Jau em apresentação vip no Teatro Municipal || Reprodução/Instagram
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O cantor Jau se apresentou a um público seleto, nesta quarta-feira (28), no Teatro Municipal de Ilhéus. Ele encerrou a cerimônia de entrega da Comenda de São Jorge dos Ilhéus, parte das comemorações do aniversário de 489 anos do município. Responsável pelo evento, a Prefeitura não divulgou antecipadamente que o artista se apresentaria nele.

Hoje (29), vídeos do pocket show circulam acompanhados de questionamentos sobre a presença de Jau não ter sido comunicada à sociedade, de forma ampla e antecipada. “Nem os membros do Conselho [Municipal] de Cultura foram informados. Pelo visto, foi a portas fechadas mesmo”, escreveu em uma rede social o comunicólogo Paulo Magalhães, contramestre de capoeira e membro do Conselho de Cultura de Ilhéus.

Outras pessoas criticaram a restrição. “Parece que a equipe de eventos não pensa. Pegava um trio elétrico (nessa época do ano é mais barato que um palco), contrata duas bandas da cidade (Samba light, Aparo Jr) e Jau. Faz uma festa, todo mundo feliz, a maioria ia esquecer até que não teve São Joao”, sugeriu o internauta Emanuel Vivas, ao comentar publicação no Instagram.

OUTRO LADO

Ouvido pelo PIMENTA, o superintendente de Comunicação de Ilhéus (Sucom), Emenson Silva, explicou que dois eventos foram feitos ontem (28). Para a entrega das Comendas, segundo ele, coube aos homenageados a escolha dos familiares e amigos que os acompanhariam no Teatro. Portanto, a lista de convidados não foi definida pela gestão, acrescentou. A segunda solenidade foi a reabertura do Teatro.

Emenson disse ao site que a performance de Jau não foi propriamente um show, mas uma apresentação enxuta, para marcar a reabertura do Teatro. No meio artístico, essas apresentações são definidas como pocket show. O cachê do artista foi abaixo dos valores praticados no mercado, afirmou o superintendente, sem especificar o valor.

Conforme o gestor, a Prefeitura promoveu a apresentação no Teatro para não violar decreto de situação de emergência em vigor. Caso o músico tivesse se apresentado em praça pública, o Governo estaria contrariando a determinação do decreto emergencial, argumentou o titular da Sucom.

Bruno, Marão e Adélia no aniversário de Ilhéus || Foto PIMENTA
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O governador Jerônimo Rodrigues gosta de lembrar a importância dos gestos na política. Assim como as palavras, eles carregam sentidos.

Foi um gesto do governador, por exemplo, escalar os secretários de Estado, Adélia Pinheiro (Educação) e Bruno Monteiro (Cultura), para representar o Governo da Bahia no aniversário de 489 anos de Ilhéus, nesta quarta-feira (28). Tanto mais porque Adélia tem laços com a cidade, onde chegou ainda criança. Não bastasse o vínculo, seu nome é ventilado para eventual candidatura a prefeita de Ilhéus.

Ontem (28), para o hasteamento das bandeiras ilheense, baiana e do Brasil, o cerimonial da Prefeitura convidou o prefeito Mário Alexandre, a deputada estadual e primeira-dama Soane Galvão e o secretário Bruno Monteiro. A escolha contrariou a expectativa de que Adélia, pelas razões expostas acima, seria convidada a hastear a bandeira da Bahia.

Para completar, a descortesia veio embalada num ato falho: o cerimonialista confundiu o sobrenome do secretário de Cultura, chamando-o de Bruno Pinheiro, o mesmo Pinheiro de Adélia.

Soane, Marão e Bruno: Adélia não foi convidada a hastear bandeira || Foto PIMENTA

Deixar a prefeiturável fora do hasteamento, um rito simbólico, foi escolha do cerimonial. Seria recado de Marão, um sinal de que teria uma surpresa na manga? Até aqui, tem repetido que só falará da sucessão em 2024. Por enquanto, impera a linguagem dos gestos.

Deputada estadual Soane Galvão, Marão e Bruno Monteiro hasteiam bandeiras nos 489 anos de Ilhéus || Foto PIMENTA
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Ilhéus comemora, hoje (28), os 489 anos de sua fundação. O dia tem sido marcado por manifestações diversas, desde as tradicionais, como os discursos políticos e as solenidades cívicas e religiosas, aos protestos, com direito à paralisação de categoria do funcionalismo municipal. Já a Prefeitura, divulgou agenda de entregas de serviços à população, sob a liderança do prefeito Mário Alexandre (PSD).

Marão entregou, nesta terça-feira (27), a requalificação da Rua Boa Vista, no Nelson Costa. A via recebeu calçamento e drenagem. Segundo a Prefeitura de Ilhéus, a intervenção custou R$ 775 mil, sendo a maior parte proveniente de emenda do deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA), de R$ 525 mil. O município complementou o restante. Mais de 200 famílias foram beneficiadas, estima a gestão. A agenda continuará sexta-feira (30), às 16h, com a entrega da manutenção preventiva do Viaduto Catalão. No sábado (1º), às 16h, será a vez da Vila Freitas, na Esperança, que também foi pavimentada.

PRIORIDADE É ATENDER POPULAÇÃO VULNERÁVEL, SEGUNDO PREFEITO

Após o hasteamento de bandeiras na Praça Dom Eduardo, as comemorações seguiram na Catedral São Sebastião, onde o prefeito Mário Alexandre fez breve pronunciamento. Segundo ele, o foco da Prefeitura de Ilhéus é implementar e desenvolver políticas voltadas aos grupos sociais mais vulneráveis. “A gente quer fazer isso, cuidar do povo”, reafirmou.

Marão também revelou conversa com o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, presente na solenidade, sobre a intenção do Governo Municipal de iniciar, a partir do aniversário de 490 anos de Ilhéus, em 2024, a contagem regressiva para os cinco séculos de história da antiga capitania. “A luta não é fácil, mas, com união, com a fé e a esperança, eu tenho certeza que nós continuaremos construindo bons ventos pra cidade de Ilhéus”, disse.

HOMENAGEM

Também não faltaram homenagens. Uma das mais belas foi a do babalorixá, professor e escritor Ruy Póvoas, que declamou o poema Louvação a Ilhéus. O vídeo foi publicado originalmente no perfil da Academia de Letras de Ilhéus (ALI) no Instagram (@academiadeletrasdeilheus). Confira.

PROTESTO 1

Também foi veiculada no perfil da ALI manifestação do professor Ramayana Vargens, para quem não há nada a comemorar no aniversário de Ilhéus. “Choro o abandono e o desmonte dos equipamentos de cultura, a destruição do nosso patrimônio, a devastação ambiental”, inicia o literato, emendando crítica generalizada ao oportunismo político.

PROTESTO 2

Salva-vidas cobram adicional de risco

O sol botou a cara no feriado municipal, mas quem for tomar banho em uma praia de Ilhéus não terá a proteção dos salva-vidas, que paralisaram as atividades nas praias e se concentraram no posto de apoio ao lado da Catedral. Eles reivindicam o pagamento de horas extras trabalhadas em abril e maio, além do adicional de risco de vida de 5% sobre o salário-base.

Prefeitura de Ilhéus emite nota sobre decisão de não realizar festa neste ano
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A decisão de não promover o Viva Ilhéus em 2023, segundo a Prefeitura, acata posicionamento do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM-BA) contra despesas com festas em municípios em situação de emergência. Após as chuvas que atingiram o sul e outras regiões baianas, em abril passado, a Prefeitura de Ilhéus decretou situação de emergência e o decreto ainda vigora.

“O decreto foi reconhecido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional. A suspensão da festa, por sua vez, atende à determinação do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), que orienta e em alguns casos pune gestores que promovem os festejos em cidades castigadas pelos efeitos de eventos climáticos”, diz trecho de nota da Prefeitura de Ilhéus, divulgada neste domingo (25).

Nesse contexto, continua a nota, o cancelamento da festa “acata as exigências estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores e de controle da gestão pública no estado, a fim de assegurar a melhor preservação dos recursos e o cumprimento das normas orçamentárias e de responsabilidade fiscal”.

O texto também ressalta que o TCM-BA adota, desde 2013, medidas para fiscalizar e coibir eventuais distorções em despesas públicas com festas.

Legislativo aprova projetos de interesse do funcionalismo municipal || Arquivo/CMI
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A Câmara de Vereadores de Ilhéus aprovou, nesta sexta-feira (23), pacote de projetos de lei de interesse dos servidores municipais, inclusive os afastados da Prefeitura. No caso desses últimos, o Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE) e o Programa de Disponibilidade Remunerada (PDR), votados hoje, encaminham acordo para o fim da disputa judicial em que os trabalhadores reivindicam a anulação da sentença que deu causa ao seu afastamento não remunerado, em janeiro de 2019.

Também foi aprovado reajuste de 5,77% para todas as categorias que não têm piso salarial regido por legislação específica. A revisão será retroativa aos meses de fevereiro a maio de 2023. A diferença será paga em duas parcelas, sendo a primeira até outubro próximo e a segunda até fevereiro de 2024.

Outro projeto votado pela Casa aumenta o auxílio-alimentação em 9,09% (de R$ 550 para R$ 600) e estabelece recarga extra de R$ 300, em dezembro, para os servidores associados às suas representações sindicais. O valor extra, chamado de recarga natalina, compensa a diferença de R$ 50 de cada um dos seis primeiros meses de 2023, pois não há previsão de pagamento retroativo do novo valor.

AFASTADOS

Além do Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE), foi aprovado o Programa de Disponibilidade Remunerada (PDR) para os servidores afastados que ainda não têm tempo de trabalho para pleitear aposentadoria e, assim, aderir ao PDVE. Com o PDR, os servidores que ainda não podem se aposentar vão receber, mensalmente, 35% do salário que faziam jus na época do afastamento, acrescidos de correção inflacionária. O pagamento seguirá até o período que alcançarem a sua aposentadoria. Depois disso, serão cobertos pelo PDVE durante dez anos.

O mesmo percentual de 35% será pago aos servidores que, embora aposentados, sofreram redução significativa de sua fonte de renda. Nesse caso, o valor será calculado com base na média dos últimos dozes salários recebidos na ativa.

PRESENTES

A vereadora Enilda Mendonça (PT) afirmou que a decisão coletiva da Câmara permitirá que os servidores, finalmente, encerrem um ciclo de luta e sofrimento para tocar a vida adiante. Dirigente da Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI), ela ressaltou a atuação do Sindicato e das outras representações sindicais na defesa dos trabalhadores. Segundo a parlamentar, nos últimos anos, foram os sindicatos que “seguraram o caixão” dos afastados.

Antes da votação, Enilda solicitou que os servidores presentes no Plenário Gilberto Fialho se levantassem para que os vereadores pudessem vê-los. Nesse momento, o vereador Augusto Cardoso (PT) pediu a palavra e lembrou que, dos 263 pais e mães de família afastados da Prefeitura em 2019, muitos não puderam testemunhar a votação de hoje. “Quantos estão aqui e quantos não estão mais aqui para ver esse resultado?”, perguntou Augustão.

Segundo estimativa mencionada pelo prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), em entrevista recente, o PDVE e o PDR vão beneficiar pouco mais de 60 servidores afastados.

Controle de entrada gera fila na porta do Sinsepi
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Servidores da Prefeitura de Ilhéus aprovaram, nesta segunda-feira (19), a proposta de reajuste salarial do Governo Mário Alexandre para as categorias que não têm piso regulamentado por lei nacional. A reposição será de 5,7% e retroativa a janeiro de 2023. O percentual ficou abaixo da inflação acumulada em 2022 (5,79%), o que não agradou parte dos trabalhadores. Também foi aprovado o aumento de R$ 50,00 do vale-alimentação, que sairá de R$ 550,00 para R$ 600,00.

A assembleia foi tumultuada. Para acessar a sede do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Ilhéus (Sinsepi), os servidores tiveram que se identificar na entrada, pois somente os sindicalizados teriam direito a voto. Como apenas um membro do Sindicato estava encarregado de conferir a identificação dos colegas, uma fila se formou na frente do prédio, na Rua Carneiro da Rocha, no Centro. Confira vídeo.

Enquanto muitos servidores aguardavam para entrar, o presidente do Sinsepi, Joaques Silva, iniciou a assembleia no horário previsto no edital, às 8h. De acordo com a Comissão Valoriza Enfermagem Ilhéus, um dos grupos insatisfeitos com a condução do Sinsepi, não houve contagem individual dos votos, e a votação teria sido decidida “no grito”.

Grupo Valoriza Enfermagem: votação foi no “grito”

O grupo descontente escreveu uma espécie de relatório sobre a assembleia e, no documento, ao qual o PIMENTA teve acesso, afirma que levará o caso ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).

O Sinsepi divulgou nota sobre a assembleia. Segundo o Sindicato, além do reajuste, o auxílio proteção será de R$ 90,00 e os trabalhadores vão receber, em outubro próximo, auxílio fardamento de R$ 750,00.

A nota também lembra que os servidores de Ilhéus ficaram sem nenhum tipo de reposição salarial durante a quarta gestão do ex-prefeito Jabes Ribeiro (2013-2016) e ressalta o aumento do vale-alimentação ao longo dos últimos anos.

O documento não faz nenhuma referência às críticas à condução da assembleia desta segunda-feira (19). O site tentou manter contato com o presidente do Sinsepi, Joaques Silva, mas não obteve retorno.

SALVA-VIDAS NA BRONCA

Além do grupo de enfermeiros, uma comissão de salva-vidas não descarta a possibilidade de pressionar o Governo a negociar diretamente com a categoria, que reivindica o adicional por atividade de risco de vida (5% sobre o salário) e o pagamento de horas extras trabalhadas nos turnos estendidos do verão 2022/2023 e em feriados como o do Dia do Trabalhador. Atualizado às 13h18min para acréscimo de informações.

Christian Gresik, delegado do CRC, fala em audiência na Câmara de Ilhéus || TVCI
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Delegado do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), o contador Christian Gresik participou, nesta quinta-feira (15), de audiência pública sobre o Código Tributário Municipal (CTM), promovida pela Câmara de Vereadores de Ilhéus. Na sua explanação, atribuiu caráter abusivo aos tributos municipais, especialmente às Taxas de Licenciamento de Localização (TLL) e de Fiscalização e Funcionamento (TFF). Empresário contábil e professor da Faculdade de Ilhéus, ele disse ter visto muitos clientes trocar Ilhéus por cidades vizinhas, como Itabuna e Una, para economizar despesas tributárias.

A TLL incide tanto na abertura como na transferência de um estabelecimento, explica o delegado CRC. “Para ter um exemplo, nós temos fabricação de derivados de cacau, que na cidade é muito pujante, o Código Tributário [de Ilhéus] cobra uma taxa de R$ 14.900,00”. Depois, recorreu ao exemplo da fabricação de equipamentos elétricos. “Uma indústria que se localizava no Centro da cidade deslocou-se para o Distrito Industrial. Só por conta dessa mudança, tenho que pagar R$ 15.795,25 por ter alterado o endereço. Se eu alterar a atividade secundária, mais R$ 15 mil, aí eu vou de quinze em quinze mil, até o empresário vir chorar no colo do contador”.

No caso da educação infantil, segundo Christian Gresik, a TLL é R$ 1.200,00. “Pode parecer pouco, mas, se eu começo a comparar com cidades circunvizinhas, eu vou ver o quanto essas taxas são realmente altas”. Na vizinha Itabuna, continuou, para a maioria das empresas, as taxas variam de R$ 150,00 a R$ 400,00. “Dificilmente vai ter uma taxa tão abusiva como a nossa”, disparou.

PARCELAMENTO

Para o contador, num debate amplo, deve estar no horizonte a redução das taxas, mas, de início, os empresários reivindicam a possibilidade de parcelar as que, hoje, devem ser quitadas em pagamento único. “Pesa no bolso do empresário”.

A diminuição da carga tributária é um fator de atração de investimentos, afirmou Christian. No sentido inverso, com impostos elevados, a cidade é menos atrativa para investidores, completou. “Tenho grandes exemplos disso. Cliente que foi abrir uma empresa atacadista de bebida, que a taxa aqui é de R$ 10 mil mais atualização, foi pra Una. Não ficou em Ilhéus. Quando houve essa mudança [do CTM, em 2014], diversos clientes nossos saíram de Ilhéus e foram pra Itabuna. Isso é comum acontecer. A gente tem perdido diversas oportunidades”, alertou.

Confira, no registro da TV Câmara, a intervenção do representante do CRC na audiência, que foi proposta pelo vereador Ivo Evangelista (Republicanos).

Paulo Carqueija: "precisamos dar fim a essa agonia"
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O vereador Paulo Carqueija (PSD), líder do Governo Marão, juntou-se ao coro em defesa do Plano de Demissão Voluntária (PDV) para os servidores afastados da Prefeitura de Ilhéus desde janeiro de 2019, após ação a popular que impugnou a estabilidade dos trabalhadores contratados entre 1983 e 1988, antes da exigência constitucional de concurso público.

Na época, 263 servidores foram lançados num vazio institucional, porque não tinham sido demitidos formalmente e, ao mesmo tempo, perderam a fonte de renda. Esse número caiu para 60 em 2022, conforme a Prefeitura. Há pouco mais de um ano, o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), anunciou que o município lançaria novo PDV incluindo os servidores afastados.

Para Carqueija, o impasse não pode se estender mais. “O PDV, professora Enilda, que nós tanto já cobramos, dos funcionários desligados, de afastados de 83 a 88. Nós precisamos dar um fim a essa agonia, nós precisamos liquidar essa agonia”, clamou. Segundo o líder, a Câmara de Vereadores já fez seu papel e debateu o assunto exaustivamente. ” [A Câmara] está disposta – eu tenho certeza disso! – a receber a proposição do Governo em caráter célere”, emendou.

Portaria estabelece regras para festejos juninos || Foto Rodrigo Macedo/PMI
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A Prefeitura de Ilhéus baixou portaria que estabelece a exigência da Autorização Ambiental de Emissão Sonora Junina para a realização de festejos, em espaços públicos do município, no intervalo de 2 de junho a 2 de julho. Conforme a definição, o documento “autoriza ao portador a emissão sonora, exclusivamente para eventos juninos, de cunho familiar, em que os responsáveis sejam pessoas físicas, realizados em área ou via publica e apenas um evento por localidade”.

Para obter autorização, o morador deve abrir processo administrativo na Secretaria Especial de Meio Ambiente (Sema), localizada em frente à Praça Dr. Antônio Viana, na Cidade Nova. Os documentos necessários são RG e CPF do representante legal do evento; comprovante de residência; e cópias de ofícios protocolados em companhia de Polícia Militar (CIPM 68, 69 ou 70), além da Cippa e Samu-192.

Também são obrigatórios Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) para emissão/validade da Autorização Ambiental de Emissão Sonora, com ART do engenheiro responsável, se houver montagem de estrutura; autorização da Gerência de Uso e Ocupação do Solo ou órgão competente; e ofício para a Superintendência de Transporte, Trânsito e Mobilidade (Sutram).

A Portaria Sema nº 18/2023, publicada nesta semana, também requer autorizações específicas para o uso de equipamentos sonoros nas vias públicas, especialmente os paredões de som. Confira a íntegra.

Ato bloqueou entrada do Teotônio Vilela || PIMENTA
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Moradores do Teotônio Vilela bloquearam a entrada do bairro, nesta terça-feira (6), para reivindicar o conserto de escadarias danificadas por deslizamento de terra, durante as fortes chuvas que atingiram Ilhéus, em abril de 2023. Para bloquear a via, os manifestantes atearam fogo em pedaços de madeira e outros objetos, no início da manhã. A rua foi liberada por volta das 7h50min.

Trechos de duas escadarias que dão acesso ao alto do Vilela cederam junto com parte do barranco. Segundo apuração do PIMENTA, equipe da Prefeitura de Ilhéus esteve no local em abril, mas ainda não deu retorno à comunidade sobre a data de início do reparo. Além dos moradores da parte mais alta do morro, o problema também afeta a população das ruas do meio dele. O Governo Mário Alexandre ainda não se manifestou sobre o protesto desta manhã.

CANCELAMENTO DO VIVA ILHÉUS

No dia 21 de abril deste ano, uma sexta-feira, Ilhéus registrou 187 milímetros de chuva, o equivalente a 187 litros de água por metro quadrado. O temporal deixou rastro de destruição na cidade. Uma semana depois, o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), anunciou o cancelamento do Viva Ilhéus 2023.

“Com esse recurso que seria investido na festa, iremos ajudar a cuidar de cada família ilheense para minimizar o sofrimento do nosso povo”, declarou o prefeito à época. No mesmo comunicado, a Prefeitura anunciou que promoveria entrevista coletiva, em poucos dias, para dar esclarecimentos sobre a decisão de cancelar o Viva Ilhéus e explicar como os recursos seriam empregados no auxílio às famílias prejudicadas pelas chuvas. A coletiva ainda não foi realizada.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) destinou R$ 1,9 milhão a Ilhéus, no dia 8 de maio de 2023, para a compra de cesta básicas, colchões e kits dormitório, de higiene pessoal e de limpeza, material básico de apoio aos desabrigados.

Osman Nogueira Júnior: reserva é garantia legal || Foto APPI
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Professores e demais trabalhadores da Rede Municipal de Ensino de Ilhéus estão em campanha salarial e fizeram nova assembleia, nesta segunda-feira (5), quando aprovaram contraproposta a ser apresentada ao Governo Mário Alexandre. A gestão ofertou reajuste de 10% aos docentes que já recebem acima do Piso Nacional do Magistério e de 5,77% aos não docentes. Aos demais professores, a Prefeitura assegura o Piso Nacional, que foi reajustado em 14,95% neste ano e chegou a R$ 4.420,55.

Ouvido pelo PIMENTA, o presidente da Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI/APLB-Sindicato), Osman Nogueira Júnior, explicou que não pode antecipar à imprensa os termos da contraproposta, antes de apresentá-los ao Governo na reunião prevista para hoje (5). Contudo, esclareceu que o Sindicato e a categoria não aceitam diminuir a reserva técnica de um terço para um quinto da carga horária semanal, como proposto pela gestão em ofício à entidade sindical (relembre).

A reserva técnica de um terço da carga horária é estabelecida pela mesma Lei Nacional que regulamenta o Piso do Magistério, a de nº 11.738/2008. O tempo é reservado às tarefas extraclasse dos professores, como a elaboração de aulas e a correção de atividades. Por exemplo, um docente que trabalha 40h por semana tem direito a 13h para a execução do trabalho fora da sala de aula.

“Não tem como negociar reserva, é lei, e ainda ganhamos na Justiça”, disse Osman Nogueira ao PIMENTA, fazendo referência ao processo movido pelo Sindicato ainda na gestão do ex-prefeito Jabes Ribeiro (PP), que deixou todo o funcionalismo sem reajuste salarial de 2013 a 2016.

Além da diminuição da reserva técnica, o Governo Mário Alexandre propôs aumento de até 30% do limite de alunos por turma. A posição dos docentes e não docentes sobre esse e outros pontos de pauta será conhecida após a reunião de hoje.

Presidente Abraão Santos: "tempestade passou" || Foto PIMENTA
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A judicialização da disputa pela Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Ilhéus lançou o presidente Abraão Oliveira dos Santos (PDT) em uma tormenta. Com a legitimidade de sua vitória contestada, viu-se na iminência de ser preso e, por duas vezes, foi afastado da presidência e conseguiu reverter as decisões. Também enfrentou o desafio de manter o Legislativo em funcionamento durante a interdição judicial do Palácio Teodolindo Ferreira, reaberto nesta semana. Foi lá que recebeu o PIMENTA para entrevista exclusiva e falou das intempéries dos últimos meses. Ao site, disse ter bom relacionamento com o Governo Mário Alexandre, falou sobre discussões do plenário e defendeu união entre os vereadores. Leia.

PIMENTA – O que o senhor sentiu quando recebeu a notícia de que, segundo a Justiça, poderia ser preso?

ABRAÃO OLIVEIRA DOS SANTOS – É inexplicável o sentimento. Acho que houve um equívoco [do judiciário], eu entendo, acho que errar é humano, mas foi corrigido. Graças a Deus, essa tempestade passou. A gente vai tentar manter a administração da Casa do Povo.

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É normal a luta pelo poder, e que vença o melhor.

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Houve certa animosidade na Câmara contra o senhor, especialmente naquele discurso do vereador César Porto (PSB). Depois, ele se colocou ao seu lado. Ficou alguma rixa?

Não, de maneira alguma. César Porto é um parceiro desde o início do primeiro mandato [2017-2020], que a gente era do mesmo partido, o PDT. Temos uma relação muito próxima, de ele me regular, me dá bronca, de eu falar com ele também, um corrigindo o outro. Existe respeito. Dentro de um parlamento, é normal esse tipo de guerra, de intrigas, um vereador contra o outro, é normal em qualquer parlamento do mundo. Os nervos ficam à flor da pele. Talvez saia coisa da boca de alguns sem pensar, no momento da ira, mas, no geral, é normal a luta pelo poder, e que vença o melhor. Cada um busca a melhor posição dentro de um poder.

O ex-vereador Cosme Araújo saiu do PDT. O senhor continuará filiado ao partido?

O PDT é o partido que namorei, foi o próprio Cosme Araújo que me colocou no PDT. Continuo filiado, mas não sentei com Cosme Araújo ainda, eterno presidente do PDT, que tenho muita gratidão pelos meus dois mandatos. Não tive uma conversa com ele para saber o motivo [da saída] e como vai ficar o PDT [em Ilhéus], um partido de grande importância, do eterno Leonel Brizola, que lutava pela educação.

Há uma investida do Governo Marão para isolar o senhor no PDT?

Não, não. Minha relação com o Governo é muito boa, inclusive o próprio Cosme tem uma relação ótima com o Governo. Talvez seja uma questão da [direção] estadual, não sei explicar, vou me aprofundar para dar uma resposta à sociedade. Agora, o PDT é um partido que amo e vou fazer o que puder para continuar nele. Vou procurar os deputados, o próprio Cosme Araújo, o próprio Félix Mendonça Júnior, que tem uma relação de irmão com Cosme.

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É ano de pré-eleição. Não vale a pena ficar brigando. A gente briga aqui, e quem tá lá fora quer entrar.

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O senhor declarou independência em relação ao Governo, mas diz ter boa relação. Como avalia essa reta final do segundo mandato do prefeito Mário Alexandre?

Independência não é ser oposição, é julgar o melhor pra população. Se tem em mente que [uma proposta] vai prejudicar a população, você não acata. Fora isso, minha relação com alguns secretários é boa, não posso negar. [Agora], é retomar os vínculos na Câmara, [para] os vereadores entenderem que a gente não pode mais continuar com essa guerra. É ano de pré-eleição. Não vale a pena ficar brigando. A gente briga aqui, e quem tá lá fora quer entrar. A gente perde tempo de buscar lideranças, fazer nosso trabalho na comunidade, por conta de brigas pequenas. Tem que reconhecer a eleição, foi limpa, e manter o trabalho, porque a cidade precisa da gente, nós somos os representantes legais. Se a gente brigar, a cidade vai ver isso como uma coisa ruim. Reflete na população.

É um objetivo do senhor pacificar a relação com os pares?

Ela é pacífica, sempre foi, há algumas desavenças, o que acontece no cotidiano da vida, até nas nossas casas. Estou tentando o máximo para trazer a união pra Casa. É o meu perfil, sou um cara de muita paz. Busco sempre o laço de amizade, ainda mais dentro de um Colegiado de tanta importância para Ilhéus e a nossa Bahia.

Paralisação foi decidida em assembleia || Foto APPI
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Professores rejeitaram, em assembleia realizada nesta segunda-feira (29), a proposta de reajuste salarial do Governo Marão para a categoria e os demais trabalhadores Rede de Ensino de Ilhéus. Também decidiram paralisar suas atividades por 48h, nesta quarta-feira (31), quando farão ato em frente à Secretaria Municipal de Educação (Seduc), e quinta-feira (1º), data em que realizarão nova assembleia.

Consultada pelo PIMENTA, a assessoria da Associação dos Professores Profissionais da Prefeitura de Ilhéus (APPI-APLB/Sindicato) informou que o Governo propôs o pagamento do Piso Nacional do Magistério e reajuste de 10% para os educadores que, por força do Plano de Cargos e Salários, recebem acima do Piso.

Já aos demais trabalhadores da Educação, foi oferecido reajuste de 5,77%, também abaixo da tabela do Plano de Cargos e Salários. De acordo com a vereadora Enilda Mendonça (PT), dirigente da APPI, a gestão municipal se recusa a obedecer os termos do Plano (relembre).

PROPOSTA CONTRA A LEI

A Lei Nacional 11.738/2008, que regulamenta o piso do magistério, também estabelece diretrizes para a composição da jornada de trabalho de professores de todo o Brasil e determina que esses profissionais devem ter um terço de sua carga horária reservada para atividades extraclasse. Ao professores do município, o Governo Marão propôs que a chamada reserva técnica seja reduzida, ao arrepio da Lei, para um quinto da carga horária, proposta também rechaçada. Além disso, os professores se manifestaram contra o aumento de 30% do limite de alunos por turma.

Ladeira da Tapera foi interditada após as chuvas de dezembro de 2021 || Foto Miguel Padilha
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Os efeitos das fortes chuvas que atingiram a Bahia no final de 2021 ainda repercutem na rotina dos moradores da Tapera, em Ilhéus. A ladeira que dá acesso ao bairro pela Avenida Itabuna está interditada desde então, devido a um foco de deslizamento de terra que ameaça a segurança do tráfego na via.

Um morador da comunidade, Miguel Padilha, reclama da demora da Prefeitura de Ilhéus para resolver o problema e cobra resposta do setor responsável. “Vocês poderiam analisar a possibilidade de veicular esse pedido de socorro? Somos mais de 12 mil pessoas nessa situação”, escreveu o cidadão ao PIMENTA, via e-mail. Segundo ele, a Ladeira da Conceição, único meio de acesso à Tapera hoje, também foi avariada por deslizamento de terra.

Padilha não é o primeiro morador a se manifestar sobre os problemas do bairro. Há quase um ano, em julho de 2022, moradores da Tapera fizeram protesto na Avenida Itabuna, também cobrando ações da Prefeitura. No mês seguinte, conseguiram audiência com auxiliares do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), a exemplo dos secretários Mozart Aragão (Casa Civil) e Átila Docio (Infraestrutura).

Moradores da Tapera durante protesto em julho de 2022 || Foto Ilhéus 24H

Na época, em nota, a Prefeitura informou que “o projeto da encosta da ladeira que dá acesso ao bairro está sendo finalizado. Em seguida, passará pelo processo de licitação para que seja dado início à obra”. Lá se vão quase nove meses.

Representantes da Prefeitura em reunião com moradores da Tapera em 2022 || Foto PMI

O PIMENTA entrou em contato com a Superintendência de Comunicação da Prefeitura de Ilhéus, na quinta-feira (25) e sexta-feira (26) da semana passada, em busca de informações atualizadas sobre as intervenções no bairro. O órgão informou que buscaria posicionamento da pasta responsável, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), mas não deu retorno ao site até o fechamento da matéria, nesta segunda-feira (29).

Soane, Otto e Marão (à dir.): prefeito ascende no PSD || Foto MB
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No segundo mandato à frente da Prefeitura de Ilhéus, o prefeito Mário Alexandre, Marão, assumiu cadeira no Diretório Estadual do PSD. Ele já preside o Diretório Municipal da legenda.

“Tive a honra de ser convidado para participar do Diretório Estadual do PSD. Me orgulha fazer parte desse partido que é liderado pelo senador do trabalho, o querido amigo @ottoalencar. Juntos, vamos continuar trabalhando em defesa do nosso povo”, anunciou o prefeito, nesta terça-feira (23), em publicação nas redes sociais.

A deputada estadual Soane Galvão (PSB), primeira-dama de Ilhéus, acompanhou o prefeito no ato que formalizou sua entrada na direção do PSD Bahia, em Salvador. “Você muito nos orgulha, meu amor e maestro na política”, afirmou a deputada, ao comentar o anúncio do marido.