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paixaobarbosaO jornalista Paixão Barbosa deixou nesta sexta-feira (28) o comando da Secretaria de Comunicação Social de Ilhéus. Por meio de carta, ele informa que a decisão foi tomada por motivos pessoais. O cargo será ocupado, interinamente, pelo jornalista Valério de Magalhães, mas deverá ser confirmado no cargo ainda nos próximos dias.
– Infelizmente, por problemas de ordem pessoal, familiares e de saúde, informei, já há algum tempo, ao prefeito e agora mais amigo ainda, Jabes Ribeiro, da impossibilidade de continuar à frente da Secom – escreveu Barbosa em missiva endereçada aos profissionais de comunicação.
Barbosa ainda afirma que sai com a sensação de “ter feito tudo ao meu alcance para corresponder à confiança” depositada nele. Ele faz agradecimento ao prefeito Jabes Ribeiro e ao vice, Cacá Colchões, e diz que continuará sendo um colaborador de Ilhéus, “mesmo a distância”.
Profissional com larga experiência em assessoria de comunicação, ex-A Tarde e ex-direitor da Agência de Notícias A Tarde, Barbosa assumiu a Secom em janeiro de 2013. Desde julho do ano passado, já mostrava intenção de deixar o cargo devido a questões familiares e de saúde, citadas na carta. A exoneração foi agora consumada.

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paixaobarbosaPaixão Barbosa

Detentora de uma significativa marca – mais de 20 milhões de votos nas eleições presidenciais de 2010 – e ostentando índices também significativos nas últimas pesquisas de opinião na corrida para 2014, a ex-senadora Marina Silva surpreendeu a quase todo o mundo político ao optar pelo ingresso no PSB, depois de ver naufragar nos meandros legais do TSE a sua Rede Sustentabilidade, que ainda pretende ser um partido político sem os desgastes e as marcas negativas que as legendas atuais carregam consigo. A surpresa, contudo, foi mais pela opção de entrar num partido que já tem um pré-candidato definido, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do que pelo fato de não aceitar os conselhos recebidos de se manter à margem da disputa de 2014, preservando, assim, a imagem de pureza com que ela fez questão de dourar a ideia da sua Rede.

Afinal, por maior que seja o desejo de apresentar-se para a disputa com uma proposta de partido bastante diferenciada dos demais, não seria possível imaginar que Marina Silva atendesse à banda dos seus seguidores que preferiam vê-la fora da campanha a decidir reingressar no sistema eleitoral num partido tradicional e, portanto, capaz de carregar no seu DNA as mazelas que tanto têm desgastado as legendas tradicionais. Até porque Marina, embora faça questão de manter um discurso diferenciado, lembrando sempre que sua luta não tem os mesmos estímulos dos políticos considerados tradicionais e sim são gerados pela vontade de transformar profundamente as bases sociais do Brasil, correria um risco muito grande de perder visibilidade ao ficar sem palanque por mais quatro anos, especialmente num País no qual os eleitores têm memória de peixe, ou seja, quase nenhuma.

Assim, para analistas políticas e também para as chamadas “cobras criadas” da cena política nacional, a ex-senadora seria obrigada a participar, de algum modo, das eleições do próximo ano e, com a frustração provocada pela decisão do TSE, o único caminho seria mesmo ingressar numa legenda já formada. Tanto que foram várias as legendas que se ofereceram para abrigá-la e aos “marineiros”, como são chamados seus seguidos mais fiéis. Todas de olho no patrimônio eleitoral que Marina conquistou em 2010 e que as pesquisas de opinião recentes revelam que ela está mantendo.

Inesperada mesmo foi a decisão de ingresso no PSB. Nem tanto pela imagem da sigla, uma vez que a legenda socialista tem sido vista no Brasil como uma espécie de segundo time de muita gente, ou seja, mesmo os que não votam em seus candidatos manifestam simpatia pelo partido criado em 1947 e que teve no baiano João Mangabeira um dos seus fundadores e principais ideólogos. Extinto em 27 de outubro de 1965, pelo Ato Institucional nº 2, promulgado pelo governo ditatorial, o partido foi recriado oficialmente em 1988, mas nunca ocupou um espaço tão significativo na cena política nacional que lhe pudesse atrair desafetos. O que, ao lado de não ter tido nenhum figurão dos seus quadros envolvidos nos recentes escândalos de corrupção, contribuiu para ter a imagem simpática já citada.

Ao entrar no PSB, Marina aumentou as preocupações do PT e de Dilma Rousseff, além de deixar Aécio Neves e o seu PSDB também de cenho franzido, como sempre acontece quando um fato novo acontece no cenário político e, além de se constituir uma surpresa, carrega potencial de provocar alterações num quadro até então estável e no qual vinham se baseando as análises para 2014. Mas, além da surpresa e do incômodo gerados, o gesto da ex-senadora deixou no ar uma grande interrogação a respeito do que realmente Marina deseja para seu futuro imediato, ou seja, em relação às eleições de 2014.

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DA ALEGRIA INOCENTE AO RACISMO GRAVE

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

1O teu cabelo não negaO texto segue o tempo, o que não parece óbvio para todo mundo. Quando, há mais de 80 anos, cantava-se “mas como a cor/ não pega, mulata,/ mulata eu quero teu amor…”, O teu cabelo não nega (Irmãos Valença-Lamartine Babo) era apenas alegria inocente; hoje, significa grave ofensa à raça, traumatiza a Lei Afonso Arinos e estatutos afins. Com o passar dos anos, a sociedade adquiriu mais consciência do que pode molestá-la, ampliando os instrumentos de autoproteção. Recentemente, foram banidos vários termos do nosso linguajar, sobretudo os relacionados a condutas sexuais. Onde se dizia “homossexualismo”, por exemplo, hoje é “homossexualidade”. Cautela e caldo de galinha continuam em moda.

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Alienação absoluta, conformismo total
Outro texto que tem interpretações diversas, de acordo com a época, é Opinião (Zé Kéti), do show do mesmo nome, de 1964 (logo após o golpe militar).  Voltado para a problemática social do Brasil, o espetáculo Opinião absorveu a música Opinião como revolucionária (ao lado de Carcará, Missa agrária, O favelado). Hoje, pode-se entendê-la em outro sentido: “se não tem água,/eu furo um poço,/se não tem carne,/eu compro um osso/ponho na sopa/ e deixo andar…”, uma inabalável profissão de fé no conformismo. Mas as melhores “pérolas” estavam no fim: “se eu morrer amanhã,/ seu doutor,/ já estou bem pertinho do céu”. A alienação absoluta, a antirrevolução, até a antirreforma. E ninguém percebeu.
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Tema “pegou” na biografia de Lamartine
Voltando a O teu cabelo…, é oportuno dizer que este tema é uma mancha na biografia do Rei da Marchinha, Lamartine Babo. A RCA Victor, ao receber o tema dos Irmãos Valença (João e Raul) pediu que Lamartine “acariocasse” a marcha, tirando da letra algumas expressões de pernambucanês. Lamartine não se fez de rogado: manteve a música e o refrão, extirpou a gíria do Recife, promoveu o primeiro verso a título (o título original era Mulata) e assinou O teu cabelo não nega, como sendo autor da letra e da melodia. Os Valença reconheceram as mudanças, mas foram à Justiça, reivindicando que Lamartine era parceiro, não autor. Ganharam em todas as instâncias.
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NOSSA RESPONSABILIDADE COM O PÚBLICO

4Paixão BarbosaMontado em brisa do outono, nos vem  um comentário do secretário de Comunicação de Ilhéus, jornalista Paixão Barbosa (foto), a propósito de notinha aqui postada na semana passada, sob o título “Professor ilheense vai presidir a ABL”. Ele “pede desculpas” pelos desvios que esta coluna, “tão acertadamente, registrou”, e diz que tudo aconteceu “por desatenção de quem redigiu [o texto], o que realmente é imperdoável”. Experiente (mais de três décadas n´A Tarde), Paixão Barbosa tira do episódio uma lição. Em suas palavras, “os erros cometidos pelos que têm a responsabilidade de informar ao público são sempre muito graves pelo potencial multiplicador que eles carregam consigo”. No mesmo pé-de-vento do pós-verão, vai a contrarresposta (ai, esse Acordo Ortográfico!).
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Raios, arreganhos e morte anunciada
Foi tudo muito divertido (não para o secretário, que querem?) e “didático”, até porque errar, o clássico humanum est, ajuda a identificar nossas fragilidades e nos faz crescer (já não me dirijo a V. Sa., mas ao meu/minha colega que escreveu a notinha açodada): não me leve a mal, eu só quero que você me queira. E digo que Paixão Barbosa, dono de alto conceito no jornalismo baiano, se engrandece com o sucedido: quando temos até um comunicador com morte anunciada em Ilhéus, é confortador saber de alguém capaz de receber críticas, serena e humildemente, recusando-se aos ralhos e arreganhos com os críticos, conforme o hábito. Mas, e quanto aos 18 veículos (pelo menos!) que repetiram a nota sem lê-la, o que faremos?
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(ENTRE PARÊNTESES)

6Por que escrevo“Às vezes, quando vejo o que se passa no mundo, pergunto-me: para que escrever? Mas há que trabalhar, trabalhar. E ajudar o que mereça. Trabalhar como forma de protesto. Porque o impulso de uma pessoa seria gritar todos os dias ao despertar num mundo cheio de injustiças e misérias de toda ordem: protesto! protesto! protesto!” Este pequeno texto de Federico Garcia Lorca (1898-1936), citado por José Domingos de Brito no livro Por que escrevo? (Escrituras/1999), me vem à mente quando sobre mim pairam as nuvens negras do desencanto com a humanidade – e isto é mais constante do que seria saudável.

FAZENDO BONITO NUMA RODA DE JAZZÓFILOS

7Max Roach
De quem “gosta” de jazz é exigido o nome de uns poucos grandes nomes em cada instrumento. Se você é capaz de citar duas feras em trompete (Armstrong, não vale, pois até os bebês conhecem seu som!), sax, voz, guitarra, vibrafone (com estes dois já é mais difícil), baixo e piano, tem suficiente para começar a conversa. Mas faltou bateria.  Então ofereço cinco nomes – e qualquer deles fará com que os olhos do pessoal se voltem com admiração para a gentil leitora que o pronunciar: Max Roach (foto), Gene Krupa, Buddy Rich, Art Blakey e Elvin Jones. Aqui, citados ao acaso, os negros ganham de 3 a 2: Roach, Blakey e Jones contra os branquelos Gene Krupa e Buddy Rich.
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Baterista “roubou” a própria orquestra
Em 1982, Frank Sinatra (1915-1998) comandou o show Concerto das Américas (Concert for the Americas), na República Dominicana, que virou DVD. Em estado de graça, “A voz” cantou Corcovado (em inglês: Quiet night of quiet stars), pretexto para “encher a bola” de Tom Jobim, repetiu grandes êxitos populares (incluindo, é claro, Strangers in the night e New York, New York), tudo isso em companhia da orquestra de Bernard Buddy Rich (1919-1987). Aqui, o momento em que Sinatra apresenta o baterista e este rouba a cena da própria orquestra, com um solo magistral em “Finale”, que encerra a lista de mais de 25 temas do musical West side story, de Bernstein.


(O.C.)

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paixaobarbosaO time responsável pela comunicação no governo Jabes Ribeiro já está escalado. A secretaria comandada pelo jornalista Paixão Barbosa tem na equipe Vera Rabelo, da Divisão de Redação, e Moabe Breno Ferreira Costa, diretor de Comunicação. Priscila Espinheira é a chefe de redação.
A Secom tem ainda como diretores ou chefes Alex Mata, que responde pela comunicação digital, e Gidelzo Silva, coordenador de audiovisual. Alfredo Filho é o chefe da área de fotografia. Além destes nomes, o time tem, do quadro efetivo, jornalistas como Everaldo Benedito e Valério de Magalhães.
Jabes, aliás, repete a fórmula de mandatos anteriores e estabelece a comunicação institucional como uma das suas prioridades. Em outras cidades de médio porte, equipes enfrentam dificuldades para trabalhar – falta de estrutura e entraves nas contratações.

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Isaac deixa a Bahia Pesca para assumir o Desenvolvimento Urbano em Ilhéus.
Isaac deixa a Bahia Pesca para assumir a Sedur em Ilhéus.

O engenheiro Isaac Albagli sempre foi tido como o fiel escudeiro de Jabes Ribeiro. Embora as especulações apontassem até para uma possível ida dele para a Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri), ele decidiu acompanhar o prefeito eleito de Ilhéus e deixará a presidência da Bahia Pesca para assumir a Pasta do Desenvolvimento Urbano na Terra de Gabriela.

Isaac emitia sinais de que participaria do governo ao entrar “de cabeça” na campanha do amigo. A ele eram entregues as missões mais pesadas e desempenhava, também, a função de articulador. Agora, assume a robusta pasta do Desenvolvimento Urbano.

Atribui-se em parte a Isaac a demora do prefeito eleito em anunciar o seu secretariado. Também era o tempo de fazer a necessária reforma administrativa, embora feita “a toque de caixa” e, segundo dizem, com a complacência do presidente da Câmara de Vereadores, Dinho Gás (PSDC).

Ainda teria partido de Isaac a ideia de trazer para o governo o experiente jornalista Paixão Barbosa, que trabalhou, junto com Marival Guedes, a estratégia de comunicação da Aquapesca Brasil, realizada mês passado em Salvador. Isaac entra como o supersecretário. Ou, como costuma-se dizer por aqui, primeiro ministro do governo Jabes.

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Paixão Barbosa

À exceção da substituição do secretário de Segurança Pública, César Nunes, não houve maiores surpresas no anúncio dos 15 primeiros nomes que irão compor o primeiro escalão do governo estadual. Para mim, a saída de Nunes tornou-se imperiosa para o governador Jaques Wagner como uma forma de reduzir o desgaste causado pelo insistente crescimento dos números da violência na Bahia.

Trocar o secretário é uma forma de dizer que o governo está preocupado com o assunto e ajuda a construir a imagem de que se pretende realmente reduzir a insegurança que tanto afeta as famílias baianas em todos os seus níveis. Colocar na pasta um novo secretário também é uma maneira de tentar fazer com que César Nunes carregue consigo o desgaste que o setor acumulou nos últimos anos.

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Blog do jornalista Paixão Barbosa:

Caso não fosse evangélico, seria bom o prefeito João Henrique (ainda no PMDB) ir procurar urgentemente alguém que lhe ministrasse um banho de folhas ou lhe desse alguns passes para afastar a energia negativa que enche de nuvens a área da Praça Municipal de Salvador. Ao agir de surpresa e promover uma mudança gigantesca nos quadros do seu secretariado, ele tentou mudar o quadro negativo dos últimos meses e dar uma guinada em direção a ares mais saudáveis para sua imagem e popularidade.

Porém, revelando a improvisação que parece ter cercado todo o pacote, o prefeito recebeu, de imediato, a negativa do nome que havia escolhido para a Secretaria da Fazenda e teve que indicar outro, às pressas. Também teve que fazer ajustes em outras posições antes anunciadas como fechadas. E, nesta quarta-feira, mais dois golpes: a recusa do vereador Téo Sena de ser líder da bancada governista e a renúncia do vereador Alfredo Mangueira ao posto de chefe da Casa Civil da Prefeitura.

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Paixão Barbosa | Blog Política e Cidadania

O que mais me chamou a atenção no resultado da pesquisa eleitoral do Instituto Vox Populi sobre a sucessão baiana, que apontou Jaques Wagner (PT) com 41%, Paulo Souto com 32% e Geddel Vieira Lima com 9%, foi o crescimento substancial dos eleitores que se declararam indecisos (não sabem quem votar). Vejamos: os três principais candidatos mantiveram-se estáveis em relação à última pesquisa (feita em janeiro), uma vez que as oscilações se deram dentro da margem de erro da consulta, que foi de 3% – Wagner caiu 3% (de 44 para 41), Paulo Souto subiu 3% (de 29 para 32) e Geddel subiu 1% (de 8 para 9).

Mas a coluna de indecisos passou de 6% para 13%, sendo o único indicador que oscilou acima da margem de erro (brancos e nulos caiu de 6% para 4%), enquanto as candidaturas do PV e do PSOL mantiveram com 1% e 0%. Não é de estranhar que, após cinco meses, a quantidade de pessoas que não sabem em quem votar tenha crescido, quando o natural é que a indecisão vá caindo à medida que os candidatos e suas propostas se tornem mais conhecidos?

A coluna de indecisos passou de 6% para 13%, sendo o único indicador que oscilou acima da margem de erro.

Ou será isto um reflexo justamente deste maior conhecimento, que levou parte do eleitorado a pisar no freio e refluir de posições anteriores enquanto aguarda que as coisas se aclarem mais? Sem dúvida que, como pesquisa é justamente para orientar os passos das campanhas, aí está um bom prato sobre o qual marqueteiros e analistas vão se debruçar em busca de explicações.

No mais, em relação às três principais candidaturas, o quadro da pesquisa mostra que ainda há muita água para passar sob esta ponte eleitoral, embora o governador Jaques Wagner mantenha nitidamente o seu favoritismo, ainda que (neste momento) nada indique uma vitória já no primeiro turno. Mais uma vez nós deveremos ter uma eleição que deverá se decidir sob a influência do horário eleitoral gratuito e dos momentos finais da campanha.

Paixão Barbosa é coordenador da Agência de Notícias A Tarde e mantém o Blog Política e Cidadania (acesse aqui).