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A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Regional Sul da Bahia vem a público manifestar sua preocupação com os rumos da pandemia de coronavírus, especialmente no município de Itabuna, grande centro político e econômico de nossa região.

O Brasil passa pelo pior momento da pandemia, com recordes no número de mortes dia a dia. A posição negacionista do presidente da República, rejeitando as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e dos mais renomados médicos e infectologistas, faz do Brasil uma ameaça sanitária para o mundo. Bolsonaro estimula as aglomerações, condena o uso de máscaras, dificulta a aquisição de vacinas, não habilita leitos de UTIs e aprofunda a crise com uma política econômica que desemprega e aumenta o custo de vida de quem mais precisa.

A CTB Regional Sul da Bahia presta solidariedade a luta travada pelos governadores que estão sofrendo ameaças, inclusive de morte, pelas medidas mais restritivas e necessárias que estão adotando no combate à pandemia da Covid-19.

O momento é crítico e vai exigir maior comprometimento de toda a sociedade no enfrentamento da grave crise sanitária e a sua repercussão na vida social, econômica e política. A crise anuncia uma tragédia e todo o nosso esforço deve ser potencializado no combate a pandemia e na solidariedade a quem mais precisa, sobretudo, o apoio às populações mais carentes e vulneráveis.

Nesse sentido, é necessário que o prefeito de Itabuna e de outros municípios tenham consciência que somente com a adoção de medidas restritivas será possível salvar vidas. Seguir as medidas do governo do Estado é o mínimo que se deve fazer. Itabuna continua sem um plano estratégico bem definido de enfrentamento à pandemia. Colocando em prática ações apenas reativas. O poder público está ainda distante das universidades quanto aos planos de enfrentamento e o acompanhamento de especialistas nas áreas de saúde, de economia e estatísticas destes centros de pesquisa e conhecimento. Para cada medida adotada, o prefeito pede a benção dos setores econômico e religioso da cidade.

Sem um plano consistente, baseado na ciência e discutido com toda a sociedade, o município não terá êxito nessa luta. Saudamos a iniciativa de implantação do hospital de campanha e do Auxílio Emergencial Itabuna, contudo, medidas isoladas não serão capazes de controlar a propagação do vírus.

Conclamamos ao prefeito que estabeleça, juntamente com as universidades, autoridades sanitárias e a sociedade organizada, um plano estratégico de enfrentamento da crise sanitária. Um plano que não seja uma cocha de retalhos para atender a interesses de grupos particulares. Que as medidas tenham como centro a diminuição da curva de crescimento da doença, objetivando desafogar o sistema de saúde, que possibilite aos profissionais que estão na linha de frente do enfrentamento oferecer um atendimento mais tranquilo, seguro e de qualidade. Que se estabeleça o rodízio do funcionamento das atividades econômicas e, caso seja necessário, determine-se o fechamento das atividades não essenciais. É preciso que o município seja firme no propósito das medidas e não ceda a pressões. Além disso, fiscalize com rigor e puna aqueles que descumprirem tais medidas, controlando todos os espaços públicos que estão sob o seu controle.

A não observância da gravidade do momento vivido nos aproxima de uma crise humanitária ainda mais aguda. É possível derrotar o vírus, para tanto é preciso adotar medidas firmes, mesmo que duras e que poderão ir de encontro a interesses de determinados grupos, mas que são claramente já demonstradas como eficientes e eficazes no controle da disseminação do vírus e na diminuição da pressão sobre o sistema de assistência hospitalar que se encontra a beira de colapso, gerando perdas de vidas humanas evitáveis.

Em defesa da vida,

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A maioria das pessoas não sabe que o alcoolismo é uma doença. O alerta é feito pelo membro do Alcoólicos Anônimos (A.A.), Tadeu T.B., sóbrio há três anos e que faz parte do comitê de divulgação do grupo. “Existe muito preconceito e ele é originado da desinformação, acham que a pessoa que tem problema com a bebida alcoólica é por falta de caráter, de vergonha na cara, e outras expressões pejorativas que acabam utilizando”, explica.
Hoje (18) é lembrado como o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, data instituída para conscientizar a população sobre a doença e os prejuízos causados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Segundo Tadeu, há diversas formas de se informar e buscar ajuda, e uma delas é o A.A. “Há linhas diferentes de buscar solução para o problema. As políticas públicas buscam a redução de danos, enquanto o A.A., por exemplo, busca a abstinência total”, compara.
Segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita pelo Ministério da Saúde, em 2016, a frequência do consumo abusivo de bebidas alcoólicas foi de 19,1%, sendo cerca de duas vezes maior em homens (27,3%) do que em mulheres (12,1%). Considera-se uso abusivo quem ingeriu de quatro a mais doses para mulheres, ou cinco a mais doses para homens, em uma mesma ocasião dentro dos últimos 30 dias antes da pesquisa.
Tadeu explica que a  pessoa que sofre com o alcoolismo ou sua família precisa procurar ajuda, pois há uma dificuldade muito grande na aceitação da doença. Ele contou que o pai também é alcoólatra e conseguiu deixar o vício com tratamento psiquiátrico, utilizando remédios. “Tentei essa forma e comigo não funcionou”, diz.
“É cultural, todas as ocasiões sociais são regadas a muita bebida. Então, a dificuldade é que, ao tirar esse momento, a pessoa não sabe o que fazer na vida, não tem perspectiva”, explicou. “Vive-se em negação por muito tempo, dar o braço a torcer é muito difícil”, diz. Mesmo depois que o alcoólatra consegue aceitar a ajuda, segundo Tadeu, o alcoolismo é um problema crônico que exige atenção para o resto da vida.
FATOR AGRAVANTE
O aumento no percentual de brasileiros que combinam álcool e direção também foi demonstrado pela pesquisa Vigitel. Em 2016, 7,3% da população adulta das capitais brasileiras declararam que bebem e dirigem. No ano anterior, o índice foi de apenas 5,5%. Um aumento de 32%, em apenas um ano, segundo o Ministério da Saúde.
O álcool pode ocasionar ou ser um fator agravante para várias doenças, tanto fisiológicas quanto psicológicas e comportamentais. “Difícil achar um alcoólico que não pensou em se suicidar”, conta Tadeu.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o uso nocivo do álcool é um fator causal para mais de 200 doenças e condições de lesão. No mundo, 5,1% da carga global de doenças e lesões é atribuída ao álcool.
O importante, segundo Tadeu, é procurar ajuda, seja com o médico, o psicólogo ou com grupos como o A.A. A irmandade possui cerca de 5 mil grupos espalhados pelo país e não tem vínculos com nenhuma religião ou partido político. Informações e orientações sobre o A.A. estão disponíveis no site da organização. Da Agência Brasil.

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Pesquisa revela que umburana é uma das espécies que podem ajudar no combate ao mosquito (Foto Ag. Brasil).
Pesquisa revela que umburana é uma das espécies que podem ajudar no combate ao mosquito (Foto Embrapa).

Maiana Diniz | Agência Brasil

Duas plantas comuns na Caatinga – a cutia e a umburana – estão sendo estudadas por um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido por terem compostos que funcionam como biopesticidas no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, do vírus Zika e da chikungunya. Os testes mostraram que os compostos dessas plantas são capazes de exterminar até 50% das larvas dos mosquitos, valor de referência para que sejam classificados como eficazes.

O coordenador da pesquisa, Alexandre Gomes, contou que desde 2011 um grupo de pesquisadores do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga vem estudando plantas desse bioma em busca de substâncias com propriedades larvicidas contra o mosquito. “Já sabíamos que os compostos aromáticos, ou terpenoides, reconhecidos a partir do cheiro forte de certas plantas, são inseticidas. Se eu pegar a folha da pitanga e amassar, por exemplo, vou sentir o cheiro da pitanga. O mesmo ocorre com o cravo da índia. Essas plantas têm uma quantidade boa desses compostos chamados terpenóides”, explicou. Os óleos essenciais da cutia e da umburana também são obtidos por meio do sumo da folha.

Os pesquisadores testaram os óleos essenciais de diversas plantas, seguindo o modelo definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “A gente pega um recipiente, no caso, um copo descartável, faz uma solução do óleo essencial com água e, em cada copinho, coloca 50 ml de líquido e 10 larvas do mosquito. Após 24h, averiguamos quantas larvas morreram e se o resultado foi satisfatório.”

Alexandre Gomes explicou que a grande vantagem de usar pesticidas vegetais, orgânicos, é que essas substâncias são mais seletivas e agem em pragas específicas. Os resultados dos testes mostraram que os óleos matam mais de 50% das larvas, número de referência na biologia para saber se um composto funciona. “Um produto é considerado eficaz quando mata 50%”, ressaltou.

TESTES

Agora, para que esses óleos essenciais possam se tornar produtos comerciais, os pesquisadores estão investigando se só fazem mal aos mosquitos. “Apesar de ser um produto natural, precisamos saber até que dose podemos utilizar, até que ponto não fazem mal. Estamos em fase de teste de toxicidade para saber se não causam danos a células humanas e a outros organismos”, explicou. Segundo ele, os testes de toxicidade vão permitir que saibam a dose exata. “Ainda no primeiro semestre teremos os resultados”, acrescentou.

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Aferir nível de glicose é medida para controlar ou combater diabetes (Foto Fábio Pozzebom/Agência Brasil).
Aferir nível de glicose é medida para controlar ou combater diabetes (Foto Fábio Pozzebom/Agência Brasil).

Enfermidade que atinge mais de 415 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 12 milhões só no Brasil, o diabetes é uma doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue, surgindo quando há redução ou deficiência na produção do hormônio insulina pelo pâncreas. Segundo estimativa da Federação Internacional do Diabetes chegaremos em 2040 com 642 milhões de diabéticos em todo o mundo, o que significa um em cada 11 adultos portadores da doença.

Comemorado internacionalmente em 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes envolve campanhas de divulgação e sensibilização sobre o tema. A data foi instituída pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1991 e conta com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que em 2006 assinou uma Resolução reconhecendo o diabetes como uma doença crônica e de alto custo mundial.

A nutricionista Patrícia Ruffo, mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, afirma que somente 26% dos diabéticos conseguem controlar a diabetes, que é uma doença crônica. “No entanto, uma pessoa pode reduzir as chances de desenvolver o diabetes tipo 2 em 58% dos casos simplesmente perdendo 7% do seu peso corporal”, disse.

Em Itabuna, centenas de pessoas foram às ruas neste sábado (Foto Pimenta).
Em Itabuna, centenas de pessoas foram às ruas neste sábado (Foto Pimenta).

O último Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), pesquisa do Ministério da Saúde feita por telefone em 26 estados e no Distrito Federal,  mostrou que mais da metade dos brasileiros (52,4%) está acima do peso e a obesidade é um dos principais fatores para o pré-diabetes e o diabetes tipo II.

E, embora 62% dos brasileiros tenha ao menos um fator de risco para desenvolver o diabetes, somente 3 em cada 10 pessoas já ouviram falar do pré-diabetes, segundo pesquisa realizada por uma empresa farmacêutica. O pré-diabetes é um estágio anterior ao diabetes tipo 2 e ocorre quando os níveis de açúcar no sangue já estão acima do considerado normal, mas ainda é possível reverter o quadro com mudanças no estilo de vida. Adotar uma alimentação saudável, deixar de fumar e praticar exercícios físicos de forma regular são fundamentais para evitar a diabetes.

Valeu enfeitar a bike para participar da ação contra o diabetes em Itabuna (Foto Pimenta).
Valeu enfeitar a bike para a ação contra o diabetes em Itabuna (Foto Pimenta).

O pré-diabetes, assim como a diabetes, é difícil de diagnosticar. A doença só apresenta sintomas quando já está instalada e avançada, como, por exemplo, sede excessiva, necessidade de urinar muitas vezes e em grande quantidade, visão borrada ou cansaço acentuado.

Quem tem diabetes, ou está pré-diabético, precisa de uma alimentação equilibrada, com horários estabelecidos e intervalos adequados entre as refeições. O ideal é a ingestão de fibras, frutas e verduras, e a diminuição de alimentos saturados como frituras e açúcares simples (sacarose) encontrados, por exemplo, nos doces em geral. Com informações da Agência Brasil.

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saúde mentalAs doenças mentais e neurológicas atingem aproximadamente 700 milhões de pessoas no mundo, representando um terço do total de casos de doenças não transmissíveis, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os especialistas advertem que pelo menos um terço dos que sofrem com problemas mentais e neurológicos não tem acompanhamento médico. A revelação está no Plano de Ação para a Saúde Mental 2013-2020.
Ao longo desta semana, especialistas estarão reunidos para discutir o assunto, em Genebra, na Suíça, durante a Assembleia Mundial da Saúde. O  Plano de Ação para a Saúde Mental 2013-2020 mostra que as doenças mentais representam 13% do total de todas as doenças do mundo e são um terço das patologias não transmissíveis.
Segundo as estimativas, cerca de 350 milhões de pessoas deverão sofrer de depressão e 90 milhões terão uma desordem pelo abuso ou dependência de substâncias. A OMS define depressão como um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza, perda de interesse, ausência de prazer, oscilações entre sentimentos de culpa e baixa autoestima, além de distúrbios do sono ou do apetite. Também há a sensação de cansaço e falta de concentração.
A depressão pode ser de longa duração ou recorrente. Na sua forma mais grave, pode levar ao suicídio. Casos de depressão leve podem ser tratados sem medicamentos, mas, na forma moderada ou grave, as pessoas precisam de medicação e tratamentos profissionais. Segundo a OMS, quanto mais cedo começa o tratamento, melhores são os resultados.
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