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O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, disse neste domingo (22) que sua campanha não deve mudar de rumo, mesmo depois dos resultados da última pesquisa Datafolha que mostram o tucano 17 pontos atrás de Dilma Rousseff, do PT.
“Nós vamos seguir nosso trabalho com muita seriedade, muito empenho, otimismo e propostas para mostrar para a população, e vamos chegar lá”, afirmou a jornalistas. Serra fez campanha em São Paulo ao lado do candidato ao governo do Estado pelo PSDB, Geraldo Alckmin, que também minimizou os resultados da pesquisa.
“O processo eleitoral está em pleno curso, não tem nenhuma decisão definitiva. Acho que o Serra tem tudo para ir para o segundo turno e, indo para o segundo turno, é uma nova eleição. E ele tem chance de ganhar”. Informações do Terra.

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Marcos Coimbra
Os estudos internacionais de ciência política e sociologia do voto mostram que é sempre difícil generalizar a respeito do processo eleitoral, mesmo em países com longa experiência e tradição democrática. Mais complicado ainda naqueles como o Brasil, onde a realização de eleições amplas e livres só passou a ser regra nos últimos 25 anos.
Sobre como esse processo se dá entre nós, existem perguntas importantes cujas respostas não conhecemos, até pela ausência de um número razoável de casos comparáveis. Tudo, por exemplo, que se refere às eleições presidenciais tem como referência apenas as cinco que fizemos mais recentemente. As quatro únicas que havíamos realizado entre a Proclamação da República e 1964 ficaram tão distantes que já não nos ajudam a entender o presente.
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Segundo matéria publicada hoje na Folha de São Paulo, o tucano José Serra perdeu pontos nos estados onde mais concentrou suas visitas. O jornal contabiliza 13 incursões a Minas Gerais e 10 ao Rio de Janeiro, onde o candidato do PSDB à Presidência da República caiu, respectivamente, 6% e 4% de acordo com o último Datafolha.
A matéria sugere que, para não continuar despencando nas pesquisas, o melhor é o tucano parar de viajar. Prova disso é que no Distrito Federal, onde não esteve, Serra permaneceu estável na comparação entre as duas últimas aferições.

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Marco Wense

Souto, Wagner e Geddel.

Os coordenadores de campanha, inconformados com a posição dos seus pré-candidatos no cenário eleitoral de 2010, estão massacrando os institutos que realizam pesquisas de intenção de voto.

O mínimo que se diz é que eles são fajutos. Palavras mais duras, ditas principalmente em conversas reservadas, onde o político xinga a genitora do concorrente, são impublicáveis.

Vale ressaltar que existem institutos sem nenhuma credibilidade, que manipulam os dados de acordo com o que foi combinado com as agremiações partidárias e os senhores políticos.

Aqui na Bahia, o PMDB, tendo como porta-voz o presidente estadual Lúcio Vieira Lima, só vai acreditar nas pesquisas quando o ministro Geddel estiver em empate técnico com o petista Jaques Wagner (PT).

O sonolento DEM, em estado de letargia política, parece conformado. Apenas algumas lideranças isoladas, como o deputado José Carlos Aleluia, se manifestam contra os resultados das consultas populares.

A última pesquisa sobre a corrida sucessória, realizada pelo instituto Vox Populi, aponta o governador Jaques Wagner com 44%, Paulo Souto 29% e o ministro Geddel 8%. O petista seria reeleito no primeiro turno.

O otimismo, até mesmo como forma de manter a militância unida, é importante em uma campanha. A infantilidade é inaceitável. Alguns peemedebistas, por exemplo, acham que Geddel já ultrapassou Paulo Souto, pré-candidato do DEM.

Essa infantilidade, bem próxima de uma imbecilidade, existe. Não é nenhuma invencionice. Tem um membro do diretório do PMDB de Itabuna que aposta na eleição do ministro Geddel já no primeiro turno. A diferença entre Wagner e Geddel é de 36 pontos.

O que mais irritou os peemedebistas na pesquisa da Vox Populi não foi os 8% na estimulada, e sim, com certeza, o irrisório, decepcionante e insignificante 1% na modalidade espontânea contra 4% de Souto e 17% de Wagner.

O presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, quando é questionado sobre as pesquisas, diz que “não leva em consideração nenhuma delas”, nem mesmo a da Datafolha, que também aponta uma vitória de Wagner no primeiro round.

É bom lembrar que, com essa da Vox Populi, já são seis pesquisas de intenção de voto que indicam uma possível e cada vez mais provável vitória do petista na primeira etapa eleitoral.

Se o cenário continuar favorável ao chefe do Executivo, apontando uma vitória no primeiro turno, a debandada de prefeitos do DEM, PSDB e PMDB para o projeto de reeleição é inevitável.

Petistas gozadores, adeptos do desaconselhável “já ganhou”, andam dizendo que o governador Jaques Wagner, pelo andar da carruagem, só vai precisar de “meio turno”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.