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Um ato público em favor do Complexo Intermodal Porto Sul será realizado nesta quinta-feira, 10, em Ilhéus. O objetivo de representantes de entidades de todos os segmentos que apoiam o projeto é fazer uma grande caminhada, saindo da Avenida Osvaldo Cruz, fundos do estádio Mário Pessoa, e percorrendo as principais ruas de Ilhéus.

Entre os que já confirmaram presença, estão representantes de diversos movimentos sociais da região, inclusive membros da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), segmento empresarial, portuários e estudantes.

Responsáveis por mais de 400 entidades já assinaram um manifesto em defesa do Porto Sul. O documento foi entregue no final de maio ao governador Jaques Wagner, que considera o projeto estratégico para o desenvolvimento econômico da Bahia e da região.

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Manifesto a favor do Porto Sul é entregue ao governador Jaques Wagner (foto Manu Dias)

Se a aceitação ao projeto do Complexo Intermodal de Transportes for medida pelo manifesto entregue no último sábado, 29, ao governador Jaques Wagner, percebe-se que há uma folgada maioria de defensores diante de um pequeno número de contrários, que se auto-intitulam ambientalistas.

No documento entregue ao governador, estão assinaturas de prefeitos e vereadores das principais cidades da região, sindicatos, parlamentares, cooperativas e associações  empresariais, de moradores e de trabalhadores rurais. No total, há mais de 300 entidades, órgãos e instituições subscrevendo o manifesto.

Opositores do projeto também produziram o seu libelo, apresentado no dia 19 de maio, mas “encheram linguiça” com entidades que não autorizaram sua inclusão entre os signatários.

No sábado, ao receber o documento, Wagner demonstrou como vê o debate em torno do tema. Segundo ele, quem apoia o Porto Sul também defende o meio ambiente, mas não como objeto de contemplação e sim como fator que gere desenvolvimento e beneficie a sociedade, reduzindo-se ao máximo o impacto sobre os recursos naturais. Para o governador, a destruição assim como a manutenção da natureza intocada são dois extremos que produzem miséria.

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Na condição de presidente da Colônia de Pescadores Z-34, o vereador ilheense José Reynaldo, o Zé Neguinho, do PPS, aderiu ao abaixo-assinado contra o Complexo Intermodal Porto Sul.

Nesta semana, deu uma guinada de 180 graus ao procurar as entidades favoráveis ao projeto. Antes que alguém o interpelasse, Zé Neguinho logo explicou, a la Edson Arantes do Nascimento, o Pelé: “Uma coisa é a colônia ser contra; outra é o vereador Zé Neguinho ser a favor [do Porto Sul]“.

Entendê?

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O jornalista e músico Randolpho Gomes constatou que até mesmo a sua banda, OQuadro, apareceu como favorável ao manifesto contra o Complexo Porto Sul em Ilhéus.

Fala, Rans:

– Eu, como um dos vocalistas do grupo, faço questão de ressaltar que não assinamos lista alguma. O assunto deve ser esmiuçado ao máximo ainda, antes de decidirmos e explicitarmos o nosso ponto de vista.

Cabra dos bons, Rans observa que os interesses reais do sul-baiano devem estar acima de qualquer coisa, “seja no aspecto econômico ou ambiental, e não os duvidosos interesses de grupos hoteleiros e mineradoras da casa do chapéu”. O manifesto com a assinatura falsa da banda foi entregue ontem à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

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O manifesto entregue ontem por ambientalistas à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, contra o projeto Porto Sul, foi “fermentado” com a assinatura de representantes de entidades de outros Estados e e até de “instituições” de natureza duvidosa, como uma tal “Pizza na Praça  – Serra Grande”.

De um total de 93 assinaturas apostas ao manifesto, apenas 17 são de entidades ilheenses e, mesmo assim, algumas já haviam se declarado favoráveis ao porto. Há suspeitas de que alguns nomes entraram no documento sem autorização.

Um grupo favorável ao porto participou de audiência ontem na Justiça Federal, em Ilhéus,  e apresentou outro manifesto, somente com entidades nativas. Em número, os prós vencem os contras pelo placar de 125 a 93.  O presidente da Federação das Associações de Moradores de Ilhéus (Fami), Marcos Lessa, desconfia das motivações dos que não querem o Porto Sul.

“Sabe por que essas pessoas de outras regiões assinaram  contra a implantação do porto em Ilhéus? Porque eles querem o porto para eles”, opina o líder comunitário. Na lista entregue à ministra, há grupos de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba e até do Amazonas.

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Nos telejornais desta noite, a rede Globo abriu espaço para o ato de opositores ao Complexo Intermodal Porto Sul. Estes, entregaram documento à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

As línguas ferinas dizem que por trás dessa cobertura inocente está o interesse de um dos donos da Globo, Roberto Irineu Marinho, que possui imóvel em Itacaré, no sul da Bahia.

As línguas maldosas também lembram que – não faz muito tempo – a emissora dos Marinho fez matéria em que o aeroporto de Ilhéus aparecia como o mais perigoso do Brasil, quiçá do mundo! E o novo aeroporto, veja você, vai ser construído na região polêmica, naquela área do Porto Sul.

Além do todo poderoso Marinho, outro grande contra o Porto Sul é o empresário Guilherme Leal, dono de mansão em Itacaré e dirigente da Natura. Ele vai ser o vice da presidenciável Marina Silva (PV).

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Vista da casa dos Marinho em Itacaré (Foto BN).

Setores do empresariado baiano apontam interesse nada ecológico da Rede Globo para produzir matéria contrária ao projeto Porto Sul (foi veiculada na edição deste domingo do Fantástico).

A versão é de que a reportagem foi pautada pelo empresário Roberto Irineu Marinho, que possui uma mansão em Itacaré, por sinal construída irregularmente, em área de falésias.

Dizem os baianos que a preocupação do poderoso homem da Globo é que o Terminal Marítimo da Ponta da Tulha, apesar de ficar a quilômetros da propriedade dele, irá comprometer a paisagem que o homem descortina do palacete.

As informações são do Bahia Notícias.

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ONGs contrárias ao projeto intermodal Porto Sul vão entregar um manifesto à nova ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O projeto é defendido pelos governos federal, estadual e municipal e prevê investimentos totais de R$ 6 bilhões.

Izabella é nova no cargo. Entrou em lugar de Carlos Minc, que deu tchau para disputar a reeleição à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O teste para ‘Iza’ é dureza, como diz Sônia Raci.

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Militantes "se embolam" no Centro de Convenções

A audiência pública, que esteve morna na fase das apresentações, esquentou com o início dos debates. Era mesmo o que se esperava, dada a polêmica em torno do tema.

Há pouco, defensores do porto quase se atracam com ambientalistas. Houve uma embolação de faixas e a polícia militar foi acionada para retirar os mais exaltados.

Os procuradores que encaminharam documento ao Ibama, pedindo a negação da licença ao projeto, já saíram do auditório. Não quiseram ouvir argumentos contrários, mas foram bastante vaiados por uma turma que veste camisa com a inscrição “Porto Sul Já”.

Segundo o superintendente regional do Ibama, o documento do MPF será entregue à direção nacional do órgão em Brasília.

Procuradora Flávia Arruti (de frente) protocola documento contra licença (Foto José Nazal).
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A audiência pública que debate o terminal portuário privado da Bahia Mineração, na zona norte de Ilhéus, começou há pouco. Uma ausência é sentida no centro de convenções de Ilhéus. O professor Ruy Rocha, o principal opositor ao projeto, viajou para São Paulo, hoje cedo.

Socorro Mendonça, da ONG Ação Ilhéus, está por lá, mas atraiu poucos militantes contrários ao Porto Sul. Plenário lotado e favoráveis ao projeto ocupam 90% dos assentos no centro de convenções.

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Daniel Thame | www.danielthame.blogspot.com

Em alguns momentos da primeira metade do século passado as imensas riquezas geradas pela produção de cacau criaram todas as condições para que uma parte desses recursos fosse aplicada em projetos de diversificação, permitindo um duradouro processo de desenvolvimento e bem estar social, algo impossível de ocorrer quando se vive da monocultura, por mais lucrativo que o produto seja.

Ou aparente ser.

O fato é que, por falta de visão ou pela ilusão de que aquelas riquezas seriam eternas, aliadas a uma notória ausência de espírito coletivo, as raras iniciativas no sentido de se evitar a extrema dependência do cacau se mostraram ineficientes.

O resultado é que quando a crise provocada pela vassoura-de-bruxa se revelou mais devastadora do que todas as outras crises, o Sul da Bahia mergulhou num abismo e viu sua economia reduzida a frangalhos.

As conseqüências foram e ainda são visíveis: produtores descapitalizados, centenas de propriedades rurais relegadas ao abandono, desemprego em larga escala, empobrecimento das pequenas e médias cidades e criação de bolsões de miséria nas periferias, cada vez mais carentes e violentas, de Ilhéus e Itabuna.

Mesmo com um processo de recuperação a partir dos primeiros anos deste século, com a expansão do turismo e de um incipiente pólo de informática em Ilhéus e da consolidação dos pólos de comércio, prestação de serviços, saúde e ensino superior em Itabuna, ainda existe uma imensa demanda por empregos, que resultariam numa vida mais digna para milhares de pessoas.

E eis que o Sul da Bahia se vê diante de uma segunda chance de encontrar o caminho do desenvolvimento, com a implantação de projetos importantes como o Porto Sul e a Ferrovia Oeste Leste, cujos benefícios não se limitarão apenas a Ilhéus, mas se estenderão aos demais municípios do Sul da Bahia.

O porto e a ferrovia vão fazer da região um pólo industrial, além de aquecer outros setores da economia, criando as bases para um novo ciclo de desenvolvimento. São obras capazes de ter, para o Sul da Bahia, o mesmo impacto que o Pólo Petroquímico teve para a Região Metropolitana de Salvador.

Mas eis que, em vez de gerar uma ampla mobilização de todos os segmentos regionais, em função das múltiplas oportunidades que oferecem, a Ferrovia Oeste-Leste e o Porto Sul enfrentam a resistência de alguns setores, a exemplo dos ambientalistas e alguns hoteleiros, que num misto de má fé, desinformação e interesses inconfessáveis, tentam transformar o porto e a ferrovia numa versão grapiuna do apocalipse, como se em vez de progresso e desenvolvimento, eles fossem trazer destruição.

Em nome de uma causa justa, a conservação ambiental, esses setores estão usando todos os artifícios para barrar os projetos, como se fosse possível, em função das rígidas leis ambientais de hoje, realizar obras de tamanha envergadura sem os necessários estudos e as compensações por eventuais danos, mínimos se comparados aos benefícios que o Porto Sul e a Ferrovia Oeste Leste proporcionarão.

O debate é necessário, salutar e contribui para que sejam dadas todas as garantias para que os impactos ambientais sejam mínimos e compensáveis.

Já a radicalização em nome de uma causa (será que é apenas isso?) é condenável, numa região que não pode se dar um luxo de desperdiçar essa segunda e talvez derradeira chance, em nome de uns poucos caranguejos, uma penca de guaiamuns, meia dúzia de siris e um pedaço de mata.

Ou será que eles são mais importantes do que os milhares de pais de família que estão aí, a espera de um emprego que lhes permita viver com dignidade e quem sabe, num domingo de sol, desfrutar com os amigos as decantadas praias e as maravilhas naturais de Ilhéus?

Daniel Thame é jornalista, blogueiro e prepara lançamento do livro “Vassoura”.

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O pedido do Ministério Publico Federal à Justiça para suspender a audiência publica sobre o Porto Sul prevista para o próximo dia 15, em Ilhéus, se atendido, constituirá em cerceamento ao livre debate e ao direito que os ilheenses têm em conhecer e debater sobre esta obra e os destinos que desejamos para nossa cidade.

A Audiência Publica convocada legalmente pelo IBAMA, anunciada há mais de dois meses, é parte do processo de liberação ambiental do Projeto Porto Sul, momento fundamental da participação popular e de afirmação de nossa cidadania, garantida na Constituição. Sua suspensão significariam falta de respeito à opinião dos ilheenses e às leis democráticas do nosso país.

O Movimento pró-Ilhéus, articulação comunitária que reúne centenas de entidades e milhares de cidadãos ilheenses, vem a público manifestar nossa estranheza e nosso protesto contra esta tentativa desrespeitosa e antidemocrática do Ministério Publico Federal, ao tempo que manifestamos nossa confiança na Justiça, na esperança de que sejam garantidos nossos direitos e o respeito ao estado de direito democrático.

MOVIMENTO pró-ILHÉUS

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O Ministério Público Federal em Ilhéus entrou com pedido de liminar para suspender a audiência pública que debaterá a construção do terminal portuário da Bahia Mineração (Bamin). A audiência está programada para a próxima quinta-feira, 15, no centro de convenções de Ilhéus, às 18h.

O MPF alega que o relatório de impacto ambiental (Rima) apresentado pela Bamin para construir o terminal possui irregularidades e não traz informações necessárias sobre os impactos da obra para os cidadãos. Os procuradores da República, Eduardo Ribeiro Gomes El Hage e Flávia Galvão Arruti, são os autores da ação.

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Dom Mauro Montagnolli

“A criação está gemendo como em dores de parto” (Rm 8,22).

Queremos acompanhar os passos que estão sendo dados para a concretização do projeto Intermodal. Manifestamos nossa grande preocupação com um projeto de tal envergadura e que está sendo visto como algo já aprovado pelo poder público estadual e municipal.

Muitos questionamentos estão sendo feitos e até agora não foram devidamente esclarecidos. Qual a vantagem para a população local com este projeto? Qual o impacto ambiental que causará com os prejuízos para a fauna e a flora da região afetada? Quais as garantias de que esse projeto não vai trazer mais prejuízos e danos à região do que efetivamente os ganhos para a população: melhoria de vida, trabalho, desenvolvimento sustentável?

No Brasil, muitos projetos desse tipo têm trazido graves conseqüências tanto para as pessoas que residem na região afetada quanto para o meio ambiente, deixando um rastro de problemas para a vida da população, aumentando assim a dívida social.

É preciso levar em conta, igualmente, as considerações técnicas feitas por cientistas, o que as leis brasileiras prescrevem e as ponderações de movimentos sociais.

Queremos para a nossa região o verdadeiro desenvolvimento que respeita a vida humana e o meio ambiente; que tenha a participação efetiva das pessoas na discussão e decisão dos projetos; e garanta benefícios para elas e não só para os empreendedores.

Lamentamos que órgãos governamentais, entidades e pessoas que se dizem de acordo com esses parâmetros, os neguem na prática. Não se pode apoiar projetos que ameaçam a vida dos habitantes da região e agridem, desrespeitam e destroem o meio ambiente.

Chamamos a atenção para o que afirma a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010: “Os processos de desenvolvimento econômico deveriam implicar em uma redistribuição de benefícios, mas deveria haver também uma partilha do poder entre os diversos atores sociais; precisariam ser ouvidos e levados em conta na hora das decisões. Mas visivelmente o país não chegou a isso e não é possível assistir passivamente à privação de direitos tão importantes” (Cf. Texto base nºs 57-58).

É grave a situação. Precisamos sensibilizar a população e esperamos que as autoridades tomem as devidas providências a fim de que não tenha início a execução do projeto antes de proporcionar reais oportunidades para que as populações implicadas possam debatê-lo, apresentar suas propostas e tenham suas considerações respeitadas.

Somos solidários ao povo que está lutando pelo respeito à sua vida e aos seus direitos e às pessoas que põem em risco a sua vida ao se colocar ao lado dos pobres que clamam: “Deus do universo, volta-te, olha do céu e vê, visita esta vinha, protege a cepa que tua mão direita plantou” (Sl 80,15-16).

Dom Mauro Montagnoli CSS é bispo da Igreja Católica de Ilhéus.

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Audiência em Ilhéus acontece no centro de convenções (Fotos José Nazal).

As obras de construção da ferrovia Oeste-Leste devem começar em maio e foram aceleradas as audiências públicas para debater o investimento de R$ 4 bilhões. Nesta noite, acontece a audiência de Ilhéus, no centro de convenções Luís Eduardo Magalhães.

Caravanas de Itagibá, Uruçuca e Brumado e comunidades do interior da Terra de Gabriela lotam um dos auditórios do centro. Um grupo ligado a ambientalistas vestiu camisa preta para manifestar-se contra a construção do Porto Sul, na região norte de Ilhéus.

A ferrovia Oeste-Leste faz parte do Complexo Intermodal Porto Sul, um conjunto de investimentos que prevê construção de porto, aeroporto e ferrovia. A estrutura logística será utilizada para escoamento da produção agropecuária, indústria e de minérios da Bahia e de estados da região centro-oeste do País.

A audiência no sul da Bahia atraiu o superintendente do Ibama no estado, Célio Costa Pinto, e representantes da Valec Engenharia (Josias Cardoso) e da Oikos (Victor Belia).

Representantes do Ibama, Valec e Aikos participam de audiência.
Na audiência da ferrovia, protesto contra o Porto Sul.
Na audiência da ferrovia, protesto contra o Porto Sul.