.
Funcionários da Nestlé em Itabuna na paralisação de duas horas.
Funcionários da Nestlé em Itabuna na paralisação de duas horas.

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Cacau transportado do porto de Ilhéus para a Nestlé, em Itabuna, sem proteção (Foto Isidoro Gesteira).
Cacau transportado de Ilhéus para a Nestlé, em Itabuna, sem proteção (Foto Isidoro Gesteira).

Do Blog do Thame
O produtor rural Isidoro Gesteira flagrou na tarde de ontem (20) um caminhão transportando cacau importado de Gana na África pela rodovia Ilhéus-Itabuna. O cacau vinha de Ilhéus com destino a Itabuna, onde seria processado na fábrica da Nestlé.
A foto revela que o cacau é transportado sem qualquer cuidado fitossanitário, com o produto exposto à chuva. “Esta estrada passa pelo centro de nossa cultura e as cargas deveriam ser todas cobertas para evitar novas pragas”, afirma Isidoro.

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Comentário do produtor José Roberto Benjamin no post “Documentário expõe lado obscuro (da produção) de chocolate na África“, que denuncia escravização de crianças em lavouras de cacau em Gana e Costa do Marfim:

É esse cacau que, manchado com sangue e suor de crianças, ainda é misturado com cadáveres em putrefação de africanos clandestinos durante a travessia da África para Ilhéus. E se transforma em chocolate. Feliz Páscoa!!!

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Pista vira “piscina” e motoristas são obrigados a trafegar pelo acostamento (Foto Pimenta).
“Aqui nem de jegue dá para andar”, reclama Robenaldo Cardoso (Foto Pimenta)

Congestionamentos, muitos buracos e prejuízos. Quem trafega diariamente pelo trecho da BR-415 em frente ao Parque de Exposições Antônio Setenta, em Itabuna, tem sempre uma história para contar: seja por testemunhar um acidente ou ser vítima de prejuízos causados pela pista cada vez mais precária. Cerca de 2,5 mil veículos passam pela rodovia e o tráfego de caminhões e ônibus é intenso.

Justamente no pior trecho da rodovia, estão sediadas empresas como a Delfi-Nestlé e o poliduto da Petrobras e a estação da Bahiagás, o que atrai grande volume de veículos pesados. Transportadoras e motoristas autônomos reclamam dos quase três quilômetros de buracos.

Caminhoneiro há 18 anos, Agenor da Silva afirma que nunca viu a rodovia em “tão péssimas condições” como agora. “Do tempo que eu trabalho, nunca vi essa estrada desse jeito. Não tem condições, tem de sair na primeira [marcha]. Esse está entre os piores trechos na Bahia”, disse ao PIMENTA.

“Aqui nem de jegue dá para andar, senão [o animal] quebra a pata”, diz o caminhoneiro Robenaldo Olavo Cardoso. Ele teve que desembolsar R$ 150,00 hoje pela manhã para trocar uma peça do caminhão. A quebra ocorreu após passar pela buraqueira da rodovia.

Silvio Andrade, da Potência Express, reclama da precariedade da rodovia e lembra que milhares de veículos (e pessoas) passam pelo trecho da BR-415. “Sem contar que é uma das principais entradas da nossa cidade”, enfatiza. Confira vídeo que mostra as condições da pista e traz relato de motoristas.

PROMESSA DO DNIT: PISTA SERÁ RECAPEADA

O coordenador da unidade local do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) em Itabuna, Valter Cardoso, assegurou ao PIMENTA que o recapeamento do trecho da rodovia deve começar em até 15 dias.

Segundo ele, será o tempo de montagem da usina asfáltica. O serviço será executado pela Construtora Mazza. O recapeamento também incluirá a Rodovia Ilhéus-Itabuna, no trecho entre a zona urbana de Itabuna e o posto da Polícia Rodoviária Estadual, no Banco da Vitória, em Ilhéus.

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Inseto alado – e vivo – em cacau vindo da Costa do Marfim.

O Sindicato Rural de Itamari, a 322 km de Salvador, entrou com Ação Civil Pública contra a União para suspender os efeitos da Instrução Normativa 47/2011 e sua revogação pelo Ministério da Agricultura. A medida judicial foi protocolada nesta sexta-feira, 20, na Justiça Federal de Ilhéus.

A ação partiu do presidente do Sindicato Rural de Itamari, Henrique Araújo Neri, que credita a entrada de insetos vivos na carga de cacau da Nestlé, no Porto de Ilhéus, à supressão de exigências de procedimentos fitossanitários pela IN 47/2011. A mesma normatização suspende missões técnicas pré-embarques nas importações de amêndoas de cacau secas e fermentadas provenientes de países africanos, como Costa do Marfim e Gana.

NÃO HÁ RISCO ZERO

A ação judicial surgiu um dia após o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Cosam de Carvalho Coutinho, ter dito ao portal de agronegócios Mercado do Cacau não existir nenhuma normativa que dê 100% de garantia à não-entrada de qualquer praga em qualquer canto do mundo.

Cosam Coutinho diz que não existe “risco zero” (Foto Pimenta/Arquivo).

Para Cosam Coutinho, “todo sistema de quarentena vegetal mundial não trabalha com risco zero. Trabalhamos, sim, com manejo de risco e estamos seguros de que a Instrução Normativa 47/2011 nos dá a garantia da redução do risco associado a um nível aceitável”.

Quatro mil toneladas de cacau importadas pela Nestlé estão retidas no galpão da multinacional, desde 16 de junho, porque fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura encontraram insetos vivos nas sacas com amêndoas secas.

O fato causou apreensão na lavoura, apesar de a empresa ter divulgado nota dizendo que seus carregamentos de cacau passam por cuidados criteriosos de vigilância e que respeita os trâmites legais de importação.

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Corpo de Bombeiros, Samu 192 e Polícia Rodoviária Estadual foram acionados neste início de madrugada para atendimento à vítima de um acidente grave ocorrido no quilômetro 35 da BR-415, trecho próximo à Nestlé, em Itabuna.

Uma picape VW Saveiro (IAE-8914) que transportava carne clandestina colidiu contra uma moto Honda CG 125 (NTD-8199). O motociclista, identificado como George Ferreira e Silva, foi conduzido para o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem) em estado grave.

George sofreu afundamento no crânio e fraturas expostas nos braços e pernas, além de perda de massa encefálica, de acordo com informações das equipes que o socorreram. O motorista da picape Saveiro caminhão teria saído ileso.

O repórter Costa Filho, do Programa Tribuna Livre, da rádio Jornal, apurou que a Saveiro seguia para Itabuna com carga equivalente a 3 garrotes. O produto não tinha guia de trânsito. Pelas marcas de frenagem, o acidente foi causado pela picape, conforme a polícia.

O motorista do utilitário, Joadson dos Santos Souza, 23, fugiu do local da colisão sem prestar socorro à vítima. Mais tarde, um senhor não identificado se apresentou momentos depois como “pai” do jovem.

Vítima do acidente, George reside na rua João Pessoa, 403, em Ibicaraí, trabalha como mototáxi e estava retornando de Itacaré, onde deixou uma passageira.  Os dois veículos foram levados para o Complexo Policial de Itabuna.

MOVIMENTO INTENSO

As principais estradas que cortam Itabuna e Ilhéus apresentam movimento intenso desde ontem. Na BR-415 e nas BA 001, foram registrados quatro acidentes entre ontem e o início da manhã de hoje. O caso mais grave foi o da colisão entre a Saveiro e uma moto.

Ontem, houve ainda um capotamento no trecho Ilhéus-Una da BA-001. O motorista sofreu leves escoriações. Já na BR-101, a polícia rodoviária federal registrou cinco acidentes sem vítimas.

Atualizado às 7h58min

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A Justiça do Trabalho reconheceu as irregularidades na escala de trabalho dos empregados da antiga Nestlé, atual Delfi Cacau Brasil, em Itabuna.

Segundo a sentença expedida pela 3ª Vara do Trabalho, a empresa foi condenada a pagar as horas extras a todos os 100 trabalhadores que entraram com a ação coletiva.

Os funcionários já demitidos entraram com ação encaminhada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentos de Ilhéus, Itabuna e Uruçuca (Sindicacau), por meio do advogado Alberto Ferreira.

O presidente do Sindicacau, Luiz Fernandes Andrade, diz que já foram realizadas três audiências de conciliação, exigindo o pagamento das horas, sem acordo. A Delfi Cacau alegou que as horas extras já haviam sido pagas.

Com a nova sentença, o sindicalista diz que “a classe trabalhadora comemora”. Ele considera justa a cobrança de quem trabalhou nos dias que seriam de folga e não receberam por isso. Informações d´A Região Online.

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Depois de mais de 20 anos em Itabuna, a Nestlé decidiu ampliar a sua produção na indústria que mantém com a Delfi no município sul-baiano. Além do Leite Ninho, produzirá no município três diferentes achocolatados. O pedido foi apresentado à Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri).
Quem está gostando do incremento na produção da planta local é a prefeitura de Itabuna. O investimento significa mais dindin nos cofres do municípios, com o retorno do ICMS. A Nestlé já respondeu por até metade do que Itabuna arrecadava nesse tipo de imposto.

Nem tão longe de Itabuna, o prefeito Lenildo Santana, de Ibicaraí, vê no investimento da Nestlé uma guinada na cadeia produtiva regional.
Ibicaraí inaugura, neste semestre, a primeira fábrica de chocolate do (engessado) PAC do Cacau. Serão R$ 2,3 milhões investidos.
A produção tem como alvo não só o mercado regional. O sul da Bahia deixa de ser mero produtor de matéria-prima. E, o mais significativo, a partir da iniciativa de empreendedores locais.
O projeto vem sendo bem trabalhado, segundo Lenildo, para não repetir erros passados e recentes.