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Manifestação de ilheenses em defesa do Porto Sul

Levantamento realizado esta semana pela empresa Compasso Pesquisa indica que a grande maioria dos ilheenses apoia o Complexo Intermodal Porto Sul. Pelos números apurados, 83,1% dos moradores do município são a favor da execução do projeto, enquanto apenas 6,8% se manifestam contrários. Outros 8,8% responderam que “depende do impacto”.

Um dado interessante da pesquisa é que somente 1,3% dos ilheenses afirmam desconhecer o projeto. Pesquisa feita em 2010 indicava que apenas 20% da população tinha algum conhecimento sobre o complexo logístico que está para ser construído em Ilhéus. A maior percepção sobre o empreendimento, registrada nesse último levantamento, é vista como resultado das ações de comunicação desenvolvidas pelo Governo do Estado e a Bahia Mineração, empresa-âncora do projeto.

A pesquisa da Compasso foi realizada nos dias 16 e 17 de março e ouviu 602 pessoas em todo o município, inclusive na zona rural.  A margem de erro é de 3%.

 

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Em discurso na Câmara, o deputado federal Geraldo Simões (PT) acusou o que ele classifica como “oposição sistemática” da Rede Globo contra o Complexo Intermodal Porto Sul, projeto que engloba a Ferrovia da Integração Oeste-Leste, ligando Figueirópolis (TO) a Ilhéus (BA), além de um porto público e um aeroporto internacional no município sul-baiano.

A oposição, segundo o parlamentar, se reflete na postura da Rede Bahia, afiliada da emissora carioca. “A parcialidade da Globo ficou patente com o registro e divulgação do abraço simbólico à Lagoa Encantada, divulgado por todos os telejornais da emissora, mesmo com a lagoa fora da área de influência do projeto”, disse Simões.

O deputado também criticou a Rede Bahia por ter destacado em seu noticiário uma pequena manifestação contrária ao Porto Sul, realizada durante o Carnaval, ignorando outra bem maior, favorável, promovida no mesmo período na comunidade da Ponta da Tulha. Outra manifestação favorável, realizada em Ilhéus no segundo semestre do ano passado, com mais de 10 mil pessoas, também foi praticamente desprezada pelo jornalismo da Rede Bahia, segundo palavras do petista.

Simões afirmou que “causa estranheza esta parcialidade da Rede Globo em suposta defesa do meio ambiente e contra os programa de desenvolvimento sustentável do Governo Federal e do Governo do Estado da Bahia”. Ele finalizou o pronunciamento questionando “os interesses que movem a Rede Globo para se opor de maneira sistemática à Ferrovia Oeste Leste e ao Porto Sul”.

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Nazal entrega "Minha Ilhéus" a Fábio Lago (foto Clodoaldo Ribeiro)

O ator Fábio Lago se encontra em sua cidade natal, Ilhéus, onde pretende conhecer de perto os projetos do Complexo Intermodal Porto Sul e do Terminal da Bamin, e iniciar um projeto relacionado ao meio ambiente na zona norte.

Na visita à Terra da Gabriela, Lago encontrou-se com o fotógrafo, memorialista e chefe de gabinete do governo ilheense, José Nazal, de quem é amigo de longa data.

Nazal aproveitou para presentear o ator com a última edição do livro Minha Ilhéus, que traz informações e fotos históricas da cidade. O artista se emocionou com o presente.

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Aldicemiro Duarte | mirinho_estivador@hotmail.com

 

Curioso verificar que uma das regiões mais procuradas por turistas de todo o mundo convive com três grandes terminais de embarque de minério, sem que essa situação interfira em sua vocação turística.

 

O noticiário informa que a Vale irá expandir o seu terminal de embarque de minério em Mangaratiba, no sul do Estado do Rio de Janeiro, em uma região conhecida como Costa Verde. O terminal tem capacidade para movimentar 42 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e recebe investimentos para alcançar 54 milhões de toneladas / ano em 2015.

Além da exportação de minério de ferro, Mangaratiba, um município dinâmico, está entre os mais procurados por turistas de todo o mundo, possuindo grandes condomínios e hotéis e resorts de luxo. A localização privilegiada, próxima a Angra dos Reis, Paraty e Itaguaí, favorece a atividade turística, sendo importante destacar que na região existem outros dois portos que se dedicam à exportação de minério de ferro.

Em Ilhéus, a empresa Bahia Mineração aguarda a Licença Prévia do Ibama para a instalação de um Terminal de Uso Privativo, pelo qual serão escoados 19,5 milhões de toneladas de minério de ferro/ano (menos da metade do volume embarcado em Mangaratiba). O minério virá de Caetité pela Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol), esta com as obras já iniciadas.

Um parêntese: é importante destacar que o transporte do minério de Caetité a Ilhéus seria feito por mineroduto, mas o Governo Federal entendeu que o empreendimento da Bamin seria a oportunidade de colocar em prática o antigo projeto de construir a Ferrovia Oeste-Leste. Ou seja, a iniciativa privada favoreceu e ajudou a viabilizar uma ação de alto valor estratégico para o Brasil.

Curioso verificar que uma das regiões mais procuradas por turistas de todo o mundo convive com três grandes terminais de embarque de minério, sem que essa situação interfira em sua vocação turística. Não desconsiderar também o fato de que se trata de uma região conhecida como Costa Verde e na qual a Mata Atlântica ainda preserva sua exuberância.

A convivência entre grandes portos e zonas turísticas existe em outros lugares do Brasil, como Suape (Pernambuco), que fica próximo à belíssima praia de Porto de Galinhas e ao Eco Resort Cabo de Santo Agostinho. Quem visita esses locais se encanta com a beleza e pode observar a satisfação da comunidade com a existência do terminal portuário. É um catalisador de empregos e desenvolvimento.

Há pequenas cidades na Europa onde vários portos operam com cargas diversas. Sines, em Portugal, tem uma população menor que a do bairro ilheense do Teotônio Vilela e conta com três grandes portos.

Em Ilhéus, um reduzido grupelho, cheio de interesses “por baixo do pano”, combate com ferocidade o Complexo Intermodal Porto Sul e o Terminal de Uso Privativo da Bamin. A turma tenta propagar que a infraestrutura do complexo será incompatível com o turismo e destruirá o meio ambiente. A visão é obtusa e míope, a postura é arrogante e egoísta.

Essa turma tem entre suas maiores protagonistas uma senhora que cultivava ligações bastante próximas com hoteleiros ingleses cuja área foi desapropriada pelo Governo da Bahia para a instalação do Complexo. Seus interesses, disfarçados de defesa do meio ambiente, passam por essas e outras questões, que depõem contra a seriedade do falso movimento ambientalista.

Diante de tamanha insensatez e egoísmo de quem sobrepõe mesquinhos interesses a um projeto que trará desenvolvimento para a nossa região, resta-nos um grito: Socorro!

Aldicemiro Duarte (Mirinho) é coordenador do Coeso (Comitê de Entidades Sociais em Defesa dos Interesses de Ilhéus e Região).

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Para Josias, Porto Sul beneficiará o turismo

O deputado federal Josias Gomes (PT) fez pronunciamento no plenário da Câmara defendendo o Complexo Intermodal Porto Sul e a implantação de uma área industrial no sul da Bahia, aproveitando o Gasene (Gasoduto Sudeste-Nordeste) e a Zona de Processamento de Exportação em Ilhéus. Com relação à ZPE, o deputado integra um grupo que pressiona por agilidade nas obras de implantação.

Para o parlamentar do PT, o Complexo Porto Sul tem importância que extrapola as fronteiras baianas. “Esse amplo complexo assumirá importante papel como polo gerador de riquezas e desenvolvimento não só para a Bahia, mas para todo o país”, declarou o deputado na tribuna.

Ele também acredita que o Porto Sul terá impacto positivo no turismo, prevendo a geração de receita e postos de trabalho com a presença do porto e do aeroporto internacional. “Há exemplos interessantes em outras partes do Brasil, como no Porto de Suape, em Pernambuco, onde  a estrutura portuária fica a apenas três quilômetros do Eco Resort Cabo de Santo Agostinho e a poucos quilômetros de Porto de Galinhas”, mencionou Josias.

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Aldicemiro Duarte | mirinho_estivador@hotmail.com

Propagam que o cacau e o turismo não podem conviver com o complexo logístico e as indústrias que ele irá atrair. Argumento míope e falso.

 

Grandes projetos estruturantes, em qualquer parte do Brasil, costumam enfrentar inúmeras barreiras. Estas se encontram tanto em uma legislação ambiental rigorosa (muitas vezes em excesso), quanto nos movimentos sociais que se propõem a uma defesa extrema do meio ambiente, quase sempre deixando de lado o entendimento de que é necessário conciliar proteção à natureza e desenvolvimento.

O economista Sérgio Besserman Vianna, ex-diretor do BNDES, é enfático ao condenar a visão anacrônica dos que opõem desenvolvimento e questões ambientais. Segundo Vianna, “esse anacronismo não corresponde mais à realidade” e “quem continuar apostando nisso vai errar, pois a economia global está iniciando a maior transição tecnológica desde a Revolução Industrial”.

O fortalecimento da democracia brasileira e a consolidação de suas instituições são fatores que têm estimulado os grandes investimentos. O país vive um dos melhores momentos de sua economia, graças a um clima favorável e à compreensão de que o Brasil finalmente atingiu a maturidade que lhe permitirá empreender voos elevados. No entanto, persistem as barreiras.

Falando especificamente sobre o Complexo Porto Sul, é impressionante como este empreendimento – calcado em uma visão estratégica voltada à descentralização do desenvolvimento da Bahia – desperta a ira de um determinado e reduzido, apesar de bastante articulado, setor da sociedade. Matéria publicada neste domingo (27) no jornal A Tarde indica os interessados no naufrágio do projeto: operadores dos portos de Suape, em Pernambuco, Pecém, no Ceará, e o empresário Eike Batista, que constrói o Superporto de Açu, no norte fluminense, estão entre eles.

São as tais “forças ocultas” às quais o governador Jaques Wagner se referiu em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia. É gente que hoje fatura ou que pretende faturar no futuro com o escoamento de produtos que a Bahia atualmente não tem condição de despachar. É a essa turma que interessa espalhar a fantasia de que o projeto público está atrelado unicamente ao interesse de uma empresa privada.

Além das forças ocultas, há também os interesses travestidos. Gente que se fantasia de defensora da causa ambiental, mas que na verdade está associada a outras causas. É de espantar, por exemplo, a “preocupação” do senhor Fábio Feldman com o meio ambiente de Ilhéus, cidade onde serão instalados o porto e o aeroporto do Complexo Intermodal. Feldman foi deputado e secretário do meio ambiente de São Paulo e não se sabe quais foram suas grandes contribuições à natureza naquele estado. O Rio Tietê, por exemplo, seria um bom mote para Feldman levantar sua bandeira.

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A Infraero iniciou este mês o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima), além da elaboração do Plano Diretor do novo aeroporto de Ilhéus, que integrará o Complexo Intermodal Porto Sul. Este também irá incluir a Ferrovia da Integração Oeste-Leste, cujas obras já foram iniciadas, um porto público e o terminal de uso privativo da empresa Bahia Mineração.

A conclusão da primeira parte do EIA deve ocorrer no prazo de 120 dias e serão necessários mais 11 meses para a realização de trabalhos de campo com o objetivo de mensurar os impactos ambientais, conforme exigência do IMA (Instituto do Meio Ambiente da Bahia).

Segundo informações, a Infraero investirá R$ 1,96 milhão na elaboração do EIA-Rima e R$ 258 mil no Plano Diretor do novo aeroporto. Este deverá estar finalizado no segundo semestre de 2011 e, em seguida, será submetido à aprovação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

O início das obras do aeroporto está programado para 2013 e a conclusão deverá ocorrer no ano de 2015.

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Camila Oliveira | A Tarde

Apesar de ainda não estar autorizada, a  implantação do Complexo Intermodal Porto Sul preocupa moradores dos condomínios localizados na Ponta da Tulha. De acordo com relatório do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba), foram cadastradas 269 construções para desapropriação em quatro condomínios: 155 casas no Paraíso do Atlântico; 78 edificações e lotes sem construções no Barramares; 33 casas e lotes sem construções no Loteamento Vilage da Barra e três casas no Barra Nova.

Os proprietários das casas reclamam da falta de transparência e comunicação do Derba, autarquia responsável pelo processo de desapropriação. E questionam o tratamento dado aos moradores pelo órgão: “Quando os funcionários vieram fazer o cadastramento dos moradores para desapropriação, eles falavam : ‘Pode curtir o verão e o Carnaval que em abril estaremos aqui. Se não sair, o trator derruba’. Foi uma falta de respeito”, disse a professora Maria D´Ajuda.

O diretor do Derba, Saulo Pontes, explica que a intenção do Estado é evitar conflitos sociais que porventura possam ocorrer no futuro. E afirma que, apesar de a área ter sido declarada como de interesse público,  ainda não é possível informar quantos imóveis serão desapropriados.

De acordo com ele, a medida vai depender da abertura de processo licitatório para contratação de uma consultoria que vai acompanhar o projeto do porto público. “É possível que nenhuma casa seja atingida. Tudo vai depender do resultado do estudo”, disse ele.

Confira reportagem completa n´A TArde

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Fábio Lago quer criar frente de artistas em prol do Porto Sul

O ator ilheense Fábio Lago, conhecido por sua atuação em filmes, novelas e no seriado global “S.O.S. Emergência”, destoa dos colegas que outro dia se reuniram para malhar o Complexo Porto Sul na casa da  produtora Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano Veloso.

Lago é um defensor convicto do porto que aguarda licença ambiental para ser construído no litoral norte de Ilhéus, mais precisamente na região da Ponta da Tulha.  Para deixar claro esse posicionamento, o ator esteve nesta quinta-feira na Assembleia Legislativa da Bahia e visitou gabinete de alguns deputados. Um deles foi o da deputada estadual Ângela Sousa, que é presidente da Comissão de Infraestrutura no legislativo estadual.

Na conversa com a parlamentar, Lago afirmou que entende a importância do Porto Sul para Ilhéus e manifestou a intenção de criar uma frente de artistas para defender o projeto. O ator foi convidado a voltar à Assembleia em março para falar na Comissão de Infraestrutura.

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Após obter 32 assinaturas de seus pares, o deputado estadual Augusto Castro (PSDB) conseguiu emplacar a Comissão Especial do Complexo Intermodal Porto Sul. A presidente será a deputada Ivana Bastos  (PMDB).

Segundo o tucano, nas próximas semanas a comissão – que ele também integra – marcará visitas de parlamentares a Ilhéus, onde será construída a parte marítima do complexo. Também está prevista a realização de audiências públicas.

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Depois de abrir os trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia com um forte discurso em favor do Porto Sul e do desenvolvimento do interior do Estado, o governador Jaques Wagner voltou a destacar a importância do projeto. Dessa vez, foi no programa de rádio “Conversa com o Governador” veiculado nesta terça-feira, 22.

Wagner afirmou que o projeto do Complexo Intermodal foi feito como “muito carinho” e salientou que outras áreas foram analisadas, antes do governo decidir pela construção do porto na zona norte de Ilhéus.

O governador declarou que foram realizados estudos para que o impacto ambiental do projeto seja reduzido. Ele também há algumas pessoas que se opõem ao empreendimento movidas por interesses comerciais.

O programa abordou outros temas, como a ação contra a dengue na Bahia.

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Daniel Thame | danielthame@hotmail.com

Felizmente, o Brasil é hoje um país de instituições sólidas e a proteção ao meio ambiente não é assegurada em reuniões realizadas no breu das tocas.

De pouco proveito para a sociedade é a radicalização do debate em torno do Complexo Intermodal, como ora ocorre na ofensiva de grupos tidos como ambientalistas, numa inusitada associação com a Rede Globo. Esta, que em tantas oportunidades se associou a grupos que conspiraram contra a democracia, apoiando integralmente e se beneficiando economicamente da ditadura implantada pelos militares de 64, os mesmos que rasgaram o coração da floresta no megalômano, caro e inútil projeto da Rodovia Transmazônica, esse monumento histórico de desperdício de recursos públicos e de agressões ao meio-ambiente.

O que preocupa é que, nessa radicalização, o debate perde em objetividade e ganha em preconceitos, mistificações e desinformação. Surge um comportamento de arquibancada, de torcida organizada, com desprestígio da razão e de uma análise séria. Criticam de maneira preconceituosa e carregada de xenofobia os “investimentos do Cazaquistão”, quando sempre festejaram as investidas dos EUA, para os quais o Brasil nunca passou de mero quintal da Casa Branca. É a essa gente que interessa um clima tão impróprio ao debate amplo e transparente, que deve ser focado no interesse regional.

As muitas reuniões onde o projeto do Intermodal foi explicitado ocorreram em campo aberto, em audiências públicas com a participação franqueada a todos os interessados. Há pelo menos três anos, autoridades do Governo da Bahia e do Governo Federal, inclusive o próprio ex-presidente Lula, têm vindo à região para falar sobre o projeto. Não houve omissão de informações, muito pelo contrário.

Por outro lado, grupos que se organizam para combater o projeto – com interesses nem sempre muito claros – vêm promovendo encontros fechados, para poucos. Quase todos os participantes desses encontros são de fora da Bahia e ligados a grupos que não atentam para as demandas relacionadas ao desenvolvimento do Estado. São privilegiados que desejam a Bahia como área recreativa de luxo, não importando que esta porção do território nacional sofra de uma crônica falta de infraestrutura, o que impede o surgimento de uma economia sólida e de oportunidades de geração de emprego e renda para sua população.

Curiosamente, algumas dessas pessoas altamente privilegiadas, que hoje se aliam à Rede Globo para combater o Porto Sul, são as mesmas que se juntaram no passado para atacar a democracia, exterminar a liberdade e garantir que os interesses da minoria aquinhoada desse País continuassem intocados.

Esse grupo tem a força no potencial financeiro e tende a jogar pesado com a mídia e formadores de opinião, como os artistas globais já convocados pela Globo para sair em defesa do “meio ambiente”. E quem é contra?

Felizmente, o Brasil é hoje um país de instituições sólidas e a proteção ao meio ambiente não é assegurada em reuniões realizadas no breu das tocas. Projetos como o do Porto Sul e outros do mesmo porte são submetidos a critérios rigorosos, que procuram minimizar o impacto ambiental. Existem regras e instituições fortes, como o Ibama e o Ministério Público, que analisam, fiscalizam e têm poder para barrar o empreendimento, caso o seu benefício econômico-social seja inferior às perdas para o ecossistema.

Não fossem tais critérios, o Porto Sul já teria obtido licença ambiental e as máquinas estariam em operação. Mas nem o fato dele ser um projeto que é fruto de uma decisão de governo implica na possibilidade de queimar etapas.

Tais condições são ignoradas por esse grupo de tão variados interesses (onde o que menos conta é o interesse da população do Sul da Bahia), que conspira contra o projeto logístico em busca de favorecer investimentos ligados ao turismo de alto luxo. Essa é a intenção, mas é melhor e politicamente correto maquiá-la como defesa do meio ambiente.

Daniel Thame é jornalista.

Artigo publicado nesta terça-feira (22), no Diário Bahia

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Daniel Thame | danielthame@hotmail.com

Os verdadeiros inimigos do Porto Sul e da Ferrovia não são os ambientalistas, alguns apenas inocentes úteis e outros úteis, mas não necessariamente inocentes.

Em muito boa hora, o governador Jaques Wagner aproveitou a abertura dos trabalhos na Assembléia Legislativa da Bahia para pregar uma ampla mobilização em defesa da construção do Complexo Intermodal, que inclui a Ferrovia Oeste-Leste, o Porto Sul, o Aeroporto Internacional de Ilhéus e a implantação de uma Zona de Processamento de Exportações.

“Ninguém aqui está querendo dilapidar o meio-ambiente. Esta ferrovia e o Porto-Sul são fundamentais para garantir o desenvolvimento, investimentos e empregos para a Bahia. Essa briga não é do governador. Essa briga não é de empresários. Essa briga é desta Casa, do Poder Judiciário, do Ministério Público e da imprensa baiana. Faço esse apelo. Assim como a imprensa levantou a bandeira contra a divisão do nosso estado, peço que seja feito um apelo pela Ferrovia Oeste-Leste e pelo Porto-Sul. A Bahia estava abandonada da logística nacional. Agora não nos tirarão a Ferrovia Oeste-Leste e o Porto-Sul. E, para isso, preciso desta Casa e da imprensa baiana”.

Essas foram as palavras de Jaques Wagner na Assembleia Legislativa. Um verdadeiro chamamento aos baianos comprometidos com mudanças que passam pelo fortalecimento da economia estadual, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais.

O Complexo Intermodal, cujos recursos já estão disponíveis no Plano de Aceleração do Crescimento (as obras da ferrovia, inclusive, já foram iniciadas) é um desses empreendimentos capazes de por fim a uma crise que há duas décadas castiga impiedosamente a região e de gerar um novo e duradouro ciclo de desenvolvimento sustentável no Sul da Bahia.

Entretanto, a implantação do Intermodal enfrenta fortes resistências, usando como bandeira a causa ambiental.

Mas os verdadeiros inimigos do Porto Sul e da Ferrovia não são os ambientalistas, alguns apenas inocentes úteis e outros úteis, mas não necessariamente inocentes. Também não é o pequeno grupo de fazendeiros, recém-convertidos à cruzada ecológica. Muito menos os artistas globais, recém-recrutados pela ex-companheira de Caetano Veloso, que fazem qualquer coisa para aparecer.

O governador Jaques Wagner quer chamar a atenção é para os grandes interesses que estão por trás da tentativa de inviabilizar o Intermodal. São forças nem tão ocultas assim, grandes empresários que não têm interesse numa ferrovia e num porto que escoem 20 milhões de toneladas de minérios, competindo com seus rentáveis negócios. E muito menos desejam ter no Sul da Bahia as empresas que fatalmente serão atraídas pelo Intermodal.

Para eles, pouco importa que uma região inteira continue mergulhada na estagnação econômica, que milhares de pessoas fiquem sem emprego. Esse é um tipo de gente que olha o próprio negócio, que só pensa no próprio lucro.

Os terrenos do dono da Natura, Guilherme Leal, em Serra Grande, ou a mansão de Roberto Irineu Marinho, um dos donos da Rede Globo (usada insistentemente como trincheira contra o Intermodal) são ninharia perto dos bilhões que estão em jogo, daí a permanente tentativa de matar no nascedouro o projeto redentor do Sul da Bahia.

O governador Jaques Wagner nos conclama para uma luta em defesa da Bahia e dos baianos e não apenas do Sul do Estado.

Pior do que dividir a Bahia (e isso hoje não faz qualquer sentido) é condenar os sul-baianos a uma crise eterna, já que o cacau, mesmo em recuperação, jamais terá a força econômica de outrora.

Em defesa do Porto Sul, em defesa da Ferrovia Oeste-Leste, em defesa do desenvolvimento sustentável.

Na Bahia de todos nós, essa é uma luta de todos nós.

Daniel Thame é jornalista.

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A deputada estadual Ângela Sousa (PSC) foi escolhida na tarde desta quinta-feira, 17, para presidir a Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa. A indicação coube ao bloco parlamentar formado pelo PSC e PTN, que se afirma em posição de independência no legislativo estadual.

Logo após ser confirmada como a nova presidente da Comissão de Infraestrutura, a deputada, que tem sua principal base em Illhéus, no sul da Bahia, declarou que uma de suas primeiras ações será convocar uma audiência pública para discutir o projeto do Complexo Intermodal Porto Sul.

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O movimento intitulado Coeso (Comitê de Entidades Sociais em Defesa de Ilhéus e Região) também decidiu se mobilizar em favor do Porto Sul. Em sua página na internet (www.coesobahia.com.br), o grupo convoca os internautas a assinarem uma petição eletrônica, que será endereçada à presidenta Dilma Rousseff.

Na mensagem, o Coeso afirma ser necessário investir “em ações que possam garantir um futuro mais digno para a nossa população”. Diz ainda que o Ibama deve enxergar “os benefícios, especialmente sociais, que este projeto trará para a região”.