Iniciativa teve apoio da Fundação Banco do Brasil || Imagem ilustrativa
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A Rede de Agroecologia Povos da Mata mobilizou 200 famílias agricultoras para a montagem de 5 mil cestas compostas por produtos agroecológicos produzidos na Bahia.

Os produtos são de unidades produtivas de cinco núcleos da Rede – Raízes do Sertão, Pratigi, Serra Grande, Monte Pascoal e Recôncavo – e foram distribuídos para famílias de 21 municípios baianos afetados pelas chuvas de dezembro passado.

O presidente da Rede Povos da Mata, Hércules Saar, afirma que as famílias agricultoras viram na campanha uma oportunidade para o escoamento dos seus produtos em pleno fim do ano. “Cada família agricultora recebeu, em média, R$ 3.800 pelos produtos que forneceu. Estamos felizes em saber que alimentos de qualidade, de base agroecológica, chegaram às famílias que precisavam, e que a campanha conferiu renda extra aos produtores”, comemora.

Iniciativa beneficiou famílias de 21 municípios baianos

Realizada de dezembro de 2021 a janeiro passado, a iniciativa teve apoio da Fundação do Banco do Brasil, por meio da campanha Brasileiros pelo Brasil, e foi desenvolvida em parceria com a Tabôa Fortalecimento Comunitário.

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Representantes de entidades governamentais e ONGs conheceram projeto (Foto Viviane Cabral).
Representantes de governos e ONGs conheceram projeto (Foto Viviane Cabral).

Representantes de entidades sul-baianas visitaram, nesta semana, a Organização de Conservação da Terra (OCT), em Ibirapitanga, para conhecer de perto o Projeto Produtor de Água Pratigi (PAP). O projeto da Agência Nacional de Águas (ANA) busca a redução da erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais.

Iniciado em Ibirapitanga, o PAP está sendo expandido para Ibirapitanga e Igrapiúna, na região do baixos-ul da Bahia, com a implementação da lei municipal de Pagamento Por Serviço Ambiental (PSA). Com a Lei aprovada, a OCT, em parceria com a ANA e o Ministério Público, por meio do Núcleo de Defesa da Mata Atlântica, atuará na restauração de nascentes, adequação de estradas rurais, qualificação da lavoura cacaueira e assistência técnica dos produtores.

A ideia, segundo o diretor executivo da OCT, Volney Fernandes, é incentivar os produtores rurais a adotar boas práticas de proteção e conservação da água e do solo, geraçando serviços ambientais. “Em contrapartida, os agricultores familiares recebem incentivos financeiros, não financeiros e assistência técnica gratuita, participando do projeto e por aderirem às boas práticas de conservação ambiental e produtiva”.

A experiência chamou a atenção de representantes de entidades sociais, governamentais e não governamentais, que visualizaram a oportunidade de replicá-la em outras localidades, a exemplo da Região Cacaueira, que sofre uma crise hídrica.

Para o presidente da Amurc e prefeito de Ibicaraí, Lenildo Santana, o projeto motiva uma política de enfrentamento no sul da Bahia, com o envolvimento de toda a comunidade, para buscar a revitalização da Mata Atlântica. “A iniciativa sinaliza uma direção de valorização ambiental e produz um resultado para as gerações futuras”.

O promotor público e coordenador do Núcleo de Defesa da Mata Atlântica, Yuri Lopes de Melo, aprovou a iniciativa do Projeto Produtores de Água e destacou a importância de replicar na nascente do Rio Almada, que abastece os municípios de Itabuna, Itajuípe, Coaraci e Almadina, onde o órgão público já desenvolve um projeto que atende 50 nascentes em 30 propriedades. “Eu vejo com grande esperança, para que podemos começar um projeto de recuperação de nascentes, que embora seja lento, mas é eficiente e gera resultados futuros”.

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