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emasa 2A Prefeitura de Itabuna estuda propostas de quatro empresas para reformular a gestão da Emasa. Segundo o prefeito Claudevane Leite (PRB), não se trata de um caminho à privatização dos serviços de fornecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, mas a busca de uma estratégia capaz de melhorar a operação.

Foram apresentadas ao governo propostas do Grupo Águas do Brasil, construtora Casa Própria, Odebrecht e da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). Elas responderam a um Procedimento de Manifestação de Interesse e tiveram 30 dias para esquadrinhar a Emasa e expor seus projetos.

Técnicos do governo devem concluir a análise dos relatórios até o dia 8 de abril. Em seguida, haverá audiências públicas com a participação da comunidade e de funcionários da Emasa.

Segundo a Prefeitura, a empresa municipal está endividada e não tem capacidade de fazer investimentos para melhorar a qualidade dos serviços prestados.

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Informe publicitário

CARTA ABERTA AO POVO DE ITABUNA

CRISE DA ÁGUA EM ITABUNA E PPP: TARIFAS CARAS,
PÉSSIMO SERVIÇO E LUCRO FÁCIL PARA EMPREITEIRAS

É plausível que o governador Rui Costa esteja “preocupado” com a questão do saneamento básico de Itabuna (sobretudo o abastecimento de água). O problema é propor como solução uma Parceria Público-Privada, conhecida pela sigla PPP.

Não se pode omitir que, passados vários governos estaduais, só agora se vislumbram medidas mais concretas para enfrentamento do nosso maior entrave social e econômico, que é a falta de investimentos em saneamento básico. A autorização da construção da Barragem no Rio Colônia, orçada em R$ 119 milhões, vem atender uma demanda antiga da região. 

Contudo, apresentar uma PPP como solução para operação dos serviços de água e esgotamento sanitário em Itabuna é, sem dúvidas, uma forma de privatizar os serviços, algo tentado por governos anteriores e rechaçado pelos movimentos sindical e social, entidades de classe e partidos políticos. Se privatizar (entregar o serviço para empresas privadas), isso vai custar caro à população.

A desculpa é que, tanto a nossa empresa municipal, a Emasa, quanto a estadual, a Embasa, não têm recursos para investir, mas não é verdade. Conforme levantamento do Plano Municipal de Saneamento Básico de Itabuna, que está em fase de conclusão, para garantir abastecimento de água e esgotamento sanitário a toda população é preciso investir R$ 350 milhões em 20 anos, cerca de R$ 17 milhões por ano. Isso é um terço da capacidade de faturamento anual da Emasa, que é de R$ 50 milhões.

Ou seja, existe dinheiro público para obras, basta uma boa gestão e acesso aos financiamentos e aos orçamentos do Estado e da União.

Apresentar a PPP como alternativa é pretexto para drenar grandes volumes de dinheiro para empreiteiras – muitas delas envolvidas em esquemas de corrupção, a exemplo da Odebrecht, uma das interessadas em prestar esse serviço em nosso município. Essa mesma empreiteira oferece exemplo emblemático: através de PPP, com recursos da Caixa Econômica Federal, construiu e opera o emissário submarino da Boca do Rio, o segundo construído em Salvador, mediante contrato de 18 anos, ao custo de R$ 250 milhões.

Desde 2012 a Embasa já desembolsou R$ 235 milhões, isso representa 94% do valor da obra. Ao finalizar o contrato, em 2028, sairá mais de um R$ 1 bilhão, quando teria tudo para ter feito e estar operando o empreendimento. Afinal, fez e opera o primeiro emissário da capital baiana, o do Rio Vermelho. Estudos técnicos da própria empresa indicam que, se a empresa estivesse operando o emissário da Boca do Rio, o custo seria menos de 50% do que paga à Odebrecht. Tem dinheiro demais escorrendo pelo ralo e é isso que permite irrigar o Caixa 2 de campanhas políticas e a corrupção.

Na verdade, o que se pretende em Itabuna é pegar uma empresa pública (a Emasa) e doá-la para empresários, numa criminosa entrega de patrimônio. Além disso, a falsa solução com a PPP significará aumentos exorbitantes de tarifas, precarização do trabalho, queda na qualidade do serviço e demissões em massa. E quem mais vai sofrer é a população mais pobre.

Por isso somos contra a privatização. Água é direito humano fundamental, não pode ser transformada em mercadoria. A população de Itabuna não deve aceitar a PPP e está convocada a lutar contra essa proposta indecorosa, assim como aconteceu no Uruguai, Argentina, Bolívia, Paris (França) e na Bahia. Lembra-se que tentaram vender a Embasa e o povo reagiu? FAÇAMOS O MESMO AGORA!

SINDAE – Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no estado da Bahia.

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O juiz federal Sérgio Moro determinou o bloqueio de R$ 20 milhões das contas dos presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Os dois foram presos hoje (19) na 14ª Fase da Operação Lava Jato.

O valor foi bloqueado eletronicamente para garantir eventuais ressarcimentos aos cofres públicos em caso de condenação dos investigados. O bloqueio atinge as contas de mais oito investigados.

As investigações que resultaram na 14ª fase da Operação Lava Jato revelam que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras que superfaturavam contratos da Petrobras.

De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, as duas empreiteiras, no entanto, diferentemente das demais investigadas, usavam um esquema “mais sofisticado” de pagamento de propina a agentes públicos e políticos por meio de contas no exterior, o que exigiu maior aprofundamento das investigações, antes do pedido de prisão dos diretores das empresas.

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Polícia Federal prende executivos da Odebrecht e Andrade Gutierrez (Foto Marcelo Camargo/Ag. Brasil).
Polícia Federal prende executivos da Odebrecht e Andrade Gutierrez (Foto Marcelo Camargo/Ag. Brasil).

O dono e presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo, estão entre os presos na 14ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje (19) pela Polícia Federal (PF).

Marcelo Odebrecht foi preso em casa, em São Paulo, e será levado por agentes da PF para Curitiba, no Paraná. Ao todo, estão sendo cumpridos nos estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, 59 mandados judiciais, sendo 38 mandados de busca e apreensão, nove mandados de condução coercitiva, oito mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária.

Denominada Erga Omnes – expressão latina usada no meio jurídico para indicar que efeitos de algum ato ou lei atingem todos os indivíduos, o nome é uma referência ao fato de as investigações terem atingido agora as duas maiores empreiteiras do país, que até então, não haviam sido alvos da Lava Jato.

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O espertalhão Joel Paixão Santos, 37 anos, foi preso nesta sexta-feira, 7, em Itabuna, por suspeita de envolvimento em crime de estelionato. Segundo três vítimas, Joel se fazia passar por funcionário da empresa Odebrecht e dizia estar realizando seleção de trabalhadores para a obra da Ferrovia da Integração Oeste-Leste.

Joel fazia a “seleção” há mais de nove meses e lesou diversas pessoas, às quais pedia dinheiro para a suposta realização de exames médicos. O valor cobrado de cada um era de R$ 200,00.

A armação foi identificada porque o estelionatário evitava conversar com os “candidatos ao emprego” após a entrega do dinheiro. Segundo as vítimas, há dois meses Joel não atendia mais ao telefone, mas ele acabou sendo encontrado por acaso por uma das vítimas, que acionou a polícia.

O bandido foi preso no bairro Banco Raso e por pouco não sofreu linchamento.

Informações e foto do Radar Notícias

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Geddel é flagrado em escutas em que detona João Henrique e defende empresas (Foto Pimenta).
Geddel é flagrado em escutas em que detona João Henrique e defende empresas (Foto Pimenta).

Se você acreditava que a política baiana estava mais do que morna em dias de recesso (dos) políticos, saiba que tudo vai ser diferente a partir deste domingo. Na edição de hoje, o jornal A Tarde traz diálogos comprometedores, bombásticos, envolvendo o advogado Carlos Barral, preso sob acusação de pedofilia, e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.

A dupla é flagrada em escutas telefônicas da Operação Expresso, que investiga esquema de propina entre peemedebistas na Agerba e donos de empresas de ônibus intermunicipais. Geddel e Barral dialogam sobre como empresas de ônibus poderiam ser beneficiadas em um projeto de corredores viários em Salvador, desenvolvido pela prefeitura.

Os dois trabalham pelas empresas em detrimento da participação de construtoras no projeto. Dentre as empreiteiras, estão a OAS e a Odebrecht. Numa determinada ligação, Barral fala sobre a força da OAS e a ligação da diretoria da construtora com o governador Jaques Wagner. Logo após, o ministro Geddel fala em fechar o “circuito” do prefeito João Henrique em Brasília.

Ainda em diálogo gravado, Geddel aparece afirmando que o prefeito João Henrique (PMDB) não é confiável. “[João Henrique] não é uma figura que a gente pode estar confiando no que ele coloca”, observa o ministro e pré-candidato ao governo da Bahia. Ao jornal, o ministro peemedebista nega ter agido em defesa das empresas e ter dito que João não era homem para se confiar.

Confira a reportagem assinada por Flávio Costa e Marcelo Brandão (clique aqui).