Estudantes indígenas na cerimônia do jaleco|| Foto Divulgação
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A Universidade Federal do Sul da Bahia aparece na 19ª colocação no ranking nacional de instituições de ensino superior com maior percentual de estudantes indígenas matriculados.

Um levantamento da Revista Quero mostra ainda que, na Bahia, a UFSB é a instituição com maior percentual de estudantes índios. Eles somam 3,56% dos 3.488 alunos matriculados nos campi de Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

De acordo com o Pró-Reitor de Sustentabilidade e Integração Social (PROSIS), Sandro Ferreira, dois fatores chamam atenção para essa posição no ranking: a localização da universidade e o constante diálogo com a comunidade indígena desde o processo de implantação da UFSB.

Sandro também afirma que Articulado ao interesse institucional e acadêmico da universidade em se aproximar destas comunidades, destaca-se o intenso esforço destas comunidades em estimular a formação escolar e o ingresso destes jovens (e também idosos) na universidade.

POVOS INDÍGENAS

A UFSB atua em um local onde muitas comunidades indígenas existem e resistem em suas formas de organização comunitária. Ganham destaque as aldeias Tupinambás, em Ilhéus, Pataxó Hã Hã Hãe, em Pau Brasil, e Pataxó, em Santa Cruz Cabrália e região do Parque Monte Pascoal.

A universidade já previa, desde seu início, em seus processos seletivos reserva de vagas para indígenas, como estabelecido na Lei 12.711/2012. Prova disso é seu primeiro processo seletivo, em 2014, que já possuía tal modalidade.

Em abril de 2016, a UFSB publicou seu primeiro edital com vagas exclusivas para estudantes indígenas que comprovassem residir (ser reconhecido) por uma comunidade indígena. Nos anos seguintes, foram ampliadas a reserva de vagas e os cursos de ingresso (primeiro ciclo, segundo ciclo e pós-graduação) para indígenas aldeados, com seleção realizada via SISU ou editais próprios.

O Pró-Reitor explica que, desde 2015, a UFSB também fez a adesão ao Programa Bolsa Permanência do MEC, que garante bolsas de apoio pecuniário, no valor de R$ 900,00, a estudantes indígenas aldeados e quilombolas. Além deste programa, alguns outros programas de permanência foram criados e direcionados ao segmento de estudantes indígenas da UFSB, facilitando a continuidade e finalização dos estudos.

Todas essas ações, em conjunto, consolidaram o processo de diálogo entre a comunidade acadêmica e a comunidade indígena possibilitando o processo de inclusão e ressignificação dos processos de ensino e aprendizagem.