Marco Wense
A cúpula do tucanato, alojada na Avenida Paulista, tem três importantes preocupações com a eleição presidencial: 1) o crescimento da candidata do PT, Dilma Rousseff, nas regiões sul e sudeste. 2) o impressionante poder de transferência de votos do presidente Lula. 3) a própria Dilma Rousseff.
As preocupações 1 e 2 já são fatos. A petista começa a incomodar os tucanos nos seus redutos, onde Serra está na frente de Dilma nas pesquisas. Sobre Lula, é inquestionável o seu carisma e o fato de Dilma contar com o maior “cabo eleitoral” da história do Brasil.
Só falta agora, para o desespero do PSDB, é a candidata Dilma mostrar que tem luz própria, ou seja, que pode caminhar com os próprios pés, que pode se virar sozinha, independente do PT e, principalmente, do presidente Lula.
Portanto, o debate na Band, dia 5 de agosto, quando Dilma fará uma “acareação” com Serra, é de suma importância. Se Dilma sair bem, será o início da conquista dos votos pela própria Dilma. A Dilma com luz própria.
NO LIMITE
Toda indefinição política tem o seu limite e o seu preço. Ultrapassando esse referencial, o indeciso começa a ser menosprezado e, o que é pior, não levado a sério pelos que disputam o seu apoio.
O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, precisa se definir em torno dos seus candidatos na eleição de 2010, principalmente em relação ao governo do Estado, se fica com Paulo Souto (DEM), Geddel (PMDB) ou Wagner (PT).
A indefinição do chefe do Executivo, eleito pelo DEM, depois de derrotar a petista Juçara Feitosa com uma frente de mais de 12 mil votos, já passou do limite do aceitável. O político tem que ter lado, não pode ficar agradando a gregos e troianos.
PDT
O Partido Democrático Trabalhista de Itabuna, o PDT, presidido aqui na Bahia pelo bom gaúcho Alexandre Brust, não compareceu no encontro do governador Jaques Wagner com as lideranças e os partidos políticos do sul da Bahia.
O PDT de Itabuna, hoje atrelado ao governo municipal, espera a decisão do prefeito Azevedo. Aliás, o presidente de fato do PDT é o prefeito democrata, já que não existe nenhuma orientação do comando estadual para que o partido se posicione a favor da reeleição de Wagner.
O PDT histórico, que apoia o legítimo projeto de reeleição do governador Jaques Wagner, marcou presença.