Obras de construção de pontes e viaduto registra atraso e nova licitação || Reprodução Zé Drone
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A licitação para escolha da empresa que construirá um viaduto e as quatro pontes de integração da BA-649 com a BR-415, que deveria ocorrer ontem (4), sofreu novo adiamento. As propostas serão abertas somente no próximo dia 15 de janeiro, informou a Secretaria Estadual de Infraestrutura da Bahia (Seinfra-BA) ao PIMENTA.

As obras foram divididas em 3 lotes. A BA-649 será uma nova ligação das principais cidades do sul da Bahia – Ilhéus e Itabuna -, mas pela margem direita do curso do Rio Cachoeira. Iniciadas no final de 2021, ainda com o então governador Rui Costa, as obras da rodovia estão 60% concluídas, de acordo com a Seinfra.

Serão 18 quilômetros de rodovia na margem direita do Cachoeira, com início na região do bairro São Judas, em Itabuna, até o Banco da Vitória, em Ilhéus. No percurso, a interligação com a rodovia federal, a BR-415, por onde hoje é feito o percurso entre as duas cidades, será por meio das pontes.

A construção da rodovia teve o cronograma afetado também pela necessidade de detonação de grande trecho rochoso conhecido como Pedra do Urubu, na região próximo ao Salobrinho, em Ilhéus.

OUTRO LADO

A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) informa que o processo de licitação para construção de quatro pontes e um viaduto na BA-649, entre Ilhéus e Itabuna, está em andamento.

Devido à necessidade de revisão e adequação do projeto das Obras de Arte Especiais (OAE), a data de abertura dos envelopes com as propostas das empresas interessadas na execução dos serviços foi alterada para o próximo dia 15, explicou a Seinfra em resposta à solicitação de informações feita pelo PIMENTA.

Atualmente, as etapas de terraplanagem, de pavimentação e de detonação de rocha estão sendo executadas. A previsão de conclusão é até o segundo semestre de 2024, de acordo com a Secretaria. O processo é coordenado pelo superintendente de Infraestrutura de Transporte (SIT), o engenheiro Saulo Pontes.

As obras da rodovia estão dentro do cronograma. No entanto, a construção de pontes e viaduto registra atraso devido ao cancelamento de contrato com a primeira empresa que venceu o processo licitatório e iniciou a construção da primeira ponte em 2021. Veja imagens atualizadas há 10 dias por Zé Drone.

Emasa executa obras de ampliação de redes de água e esgoto em áreas do PAI || Foto Divulgação
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Obras de ampliação de redes de água e esgoto estão sendo executadas pela Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) nos bairros beneficiados com as obras do Programa Acelera Itabuna (PAI), da Prefeitura. De acordo com a Empresa Municipal, no Santa Inês foram executadas obras de extensão de 240 metros de rede de esgotamento sanitário e feitas 40 ligações domiciliares à nova rede.

No Nova Itabuna, foram feitas redes de água e esgoto na Travessa da Paz e na Baixa Fria, após implantação de cerca de 70 metros de redes. Outra localidade beneficiada é o Bairro Jaçanã.

Segundo o gerente de Saneamento da Emasa, Tauan Sampaio, antes do asfaltamento das ruas, os domicílios devem ser atendidos por redes de água, esgoto e drenagem de águas pluviais, seguindo o básico das obras públicas e o instruído pelo prefeito Augusto Castro (PSD).

“O PAI é o maior programa de urbanização já realizado em Itabuna. Para o prefeito Augusto Castro não basta apenas o asfalto. Antes da pavimentação, as ruas que já dispõem de redes de água e esgoto, passam por revisão. Aquelas que ainda não possuem tais serviços, passam a ter”, disse Sampaio.

INFRAESTRUTURA E SANEAMENTO

Ainda segundo o gerente Tauan Sampaio, no Jardim Jaçanã foram beneficiadas com a implantação de rede de esgoto as ruas Sílvio Santos Brito, F, N e J. “No total foram instalados cerca de 350 metros de rede de esgotamento sanitário no bairro. Além disso, as vias também serão atendidas com a rede de microdrenagem, sob a responsabilidade da Prefeitura, através da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo (Siurb)”, afirmou o gerente de Saneamento da Emasa.

Há mais de 40 anos morando da Rua Poções, no Santa Inês, Natalício Oliveira Silva comemorou. “Agora com essa nova rede, vai melhorar e valorizar o bairro, mesmo sendo uma obra que fica enterrada e que a maioria dos gestores não quer fazer, porque não fica à mostra. O prefeito Augusto Castro foge dessa regra e coloca asfalto de qualidade com rede de esgoto por baixo”, festejou Natalício.

Construção de escola pública em Mato Grosso é uma das milhares de obras públicas paralisadas || Foto Direito das Ruas
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Estados e municípios agora poderão indicar ao governo federal as obras paradas que precisam ser retomadas com prioridade. Desde esta sexta-feira (10), está em funcionamento a plataforma Mãos à Obra, um sistema de monitoramento que permitirá aos governos locais atualizar, em um banco de dados, empreendimentos paralisados ou inacabados em suas regiões.

Desenvolvida pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) em menos de 30 dias, a plataforma indicará à União que projetos merecem ser retomados com mais urgência. A ferramenta auxiliará o governo federal a mapear e identificar as prioridades.

Segundo o Serpro, prefeitos e governadores devem dar prioridades a projetos voltados à saúde, educação, ao esporte e à cultura. A lista também deverá conter unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida e projetos da carteira do Ministério das Cidades.

Os gestores municipais e estaduais terão até 10 de abril para atualizarem as informações. As demandas serão respondidas conforme a ordem de envio. A prefeitura ou o governo estadual que alimentar o banco de dados primeiro terá o pedido de obra analisado mais cedo, colocado em lugar equivalente na fila de análise.

Em parceria com os ministérios, a Casa Civil analisará o banco de dados. Com base nas orientações da Presidência da República, o órgão definirá quais obras devem ser retomadas de imediato. Com informações d´Agência Brasil.

Obras de duplicação vão aliviar trânsito na rodovia atual, a BR-415 || Foto Pimenta
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Após adiar a visita do último dia 29 por causa das chuvas, Rui Costa retorna ao sul da Bahia nesta segunda-feira (6). Em Ilhéus, o governador vai inaugurar o Hospital Materno-Infantil Joaquim Sampaio, às 9h, acompanhando da secretária estadual da Saúde, Tereza Paim.

A unidade funcionará no antigo Hospital Regional Luiz Viana Filho, que recebeu investimentos de R$ 40 milhões em obras e equipamentos para prestar atendimentos de médio e alto risco na área pediátrica e gineco-obstétrica, com procedimentos como cirurgias pediátricas e parto de alto risco.

Hospital Materno-Infantil funcionará 24h e com atendimento de alto risco

O novo hospital, que tinha inauguração prevista para maio passado, dispõe de 105 leitos de internação, dos quais 10 de UTI Neonatal e 25 de semi-intensivo, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências da região de Ilhéus.

INÍCIO DAS OBRAS DA ILHÉUS-ITABUNA

O segundo compromisso de Rui Costa, nesta segunda, será dar início às obras de duplicação da Rodovia Ilhéus-Itabuna. Será, na verdade, construção de rodovia estadual na margem direita do curso do Rio Cachoeira no trecho Ilhéus-Itabuna, num total de 18 quilômetros de extensão, interligados por quatro pontes.

A duplicação está orçada em R$ 142,6 milhões e será tocada pelo consórcio Paviservice, devendo gerar cerca de 300 empregos quando atingir o pico da obra. A duplicação terá apenas recursos estaduais, segundo o governador Rui Costa. O consórcio vencedor da licitação começou a instalar o canteiro de obra há cerca de 10 dias. Confira vídeo com perspectiva do trecho onde nova rodovia, estadual, será construída.

Ponte está concluída há duas semanas e campanha cobra liberação do trânsito || Foto José Nazal
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Já “nos finalmentes”, a obra da nova ponte que ligará o centro e a zona sul de Ilhéus, no sul da Bahia, será concluída pela Construtora OAS até a próxima quarta (17). Ou, no mais tardar, sexta (19). Já o tráfego de veículos e pedestres pelo novo cartão postal da Terra da Gabriela deverá ser liberado após visita técnica do governador Rui Costa, o que ocorrerá nos próximos dias.

Agora, faltam apenas revisão dos acessos viários dos lados norte e sul. Uma outra etapa será a duplicação de trecho da BA-001, que está em ritmo acelerado.

Há uma sinergia de governos para que a obra seja concluída ainda nesta semana, embora a liberação deva ocorrer na semana do aniversário da cidade (28 de junho). É grande o apelo para que a ponte seja liberada para tráfego de veículos e pedestres assim que a obra for dada como pronta.

O superintendente de Transporte e Trânsito de Ilhéus, Gilson Nascimento, disse ao PIMENTA que o prefeito Mário Alexandre apresentou ao governo estadual o dia 28 de junho como sugestão de data para liberação do trânsito de veículos e pedestres, período suficiente, também, para maior avanço das obras de duplicação de trecho da BA-001, na zona sul.

A nova ponte será entregue sem a tradicional festa que se pretendia antes de o mundo tornar-se refém da Covid-19. A liberação dependerá tão somente do “ok” de quem a executa, o governo estadual. Ou, trocando em miúdos, dependerá do “liberado” de Rui Costa.

Há pouco, Rui postou nas redes sociais várias imagens feitas ontem à tarde pelo vice-prefeito e fotógrafo José Nazal. “Finalizando os últimos detalhes desta grande obra que vai facilitar a mobilidade da região e deixou a cidade ainda mais bela”, escreveu o governador.

SETE ANOS DEPOIS

A nova ponte teve ordem de serviço assinada na véspera do aniversário de Ilhéus, em 27 de junho de 2013, ainda quando a Bahia era governada por Jaques Wagner. De lá para cá, teve falência da Constran, a primeira construtora a tocar a obra. A Queiroz Galvão, segunda colocada no certame, deu linha na pipa, abriu mão. Isso em 2015. E houve nova licitação, ganha pela OAS, em 2016.

A partir daí, a obra ganhou novo impulso, mas sofreu lentidão, dentre outros motivos por causa do processo de quase falência e impactos da Lava Jato na OAS, assim como em outras das maiores empreiteiras do país.

Esperava-se o pior.

Rui, com Nazal, Paulo Magalhães e Rosemberg Pinto, em visita às obras, em janeiro de 2018 || Manu Dias

A obra seguiu. Desde 2018, já sob recuperação judicial, a empreiteira sofreu, ao menos, duas cobranças públicas do governador Rui Costa e a ameaça de tirá-la da obra. O “Correria”, como o governador é também chamado, tinha pressa.  A construção avançou, embora em ritmo não dentro do desejado pelo chefe do Executivo estadual.

Da promessa de entrega em 2018, adiou-se para 2019. E, finalmente, sai em 2020, numa data tão próxima do aniversário do município e ao gosto do prefeito Mário Alexandre, que tentará a reeleição no próximo pleito.

Certo é que, por fazê-la realidade – e com investimento próximo a R$ 100 milhões, o ilheense, o turistas e quem trafega pela BA-001 finalmente poderão trafegar pela tão esperada Ponte Jorge Amado.  Ou, simplesmente, “Dona Ponte”, como foi apelidada pelo vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal, que compõe a comissão de acompanhamento da obra e que dela fez fotos e vídeos que abasteceram veículos de comunicação e o governo baiano, além das redes oficiais do governador Rui Costa.

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Alguns desses invejosos tentam jogar a população contra quem trabalha pelo povo e para o povo, tentando ludibriá-la alardeando que as obras só têm dinheiro de fora e que Rui Costa é o prefeito de Ilhéus. “Puro xaveco, pois quem foi eleito foi euzinho aqui”, reclamou ao seu terceirizado.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

De proselitismo em proselitismo o cidadão ilheense vai sendo engambelado pelas elucubrações mal-ajambradas ditas e repetidas pelo alcaide, sobre fatos que mereceriam ser levados a sério. Mas esse não é o forte de Marão, que prometeu durante a campanha política cuidar dos ilheenses, o que não deixou de ser apenas mais um apelo fabricado pelos marqueteiros de plantão.

Não é de agora que os ilheenses vêm fazendo um apelo patético ao alcaide, cobrando sua promessa de campanha: “Marão, cuida de mim!”. Em que pese a necessidade dos cuidados não apenas na saúde, Marão, o médico, não se sensibiliza. E não é pra menos, sua ocupação é monumental, tem de participar de reuniões em cima de reuniões, para prometer resolver todos os problemas de Ilhéus. Mas que eles serão amplamente solucionados no segundo mandato, como sem falta, como anuncia.

Porém, os ilheenses não pensem que Marão não está atento às questões mais prementes da cidade, e, agora mesmo, com a ajuda da competente equipe de assessores, colocou em prática um projeto que vai dar o que falar pelo Brasil afora. Embora tenha se sentido exausto pelo grande número de reuniões nas casas dos colaboradores mais leais, valeu o esforço e já está em prática um projeto social da maior grandeza: o “Me Ajuda, Rui”.

Num desses dias estafantes, reunidos na casa de um habilidoso secretário, Marão não suportou o cansaço e resolveu tirar uma rápida pestana. Enquanto o suave repouso restabelecia as energias, os secretários trabalhavam incessantemente para mostrar serviço quando Marão acordasse. Nesse interregno, os fiéis servis resolveram fazer um joguinho para ver quem seria o mais inteligente, e entre um sou eu, não é você, resolveram disputar na mão grande.

Foi uma glória quando o chefe acordou – refeito, por sinal – pronto para a labuta, e não se recusou a dar uma de médico – olha o juramento de Hipócrates – e engessou a mão do colaborador que se deu mal na contenda. Como é estafante essa vida de prefeito. Mas nada que não possa ser resolvido com prontidão pelos fiéis colaboradores, comemorando o sucesso do duplo empreendimento com uma boa taça de vinho, importado, como merecia a brilhante ocasião.

E quem disse que dessa reunião foram para casa descansar? Nada disso, rumaram para uma outra, preparatória para a próxima que terá com o governador Rui Costa, em Salvador, bastante estafante, com o sobe e desce de avião e o tráfego complicado da capital. Ufa! No recôndito do gabinete que comanda a Bahia – e Ilhéus, é claro – decidirão o futuro dos ilheenses, tema sério que não logrou solução nesses 486 anos de fundação e 138 de elevação à categoria de cidade.

Finalmente, agora vai! Marão pedirá ao governador Rui Costa permissão para ser candidato à reeleição, uma decisão por mais difícil e complicada, não fosse esses petistas teimosos anunciar candidato próprio. E a parceria de Marão com o governador não vale nada? Pura ingratidão com um alcaide que não faz outra coisa a não ser o futuro de minha querida Ilhéus…

Se não bastasse esses adversários – verdadeiros inimigos de Ilhéus –, ainda existe essa malfadada imprensa que não enxerga as relevantes obras construídas com muito esforço para o povo. Alguns desses invejosos tentam jogar a população contra quem trabalha pelo povo e para o povo, tentando ludibriá-la alardeando que as obras só têm dinheiro de fora e que Rui Costa é o prefeito de Ilhéus. “Puro xaveco, pois quem foi eleito foi euzinho aqui”, reclamou ao seu terceirizado.

Mas essa imprensa não perde por esperar! A da Prefeitura ele já tomou satisfações e mandou embora dois secretários e não custa demitir o terceiro, já na marca do pênalti e com outro em vista. E Marão está certo, pois cansou de ler nos jornais e blogs os muitos erros e troca-troca de releases. Era um tal de desconsidere o outro e vale esse que já estava incomodando todo o mundo.

Mas esse povo da imprensa não sabe que em meu governo tem autoridade? Não importa quem disse, mas os textos têm de ser passados a limpo por quem de direito, gente letrada e de minha confiança, com assento no meu gabinete, experts em política. Eles que se aquietem, do contrário decretará pão e água para essa cambada, como uma medida pedagógica até que aprendam quem realmente manda na cidade.

E por falar em quem manda, Marão já tomou uma decisão inédita! Depois de muitas horas de reunião, finalmente vai dar prosseguimento à pista marginal à BA-001, na zonal sul, para que, finalmente, consiga chegar ao conjunto habitacional do Ceplus. Após um brainstorming (tempestade de ideias) com os briosos secretários e assessores, elaboraram dois projetos para dar continuidade à marginal direita.

Os dois grandiosos projetos já estão com a equipe técnica para analisar qual o mais viável, se a construção de um viaduto ou de um túnel para que o tráfego possa fluir com toda a tranquilidade por baixo ou por cima do restaurante Psiu!. São atitudes como essa que demonstram competência, o denodo e determinação da administração pública ilheense.

E na próxima campanha continuará a conclamar o eleitor ilheense a se manifestar nas praças públicas: “Marão, continua cuidando de mim…”. Agora, vai!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Walmir Rosário | wallaw1111@gmail.com

Diversos compromissos de retribuição da generosidade ilheense foram prometidos, porém todos eles em vão, sem qualquer reciprocidade. Mão de via única.

Nestes últimos cinco anos o município de Ilhéus vem passando por um período de pobreza extrema. Não sei se é justo comparar, mas lembra muito a crise desencadeada pela introdução da vassoura-de-bruxa na região cacaueira da Bahia. Só que desta vez a miséria não reinou absoluta como antes, maltratando perversamente todos os segmentos da economia regional, mas atingindo diretamente o setor público, responsável pelo desenvolvimento social da comunidade.

E Ilhéus reunia todas as condições econômicas e políticas para se transformar na “bola da vez” do Sul da Bahia, voltando a desfrutar do título de “Princesinha do Sul”, da época dos coronéis do cacau, quando esbanjava riqueza, histórias e estórias. Pasmem os senhores, reunidas todas as condições favoráveis, a exemplo de ser destacada nas revistas econômicas como uma dos 100 melhores municípios para receber investimentos e, ainda por cima, sediar megaempreendimentos como o Complexo Intermodal do Porto Sul e suas variantes, Zona de Processamento e Exportação (ZPE), dentre outros projetos.

Como já disse acima, com as variáveis e pontos fortes favoráveis nas áreas econômicas e políticas, as autoridades de Ilhéus não conseguiram “cortar nenhum laço de fita” para inaugurar uma só obra, por mais ínfima que fosse. E não foi por falta de amizade, afinal, o prefeito Newton Lima sempre foi ressaltado pelo governador Jaques Wagner como um correligionário de primeira hora, daqueles que “comeram poeira na estrada”, um companheiro comprometido com as causas de Ilhéus, a cidade mais bonita da Bahia, como se referia costumeiramente o governador Wagner.

E olha que o “dever de casa” foi feito com todo o carinho pelo prefeito Newton Lima e retribuído pela população ilheense com uma avalanche de votos, contribuindo diretamente para alçar Wagner a cargo de mais alto mandatário da Bahia. E a história se repetiu – mesmo não sendo em forma de farsa – na eleição seguinte, o que garantiu sua permanência no cargo com novo mandato. Diversos compromissos de retribuição da generosidade ilheense foram prometidos, porém todos eles em vão, sem qualquer reciprocidade. Mão de via única.

O que teria faltado para que o governador pudesse cumprir seus compromissos, feitos em praça pública para quem quisesse ouvir? Incapacidade de execução por falta recursos orçamentários e financeiros do Estado para investir em Ilhéus? Dificuldades por falta de tempo para elaborar e operacionalizar os projetos? Não creio, pois a vontade política sempre prevalece. Quando é vontade do “rei”, os técnicos se debruçam sobre o problema e conseguem viabilizar o mais intricado obstáculo.

Há quem afirme ser simples ingratidão, afinal, as palavras ditas o vento as leva, as gravadas podem ser esquecidas, as impressas apagadas ou incompreendidas. Foi-se o tempo em que prevalecia a palavra do político, o compromisso assinado simbolicamente através de um “fio do bigode”. Uma prova viva e resistente da promessa política é a antiga ponte Lomanto Júnior, que liga o centro da cidade ao bairro do Pontal, realizada e cumprida pelo governador Antônio Lomanto Júnior, que faz parte de uma saga de político em extinção.

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Do Uol
Ano de eleição municipal e a situação se repete em várias cidades do Brasil: de olho nas urnas, políticos lançam ou apressam obras que, em muitos casos, estavam paradas ou cujos cronogramas previam outras datas de inauguração, para não mencionar a necessidade ou a prioridade de algumas dessas obras.
São ruas com trechos interdidados, praças fechadas, recapeamentos de vias, calçadas onde a passagem de pedestres se torna quase impossível e outras variedades. Alguns municípios viram verdadeiros “canteiros de obras” nesta época. Pela legislação eleitoral, candidatos à eleição só podem participar de inaugurações de obras até o dia 7 de julho.
A prática de concentrar inaugurações de obras em anos eleitorais é recorrente no país e ruim para a gestão pública, avalia o professor do Departamento de Gestão Pública da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Marco Antonio Teixeira.
“É muito comum os governantes do Brasil fazerem isso. Deixarem seu pacote de investimentos para o ano eleitoral, exatamente para aumentar a sua popularidade para ter condições de se reeleger ou de fazer o seu próprio sucessor”, diz.
Pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada), com base em dados de 1995 a 2011, revela que o investimento público de prefeituras, governos estaduais e federal, sempre aumenta em ano de eleição. Em contrapartida, quando não há disputa por cargos, há contenção de despesas.