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Dalva deu entrevista à Veja e sumiu do país (Reprodução).
Dalva deu entrevista à Veja e sumiu do país (Reprodução).

O site da Rádio Metrópole, de Salvador, revela que a presidente da ONG Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva, está fora do Brasil. Viajou para Barcelona, Espanha, em 4 de setembro.
A passagem foi comprada no dia 1º deste mês, após conceder entrevista à Veja e relatar um suposto esquema que teria desviado R$ 6 milhões de programas habitacionais na Bahia. A denúncia é de 2010. Mas, agora, Dalva adicionou um nome à lista dos denunciados, o do candidato a governador Rui Costa. Dalva será convocada para prestar depoimento ao Ministério Público baiano ainda nesta semana. O foco será a revelação feita à publicação da Editora Abril.
Diz o site da Rádio Metrópole: “Paiva, que passava por dificuldades financeiras, comprou passagem para Barcelona no dia 1º de setembro e viajou três dias depois, na quinta-feira (4)”.
Apesar de investigada, Dalva Sele Paiva ficará por mais de um mês fora do país. O retorno da viagem está previsto apenas para 11 de outubro, uma semana depois da eleição.
Se Dalva estava em dificuldades financeiras, como informa a Metrópole, quem bancou a viagem da dirigente da ONG?
EVERALDO APONTA RELAÇÕES DE DALVA COM PSDB E DEM
Ainda sobre a denúncia da presidente do instituto, o presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação, diz que a denúncia de Dalva é, dentre outras coisas, inconsistente. A ONG, ao contrário do que ela diz, não foi criada no período petista (2007), reforça Everaldo.
O Instituto Brasil teve antes como seus clientes, no âmbito governamental, a Prefeitura de Salvador, em 2003, contratada pela gestão de Antônio Imbassahy (PSDB), e o governo baiano, em 2005, quando o então governador, Paulo Souto (DEM), contratou-0 para atuar na área habitacional na Secretaria de Combate à Pobreza.
Everaldo sustenta que “a raiva de Dalva” cresceu quando os pagamentos ao Instituto Brasil foram suspensos por causa de suspeitas de irregularidades. As acusações a petistas, principalmente a Rui Costa, candidato ao governo, seriam uma espécie de vingança. Dos seis pagamentos previstos, apenas dois ocorreram, conforme Everaldo.