O professor Alessandro Fernandes de Santana, reitor da Uesc
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O reitor Alessandro Fernandes de Santana, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), repudiou o corte de R$ 600 milhões do orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A redução equivale a 92% das verbas que seriam destinadas pelo governo federal a pesquisas científicas no país. Alessandro falou sobre o assunto nesta quinta-feira (14), durante a reunião 60ª reunião extraordinária do Conselho Universitário.

Ele também fez menção ao Dia dos Professores, comemorado nesta sexta-feira (15). “Parabenizo a todos nós pelo nosso dia. Comemoramos a vida de cada um de nós. Comemoramos o esforço coletivo e individual para desempenharmos as nossas tarefas, mesmo em momentos adversos. Manifestamos nossa repulsa ao sabermos que os recursos destinados à pesquisa e a iniciação científica foram cortados do orçamento federal”, disse o reitor.

Para Alessandro, que é docente do Departamento de Ciências Econômicas, além de inviabilizar o trabalho de milhares de pesquisadores, o corte orçamentário joga contra e compromete o desenvolvimento do Brasil. A manifestação foi apoiada por outros membros do Conselho.

A Uesc reafirma seu compromisso com a educação pública de excelência, gratuita, inclusiva e referendada pela sociedade, garantiu o reitor.

Pesquisadora baiana cria plástico biodegradável e antimicrobiano || Foto Divulgação
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A pesquisadora Luana Dias, mestranda na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), desenvolveu uma alternativa sustentável que pode substituir a composição padrão de embalagens e outros derivados plásticos. A novidade se trata de filmes polímeros biodegradáveis e antimicrobianos.

“Vários tipos de polímeros já são avaliados para o desenvolvimento das embalagens, entretanto, na maioria das vezes utilizam-se os polímeros derivados do petróleo, devido as características dos alimentos, que podem conter água, nutrientes (carboidratos, proteínas, lipídeos, etc), além do armazenamento ao longo da cadeia produtiva”, explicou a pesquisadora Luana.

Ela destaca que na tentativa de minimizar o descarte desordenado de plásticos no meio ambiente e ao mesmo tempo propor uma alternativa sustentável, foram utilizados polímeros biodegradáveis, cujas bases são capazes de estabelecer contato com alimentos sem oferecer riscos à saúde dos consumidores, pois boa parte desses polímeros são naturais e fazem parte da alimentação humana.

“Os materiais que eu utilizei para desenvolver este novo tipo de plástico, com orientação da professora Cristiane Patrícia, podem ser exemplificados com amido, quitosana, gelatina e álcool polivinílico. Além de não serem agressivos ao meio ambiente, os materiais são misturados para gerar embalagens resistentes”, destaca Luana. Estes compostos unidos promovem qualidades que são essenciais, tais como a permeabilidade ao vapor d’água, ao oxigênio e a baixa ou alta resistência mecânica, o que não acontece quando os materiais são utilizados individualmente.

Se for introduzido como matéria-prima para embalagens, o novo tipo de plástico busca também promover a segurança do alimento, visto que estabelece um controle microbiológico devido a incorporação de uma enzima que elimina micróbios causadores de doenças ao consumidor. “Com este estudo, aliamos a ideia de um polímero biodegradável com a tecnologia inovadora das embalagens ativas para que sejam aplicados em alimentos”, destacou a mestranda. O projeto ainda está em fase de testes em bancada de laboratório para avaliar sua efetividade, como o tempo de vida útil em prateleiras de mercado, toxicidade, etc.

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Pílula contra o câncer terá fases de testes concluída em 7 meses (Foto Marcello Casal Jr.)
Pílula contra o câncer terá fases de testes concluída em 7 meses (Foto Marcello Casal Jr.)

A fosfoetanolamina, substância que vem criando polêmica nos últimos meses por ter sido anunciada como cura para o câncer, terá sua primeira fase de testes pré-clínicos – aqueles feitos em cobaias, antes de a substância ser usada em humanos – concluída em sete meses.

O anúncio foi feito hoje pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Celso Pansera, que explicou que os testes serão feitos a partir de duas amostras da molécula. Uma, que será requisitada à Universidade de São Paulo (USP), e outra, que será manufaturada com base na descrição do composto registrado no pedido de patente apresentado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).Segundo o MCTI, depois da primeira etapa de análises, estão previstas as fases seguintes do estudo em humanos.

O composto gerou controvérsia após sua distribuição ter sido aprovada, por decisão judicial, para alguns pacientes em tratamento contra o câncer. No último dia 12, no entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu o fornecimento da substância, mas os debates em torno da eficácia da substância continuam.

“Existe uma polêmica provocada por decisões judiciais no sentido de mandar a Universidade de São Paulo distribuir essa molécula. Não existe informação, por parte da Anvisa, nem de nenhum outro órgão, que certifique o uso desse remédio no Brasil ou no mundo; não há ninguém que tenha certificado essa molécula como remédio de combate a doença”, afirmou hoje o ministro Pansera, em entrevista coletiva.

A molécula foi sintetizada pela equipe de pesquisadores chefiada por Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, em São Carlos, há cerca de 20 anos, e ficou conhecida nas redes sociais como “pilula do câncer”. Isso ocorreu antes de a sbstância ter passado oficialmente pelas etapas de pesquisa exigidas pela legislação, que prevê uma série de estudos antes de um medicamento ser usado por seres humanos.

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