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O cervejeiro artesanal Calleb Souza exibe troféu do concurso.
O cervejeiro artesanal Calleb Souza exibe troféu do concurso.

Eles eram apenas consumidores, mas a procura por cerveja de qualidade levou Calleb Oliveira e Alberth Couto à produção própria, artesanal. O reconhecimento dos amigos acabou por estimulá-los a participar de um concurso com cervejeiros de três regiões do país. No último final de semana, a Laurus, produzida pelos itabunenses, foi premiada com o terceiro lugar no Festival de Cerveja Artesanal do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, em Salvador.

Não é pouca coisa. O concurso, organizado pela Associação de Cervejeiros Artesanais da Bahia (Acerva-BA), contou com jurados reconhecidos internacionalmente: Marco Falcone (MG), sócio da Falke Bier e Beer Somelier; Amanda Reitenbach (SC), engenheira química e beer sommelier; Leonardo Botto (RJ), mestre cervejeiro, consultor e beer sommelier; e o também beer sommelier Carlos Henrique Faria Vasconcelos (MG).

Para levar o terceiro lugar no concurso nacional, Calleb diz que optou pela produção de estilo clássico (Witbier) de cerveja de trigo com especiarias, produzido na Bélgica. “Em nossa receita, utilizamos folhas de louro e casca de tangerina, que adicionaram um leve aroma cítrico e refrescante à bebida”, revela.

O nome da cerveja, Laurus, é referência à folha de louro. Calleb explica que o vegetal é utilizado para dar aroma, sem interferir no sabor da bebida artesanal.

CERVEJA COM MARCA SUL-BAIANA
O retorno dos amigos e a premiação nacional fizeram com que Calleb passasse a sonhar mais alto, mas com os pés no chão. Ele quer começar a produzir em escala, a partir do próximo ano, segundo afirmou ao PIMENTA. “Será a primeira microcervejaria da região”. Ao blog, Calleb também revelou uma novidade em produção: cerveja com amêndoas de cacau.

A preparação já começou e o “pão líquido” deve ficar no ponto para ser sorvido em dezembro. “São 40 dias para que esteja pronta para consumo, pois utilizamos dois processos de fermentação”, afirma.

Segundo o cervejeiro artesanal o produto comum tem processo de fermentação acelerado. “São dez dias para ficar pronta. Para isso, são acrescentados produtos químicos. A cerveja artesanal leva quarenta dias, mas fica livre de conservantes, por exemplo. Por isso, é difícil ter ressaca com este tipo de bebida”, diz, para a felicidade de quem não dispensa uma “cerva”.