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Paulo Souto conta com as bênçãos de ACM Neto para ser candidato ao governo baiano (foto Arquivo Pessoal)
Paulo Souto conta com as bênçãos de ACM Neto para ser candidato ao governo baiano (foto Arquivo Pessoal)

Marcelo Sperandio | Revista Época
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia (DEM), reinauguraram hoje (ontem) o Plano Inclinado Gonçalves, que liga o Pelourinho ao Comércio. Convidado pelos seus correligionários Neto e Aleluia, o ex-governador Paulo Souto foi a estrela do evento.
Souto tirou fotos com os eleitores que acompanhavam a reinauguração e ouviu pedidos para se candidatar ao governo baiano neste ano. Em seu discurso, o prefeito Neto não economizou elogios: “O ex-governador Paulo Souto fez muito pela Bahia e tem ajudado muito o meu governo. Neste momento, ele colabora na construção de um programa social de vanguarda que estamos desenvolvendo em parceria com o Banco Mundial. Eu me inspiro nele para governar Salvador”.
Souto é o nome que Neto defedende para se candidatar a governador, numa chapa com PSDB e PMDB. Falta convencer o chefe dos peemedebistas baianos, o ex-deputado Geddel Vieira Lima, que também deseja disputar o governo.

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Geddel: turbinado pelas inserções na TV.
Apesar de haver forte tendência de que o candidato da oposição ao Governo da Bahia seja Paulo Souto (DEM), o PMDB ainda trabalha para emplacar o nome de Geddel Vieira Lima.
Uma das questões é que o peemedebista ainda rejeita a opção da candidatura ao Senado, entre outros motivos porque é improvável que alguém derrote Otto Alencar nessa disputa. Mas o argumento mais forte do PMDB é o de que um eventual pleito entre Paulo Souto e Rui Costa provocará comparações que não favorecem o candidato do DEM.
“Se você pegar os investimentos durante os dois governos de Paulo Souto e comparar com os dois de Wagner, o petista, por incrível que possa parecer, ganha em praticamente todos os itens”, afirma uma fonte que pede o anonimato.
Como se vê, a briga por essa candidatura promete.

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Paulo_SoutoEnquanto a situação discute o vice (ver nota abaixo), a oposição define seu candidato ao governo. E o nome é o do ex-governador Paulo Souto (DEM), fato praticamente irreversível. Na sexta-feira (31), o prefeito de Salvador, ACM Neto, venceu os últimos senões do correligionário e, após a conversa, o próprio Souto passou a falar como candidato, sem as reticências de antes.
O anúncio oficial somente não ocorrerá logo, porque falta aparar as arestas com o PMDB e estabelecer o papel de Geddel Vieira Lima no processo sucessório. O peemedebista já avisou que não gostaria de ser candidato ao Senado, o que é uma preocupação.
A ordem no grupo é evitar qualquer risco de rachadura no casco do navio oposicionista.

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Foto de "priscas eras" mostra Jabes, Fábio e Paulo Souto
Foto de “priscas eras” mostra Jabes, Fábio e Paulo Souto

O site Agravo  resgatou uma imagem de priscas eras dos arquivos do saudoso jornalista Eduardo Anunciação. Na imagem, aparecem o prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, em audiência com o ex-governador Paulo Souto (DEM) e o deputado federal Fábio Souto, mesmo partido.
À época, Jabes era correligionário e aliado de primeira hora do então gestor baiano, com quem rompeu posteriormente, após ter sido acusado de traição nas eleições de 2006, quando Souto foi derrotado por Jaques Wagner (PT).
Relembra o Agravo que, em 2009, Fábio Souto carimbou o rótulo de traidor em JR: “já traiu Waldir Pires, Jutahy Jr. e Paulo Souto”, apontou o deputado.
O site observa que o prefeito terá que administrar uma situação delicada nas próximas eleições, quando ele o seu vice, Cacá (PMDB), estarão em lados opostos. Jabes, com Rui Costa (PT), e o vice com a oposição, que deve indicar Geddel Vieira Lima (PMDB) ou… Paulo Souto.
Para o Agravo, uma eventual vitória de Souto representaria o sepultamento político do gestor municipal. E se a tese da traição tiver fundamento, que os novos aliados ponham as barbas de molho!

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O ex-governador Paulo Souto (DEM) terá logo mais um encontro decisivo para o destino da oposição na disputa eleitoral que se avizinha. A reunião será com o prefeito de Salvador, ACM Neto, e outros correligionários, como o presidente estadual do DEM, deputado Paulo Azi.
Um tucano que acompanha de perto a movimentação disse o seguinte: “a passagem está comprada, só depende dele querer embarcar”.
Em outras palavras, Paulo Souto  tem tudo para ser candidato. Apenas não será se não quiser.

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paulosoutoO democrata Paulo Souto define até a próxima sexta (31) se será o candidato das oposições, segundo informa o site Política Livre. Foi o prazo pedido à cúpula do seu partido, o DEM, na Bahia.
Caso Souto não assuma a “parada”, Geddel Vieira Lima, do PMDB, deverá ser o “ungido”. De acordo com o site, o prefeito de Salvador, ACM Neto, tem feito todo o esforço possível para que Souto participe da disputa.
Geddel Vieira Lima, naturalmente, fica à espreita e no sonho de ir à forra, novamente, contra o PT de Jaques Wagner e de Dilma Rousseff, esta sua nova desafeta.
O vice de Souto será o ex-prefeito João Gualberto, de Mata de São João. O empresário, filiado ao PSDB, foi lançado na política pelo ex-governador.
A base governista definiu o nome de Rui Costa, da Casa Civil, como candidato à sucessão de Wagner. E da própria base surgiu outro nome, o da senadora Lídice da Mata (PSB), cujo partido saiu do governo, mas admite que não fará campanha contra a gestão de Wagner.

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De cima para baixo, em sentido horário: Gualberto, Paulo Souto, Aleluia, Geddel. Um deles será o candidato da oposição
De cima para baixo, em sentido horário: Gualberto, Paulo Souto, Aleluia, Geddel. Um deles será o candidato da oposição

No campo oposicionista, seguem as discussões para definir um nome que representará o bloco na disputa pelo Governo da Bahia. Dos quatro nomes colocados – Paulo Souto (DEM), Geddel Vieira Lima (PMDB), José Carlos Aleluia (DEM) e João Gualberto (PSDB), os dois primeiros despontam como favoritos e é possível que a definição saia até fevereiro.
Para o deputado estadual tucano Augusto Castro, a unidade estará assegurada seja quem for o nome que encabece a disputa. Ele afirma que o caminho é repetir a receita que deu certo para a oposição na capital do estado em 2012. “A união contra o PT garantiu a eleição de ACM Neto para prefeitura de Salvador. Dessa vez a unidade do grupo oposicionista garantirá a vitória para o governo do Estado”, diz o parlamentar.
A expectativa é de que no mês que vem sejam também definidos os outros dois nomes da chapa majoritária (os candidatos a vice e ao Senado). Segundo Castro, o PSDB “acatará a decisão que for tomada pelos partidos de oposição, que estão caminhando juntos”. Naturalmente, ele acrescenta que o PSDB continua no páreo, com Gualberto pleiteando a cabeça de chapa.

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Everaldo obteve apoio de "rebeldes".
O presidente do PT da Bahia, Everaldo Anunciação, acredita que uma eventual candidatura de Paulo Souto (DEM) ao governo do Estado, será interessante pela possibilidade de gerar um debate entre dois modelos de gestão.
Souto governou a Bahia entre 1995 e 1998 e de 2003 a 2006. Neste último ano, contrariando todas as expectativas, foi fragorosamente derrotado pelo petista Jaques Wagner.
“Essa candidatura de Souto permitiria uma boa reflexão nas eleições. A gente ia ter elementos concretos para comparação. O que foi feito durante os oito anos de governo dele e o que foi feito por nós e aí medir quem tem as condições de continuar um projeto que possa alimentar a esperança do povo baiano”, afirma Everaldo. Com informações da Tribuna

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marco wense1Marco Wense

O chefe do Executivo deixou escapar, nas entrelinhas, lá no cantinho do seu pensamento, que a presença feminina é importante no processo eleitoral.

Se dependesse exclusivamente da vontade do governador Jaques Wagner, em decisão unilateral, uma mulher já teria sido convidada para compor a chapa majoritária.
Wagner tem demonstrado certa preocupação com a possibilidade de uma composição governista 100% macho, sem o perfume da mulher e sua aguçada sensibilidade.
Uma majoritária só com marmanjos seria mais um obstáculo para o ainda desconhecido Rui Costa, que não escaparia da insinuação oposicionista de que é contra a mulher na política. Que é preconceituoso.
A participação feminina no formato da chapa elimina o disse-me-disse e os boatos de discriminação por parte de maldosos adversários adeptos da filosofia maquiavélica.
É bom lembrar que teremos duas fêmeas, como diria o saudoso jornalista Eduardo Anunciação, exercendo forte influência na sucessão presidencial: Dilma Rousseff (reeleição) e Marina Silva (vice de Eduardo Campos).
Na sua última entrevista de 2013, no jornal A Tarde, o chefe do Executivo deixou escapar, nas entrelinhas, lá no cantinho do seu pensamento, que a presença feminina é importante no processo eleitoral.
O governismo tem Rui Costa como candidato ao Palácio de Ondina, Otto Alencar postulando o senado da República e uma disputa entre Marcelo Nilo (PDT) e Mário Negromonte (PP) pela vaga de vice-governador.
No oposicionismo verdadeiro, formado pelo DEM, PMDB e o PSDB, sob o comando do prefeito ACM Neto, a importância da presença feminina é consenso entre as principais lideranças.
Nos bastidores, já se articula uma mulher para ser a companheira de chapa do ex-governador Paulo Souto, ficando a senatória para o peemedebista Geddel Vieira Lima.
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paulosoutoAo que tudo indica, o ex-governador Paulo Souto (DEM) será confirmado em breve como o candidato da oposição ao governo da Bahia. A chapa seria complementada com o empresário João Gualberto (PSDB) no posto de vice e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), como candidato ao Senado.
A escolha de Souto leva em conta sua posição até o momento favorável nas pesquisas de intenção de voto, o que lhe confere maiores chances de unificar os oposicionistas. Há possibilidade de que a chapa seja confirmada até o dia 31 deste mês.

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marco wense1Marco Wense

Geddel e o PMDB vão continuar com a pulga atrás da orelha, até mesmo em relação ao alcaide ACM Neto, que jura por todos os santos que não será candidato.

Musicalmente, as águas de março lembram a música-poesia do saudoso Tom Jobim. Politicamente, o processo sucessório e a disputa pelo Palácio de Ondina.

É que a oposição, hoje sob a batuta de ACM Neto, prefeito soteropolitano, já decidiu que a composição da chapa majoritária só na segunda quinzena de março.

De fora dessa ansiedade, cada vez mais dilacerante, só o PSDB. O tucanato sabe que a chance de João Gualberto na sucessão do governador Wagner é zero.

A situação mais privilegiada é a do democrata Paulo Souto, que só depende dele para ser o nome do oposicionismo. Basta um querer querendo e ponto final.

Geddel e o PMDB vão continuar com a pulga atrás da orelha, até mesmo em relação ao alcaide ACM Neto, que jura por todos os santos que não será candidato.

Uma coisa é certa: o fim da canseira só com as águas de março fechando o verão.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marco wense1Marco Wense

 

A possibilidade de Geddel apoiar a candidatura presidencial do governador de Pernambuco vai terminar sendo o fator decisivo para que a escolha recaia sobre seu nome.

 

A dúvida em relação ao candidato da oposição à sucessão do governador Jaques Wagner fica restrita a Geddel Vieira Lima (PMDB) e Paulo Souto (DEM).

Se mensurada em porcentagem, diria que o tucano João Gualberto fica sem pontuação. O democrata José Carlos Aleluia não chega aos 5%. Os dois são meros coadjuvantes do processo sucessório.

Uma possível desistência de Paulo Souto, sob a alegação de problemas pessoais e de saúde, torna Geddel o único nome com viabilidade eleitoral para enfrentar o petista Rui Costa.

A cúpula do DEM, tendo na linha de frente o senador Agripino Maia (RN), presidente nacional da legenda, pressiona o ex-governador para que saia candidato.

Como o DEM é aliado incondicional do PSDB, do lado do presidenciável Aécio Neves, fica a preocupação com Geddel, que pode apoiar Eduardo Campos (PSB) se não for o candidato da oposição ao Palácio de Ondina.

A possibilidade de Geddel apoiar a candidatura presidencial do governador de Pernambuco vai terminar sendo o fator decisivo para que a escolha recaia sobre seu nome.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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João Gualberto é pré-candidato ao governo do estado pelo PSDB (foto Gabriel Seixas)
João Gualberto é pré-candidato ao governo do estado pelo PSDB (foto Gabriel Seixas)

Os adversários do governo Jaques Wagner trabalham em busca do consenso, com a expectativa de divulgar sua chapa majoritária quinze dias após o anúncio das candidaturas oficiais. Há alguns dias, o peemedebista Geddel Vieira Lima definiu sua chapa dos sonhos, na qual ele próprio seria o cabeça, ficando a vice para o empresário João Gualberto (PSDB), ex-prefeito de Mata de São João, e o ex-governador Paulo Souto (DEM) como postulante ao Senado.

Hoje em Itabuna, onde teve contato com a imprensa em companhia do deputado federal Jutahy Jr., ambos  a convite do deputado estadual Augusto Castro, Gualberto disse que concorda com os nomes lembrados por Geddel, mas sugeriu outra combinação. Naturalmente, com ele como candidato a governador.

“Geddel falou da chapa dos sonhos dele. Nos meus sonhos, ela é um pouco diferente”, disse o empresário que construiu fama de bom gestor. Logo em seguida, ele procurou afastar a polêmica: “estamos muito unidos e ainda é cedo para decidir.

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marco wense1Marco Wense

Geddel anda com a pulga atrás da orelha. Desconfia que o “não” do prefeito ACM Neto, quando questionado sobre uma possível candidatura, é de mentirinha.

As legendas de oposição ao governo Wagner, com destaque para o DEM, PSDB e o PMDB, apostavam em um desentendimento envolvendo o PT e os partidos aliados.

Não haveria consenso em torno do candidato ao cobiçado Palácio de Ondina. O governador Jaques Wagner perderia o controle sobre o movediço e traiçoeiro processo político.

Céu de brigadeiro, sem nuvens escuras e cinzentas, só entre democratas, tucanos e peemedebistas. O imbróglio só aconteceria no governismo, com labaredas cada vez mais intensas.

Os opositores chegaram ao ponto de imaginar um cenário catastrófico, com o PT totalmente isolado e sem nenhuma perspectiva de se manter no poder.

Parece que a mandinga virou contra o feiticeiro. O PMDB de Geddel Vieira Lima, em tom de ultimato ameaçador, quer que a oposição defina logo o candidato.

Geddel anda com a pulga atrás da orelha. Desconfia que o “não” do prefeito ACM Neto, quando questionado sobre uma possível candidatura, é de mentirinha.

É bom avisar, pelo menos para os mais incautos, que o ex-ministro da Integração Nacional tem pavio curto. Pode chutar o pau da barraca a qualquer momento.

O pega-pega agora é na oposição, principalmente entre o PMDB e o DEM, com Geddel versus Paulo Souto, já que a possibilidade do tucanato emplacar João Gualberto, ex-prefeito de Mata de São João, é zero.

Só resta ao oposicionismo a imprescindível união com candidatura única, na base do “um por todos, todos por um”, sob pena de mais uma derrota protagonizada pelo PT.

Quem tem telhado de vidro, não joga pedras no do vizinho.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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sócratesSócrates Santana | soulsocrates@gmail.com

Enfrentar nomes improváveis como os prefeitos de Salvador ou de Feira de Santana, respectivamente, ACM Neto ou José Ronaldo, mais calejados como o ex-governador Paulo Souto ou até mesmo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, não é uma tarefa qualquer.

Nesta manhã nublada de quarta-feira (2), acompanhei a entrevista do secretário da Casa Civil da Bahia Rui Costa na Rádio Tudo FM, que perdeu muito com a saída do jornalista Evilásio Jr (registre-se). Após discorrer de maneira bastante segura sobre uma série de intervenções de infraestrutura do governador Jaques Wagner no estado, o preferido do Palácio de Ondina teceu comentários sobre a sucessão estadual de 2014.

Sendo um dos quatro pré-candidatos do PT, Rui Costa usou de analogias futebolísticas para rechaçar as críticas internas e externas ao seu nome. Primeiro, rechaçou quem usa da comum prática de publicar notas via imprensa de maneira anônima para emitir uma opinião. Depois, avaliou como natural quem prefere este ou aquele candidato. Comparou, porém, a opção pessoal de cada um ao clássico BAVI. Mas, a escolha deste ou daquele candidato não é uma questão de torcida. Se fosse assim, Flamengo e Corinthians venceriam todos os campeonatos nacionais. Mas não ganham.

A questão é quem está pronto para encabeçar uma disputa majoritária. Não é, simplesmente, quem possui mais densidade eleitoral, a exemplo dos torcedores da candidatura do senador Walter Pinheiro. Nem tão pouco, quem prefere um nome mais habituado às querelas municipais, a exemplo dos torcedores do ex-prefeito Luiz Caetano. Também não é uma questão de quem tem mais visibilidade nacional, como o ex-presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli de Azevedo, menos ainda uma questão tão pessoal como o chamego do governador pelo secretário da Casa Civil.

Numa disputa majoritária, todos sabem disso, o candidato é o principal comandante contra as nuvens movediças do ex-governador mineiro, Magalhães Pinto: “Política é como nuvem, muda de forma toda hora”. É quem vai enfrentar notícias – plantadas ou não – sobre o envolvimento de petistas ou aliados em episódios polêmicos, a exemplo de operações da Polícia Federal, contas rejeitas pelos tribunais de contas, envolvimento em grandes transações, a exemplo de Pasadena, greves, atraso de fornecedores e dos servidores, além de golpes baixos sobre a vida pessoal de cada um.

A superação de cada um desses embates também não é resolvida simplesmente com a disposição de cada um para enfrentar esses dilemas. Não basta ser convincente, como dizem os publicitários, é preciso parecer convincente. Enfrentar nomes improváveis como os prefeitos de Salvador ou de Feira de Santana, respectivamente, ACM Neto ou José Ronaldo, mais calejados como o ex-governador Paulo Souto ou até mesmo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, não é uma tarefa qualquer. Não basta decorar as principais realizações do governo, nem possuir o principal cabo eleitoral do país ou do estado ao lado.

Apesar de compreensível, a postura do secretário da Casa Civil de entregar nas mãos do governador a tarefa de articular a viabilidade de sua candidatura junto ao PT e aos demais membros da base aliada, tira dele o papel de protagonista de uma eleição suspensa pela fúria das manifestações de junho ainda em curso no país. Afinal de contas, o discurso da continuidade soa extremamente vago quando as pessoas querem tudo, menos o que está aí. E, quem fingir ou enterrar a cabeça debaixo da terra, pode assistir atônito a banda passar cantando sobre como as coisas da política não são resolvidas apenas com partidos e obras.

Sócrates Santana é jornalista e filiado ao Partido dos Trabalhadores.