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A Secretaria de Saúde de Ilhéus (Sesau) adotou a estratégia de divulgar os números do novo coronavírus (Covid-19) somente ao final da noite. Nesta quinta (25), os números foram conhecidos por volta das 22h20min. No período de 24 horas, houve registro de 32 novos casos da doença e um óbito e 26 casos de cura.

Desde o início da pandemia, são 1.260 pessoas infectadas pela doença e total de 787 curados da covid-19. Ontem, houve registro do 54º óbito no município causado pela covid-19.

Ainda segundo a Sesau, dos 9.606 casos notificados, 7.272 foram descartados. Ontem, caiu o número de pessoas aguardando resultado de exame, de 318 para 240. Dos 55 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 51 estão com pacientes.

Pequenos negócios adotam aplicativos para vendas online || Imagem AB
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A cabeleireira Aline Lima viu sua renda despencar 90% entre março e abril, no primeiro mês em que passou a vigorar a quarentena e o fechamento do comércio não essencial na maior parte do país, por causa da pandemia do novo coronavírus. Proprietária de um salão de beleza, ela paralisou as atividades de forma repentina e teve dificuldade de pagar as contas, que continuaram chegando.

“No começo, eu ainda tinha um resto de dinheiro que havia entrado no mês anterior, mas logo as reservas acabaram e foi bem difícil pagar o aluguel do ponto do salão”, afirma a microempreendedora paulista. Aline chegou a recorrer ao auxílio emergencial de R$ 600, mas não teve seu cadastro aprovado. Em meio ao cenário de incerteza, surgiu a oportunidade de um novo negócio. “A esposa de um amigo, que tem uma fábrica de pijamas, me ofereceu as peças de forma consignada, em que ganhava parte da comissão na venda de cada roupa, e tem dado muito certo. É o que tem salvado”, relata.

Assim como Aline, milhares de microempreendedores têm buscado alternativas para minimizar a perda de renda durante a pandemia. Uma pesquisa da startup SumUp, instituição financeira com foco nos pequenos negócios, mostra que 35% passaram a adotar a venda online, inclusive de outros produtos e serviços. A SumUp, que oferece principalmente maquininhas de cartão para microempreendedores, vem realizando o levantamento para acompanhar a situação de seus clientes em todo o território nacional.

A terceira rodada da pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 20 de maio, com 3.800 pequenos negócios, para entender o impacto da covid-19 sobre o segmento. São profissionais das mais diversas áreas, como uma manicure que também oferece cosméticos, um vendedor de roupas e bijuterias, uma tatuadora com estúdio próprio ou até mesmo um profissional de assistência e instalação. A média de transações dessas pessoas é de cerca de R$ 2 mil mensais, segundo a SumUp.

USO CRESCENTE DA INTERNET

Até março, menos da metade (35%) desses pequenos negócios usava a internet para vender produtos e serviços. Em pouco mais de três meses, já são 70%. Entre os novos produtos que passaram a ser vendidos pelos microempreendedores, os mais citados são máscaras e roupas, por exemplo.

É o caso de Dionísio da Silva Pereira, de Horizonte (CE), que vende cosméticos, mas que durante a pandemia viu a demanda pelo produto cair. Foi então que decidiu investir em novo negócio. “Eu trabalhava com venda direta de cosméticos, sem loja física, só que aí eu parei com os cosméticos, compramos umas máquinas e começamos a costurar para vender máscaras”, conta. O novo negócio não resolveu a queda na renda, mas reduziu seu impacto negativo e abriu a perspectiva de uma nova atividade. “A gente pretende investir no ramo de vestuário, agora que temos a máquina e estamos desenvolvendo a costura”, afirma.

Tanto para novos negócios digitais quanto para os que já funcionavam antes da pandemia, os aplicativos de mensagem, principalmente o whatsApp, são a principal ferramenta de vendas, utilizados em 67% dos casos, segundo a pesquisa. O Instagram é a rede social preferida por 22% dos microempreendedores que adotam a venda online.

Entre os negócios afetados pelo fechamento do comércio, serviços esportivos, serviços para eventos e fotografia foram os mais atingidos, com mais de 60% de paralisação temporária ou permanente. Dos negócios que estão paralisados, 27% passaram a adotar a venda online, mas 40% seguem sem a oferta desse tipo de serviço.

Mais do que oferecer pagamento a distância ou contar com uma loja virtual, o serviço de delivery foi considerado o item mais importante para quem passou a fazer venda online durante a pandemia. De acordo com a pesquisa, 40% dos microempreendedores disseram que o serviço de entrega é o mais importante, seguido de pagamento a distância (30%), ter uma loja virtual (20%) e anúncios nas redes sociais (10%).

“Como o comércio estava fechado, teve muita demanda por entrega. No meu caso, que estava vendendo pijama e entregava em casa, os clientes ainda podiam experimentar a roupa, para verificar o tamanho certo”, conta Aline Lima. Quase a totalidade dos pequenos negócios (95%) usa um serviço de delivery próprio e só 5% disseram utilizar os aplicativos de entrega.

SITUAÇÃO FINANCEIRA

O levantamento mostra que a queda na receita foi brutal para os pequenos negócios. A grande maioria (71%) dos entrevistados afirmou que a queda foi de mais de 60% na renda.

Em cidades que adotaram o lockdown, com regras mais rigorosas de isolamento social, um número ligeiramente maior de microempreendedores (74%) também registrou a mesma perda financeira. Entre os que tiveram o ponto de venda fechado por causa da pandemia, 63% relataram queda de mais de 80% no faturamento depois de um mês. Mesmo entre os empreendedores que puderam manter seu ponto de venda aberto, 58% amargaram perdas de mais de 60% na renda.

A pesquisa mostrou que 67% dos pequenos negócios mapeados tinham reserva financeira para a quarentena e, mesmo assim, vão precisar de auxílio financeiro nos próximos seis meses, principalmente para pagar contas do próprio negócio, como aluguel, luz, internet e contas pessoais. Cerca de 30% dos empreendedores afirmaram que já estão sem reservas.

Entre as pessoas que tiveram que fechar o negócio de forma permanente durante a pandemia, 56% solicitaram o auxílio emergencial e já tiveram o pedido aprovado ou ainda estão aguardando. Outros 21% tiveram o pedido negado. Do total de empreendedores que receberam o auxílio emergencial do governo, pelo menos 36% afirmaram que vão precisar de mais auxílio financeiro para sobreviver nos próximos meses. O auxílio emergencial do governo foi a única alternativa de renda emergencial para 95% dos entrevistados.

Shopping instala totens com álcool em gel para clientes
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Nesta terça (23), a direção do Shopping Jequitibá informou que, enquanto aguarda a liberação para a reabertura por parte do município, o empreendimento vem adotando “série de medidas de segurança e promovendo a capacitação de seus colaboradores”.

De acordo com o cronograma estabelecido pela direção do shopping, durante as primeiras semanas de abertura, o horário de funcionamento de lojas e praça de alimentação será das 12h às 20h. O hipermercado e a farmácia, das 8h às 22h. Já a lotérica, das 8h às 20h.

Os novos canais de serviço, como drive thru e o delivery, serão mantidos. Continuarão suspensos temporariamente cinema, lojas de entretenimento, recreação infantil, eventos e promoções, inclusive no interior das lojas.

Uso de escada rolante também terá regras de distanciamento

DISTANCIAMENTO SOCIAL

Entre as ações, está o isolamento dos espaços de uso coletivo, para evitar aglomeração de pessoas. O uso de máscara facial é obrigatório durante todo o tempo de permanência no shopping, estando ele aberto ou fechado, conforme decreto municipal. Como medida preventiva, o shopping diz já ter adotado a aferição da temperatura dos clientes que estão frequentando os espaços de serviços essenciais – supermercado, farmácia e lotérica.

Nas principais entradas e praça de alimentação, pias, com orientação sobre lavagem correta das mãos, já estão prontas para atender às novas normas de higiene e de segurança. Assim, também, já instalou álcool gel 70% em totens e dispensers em pontos de fácil alcance e em locais estratégicos do equipamento.

Os procedimentos de desinfecção de superfícies frequentemente tocadas pelas mãos foram reforçadas com treinamento da equipe da limpeza que, afirma a direção do shopping, está preparada para as novas demandas do combate ao Coronavírus.

Profissionais passam por capacitação para quando centro de compras reabrir

CAPACITAÇÃO E ORIENTAÇÃO

O piso do shopping foi demarcado em locais com possibilidade de formação de filas a fim de garantir o distanciamento de 2 metros entre os clientes e o piso do mall foi demarcado, com sentido de direção para facilitar o distanciamento entre as pessoas.

Outra medida adotada é em relação aos sanitários, que possuirão limite de ocupação máximo e placas informativas. As pias são intercaladas para garantir o distanciamento mínimo de 2 metros. Já as escadas rolantes do shopping possuem demarcação informando que só será permitido um cliente a cada 3 degraus.

A disposição das mesas e cadeiras da praça de alimentação e refeitório, foi reorganizado, observando o distanciamento entre as pessoas. O shopping informa que está realizando “treinamento regular de todos colaboradores e disseminando medidas de prevenção e segurança, procedimentos de higiene, uso de EPIs e orientações; além de implementar campanhas de prevenção e reforçar a divulgação de informações em diversas mídias”.

Terminal de Porto Seguro retoma voos comerciais || Reprodução Radar64
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No início da noite desta quinta (11), Porto Seguro retomou os voos comerciais no aeroporto local com o pouso de uma aeronave Boeing 737, da Gol, oriundo de São Paulo. Houve festa com várias pessoas às margens da BR-367 para comemorar a retomada das operações no terminal que costumava receber média de 150 voos por semana antes da pandemia da Covid-19, relata o site Radar64.

Dois caminhões do Corpo de Bombeiros da Bahia lançaram jatos d´água para formar um arco e batizar a aeronave no aeroporto do município do extremo-sul. O terminal é o segundo mais movimentado do estado. Nos quase 80 dias fechado para a aviação civil comercial, o município deixou de receber cerca de 300 mil pessoas. Neste início da retomada, serão seis voos semanais.

Itabuna registra mais 127 casos de Covid-19
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Itabuna confirmou 28 novos casos de pessoas infectadas pelo coronavírus nas últimas 24 horas, de acordo com boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Agora, são 1.177 casos da covid-19 no município sul-baiano desde o início da pandemia. Não houve registro de morte pela doença nas últimas horas. São 48 óbitos de residentes no município, 9 deles ocorridos em domicílio.

Segundo a SMS, são 4.316 casos notificados desde o início da pandemia. Um total de 2.962 testes deram negativo para Covid-19 no período. Ainda há 124 pessoas que aguardam resultado de exame e outros 271 estão à espera de coleta de material para exame de diagnóstico da covid-19.

CURADOS

Há 376 pessoas recuperadas da doença no município, permanecendo estável em relação a ontem (6). O município tem 12 pacientes internados em unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para pacientes Covid-19. Há 13 pessoas internadas em leitos clínicos no município.

Félix propõe flexibilizar exigência de desincompatibilização para profissionais da saúde
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O deputado federal e presidente do PDT na Bahia, Félix Jr, apresentou projeto de lei complementar (PLC 149/2020) que autoriza, no período de enfrentamento à pandemia da Covid-19, que agentes políticos e servidores públicos da área da saúde não precisem se desincompatibilizar das funções públicas até o dia das eleições se desejarem concorrer a cargos de vereador, prefeito e vice-prefeito. A proposta apresentada pelo pedetista flexibiliza excepcionalmente as exigências da Lei Complementar 64/1990, que estabelece os prazos para que candidatos deixem os cargos antes de disputarem as eleições.

– A desincompatibilização afastaria os profissionais da saúde dos seus locais de trabalho, em plena pandemia, o que geraria indubitável potencial de agravar a saúde pública brasileira, atualmente marcada pela escassez de tais profissionais e pela pandemia, conforme amplamente divulgado pela imprensa – justificou Félix.

A flexibilização valeria somente para as eleições municipais deste ano, observa, ressaltando a necessidade de “considerar a importância dos profissionais da saúde, servidores do Ministério e das Secretarias de Saúde, bem como dos agentes políticos que atuam diretamente no enfrentamento à pandemia”.

O deputado ainda complementou: “Há necessidade crescente de mais profissionais em decorrência dos altos índices de contaminação e afastamento destes, demandando do sistema de saúde pública brasileiro, em todas as esferas a suspensão de abonos, licenças e férias”.

Félix apontou como exemplo negativo as duas trocas de ministros da Saúde em menos de 40 dias realizados durante a pandemia. “A troca de Henrique Mandetta por Nelson Teich e depois a saída deste e a colocação de um ministro interino prejudicaram muito a adoção das medidas de combate à pandemia. Não é razoável admitir que secretários também sejam afastados, bem como médicos e outros profissionais de saúde, quando necessitamos de uma atuação contínua desses profissionais e agentes políticos”, ponderou.

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Os que desconhecem as dificuldades do povo mais sofrido, agravadas com a terrível crise, compram equipamentos e medicamentos superfaturados e não tiveram o cuidado de agir na hora certa. Posaram de líder na campanha eleitoral prometendo resolver todos os problemas e, de quebra beijavam os mais velhos, tomavam nos braços as criancinhas. Tudo era o mais absurdo lero.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Nesses tempos ruins de infecção pelo Covid-19 a sociedade brasileira sem sendo questionada e estudada como nunca antes, principalmente em relação à solidariedade e torcida ideológica do vírus e de medicamentos. No centro da questão, como não poderia deixar de ser, estão os políticos – com e sem mandato – a imprensa e a chamada sociedade em geral.

Não sei se minha comparação é por demais absurda, mas é a que me vem à cabeça no momento, mas vou equiparar a plural sociedade brasileira como sendo a Arca de Noé, com representação de todos os bichos – o homem inclusive. Fosse hoje, passado o dilúvio, a arca aportaria sem algum sobrevivente e uma coleção de cadáveres de fazer brilhar os olhos de um pesquisador da biologia, sociologia, ou qualquer formação terminada em gia.

Não possuo tendências terroristas, apenas e com pesar observo as guerras fratricidas causadas pela divergência ideológica. Pasmem os senhores, na propagação do vírus o pau que bate em Chico é o mesmo que dá em Francisco, pois qualquer um poderá ser contaminado. Infectado, deveríamos torcer pela cura, vinda dos medicamentos existentes e que melhor possam debelar a doença.

Só que não. Isso me faz lembrar do saudoso e competente técnico Telé Santana na direção da Seleção Brasileira de Futebol. Todos reconheciam que foram escalados os melhores jogadores e cada um dos brasileiros queriam que jogassem os 11 do seu time ou sua preferência. Dadas os devidos descontos, pelo naquela época as brigas eram apenas discussões em mesas de bar e nos programas humorísticos: “Bota ponta, Telé!”.

Sim, mas os políticos, que foram eleitos por nós para nos representar dignamente, como entram nessa singela história? Misturaram as bolas e jogam em times diferentes daqueles que estavam quando os escolhemos. Trocaram de time, rasgaram as camisas que diziam se orgulhar. Os 513 deputados e 81 senadores não querem mais parlamentar e sim executar, criando uma nova torre de Babel.

A Constituição da República, a chamada Carta Cidadã, somente é consultada quando favorece a determinado grupo e as invasões de competência se tornaram fatos corriqueiros, iguais a partidas de futebol de várzea sem a presença do árbitro. Não se marca impedimento, não se respeita as quatro linhas, é permitido gol de mão e falta grave só quando o jogador atingido é diagnosticado – no mínimo – com morte cerebral.

Se aqui ainda estivesse, Stanislaw Ponte Preta (pseudônimo do jornalista Sérgio Porto) promoveria um Festival de Besteiras que Assola o País (Febeapá) por dia, com a devida abertura sonora com a música “samba do crioulo doido”, com o perdão dos politicamente corretos.

Solidariedade. Esta sempre é uma palavra na ponta da língua dos políticos quando têm em frente um microfone e uma câmera de TV, mas de difícil operacionalização, quem sabe causada pelas atribulações do dia a dia que levam ao esquecimento. É a mesma situação do “faça o que mando e não o que faço”, dito pelos poderosos com o ar de sabedoria e a empáfia que lhe é peculiar.

Basta uma simples análise – mesmo perfunctória – nos mapas com a incidência de infecção do Covid-19 para verificarmos se as ações e medidas tomadas pelos governos estão corretas. Mas não faz, se não fizemos o que deveríamos fazer, daqui pra frente poderemos elaborar programas e projetos inteligentes para dar um freio de arrumação no vírus. Quem morreu, morreu, agora é vida que se segue. Basta ficar em casa.

Ficar em casa, eis o grande dilema! Se o vírus é “democrático” e não escolhe quem infeccionar, a condição do infectado em sua residência não tem nada a ver com a tão propagada democracia. É de uma distância abissal a situação financeira do que ordena a imobilidade para oprimido que tenta sair às ruas em busca de trabalho ou de uma ajuda qualquer para remediar a fome de sua família.

Os que mandam prender um qualquer por falta de máscara é o mesmo que destila sua raiva nos microfones sem esse equipamento de segurança, mesmo sem cumprir a distância regulamentar estipulada pelo Ministério da Saúde. Os que proíbem a circulação são os mesmos que promovem festas noturnas em seus condomínios de luxo e que não respeitam as inúmeras queixas registradas nas delegacias de polícia.

Os que desconhecem as dificuldades do povo mais sofrido, agravadas com a terrível crise, compram equipamentos e medicamentos superfaturados e não tiveram o cuidado de agir na hora certa. Posaram de líder na campanha eleitoral prometendo resolver todos os problemas e, de quebra beijavam os mais velhos, tomavam nos braços as criancinhas. Tudo era o mais absurdo lero.

Como dizia o velho sanfoneiro Lua na música Vozes da Seca: “Mas doutô uma esmola a um homem qui é são/Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”.

Seca de líderes.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Juvenal pede demissão após prefeito confirmar reabertura do comércio
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Com a experiência de vida e dos cargos que ocupou, Juvenal Maynart fez uma leitura destes tempos e apontou cenários possíveis para o pós-pandemia da Covid-19. Foi num papo com o também experiente jornalista Levi Vasconcelos, d´A Tarde.

Maynart enxerga dois cenários, descritos por Levi em sua coluna:

1 – O governo e as prefeituras ganham a guerra e assistem ao declínio da Covid lá para julho ou agosto, como projetam, tudo que todos querem e esperam.

2 – A Covid invadiu as favelas e o governo perdeu o controle. Cenário de pânico geral, o que ninguém quer.

E vaticina:

– Se tudo correr bem, é bom lembrar que a economia não vai voltar como num passe de mágica, será algo lento, gradual.

Na entrega do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) à Assembleia Legislativa, o secretário estadual Walter Pinheiro (Planejamento) trabalhou com a previsão de declínio da covid-19 em agosto.

Marão terá que devolver R$ 1,6 milhão aos cofres públicos || Foto Pimenta
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O Ministério Público estadual apura supostas irregularidades em contratos firmados pela Secretaria de Saúde Ilhéus com a empresa K DA Silva Porto, de Coaraci, no valor aproximado de R$ 537,2 mil. Segundo a promotora de Justiça Mayanna Ferreira Floriano, foram celebrados no dia 26 de março três contratos, via dispensa de licitação, “com aquisição de insumos em grande quantidade e sem apresentação ou publicização de Plano de Atuação para enfrentamento da pandemia”.

Após intervenção do MP, o Município suspendeu, em 22 de abril, o fornecimento de material pela empresa, pagando apenas os equipamentos que já tinham sido fornecidos até a instauração do procedimento administrativo para apurar os contratos, no dia 6 de abril.

Ontem (12), a promotora instaurou procedimento para apurar supostas irregularidades na contratação de material gráfico pelo Município que seria voltado às ações de enfrentamento da pandemia. Desde o início da situação de emergência, o MP vem realizando reuniões semanais com a Procuradoria-Geral do Município e com a Controladoria de Ilhéus para acompanhar o portal de publicação das contratações e de todos os contratos celebrados no período de combate à pandemia, para fiscalizar se a divulgação está em conformidade às orientações dadas pelo MP em recomendação expedida no mês de março.

RECOMENDAÇÃO DA PROMOTORIA

No último dia 17 de abril, a promotora recomendou ao secretário municipal de Saúde, Geraldo Magela, que apresente lista quantitativa e qualitativa de todos os materiais, insumos e equipamentos, em estoque ou ainda não estocados, mas previstos em contrato vigente, adquiridos para o enfrentamento da pandemia, com o cronograma de entrega às unidades de saúde.

Já ao prefeito Mário Alexandre (Marão), Mayanna Floriano recomendou a suspensão de todos os processos administrativos destinados à contratação de empresas para o fornecimento de bens e serviços não essenciais e a priorização do pagamento das remunerações dos agentes públicos municipais e das empresas fornecedoras de bens e serviços essenciais, sobretudo os relacionados à área de saúde e de assistência social no enfrentamento aos efeitos da Covid-19.

Conforme a recomendação, o Município rescindiu contratos de Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) de profissionais de saúde e assistência social, sob a alegação de diminuição de receita.

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As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 começam nesta segunda-feira (11) e vão até o dia 22 de maio. Elas poderão ser feitas por meio da página do Enem na internet. O prazo está mantido, embora haja reação de educadores e político pedindo revisão de datas de inscrição e de aplicação das provas por causa da pandemia do coronavírus e suspensão de aula nas redes pública e particular (veja aqui).

A partir deste ano o Enem terá duas modalidades de provas, as impressas, com aplicação prevista para os dias 1º e 8 de novembro, e as digitais, para os dias 22 e 29 de novembro. O participante que optar por fazer o Enem impresso não poderá se inscrever na edição digital e, após concluir o processo, não poderá alterar sua opção.

A estrutura dos dois exames será a mesma. Serão aplicadas quatro provas objetivas, constituídas por 45 questões cada, e uma redação em língua portuguesa. Durante o processo de inscrição, o participante deverá selecionar uma opção de língua estrangeira – inglês ou espanhol.

Neste ano, será obrigatória a inclusão de uma foto atual do participante no sistema de inscrição, que deverá ser utilizada para procedimento de identificação no momento da prova. O valor da taxa de inscrição é de R$ 85 e deverá ser pago até 28 de maio.

ISENÇÃO DE TAXA

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), todos os participantes que se enquadrarem nos perfis especificados nos editais, mesmo sem o pedido formal, terão isenção da taxa. A regra vale tanto para os participantes que optarem pelo Enem impresso quanto para os que escolherem o Enem digital e se aplica, inclusive, aos isentos em 2019 que faltaram aos dois dias de prova e não tenham justificado ausência.Leia Mais

Uruçuca, no sul da Bahia, entrará em confinamento total por causa da covid-19
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A Prefeitura de Uruçuca decidiu impor o toque de recolher para tentar frear o avanço do novo coronavírus (Covid-19). A medida já está valendo e os moradores são obrigados a ficar dentro de casa na faixa das 20h até as 5h, conforme o Decreto 587, de 30 de abril.

Pelo decreto, no horário do toque de recolher somente será permitida a circulação de prestadores de serviços essenciais da área de saúde, segurança, serviço público, delivery de alimentos e trabalhadores que atuam no período noturno, mas desde que comprovada a necessidade ou urgência.

Quem descumprir o toque de recolher pode ser indiciado por crimes contra a Saúde Pública, como causar epidemia ou infringir a medida preventiva, e de desobediência, além de pagar multa de R$ 100,00. A multa terá valor dobrado em caso de reincidência.

Aulas em formato híbrido terá rodízio de alunos || Foto Carol Garcia
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As aulas da rede estadual de ensino serão prorrogadas por mais 15 dias, a partir do dia 3 de maio, conforme anunciou o governador Rui Costa, na noite desta terça-feira (28). No Dia Internacional da Educação, Rui pediu tranquilidade por parte da comunidade escolar e enfatizou que o mais importante, na atual conjuntura de pandemia do novo Coronavírus, é preservar vidas.

O governador falou em reposição presencial das aulas, com a elaboração de um novo calendário escolar, mesmo que sejam usados dias do recesso junino e que as aulas entrem no ano de 2021. Rui destacou, também, que os estudantes não podem ser prejudicados no processo de aprendizagem, ao ressaltar que as aulas online, adotadas em algumas redes de ensino, não se aplicam à realidade da maioria dos estudantes da rede estadual de ensino, que não tem acesso à internet ou moram em áreas remotas da Bahia.

“O Estado não tem condições de padronizar aulas pela internet na rede estadual, a maioria dos alunos é de baixa renda e de menor poder aquisitivo. Não dá para substituir aula presencial por aula pela internet”, argumentou Rui Costa, acrescentando que “não deixaremos nenhum jovem para trás”.Leia Mais

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Itabuna (BA), 17 de abril de 2020.

Comunicado à imprensa sobre as ações do município frente à pandemia da covid-19.

A população de Itabuna, que tem sofrido com a degradação do seu sistema de saúde, vive o seu momento mais dramático e perigoso, em face do crescimento acelerado da curva de contaminação da pandemia da Covid-19 em nossa cidade e nos 122 municípios pactuados.

A Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna não conseguiu formular uma estratégia de assistência, sobretudo aos contaminados que venham necessitar de internamento hospitalar.

Nesse contexto, o Ministério da Saúde encaminhou aos municípios em situação de Comando Único recurso financeiro para enfrentamento da emergência de saúde. A parte que coube ao município de Itabuna – R$ 8.909.188,80 – já se encontra no Fundo Municipal de Saúde.

De ação concreta, no nível hospitalar hoje temos apenas a Santa Casa de Itabuna, com dez leitos de UTI e trinta leitos de enfermarias, contratados pela SESAB.

O que temos acompanhado no desenrolar dessa crise é um índice altíssimo de trabalhadores da saúde contaminados. E quando falamos em trabalhadores da saúde, nesse momento, nos referimos do médico ao auxiliar de higienização, que colocam em risco suas vidas e as vidas dos seus familiares, o uso de EPIs nesse momento é vital, e é bom que se diga que os custos dos equipamentos de proteção estão altíssimos.

Apesar da insistente cobrança do Conselho Municipal de Saúde, o secretário de Saúde, Sr. Uildson Nascimento, tem criado dificuldades para receber o Conselho de Saúde e dialogar sobre as ações a serem implementadas no combate à Covid-19, inclusive quanto à utilização do recurso financeiro destinado a essa finalidade.

Vivemos tempos difíceis. Até o Ministério Público Estadual (MP-BA), que, historicamente, sempre teve um papel destacado nas ações da saúde, silenciou-se quanto às denúncias apresentadas pelo Conselho Municipal na tentativa de conseguir dialogar com o MP-BA. Um grupo de conselheiros se dirigiu ao órgão manifestando a necessidade de serem recebidos pelo promotor da pasta. Ainda assim, o Conselho não obteve resposta.

Apesar da eficácia do isolamento social a previsão é que no mês de maio a pandemia alcance o pico no Brasil. Nossa região tem se destacado na Bahia pelo número de casos. E ficam os seguintes questionamentos: Onde esses pacientes serão internados? E quando precisarem de respiradores?

A Portaria 774, de 9 de abril de 2020, do Ministério da Saúde, que destinou o valor de R$ 8.909.188,80 para enfrentamento da pandemia em Itabuna, estabelece que:          

Art. 2º Estabelecer que os recursos financeiros serão destinados ao custeio das ações e serviços relacionados à atenção primária à saúde e à assistência ambulatorial e hospitalar decorrente do coronavírus – COVID 19.

Ainda assim o Sr. Uildson tem reafirmado que o município de Itabuna não pretende apresentar um planejamento de utilização dos oito milhões e novecentos mil reais enviados pelo FNS, não pretende discutir com o Conselho Municipal de Saúde e que, a princípio, planeja utilizar o recurso apenas para comprar EPIs e recuperação da estrutura física de algumas unidades básicas, se negando a reconhecer o importante papel da Santa Casa de Itabuna nesse contexto, onde afirma que nada será repassado para a instituição hospitalar. A pandemia não será enfrentada apenas com a compra de EPIs e recuperação da estrutura física de alguns postos de saúde.

Infelizmente, na atualidade, a gestão municipal não se preocupa sequer em fazer o discurso de defesa das ações de saúde. O debate se dá tão somente na utilização dos recursos financeiros, cujo resultados quase nunca são vistos.

Diante das constatações o Conselho Municipal de Saúde não tem outra alternativa senão trabalhar administrativamente pela desabilitação do município do Comando Único da Saúde e, se for necessário, até mesmo pela via judicial. Não é de hoje que defendemos essa posição, e não é sem motivo: a inércia do município na gestão dos recursos fundo a fundo espanta. Como defender que uma gestão que tem o dever de prestar contas ao conselho quadrimestralmente, tendo atuado em 2017, 2018, 2019 e parte de 2020, e nesse período apresentou contas apenas de 2017, que ainda assim foi reprovada por insuficiência documental, continue recebendo recursos públicos? Isso é inconcebível!

É urgente que nos debrucemos sobre o problema e o tratemos com a dimensão que ele tem, sob pena de, no futuro, sermos corresponsáveis de todos os desmandos cometidos, onde certamente pessoas pagarão com a vida.

Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi)

Randolfe propõe cortar salário dos senadores pela metade || Pedro França/Agência Senado
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Randolfe Rodrigues (Rede-Amapá) propôs o corte de 50% do salário dos senadores durante a pandemia do novo coronavírus, além de redução, também pela metade, da cota parlamentar no Senado Federal.

Pela proposta, os recursos deverão ser aplicados no combate ao novo coronavírus. Cada senador recebe R$ 33.763,00. Metade dos vencimentos iria para as ações contra a covid-19, além da cota parlamentar.

A Casa é composta por 81 senadores. A cota parlamentar se refere à estrutura disponibilizada a cada um dos senadores para gastos em itens como hospedagens, passagens e combustível. A proposta foi apresentada ontem (7) e anunciada por ele no Twitter.

Pães são doados a quem precisa em padaria no Conceição, em Itabuna
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Mas não percamos a esperança em mudanças positivas, pois mesmo sabendo que elas não virão com abundância e de pronto, poderão chegar aos poucos.

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Na semana passada, em meio à avalanche de más notícias que baixa nossa imunidade social, uma subvertia a ordem das demais e se tornou um bom exemplo para ser lembrado e divulgado com a generosidade que merecia. Simples, mas eficaz, a Padaria Santa Fé, no bairro Conceição, em Itabuna, colocou pães em sacos plásticos numa prateleira exterior com a seguinte informação: “Se acabou seu dinheiro e está sem trabalhar, favor pegar um desses pacotes de pães!”

Uma medida simples, porém eficaz para prestar a solidariedade aos que não têm como abastecer sua casa de alimentos. A generosidade chega em forma de pão, um dos alimentos mais antigos e significativos na vida de qualquer pessoa, com várias passagens na Bíblia Sagrada, a exemplo do milagre da multiplicação dos pães, realizado por Jesus Cristo para alimentar seus seguidores.

O pão – de maneira geral – é o primeiro alimento que qualquer pessoa tem nas primeiras horas da manhã para se alimentar e estar pronto para enfrentar o trabalho. Sem ele, a barriga chora e o cérebro humano não consegue se desvencilhar dos constantes apelos da necessidade de satisfazer a fome. Que digam melhor os que já passaram por essa necessidade…

E esse gesto de generosidade dos proprietários da Padaria Santa Fé chega na forma material, espiritual, e reciprocidade. Material, por matar a fome momentânea de quem não se encontra com poder aquisitivo para adquiri-lo, por ter perdido o emprego, exercer seu trabalho individual ou outros malefícios causados pelo Coronavírus; espiritual, por representar um ato de vontade em ajudar o próximo, nesses tempos de individualismo.

E o terceiro – de reciprocidade –, por dar de volta à comunidade em que está inserida há mais de 80 anos e que sustenta o seu negócio na relação comerciante-consumidor por toda uma vida. A simples e nem tão onerosa ação do advogado e comerciante José Roberto (Tinho) Vilas-Boas e sua família deverá servir de exemplo à sociedade para que atos como esse se multipliquem em benefício dos necessitados.

O gesto de Tinho, poderia ficar restrito ao benfeitor e os beneficiários não fosse a curiosidade do jornalista Domingos Matos, morador do bairro e cliente da padaria em publicar a notícia do site O Trombone. O fato correu o mundo pela internet com a mesma rapidez que o Coronavírus na forma do Covid-19, apenas com os interesses divergentes: enquanto o vírus prejudica, mata, o gesto de Tinho alimenta o corpo e a alma.

E de fato não ficou restrito à padaria, pois outros clientes também começaram a dividir o gesto de nobreza, adquirindo outros produtos como o leite, biscoitos, dentre outros para complementar o café dos que necessitavam. E essa corrente de doação se transformou campanha – mesmo pequena – que conseguiu alcançar a sua finalidade, doando aos necessitados, sem alardes, filas para chamar a atenção, sem releases para ressaltar a “bondade” do político que usa o dinheiro público como se fosse seu.

Pelo que me recordo, a Padaria Santa Fé – com seus mais de 80 anos de fundada e funcionando no mesmo local – não é apenas uma dessas empresas em que não se conhece o dono, às vezes morador em outro país. Pelo contrário, desde os tempos em que Florisvaldo Vilas-Boas fundou a padaria colocou seus filhos para trabalhar, integrando-os à comunidade do bairro Conceição, que até hoje fazem parte.

Em conversa com o irmão Romário Brito Vasconcelos – participante ativo do trabalho missionário espírita –, tomo conhecimento que nas campanhas realizadas em benefício dos mais carentes, as doações são provenientes das camadas sociais mais baixas, financeiramente falando. Durante as campanhas – segundo a experiência de Romário – é muito mais produtivo bater à porta do mais humilde, que divide com quem precisa.

Mas não percamos a esperança em mudanças positivas, pois mesmo sabendo que elas não virão com abundância e de pronto, poderão chegar aos poucos, dependendo apenas das campanhas sociais que poderão ser realizadas. Nesse caso, a parábola de que “é mais fácil um camelo passar pelo fundo (buraco) de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu”, poderá ser aplicada com segurança.

Walmir Rosário é advogado, radialista e jornalista.