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Marco Wense
 

Agora, no maior cinismo do mundo, o tucano mais exótico, de plumas mais coloridas e bico reluzente, passa a ser o principal incentivador da candidatura de Luciano Huck.

 
O padrinho político da candidatura do global Luciano Huck ao Palácio do Planalto é Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e ex-presidente da República.
FHC, como é abreviadamente chamado, é o tucano (PSDB) mais exótico do tucanato, sem dúvida o de plumas mais coloridas e bico reluzente.
O engraçado é que FHC dizia que o prefeito de São Paulo, João Doria, estava tendo um comportamento condenável em relação ao governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.
Doria se autoproclamava presidenciável da legenda, querendo tomar o lugar do seu criador, daquele que foi responsável pela sua eleição para o Palácio do Anhangabaú.
Alckmin, mesmo contra algumas lideranças do partido, elege o “poste”, que logo é picado pela mosca azul e começa a sabotar a pré-candidatura presidencial do chefe do Executivo estadual.
FHC, percebendo a traição de Doria, aconselha Alckmin a assumir o comando nacional do PSDB, se fortalecendo para ser o nome da legenda na sucessão de Temer.
Agora, no maior cinismo do mundo, o tucano mais exótico, de plumas mais coloridas e bico reluzente, passa a ser o principal incentivador da candidatura de Luciano Huck.
Como o anzol da infidelidade partidária só pega peixes pequenos, os tubarões ficam isentos de qualquer questionamento. Não são taxados de ingratos, traidores e oportunistas de plantão.
Fernando Henrique Cardoso, também conhecido como o “Príncipe da Privataria”, é um, digamos, João Doria mais lapidado, mais traiçoeiro.
A candidatura de Luciano Huck é o sonho de FHC, que se dane o PSDB, Alckmin e todo o tucanato.
Marco Wense é editor d´O Busílis.