João França Santana (último sentado à dir.), com familiares e amigos || Foto Acervo de Sandoval Santana
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“Os vereadores foram surpreendidos com o artigo 10 do Ato Institucional n° 2 (AI-2), que proibiu a remuneração dos vereadores, o que para João França Santana nada mudou no seu posicionamento”.

Walmir Rosário

A sabedoria popular diz – com acerto – que a cada legislatura municipal, os eleitores terão saudades da bancada anterior. De minha parte, juro que não encontro base científica para tal assertiva, mas sou obrigado a dar o braço a torcer. Antes que me tomem como ressentido, vou logo avisando que nada tenho contra os senhores edis com assento nas câmaras municipais por este Brasil afora.

Como dizem que a voz do povo é a voz de Deus, sou impelido a aceitar a sabedoria popular, mormente quando as mídias sociais deixam claro e transparente atos e fatos da vida pública de um vereador. E tomo por base os cinco mandatos do vereador itabunense João França Santana, em tempos idos, o que me dá total garantia da tese elaborada por anos pelo povão de Deus, que conhece como ninguém a política e os políticos.

Pra início de conversa, considero uma das eleições mais difíceis do poder legislativo a do vereador, haja vista a ampla e próxima base de eleitores, formada, na essência, por amigos. E aí é que a porca torce o rabo, pois essa base se torna fácil de ser minada, pois os amigos são os mesmos de mais da metade dos candidatos a vereador. E estou dizendo isso levando em consideração a Itabuna dos anos 1950/60 e 70 do século passado.

E são exatamente esses vereadores do passado os eternos lembrados por terem deixado marcas positivas em seus mandatos. Em Itabuna, políticos do naipe de José Soares Pinheiro, Paulo Ribeiro, Raimundo Lima, Pedro Lemos, Mário César, Plínio de Almeida, Titio Brandão, o próprio João França Santana, e mais recente Edmundo Dourado, Orlando Cardoso, José Japiassú, João Xavier, são vistos como referência positiva.

Assim que se formou em Direito, em Salvador, João França Santana volta a Itabuna e inicia sua atuação na advocacia. Atencioso no trato às pessoas, se destaca como um possível candidato a vereador. Uniu as convicções políticas ideológicas com a amizade e ganhou a primeira eleição. Mesmo assim, seu trato com os colegas no legislativo sempre foi marcado pela cordialidade, independente dos temas partidários.

Por muitas vezes, o vereador esteve na oposição a prefeitos, mas sempre se destacou pela apresentação de bons projetos e, por muitas vezes, foi voto decisivo na aprovação de matérias do executivo. E sempre destacava: “Se o projeto vai beneficiar a população, não tenho o direito de votar contra, pois assumi o compromisso de trabalhar pela cidade e seus habitantes”, justificava com tranquilidade.

E o ex-vereador contava algumas passagens de sua vida legislativa, quando do bipartidarismo – Arena e MDB. Como se não bastasse a oposição entre os dois partidos, cada um deles era dividido em sublegendas. Então existia a Arena 1, 2 e 3, o que não era diferente no MDB. Ele mesmo era filiado da Arena 2 e era oposição ao prefeito José de Almeida Alcântara, da Arena 1. Ele fazia oposição cerrada, mas com o foco em Itabuna.

João França Santana ficou na suplência apenas uma vez, pois contava com um cabo eleitoral muito eficiente, o sogro Antônio Joaquim de Santana, o Marinheiro, forte liderança política no bairro da Conceição. Àquela época, os votos eram as chapas com os nomes de candidatos, largamente distribuídas e colocadas num envelope e depositadas na urna. Era tiro e queda!

Em 27 de outubro de 1965, os vereadores foram surpreendidos com o artigo 10 do Ato Institucional n° 2 (AI-2), que proibiu a remuneração dos vereadores, o que para João França Santana nada mudou no seu posicionamento. Continuou o mesmo vereador dedicado de sempre, procurando cumprir todos os compromissos assumidos quando pedia a confiança dos eleitores e voto.

Personagens de muitas histórias relevantes em sua vida e nos cinco mandatos, além dos anos em que foi consultor jurídico da Câmara de Itabuna, todos os anos, por ocasião do aniversário de Itabuna, João França Santana colaborava contando-as. Pouco antes do dia 28 de julho, ele chegava ao jornal Agora, com um texto histórico pronto, acompanhado de uma ou duas fotos, para publicação.

Ao chegar, fazia questão de cumprimentar toda a redação, diagramação e arte, entregava seu artigo ou crônica, tecia comentários sobre os fatos e fazia questão de compará-los com a política atual. Nesses momentos eu aproveitava para consultá-lo sobre outras matérias históricas que estávamos elaborando, tirava nossas dúvidas, trazia à tona novas e importantes informações, já com o seu aval.

Uma curiosidade eram as legendas das fotos, elaboradas em seu escritório, ainda na máquina de escrever (manual). Citava o evento, os personagens e concluía com a seguinte informação: “Fulano e sicrano já mortos, sou o único vivo da foto”. E assim atualizava as informações aos mais jovens sobre a verdadeira história de Itabuna, especialmente na seara política.

Profundo conhecedor do direito público e privado, além das leis e do processo legislativo, João França Santana atuou, por muitos anos, como consultor jurídico da Câmara Municipal de Itabuna, a quem prestou relevante contribuição. Casado com Stella, filha do casal Antônio Joaquim de Santana (Marinheiro) e Joana Oliveira de Santana, morreu em 25 de janeiro de 2020, aos 96 anos, deixando dois filhos e três netos.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Andrea Castro deixa a Semps e atuará no gabinete do prefeito
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A advogada e primeira-dama Andrea Castro deixou hoje (27) o comando da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps). Ela será substituída no cargo pela servidora pública Luciene Nascimento, confirmou o governo em nota.

Ainda de acordo com a nota, Andrea deverá atuar no gabinete do prefeito Augusto Castro nas ações de governo. O governo cita no comunicado que a advogada e primeira-dama “desenvolveu significativos avanços na política de assistência social de Itabuna, com acolhimento e assistência às pessoas que se encontravam em situação de vulnerabilidade social”.

Segundo a gestão, Andrea optou por trabalhar em ações transversais ligadas diretamente ao gabinete do prefeito, “onde irá apoiar e atuar com interlocução entre as secretarias, a população e a sociedade civil.

Mesa Diretora para biênio 2023-2024 tem estreia de Piçara (1º à esq.)
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Diego Pitanga assume mandato na Câmara de Itabuna

A nova composição do legislativo de Itabuna e da sua mesa diretora são duas novidades na reabertura dos trabalhos na próxima quarta-feira (1º). A mesa diretora, empossada no início deste ano, tem agora como terceiro-secretário o vereador Antônio Félix Nascimento (Piçarra), do Solidariedade.

Também do Solidariedade, o vereador Fabrício Pancadinha deixa a Câmara para assumir mandato de deputado estadual exatamente na quarta-feira.

A vaga de Pancadinha no legislativo itabunense será ocupada por Júnior do Trator (PMN), que vai para o segundo mandato.

Primeiro suplente do PT, Diego Pitanga assume em lugar de Manoel Porfírio, que hoje preside a Fundação Marimbeta (Sítio do Menor).

Ainda há dúvida quanto à presença do prefeito Augusto Castro (PSD) na solenidade, já que, também na quarta-feira (1º), há a posse e eleição do novo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador. Caso ele não compareça, a mensagem do Executivo deverá ser lida por um representante do governo.

Jadson (azul) entra com registro da sua chapa na disputa à presidência da Amurc
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A disputa pelo comando da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) caminha para ser eleição por aclamação dos novos dirigentes para o biênio 2023/2024. O prefeito de Coaraci, Jadson Albano (PP), registrou hoje a chapa com a qual disputará o comando da instituição. Até as 15h desta sexta-feira (20) era a única chapa inscrita. A eleição da entidade está marcada para o próximo dia 31.

A chapa encabeçada por Jadson tem o apoio de, pelo menos, 25 dos 35 prefeitos filiados à Amurc, conforme apuração feita pelo PIMENTA. É o nome defendido pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) para comandar a entidade em contraposição ao atual presidente, Vinicius Ibrann, histórico opositor petista e prefeito reeleito de Buerarema.

Além de Jerônimo, Jadson também contabiliza apoios do senador Otto Alencar (PSD), do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), da deputada estadual diplomada Soane Galvão (PSB) e do deputado federal Ronaldo Carletto (PP), dentre outras lideranças políticas estaduais.

MUNICIPALISMO FORTE

– Nossas principais bandeiras são o fortalecimento institucional da Amurc, com a expansão do número de associados. A entidade já teve 60 municípios [associados]. Cresceu nos últimos anos, mas queremos ampliar – disse ele.

Jadson Albano afirma que, caso seja eleito, a instituição deverá ter diálogo institucional forte com os governos estadual e federal. Defendeu o alinhamento de propostas na assistência social (“defesa dos mais pobres”) e ação para mitigar o desgaste sofrido pelos municípios na capacidade gerencial, principalmente depois das perdas com o Esocial, Censo do IBGE 2022 e adaptação ao Sistema Único e Integrado de Execução Orçamentária, Administração Financeira e Controle (Siafic).

– Devemos buscar caminho ideal para todos (municípios, estado e União) para que, juntos, possamos sair dessa crise e ao final desses 2 anos os nossos municípios estejam apresentando quadro social muito bom para os munícipes. Os governos estadual e federal têm pauta social muito forte em defesa dos mais pobres. Essa questão social é que vai unir a todos – afirmou ele ao PIMENTA por telefone, há pouco.

APOIO NO ESTADO E EM BRASÍLIA

Ao ser questionado se não caminharia para eleição em chapa única, Jadson se revelou cauteloso. Até as 15h, afirmou, era a única chapa registrada. “Mas mineração e eleição, só depois da apuração”, afirmou usando um ditado famoso entre políticos.

Jadson revelou crer no apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia, para que municípios estanquem as perdas e possíveis quedas de receitas após o Censo 2022. Somente na Bahia, 101 municípios serão afetados pelas estimativas populacionais do IBGE para 2023, afetando fortemente o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Rui se demonstrou sensível a estas causas”, afirmou, lembrando, ainda, das gestões do novo ministro como governador da Bahia.

Bebeto Galvão: "me sinto um player político importante de Ilhéus" || Foto Reprodução/Redes Sociais
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O vice-prefeito Adalberto Galvão, Bebeto, não esconde a vontade de governar Ilhéus, onde iniciou sua vida política, na década de 1980, no movimento sindical. Eleito vereador em 1992, recebeu votação expressiva na cidade para chegar à Câmara dos Deputados em 2014. Candidatou-se a prefeito em 2016, quando foi derrotado pelo prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), a quem se aliou em 2020. Dois anos depois, foi eleito primeiro suplente do Senado. Nas eleições do ano passado, foi entusiasta do ingresso de Soane Galvão nas fileiras de seu partido, o PSB, e da candidatura vitoriosa da primeira-dama a deputada estadual.

Mencionando essa trajetória e a aliança com Marão, o PIMENTA perguntou a Bebeto se ele se considera candidato natural à sucessão do prefeito. Ao responder, o vice fez a ressalva de que estamos longe de 2024 e disse que toda eleição deve ser discutida no ano em que será realizada.

Depois, afirmou que, devido à relevância de Ilhéus para a Bahia, a discussão sobre a disputa local passará, necessariamente, pelo conselho político dos partidos que integram a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). “Ninguém é candidato de si mesmo. Uma candidatura, sobretudo numa cidade do tamanho de Ilhéus, é fruto das circunstâncias políticas, do entendimento das forças políticas e da base a que estou vinculado historicamente, que é a do Governo do Estado”.

Os partidos existem, também, para disputar eleições e isso é legítimo, continuou Bebeto. “Se em 2024 o nome será de Bebeto ou não, aí é outra realidade. Mas, eu me sinto como um player político importante de Ilhéus, com serviços prestados, com trabalho. Não enxergo isso como naturalidade, enxergo como construção, porque aí tem os interesses do PSD, do PCdoB, PSB, PT, Avante, do PV, de todos esses partidos que, na minha opinião, têm legitimidade de apresentar a sua chapa”, concluiu.

O vice-prefeito também falou sobre seu papel na reeleição acachapante de Marão. “A minha participação [na chapa], sem falsa modéstia, foi fundamental para a reeleição de Mário”. Já o pleito de 2024 ainda não foi tema de conversa com o prefeito, assevera o socialista. “Agora, se você me perguntar: você gostaria de ser o prefeito da cidade? Todo mundo gostaria de ser prefeito de Ilhéus, mas entre desejar ser o prefeito e, na eleição, disputar e se tornar prefeito, tem um caminho a percorrer”, cravou Bebeto Galvão.

“NÃO PODEMOS VER O JOVEM NEGRO E POBRE COMO INIMIGO A SER ABATIDO”

Bebeto e Lula durante encontro do presidente com lideranças sindicais em Brasília, nesta quarta (18)

Ainda em 2015, quando era deputado federal, Bebeto apresentou projeto de lei para equiparar injúria racial ao crime de racismo. Após longo processo legislativo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, no último dia 11, a Lei nº 14.532/2023, que alterou a Lei nº 7.716/1989 (Lei de Crime Racial).

Além de tipificar injúria racial como crime de racismo, a nova legislação prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos, e multa. Antes, a pena era de 1 a 3 anos. Uma das consequências práticas da equiparação, segundo Bebeto, é o fim da possibilidade do agressor ser liberado com pagamento de fiança. Quando o crime for praticado por duas ou mais pessoas, caso comum em arenas esportivas e outras espaços com multidões, a pena será aumentada da metade da previsão inicial, ou seja, poderá ser de 3 anos a 7 anos e seis meses.

Na Câmara dos Deputados, Bebeto integrou a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou a violência contra jovens. Um dos casos apurados ficou conhecido como Chacina do Cabula, ocorrido em fevereiro de 2015, em Salvador, onde 12 jovens negros foram mortos pela Polícia Militar. A corporação alegou que as mortes ocorreram em confronto, versão contestada por moradores da comunidade. Na época, ao comentar o caso, o então governador Rui Costa (PT), atual ministro-chefe da Casa Civil, comparou os policiais em situação de confronto a artilheiros diante do gol. O episódio e a frase costumam ser relembrados em debates sobre a política de segurança pública na Bahia.

Para Bebeto, o Governo Rui Costa foi extraordinariamente bem em quase todas as áreas, mas não enfrentou como deveria os desafios da segurança, como a qualidade da formação dos policiais. Segundo ele, esse é um problema das polícias militares de todo o país. Por isso, na sua avaliação, são urgentes uma mudança na educação policial e o fim dos autos de resistência. “Não é razoável se permitir identificar que o inimigo interno é o jovem preto. Isso tem agenda no processo de formação das polícias, que é preciso superar. Nós não podemos ver um jovem negro e pobre como inimigo interno a ser abatido”.

Adolfo Menezes, 4º da esquerda para a direita: ação contra medida do TCU || Foto Divulgação
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A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) deverá recorrer à Justiça contra o Tribunal de Contas da União (TCU) devido a mudanças no coeficiente de 100 municípios baianos que deverão ter redução no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A mudança se deve a estimativa populacional usada pela corte de contas para definir o repasse mensal do Fundo a estes municípios (confira lista dos afetados ao final).

A medida foi determinada pelo presidente da Alba, o deputado Adolfo Menezes (PSD). O parlamentar tomou a decisão após audiência com os prefeitos de Amargosa, Júlio Pinheiro; Danilo Italiano, de Nova Itarana; Cláudio Serrada, de Ruy Barbosa; Leonardo Cardoso, de Gandu; e Alessandro Correia, de Brejões, além da superintendente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Raquel Santana, e do deputado estadual Júnior Muniz (PT).

– A UPB estima que mais de 100, dos 417 municípios baianos, devem receber menos verbas do FPM, com perdas previstas de quase R$ 500 milhões, impactando em serviços como saúde, infraestrutura e assistência social. No Brasil, são cerca de 800 municípios. A Assembleia Legislativa da Bahia, junto com a UPB e a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), vai encampar essa luta jurídica contra a União, dirigida ao Tribunal de Contas da União (TCU). Com os orçamentos municipais de 2023 já aprovados, como os prefeitos irão fechar as suas contas? – questiona o presidente da Alba.

MUNICÍPIOS IMPACTADOS

O prefeito Júlio Pinheiro, de Amargosa, diz estar fazendo malabarismo financeiro para tentar cobrir a perda de R$ 4 milhões do FPM. “O TCU e o IBGE utilizaram-se de dados inacabados do Censo 2022, afetando o planejamento dos nossos municípios e quebrando o princípio da anualidade. É muito importante que a Assembleia Legislativa da Bahia, com a atitude tomada pelo presidente Adolfo Menezes, cerre fileiras em defesa dos municípios para que os nossos cidadãos e cidadãs não sejam prejudicados”, argumenta Pinheiro.

Na Bahia, os municípios afetados com a redução do FPM são: Adustina, Amargosa, Amélia Rodrigues, Andaraí, Antas, Aporá, Aramari, Arataca, Banzaê, Barra, Belmonte, Bom Jesus da Serra, Bonito, Brejões, Brejolândia, Buerarema, Caculé, Caetanos, Caldeirão Grande, Camacan, Camamu, Campo Formoso, Canarana, Candeias, Candiba, Canudos, Catu, Central, Conceição do Almeida, Cotegipe, Cruz das Almas, Dário Meira, Dias d’Ávila, Esplanada, Gandu, Heliópolis, Igrapiúna, Inhambupe, Ipiaú, Ipirá, Itabela, Itaguaçu da Bahia, Itamaraju, Itapebi, Itapetinga, Itiúba, Ituberá, Jaguaquara, Jandaíra, Laje, Livramento de Nossa Senhora, Macaúbas, Maiquinique, Mairi, Malhada, Manoel Vitorino, Maragogipe, Marcionílio Souza, Mascote, Mirangaba, Monte Santo, Mundo Novo, Muritiba, Nilo Peçanha, Nova Canaã, Nova Viçosa, Novo Triunfo, Olindina, Paratinga, Pé de Serra, Pedro Alexandre, Pintadas, Piripá, Piritiba, Planalto, Pojuca, Rio do Antônio, Rio do Pires, Rio Real, Ruy Barbosa, Santa Terezinha, Santaluz, Santo Amaro, São Félix, São Sebastião do Passé, Sátiro Dias, Sebastião Laranjeiras, Serra Dourada, Serrolândia, Simões Filho, Souto Soares, Tapiramutá, Teixeira de Freitas, Tucano, Ubatã, Umburanas, Urandi, Utinga, Valente, Várzea da Roça e Vera Cruz.

Ioná, à esquerda, assume superintendência na SPM, pasta comandada por Elisângela || Foto Divulgação
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Ex-prefeita de Camamu, Ioná Queiroz (PT) será a superintendente de Promoção e Inclusão Socioprodutiva da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, comandada pela suplente de deputada federal Elisângela Araújo (PT). A nomeação da ex-prefeita está publicada no Diário Oficial do Estado.
Ioná foi escalada para a superintendência com a missão de fortalecer a independência socioeconômica das mulheres baianas na cidade e no campo. Além de ser prefeita por dois mandatos, Ioná foi também diretora-geral da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).

O deputado estadual e líder do governo, Rosemberg Pinto (PT) comemorou a indicação de Ioná para a Pasta. “É uma gestora qualificada, que assumirá mais uma missão de estado, com o objetivo de levar políticas públicas para as mulheres de toda a Bahia”.

Lúcio Vieira Lima alfineta Colbert, prefeito de Feira de Santana
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Colbert Martins Filho – faz tempo – tornou-se figura indigesta para a cúpula estadual do seu partido, o MDB. São públicas as críticas e alfinetadas do presidente de honra da legenda, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, contra o prefeito de Feira de Santana, o segundo mais populoso município baiano.

Nesta semana, Colbert cobrou do governador Jerônimo Rodrigues (PT) um plano para a segurança pública do município, que registrou 16 homicídios em 10 dias. “Feira de Santana é considerada uma das dez cidades mais violentas do mundo, uma das quatro mais violentas do Brasil”, observou Colbert em vídeo publicado em redes sociais do gestor.

Ainda por meio de redes sociais, nesta tarde de quarta-feira (11), Lúcio Vieira Lima compartilhou publicação em que chama Colbert de oportunista nas críticas endereçadas a Jerônimo, que assumiu o governo há 10 dias.

Para o ex-deputado federal, o prefeito – com grande reprovação popular – tenta politizar a questão. O novo governador, enfatiza Lúcio, já disse que a segurança pública terá nova cara – e até mudou o gestor da Pasta, agora comandada por Marcelo Werner, delegado da Polícia Federal. As críticas são endossadas pelo irmão do presidente de honra da legenda, o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Lúcio, aliás, não deixou de enumerar alguns dos problemas de Feira de Santana causados pela gestão vacilante do seu colega de partido: falta de médicos nas Unidades de Saúde, corrupção no governo e falta de zelo com a cidade, dentre outros. Neste ano, o prefeito ficou famoso nacionalmente pela pancadaria oferecida pela Guarda Municipal contra professores da rede municipal em greve.

Soou como enquadrada. Porém, há quem aposte em um movimento de expulsão de Colbert. O prefeito anda em rota de colisão com a cúpula emedebista desde o pleito eleitoral na Bahia. Mas há quem também creia que Colbert – em baixa com o eleitorado de Feira e temendo humilhação política – apressará o passo e deixará, voluntariamente, as fileiras emedebistas. Atualizada às 17h20min.

Esquadrão analisa artefato e conclui que se tratava de simulacro de bomba || Foto Alberto Maraux/SSP-BA
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Há pouco, o Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) removeu um simulacro de bomba deixado dentro de uma mochila, no Anel Rodoviário de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, capital baiana. O material será encaminhado à Polícia Civil, que submeterá o artefato à análise do Departamento de Polícia Técnica (DPT) no segundo mais populoso município da Bahia.

O simulacro de bomba foi deixado em um viaduto próximo ao acampamento bolsonarista desarmado, ontem (9), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem do ministro do Supremo foi dada depois de atos terroristas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, no último domingo (8), com destruição de parte dos prédios que abrigam o próprio STF, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.

Ainda segundo o Bope, a mochila, o simulacro e o bilhete deixado passarão por perícias no DPT. Equipes da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Feira de Santana) investigam a autoria. O bilhete trazia mensagem de teor político, sugeria ter partido de bolsonarista e pedia a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Terroristas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com o resultado das eleições, invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa.

Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, quebraram vidros e móveis.

As imagens mostram que o efetivo de policiais militares que estava nas proximidades do Congresso Nacional usou sprays de pimenta em uma tentativa sem sucesso de conter os manifestantes que entoavam palavras de ordem golpistas.

Via redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que “essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”. Ele acrescentou ter ouvido do governo do Distrito Federal que o efetivo seria reforçado. “As forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, escreveu o ministro.

Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e atual secretário de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal, Anderson Torres, que se encontra nos Estados Unidos, disse, via Twitter, ter determinado ao setor de operações “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, disse nas redes sociais, que tem certeza que a maioria dos brasileiros quer união e paz para que o Brasil siga em frente. “Essa manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e que prega a violência. Uma minoria violenta, que vai ser tratada com o rigor da lei”.

Presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco disse repudiar “veementemente esses atos antidemocráticos”, que, segundo ele, deverão “sofrer o rigor da lei com urgência”. A Polícia Legislativa também está no local, na tentativa de conter a invasão.

“Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação”, disse Pacheco.

O presidente da Câmara publicou nas redes sociais que o Congresso Social jamais negou “voz a quem queira se manifestar pacificamente”. “Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo.” Na postagem, Lira diz que os responsáveis que “promoveram e acobertaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei”.

“A democracia pressupõe alternância de poder, divergências de pontos de vista, mas não admite as cenas deprimentes que o Brasil é supreendido nesse momento. Agiremos com rigor para preservar a liberdade, a democracia e o respeito à Constituição”, escreveu Lira.

Afonso Florence reassume mandato na Câmara dos Deputados, mas deve retornar ao governo
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Mudança temporária, a priori, no governo baiano. Nomeado para a Casa Civil, Afonso Florence pediu exoneração do cargo. O cargo será assumido pelo chefe de Gabinete, Carlos Mello, conforme publicado em edição suplementar do Diário Oficial do Estado.

Por meio de nota, o governo informou que a formalidade visa apenas permitir que Afonso Florence fique “liberado para concluir o mandato, em andamento, como deputado federal em Brasília”.

Reeleito em outubro passado, o parlamentar petista deve retornar ao cargo de secretário em fevereiro.

SEGUNDO ESCALÃO

Hoje, às 15h, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) anunciará nomes que irão compor o segundo escalão de sua gestão. O anúncio será feito por meio do YouTube (https://www.youtube.com/governodabahia).

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Ainda não compreendemos o potencial total da IA, mas já sabemos que o impacto em todos os setores é extremamente grande.

 

Andreyver Lima

Já não é novidade que as máquinas assumem uma variedade de papéis. Elas ajudam na agricultura, na produção de energia, no transporte e na comunicação. No entanto, a próxima fronteira da automação já está sendo usada para melhorar cada parte de nossas vidas agora.

Em 2023, a inteligência artificial (IA), se tornará ainda mais difundida, à medida que a cultura digital acelera. A inteligência artificial embutida em nossos dispositivos atuais, poderá substituir uma nova leva de profissionais humanos.

Mas essa não é a única maneira que essa tecnologia pode remodelar nossa relação com os computadores e a interação entre humanos, em um mundo cada vez mais digital.

MAS COMO ESSES EFEITOS PODEM SE MANIFESTAR NO MUNDO REAL?

A Inteligência Artificial se tornará a nova cultura digital, assim como um novo conjunto de ameaças. O surgimento de grandes dados criou uma oportunidade sem precedentes para a criatividade e inovação na era digital. Mas com a IA se tornando mais prevalecente, nossas responsabilidades também se tornaram mais complexas. Precisamos permanecer atentos com o uso desta ferramenta mais poderosa que a humanidade já criou, seja para a criatividade, o debate, a colaboração, mas também pelos potenciais riscos políticos por seu mau uso.

A ÚLTIMA FRONTEIRA DO DIGITAL

Da ascensão da cultura digital ao crescimento da realidade virtual, esta nova era está causando impacto em todos os setores. E com o aumento da inclusão digital em todo o mundo, os consumidores estão se tornando mais conscientes do uso da internet. Mas o que é exatamente a IA e como ela pode ser usada para o bem em nosso mundo atual?

Vivemos em uma era de inteligência e realidade virtual. Então devemos também estar conscientes deste impacto em nossa capacidade de compreender a tecnologia. Embora muitas tecnologias existam há muito tempo, há uma nova aceleração em seu uso que ameaça alterar o equilíbrio entre o digital e o tradicional.

Inteligência artificial é um termo amplo, que cobre uma variedade de diferentes tecnologias e soluções de software que visam tornar as pessoas mais cognitivas. Entretanto, a IA é agora usada em situações muito diferentes do que era há alguns anos atrás. Hoje, temos aplicativos de produção de imagens para redes sociais, mas também assistentes digitais usados para gerenciar grandes conjuntos de dados, como em programas de tráfego de veículos, numa busca constante de atualizar os algoritmos e melhorar a experiência do usuário.

O USO DA IA NA POLÍTICA BRASILEIRA

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou, em sessão administrativa virtual, a criação da Assessoria de Inteligência Artificial em sua estrutura orgânica. A nova unidade, vinculada à Presidência, tem como principal objetivo desenvolver novas soluções em inteligência artificial, aplicadas à prestação jurisdicional da Corte.

A INTELIGÊNCIA NA INDÚSTRIA BRASILEIRA

As empresas estão acelerando o ritmo de seus investimentos nesta tecnologia, e há boas notícias à medida em que a demanda por uma tomada de decisão mais eficaz aumenta, em consequência, também cresce a concorrência.

O mercado brasileiro é o lar de algumas das mentes mais brilhantes do mundo, e é também o lar de uma indústria que tem crescido de forma constante nas últimas décadas. Muitas empresas melhoraram o atendimento ao cliente usando a mesma tecnologia.

O Brasil está entre as dez maiores economias da América Latina em termos de produção manufatureira. Possui uma das mais avançadas fábricas de metalurgia do mundo e o governo está alimentando uma nova era de robótica e pesquisa de inteligência artificial.

Com o 5G e a adoção da Internet das Coisas (IoT), além de grandes dados, acelerou o ritmo de mudanças para o setor tecnológico brasileiro. Há uma necessidade de transformar nossa indústria para o digital o mais rápido possível. Muito tem sido alcançado nos últimos anos, mas temos muito a fazer. Temos que aproveitar os benefícios da transformação digital.

OS PERIGOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

No entanto, com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Devido ao seu uso crescente, a IA também é uma das principais ameaças na guerra moderna. Novos softwares e satélites sugerem que em breve veremos uma nova onda de uso da IA neste campo, o que pode levar a concepções errôneas num combate.

O que é real e ‘quem é quem’, no mundo virtual? Problemas como este começaram a aparecer. Em um estudo realizado no ano passado, foi possível observar que as IAs estão produzindo rostos humanos extremamente confiáveis, além da sua capacidade de editar fotos publicadas nas redes sociais, podendo deixar a pessoa em qualquer situação.

Por fim, ainda não compreendemos o potencial total da IA, mas já sabemos que o impacto em todos os setores é extremamente grande. Ao tempo em que extingue empregos, geram novas oportunidades e um novo mundo. Seja real ou virtual.

Andreyver Lima é jornalista com certificado de Comunicação na Era Digital (FGV) e do curso Política Cidadã: opinião pública, eleições, grupos de interesse e a mídia (Harvard).

Mesa Diretora para novo biênio toma posse nesta terça-feira || Foto Pedro Augusto
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A mesa diretora da Câmara de Itabuna para o biênio 2023/24 tomará posse às 10h desta terça-feira (3), no Plenário Raymundo Lima. A solenidade estava prevista para ocorrer ontem, mas, segundo a direção da Casa, foi necessário mudar a data devido a uma instabilidade no gerador de energia do Espaço Cultural Josué Brandão, que tem parte dele ocupado pelo legislativo itabunense.

Foram reeleitos cinco dos seis nomes integrantes do grupo. A votação ocorreu em 7 de abril do ano passado. Pelos próximos dois anos a presidência continuará com o vereador Erasmo Ávila (PSD), tendo novamente como primeiro vice-presidente Sivaldo Reis (PL). O segundo vice-presidente é Francisco Santos (PSD); além do primeiro-secretário, Israel Cardoso (Agir); e o segundo-secretário Luiz Alberto Roza (DC). O nome novo membro da Mesa é o terceiro-secretário, Antônio Félix Nascimento, Piçarra (SDD).

Geddel sai em defesa de Leonardo Góes para comando da Embasa
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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) saiu em defesa da indicação do engenheiro agrônomo Leonardo Góes para a presidência da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). “Ainda que seja uma decisão exclusiva do governador [diplomado Jerônimo Rodriges], tenho ouvido da base do MDB rasgados elogios ao nome do engenheiro Leo Góes, ex-secretário de Rui Costa”, iniciou, em publicação numa rede social.

“Dizem que seria um grande presidente da Embasa e, sendo da base de Jerônimo, é claro que o MDB torce sempre por nomes que deixem o partido engajado na defesa do Governo”, acrescentou o ex-ministro.

Leonardo Góes foi secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento da Bahia de fevereiro de 2019 a março de 2022. Ele teria o apoio do senador Jaques Wagner (PT-BA) para dirigir a Embasa a partir de 2023. “Se é verdade que ele tem o apoio do senador Wagner, melhor ainda, afinal, ninguém lutou tanto para que o governador Jerônimo ganhasse a eleição”, emendou Geddel.

Tonho de Anízio, primeiro à esquerda, é reeleito para o comando do CDS-LS
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Por unanimidade, o prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio (PT), foi reeleito presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável Litoral Sul CDS-LS, para os próximos dois anos, durante assembleia geral da entidade, em Itabuna. Tonho de Anízio comandará o Conselho pela quarta vez consecutiva.

A diretoria terá como vice-presidente Milton Cerqueira, prefeito de Almadina, enquanto o prefeito de Maraú, Manassés Souza será diretor administrativo. Mário Alexandre, Marão, assume a diretoria de Relações Institucionais. As prefeitas Gilcélia Santana (Floresta Azul) e Monalisa Tavares (Ibicaraí) integrarão o Conselho Consultivo do CDS-LS.

Considerado liderança política sul-baiana e bem articulado, o prefeito Antônio de Anízio vem se destacando como uma referência política que, à frente do Consórcio, conseguiu implementar convênios importantes em parceria com o Governo do Estado da Bahia para o atendimento às demandas de infraestrutura urbana e rural, resíduos sólidos, meio ambiente, educação, segurança e turismo.

– Tivemos grandes conquistas nesse ano, passando pelos resultados positivos e pelo avanço em demandas históricas da região. A entidade vai seguir sua atuação em busca de recursos, investimentos e programas para os 16 municípios consorciados, reforçando o diálogo com os governos estadual e federal – afirmou Tonho de Anízio.