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Monteiro se comprometeu a atender reivindicações dos moradores (foto Pimenta)
Monteiro se comprometeu a atender reivindicações dos moradores (foto Pimenta)

Os moradores da Rua 3, do Loteamento Monte Líbano, encerraram há pouco o protesto contra as más condições daquela via.  Devido à manifestação, o prefeito Claudevane Leite foi obrigado a adiar a reinauguração da unidade básica de saúde Dilson Cordier, que funciona no local.

Além da falta de pavimentação e dos buracos na rua, os manifestantes reclamam da irregularidade da coleta de lixo  e do abastecimento de água, e de problemas na rede de esgoto. O secretário de Desenvolvimento Urbano de Itabuna, Marcos Monteiro, conversou com os moradores e assumiu o compromisso de atender as demandas.

Segundo Monteiro, a Emasa mandará uma equipe ainda hoje até a Rua 3. Ele também se comprometeu a melhorar a coleta de lixo e a enviar uma máquina para “patrolar” a via na segunda-feira, 29.

Somente após a conversa com Monteiro foi que os manifestantes liberaram o tráfego na Rua Independência, que dá acesso à Rua 3 e liga a região do bairro São Roque ao bairro Santo Antônio. Policiais militares apenas acompanharam as negociações.

Os moradores disseram que, caso as reivindicações não sejam efetivamente atendidas, um novo protesto ocorrerá na próxima semana.

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Moradores do Monte Líbano queimam pneus em frente à unidade de saúde Dilson Cordier (foto Pimenta)
Moradores do Monte Líbano queimam pneus em frente à unidade de saúde Dilson Cordier (foto Pimenta)

Um protesto acontece neste momento na Rua 3, Loteamento Monte Líbano, em Itabuna. No local, o prefeito Claudevane Leite deverá reinaugurar logo mais a unidade básica de saúde Dilson Cordier, que passou por uma reforma na qual foram gastos R$ 134 mil.

Apontando má qualidade da obra, além do abandono da rua, os moradores interditaram o trânsito e queimam pneus no cruzamento com a Rua Independência e em frente à unidade de saúde. “Nosso sentimento é de tristeza. Moro aqui há 22 anos e nenhum prefeito fez nada por essa rua”, lamentava o representante comercial João Elísio Guerreiro.

Guerreiro lembra que na gestão do prefeito Capitão Azevedo o Governo Federal liberou recursos para a pavimentação das ruas do Monte Líbano, mas a obra foi executada somente na parte baixa do loteamento.  Segundo ele, o descaso perdura na atual administração. “Vane fez o meio fio em fevereiro e depois sumiu”, diz.

Na rua da unidade de saúde Dilson Cordier, os buracos dificultam o tráfego e o acesso de gestantes e pessoas com deficiência. Há também canos da rede da Emasa quebrados, o que faz a água potável correr ladeira abaixo.

Os moradores também criticam a qualidade da obra da unidade de saúde.

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Médicos realizam neste momento um protesto na Praça Camacan, centro de Itabuna. A mobilização, que segue orientação do Conselho Federal de Medicina, é contra a proposta do governo federal de trazer médicos estrangeiros para atender em áreas onde se registra falta desses profissionais. Manifestações semelhantes ocorrem em 12 Estados.

Para o médico Almir Alexandrino, delegado do Conselho Regional de Medicina (Cremeb) em Itabuna, a importação de médicos não produzirá qualquer efeito se não for acompanhada de investimentos em infraestrutura nas unidades de saúde. Alexandrino também põe em dúvida a capacidade dos profissionais que poderão ser contratados.

“Sem a validação do diploma, o governo não tem como avaliar a qualidade desse médico”, afirma o delegado do Cremeb.

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O PIMENTA divulgou no dia 1º o protesto de mutuários do Residencial Pedra da Vitória, em Itabuna, inconformados com a longa paralisação das obras do empreendimento imobiliário. Outros compradores que também amargam uma espera além do previsto são os do Condomínio Vila Verde, alguns dos quais dizem ter adiado casamento e filhos devido às dificuldades para realizar o sonho da casa própria. Os mutuários acusam as empresas Runa e Vooxy, além da Caixa Econômica Federal, como responsáveis pelo prejuízo.

Representantes dos mutuários do Vila Verde se reúnem  neste sábado, 13, para discutir o imbróglio. O encontro será às 9 horas, no edifício Módulo Center, na Beira Rio, centro de Itabuna.

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Moradores montaram barricada para interditar rodovia e cobram prefeito (Foto Oziel Aragão/Plantão Itabuna).
Moradores montaram barricada para interditar rodovia e cobram prefeito (Foto Oziel Aragão/Plantão Itabuna).

Moradores do Bairro Campo Formoso, localizado à margem direita da BR-415, interditaram a rodovia nesta manhã de quarta-feira (3). Eles reclamam do abandono do bairro e cobram a conclusão das obras iniciadas no ano passado, pela GDK, mas interrompidas com o processo de insolvência da empresa.

Os moradores reclamam, ainda, da falta de água e das condições em que foram deixadas as ruas, esburacadas, e que viram um “inferno”, quando chove por causa da quantidade de “barro” e lama gerados pelas obras inconclusas. Eles exibiram cartazes com cobrança ao prefeito Claudevane Leite.

Além disso, os moradores cobram a construção de lombadas no trecho da rodovia que corta o bairro para tentar diminuir o alto número de ocorrências de acidentes. A região também está sem fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que alega efetivo reduzido para atender a BR-415, no trecho que foi federalizado em 2011 (do entroncamento de Barro Preto a Ilhéus).

Segundo informações obtidas pelo PIMENTA, cerca de 40 policiais rodoviários estaduais trabalham nos quase quarenta quilômetros da rodovia, mas só podem agir nas ocorrências de trânsito, já que a fiscalização cabe à PRF. Com Redação e Plantão Itabuna.

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Cerca de 100 associados interditam Rodovia Ilhéus-Itabuna (Foto Pedro Augusto).
Cerca de 100 associados interditam Rodovia Ilhéus-Itabuna (Foto Pedro Augusto).

Mais de cem divulgadores da Telexfree em Itabuna interditaram a Rodovia Ilhéus-Itabuna (BR-415), no quilômetro 24, próximo ao Makro e Atacadão, hoje (30), para pressionar a Justiça do Acre a rever decisão que impediu pagamentos e novas adesões ao negócio. A suspeita é de que se trata de pirâmide financeira.
O protesto gerou engarrafamento na rodovia, uma das mais movimentadas do interior do Estado, e começou na sede da TV Santa Cruz. A emissora é afiliada Rede Globo, que promete exibir, hoje, reportagem sobre a Telexfree no Fantástico. Os divulgadores Telexfree, desde ontem, protestavam nas redes sociais contra a emissora e diziam até que a Justiça proibiu a Globo de veicular a matéria, o que não foi confirmado pela rede de televisão.
A interdição da rodovia gerou protesto. Ciro Feitosa seguia de Itabuna para o Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, e quase perde o voo. “Cheguei aos 45 do segundo tempo”, disse por meio de rede social. A polícia rodoviária estadual foi chamada para intervir e liberou a pista parcialmente. A manifestação terminou por volta das 17h.

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CUIDADO COM A LEITURA QUE “CONTAMINA”

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br
1Homem lendo jornalQue não sejam tão puristas e chatos os que se comunicam com a população, mas mantenham um mínimo de cuidado com a linguagem. Fazer isto é respeitar o leitor/ouvinte e (por que não?) ser didático, ensinar: já vimos nesta coluna que o jornalista e advogado Ricardino Batista, de Itabuna, dizia ter aprendido a ler não propriamente na escola, mas tentando decifrar os textos do jornal A Tarde. Hoje, considerando certas coisas que vejo publicadas, tal experiência resultaria em completo desastre. Há de se tomar cuidado para não se “contaminar” com certos escritos que por aí desfilam sua irresponsabilidade, impunemente.

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Vereador quer “encontrarem” soluções
 
Penso no bom Ricardino ao ler nota da assessoria do vereador ilheense Rafael Benevides, um atentado violento ao pudor do texto. Diz que o edil tem ouvido os “reclames” da população, “à cada dia” melhora seu desempenho, e (com outros poderes) procura “encontrarem” soluções para “às várias” necessidades do município. Por fim, a cereja do bolo da incompetência: há “problemas em que a todos preocupam de que, deverasmente, macula à imagem do município”, mas ele vai “enveredar” esforços para resolvê-los. Chuta-se a gramática, viola-se a concordância, constrange-se a regência. Pressionado por tão desmesurada insensatez, calo-me.
 
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SALDANHA, A CONVENIÊNCIA E A ALIENAÇÃO

3SaldanhaNestes bicudos tempos de questionável futebol internacional no Brasil, enquanto multidões incendeiam as ruas (às vezes literalmente), me vem à lembrança a perfeita associação de futebol e política, que foi o jornalista João Saldanha (julho, 1917 – julho, 1990). Em meio ao alheamento da crônica esportiva (parte por conveniência dos veículos, parte por alienação mesmo), Saldanha, politizado, militante do PCB, saberia dar seu recado sobre o esporte sem esquecer o clamor das ruas, que, certamente, estaria apoiando. Tem sido difícil aguentar os comentários ufanistas, quando o povo sofre e protesta contra tudo e contra todos.
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Os ônibus são para prestar serviço”O João sem Medo sempre encontrava o viés político, como neste trecho de crônica publicada no extinto JB, em 1988: “Os ônibus são para prestar serviço e não para dar lucros fantásticos, como o que estes indivíduos, seus proprietários, abocanham. Eles dizem abertamente: ´Com mais de oito cadáveres já estou no lucro´. E os cadáveres somos nós. Corrompem o poder público, andam por onde querem, violentam o trânsito, e os seus prepostos são os que fixam os preços e itinerários. Ninguém sofre mais do que o pobre coitado que se atreve a ir a um jogo noturno. Fica horas sentado num meio-fio à mercê da intempérie e do assaltante”.
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JOVENS, BONS MODOS E “ESQUISITICES”

5RestauranteCometi, há dias, um gesto de gentileza com uma (não muito) jovem senhora e ela, correspondendo, disse que eu era “das antigas”. Acreditem, isto foi um elogio, que me fez pensar se os bons modos são coisa de velhos, vedada aos jovens. Penso que dizer “obrigado”, “desculpe”, “por favor” e outras esquisitices deveria fazer parte da educação básica de todos – mas parece que esta é uma típica ideia de ancião. As adolescentes são, em geral, lindas, mas algumas delas deveriam ficar de boca fechada. Ser jovem, para muita gente, significa dizer palavrões, desdenhar dos “coroas”, empurrar, em vez de pedir licença. Talvez seja a este meu pensar que chamam “choque de gerações”.
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A rapidez do mundo muda os conceitos
Pois até o conceito de “choque de gerações” já não é mais o mesmo. Se antes esse “antagonismo” se dava entre pessoas de 40 anos e de 20, por exemplo, agora as de 18 já “encaram” as de 25 como se estas fossem figuras fugidas do museu. É a rapidez com que o mundo gira, a poder de chips, parafusos, teclas e botões. Há meio século, “coroa” era quem tinha 60 anos, enquanto hoje já ganha este epíteto quem passa dos 30. Mas, nem pensem, não é meu caso: já tenho outonos bastantes para ser chamado de coroa, pé-na-cova, sobrevivente – ou o que mais queiram inventar para caracterizar um tipo “das antigas”. Digo que gostei do que a gentil senhora me disse. “Das antigas” é estranho, mas, para o caso, serve.

A MÃO DIREITA QUE “TOCAVA” A ORQUESTRA

7Count BasieSe acaso existiu algum chefe de orquestra modesto terá sido Count Basie (1904-1984), na foto, com Frank Sinatra. Poucos merecem tanto a denominação de bandleader: sem gritar nos ensaios, sem gesticular exageradamente nos shows, discreto, ele “se esconde” atrás do piano e dali lidera seus músicos. Não faz grandes solos, apenas “ponteia”, dá sinais, abre caminho para o grupo. “Basie não toca o piano, toca a orquestra”, resumiu um crítico de quem já não me lembra o nome, talvez seja Bruno Schiozzi. Não é à toa que Basie era tido como exclusivamente “mão direita”: sem floreios harmônicos da mão esquerda, ele não permitia excessos a seu piano, mais para reger do que para tocar.
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Sem piano, não havia família “chique”
O piano teve grande influência na cultura do Brasil antigo. Pois saibam todos que a mesma coisa se deu nos Estados Unidos. Nos anos vinte, lá como aqui, toda família “chique” tinha piano. A house is not a home without a piano (“uma casa sem piano não é um lar”), diziam os americanos ligados a costumes europeus. Ao escolher o piano como seu instrumento de jazz, Basie se submeteu à formação clássica, até encontrar o próprio caminho: “amputou” a mão esquerda, e simplificou tudo. Aqui, um raro momento de solo do maestro, quando ele “provoca” o baixo de Cleveland Eaton e o trombone de Booty Wood, em Booty´s blues. O show, de 1981, foi no lendário Carnegie Hall.
 
 

O.C.

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Sindicalistas e familiares das vítimas fazem protesto em frente ao fórum Rui Barbosa (Foto Fernando Udo).
Sindicalistas e familiares das vítimas fazem protesto no fórum (Foto Fernando Udo).

Marival Guedes
Salvador – Sindicalistas e familiares de Paulo Colombiano e sua mulher, Catarina Galindo, assassinados em 29 de junho de 2010 em Salvador, promoveram hoje ato em frente ao Fórum Rui Barbosa, no Campo da Pólvora, na capital baiana, reivindicando o retorno à prisão e o julgamento imediato dos envolvidos.
Claudomiro César Ferreira Santana, dono da Mastermed, e o comparsa seu irmão Cássio Ferreira Santana são acusados de serem os mandantes. Os outros, Edilson Duarte de Araújo, Wagner Luiz Lopes de Souza e Adailton Araújo de Jesus são os executores. Os dois primeiros, depois de prolongada investigação, foram presos, mas liberados em poucos dias (relembre aqui). Os demais também não ficaram na prisão. Todos aguardam julgamento em liberdade.
Segundo a polícia a motivação do crime foi a descoberta por Colombiano, que havia assumido a tesouraria do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, de irregularidades em um contrato milionário firmado com Mastermed, fornecedora do plano de saúde ao sindicato.
O presidente do Diretório Municipal do PCdoB de Salvador, Geraldo Galindo, irmão de Catarina, pediu audiência ao presidente do Tribunal de Justiça da Bahia e ao juiz que acompanha o caso. Ele afirma que ao contrário do que foi argumentado, os acusados livres representam perigo, pois eles são ricos e podem ameaçar e tentar corromper pessoas. “Se fossem pobres, já estariam presos” criticou.
INVESTIGAÇÃO NO SINDICATO
O presidente da CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil Adilson Araújo, fez um contundente discurso afirmando que o processo está inconcluso e que é preciso que se dê continuidade às investigações para se apurar qual a participação do sindicato nesse caso. Segundo o sindicalista, o próprio secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, concorda com posição.

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Valéria Ettinger1Valéria Ettinger | valeria@emancipe-se.org
 

E o povo brasileiro assim o fez, quebrou os grilhões, saiu da jaula está retomando a sua liberdade de ser povo, de viver em uma democracia, de exigir o que lhes é de direito.

 
Há cerca de 10 dias escrevi um artigo falando sobre a sociedade do medo. A sociedade que se retrai, que não se une em propósitos coletivos e, assim, deixa ser vilipendiada por uma minoria de oportunistas e de demagogos que se utilizam das falácias políticas, do poder institucional e dos mecanismos de convencimento, mentirosos e sórdidos, para manterem a massa presa a diversos grilhões.
Grilhões que, desde muito tempo, já tinham sido anunciados por Rousseau em seu livro o contrato social, quando disse: “O homem nasce livre e por toda parte geme agrilhoado; o que julga ser senhor dos demais é de todos o maior escravo”[…] Mas, seguindo adiante Rosseau afirmou: […] enquanto um povo é forçado a obedecer, e obedece, faz bem, e melhor ainda se, podendo sacudir o jugo o sacode; pois, recuperando a liberdade pelo mesmo direito com que lha extorquiram, ou ele tem o direito de retomar, ou ninguém o tinha de lha tirar”. (Capítulo I – objeto do primeiro livro).
E o povo brasileiro assim o fez, quebrou os grilhões, saiu da jaula está retomando a sua liberdade de ser povo, de viver em uma democracia, de exigir o que lhes é de direito, de se fazer ouvir e poder dizer: “eu sou o titular do poder dessa Republica que se chama Brasil”.
Um som de não aguento mais, de que quero algo melhor. Um som que une jovens, adultos, velhos, brancos, negros, mulheres, heteros, homos, que une todas as tribos. Um grito de solidariedade que ecoa dos que estão lutando por direitos imediatos, por direitos que são do seu dia a dia e do seu cotidiano, mas também um grito daqueles que entendem que viver em sociedade é lutar junto, é lutar amplamente, é lutar pelo que é meu, pelo que é teu e pelo que é nosso.
Oportunistas sempre aparecerão, querendo se beneficiar ou querendo desconstruir um movimento legítimo, mas esses não podem minar o sentimento e o desejo que se extrai dessa multidão que se espalhou do Oiapoque ao Chui e que todos nesse momento, até os mais incrédulos, duros e individualistas, estão se questionando: que Brasil quero para mim e para os meus?
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Manu BerbertManuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

Democracia é um regime em que o poder de tomar importantes decisões políticas está, direta ou indiretamente, com os cidadãos, e nós precisamos mesmo acreditar nessa força.

Três coisas me deixaram perplexa ao acompanhar o manifesto contra o aumento das tarifas em São Paulo: inicialmente, a quantidade de pessoas que se aglomerou nas principais vias da cidade. A segunda, e não menos importante, ver as matérias frias de algumas emissoras, criticando a manifestação e alegando que a “baderna” estava se dando por apenas e míseros R$ 0,20 (vinte centavos). A terceira foi ver a imagem da jornalista da Folha, Giuliana Vallone, após ser atingida no olho.
Segundo Paulo Moreira Leite, em matéria na Istoé, a população foi obrigada, desde o último aumento, a gastar pelo menos R$ 2.304,00 por ano. Isto, vale ressaltar, se a pessoa se deslocar apenas duas vezes por dia pela cidade de São Paulo, onde ocorreu a maior manifestação até então. A impressão que tenho é que há uma reação começando a tomar forma no país e isso é menos sobre passagem e mais sobre tomar posição. Há um acúmulo de excessos, e uma hora ou outra vai explodir.
Não sou comunista, não sou socialista, nem a favor de uma revolução. Porém, confesso que me vi de fato torcendo pelo despertar do brasileiro ao assistir a uma manifestação daquele tamanho por um direito justo e legal. A verdade é que está indigesto ver o governo nos fazer engolir taxas, impostos e inflação, enquanto gasta com programas assistencialistas que fazem do pobre um refém do seu poder. Está indigesto ver o nosso salário não chegar ao final do mês, ver o SUS de cuia nas mãos, enquanto bilhões são gastos em propagandas e estádios para a Copa. Não dá para fechar o olho, como aconteceu com a jornalista que cobria o manifesto, para uma baderna coletiva dessas.
Democracia é um regime em que o poder de tomar importantes decisões políticas está, direta ou indiretamente, com os cidadãos, e nós precisamos mesmo acreditar nessa força. Até porque hoje, quando precisamos de qualidade em qualquer área ou serviço, ele tem que sair do nosso bolso. Abre o olho, Brasil!
Manuela Berbert é jornalista, publicitária e colunista do Diário Bahia.

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Manifestantes fizeram segundo protesto contra reajuste da tarifa em Itabuna (Foto Pimenta).
Manifestantes fizeram segundo protesto contra reajuste da tarifa em Itabuna (Foto Pimenta).

Manifestantes param em frente à sede dos Comerciários e protestam (Foto Pimenta).
Manifestantes param em frente à sede dos Comerciários e protestam (Foto Pimenta).

Estudantes secundaristas e universitários participaram do segundo protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em Itabuna. A manifestação de hoje foi encerrada na Praça Adami, quando os estudantes decidiram que vão fazer outro ato e tentar audiência para a próxima sexta (21), às 9h, com o prefeito Claudevane Leite (Vane do Renascer). A manifestação reuniu mais de 200 pessoas.
Durante o percurso na Avenida do Cinquentenário, os manifestantes interditaram o cruzamento com a Rua Alício de Queiroz e Praça Camacã e protestaram contra o Sindicato dos Comerciários de Itabuna.
Os representantes dos comerciários, sindicato ligado ao PCdoB, votaram favoráveis ao reajuste da passagem de R$ 2,20 para R$ 2,50. “Rabo preso, rabo preso” era o que gritavam os manifestantes, após vaiar cada entidade que votou favorável ao aumento da passagem no Conselho de Transporte de Itabuna, dentre elas o Sindicato dos Rodoviários de Itabuna e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT.
Estudante exibe cartaz com pedido ao prefeito (Foto Pimenta).
Estudante exibe cartaz com pedido ao prefeito (Foto Pimenta).

Com palavras de ordem como “Pula sai do chão/é o roubo do busão” e “Se a passagem aumentar/Itabuna vai parar”, os manifestantes seguiram pela Avenida do Cinquentenário e encerraram o ato na Praça Adami. Cartazes pediam passe-livre e que o prefeito não conceda o reajuste.
Na Praça Adami, representantes de entidades criticaram a possibilidade de aumento. Luadson Sales, representante do Coletivo Fiscal Grapiúna, disse que o reajuste fará com que cada usuário gaste R$ 150,00 por mês com passagem. “É pegar ônibus para trabalhar ou trabalhar para pegar ônibus?”, questionou.
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Manifestantes interditaram ponte da BA-001 por quatro horas (Foto Atitude em Una).
Manifestantes interditaram ponte da BA-001 por quatro horas (Foto Atitude em Una).

Dezenas de pessoas participaram de manifestação contra a violência em Una, sul da Bahia, hoje, após o assassinato do mototaxista Antônio Santos Silva, conhecido como Tonhe, ontem à noite. No protesto deste sábado, os manifestantes fecharam a ponte que liga o município a Canavieiras (BA-001).
Os bandidos solicitaram uma corrida. Dois mototaxistas foram atender o chamado. Antônio “Tonhe” decidiu reagir ao descobrir que ele e o colega caíram numa cilada. Os assaltantes levaram as duas motos e dispararam contra Tonhe, que morreu a caminho do hospital de Una.

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Deputados oposicionistas participaram de protesto em Ilhéus (Foto Marcos Souza/Pimenta).
Deputados oposicionistas participaram de protesto (Foto Marcos Souza/Pimenta).

O protesto dos produtores e trabalhadores rurais hoje, em Ilhéus, reuniu, também, deputados que integram o bloco de oposição na Assembleia Legislativa baiana. Leur Lomanto e Pedro Tavares, ambos do PMDB, Augusto Castro (PSDB), Coronel Santana (PTN) e Sandro Régis (PR). Os parlamentares defendem a adoção de preço único e endossaram os protestos contra a importação de cacau por parte das indústrias instaladas em Ilhéus.
O deputado Sandro Régis, que também é produtor, lamentou o papel de “coadjuvante” hoje jogado pela lavoura cacaueira baiana. O tucano Augusto Castro, além do preço mínimo para o cacau, também defende renegociação de dívidas em melhores condições para os produtores.

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Reunião discutiu detalhes do protesto
Reunião discutiu detalhes do protesto

O protesto que agricultores sul-baianos planejam fazer no próximo dia 5, a partir das 9 horas, no Porto de Ilhéus, deverá entrar para a história como a primeira forte reação contra a importação de cacau livre de maior controle por parte do governo. A categoria defende restrições para conter a queda do preço do produto no mercado interno, bem como das cotações em bolsa.
Detalhes da manifestação –  que será realizada propositalmente quando um navio com 5 mil toneladas de cacau, procedente de Gana, estará no porto -, foram discutidos nesta quarta-feira, 27, em uma reunião dos produtores no Centro de Pesquisa do Cacau (Cepec). Entre os participantes, estava o diretor-presidente do Instituto Biofábrica de Cacau, Henrique Almeida.
Um dos pontos que ficou definido é que, durante a manifestação, sacos de cacau serão queimados para simbolizar o protesto contra a importação. Segundo os cacauicultores, mesmo com a produção em alta – 137 mil toneladas na safra 2011/2012 -, a maior parte do cacau colhido permanece estocada em depósitos, enquanto as indústrias moageiras continuam importando.
O presidente do Instituto Pensar Cacau (IPC), Águido Muniz, espera que o governo interceda pelos produtores. “Esperamos que o governo cumpra sua missão de mediador entre produtores e indústria, estabelecendo dispositivos para dar equilíbrio à relação entre produção e demanda”, apela o cacauicultor. Com informações do Mercado Cacau

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Indignados com uma manobra das indústrias moageiras, que estariam deixando de comprar o cacau nacional e, assim, afetando o preço do produto, cacauicultores sul-baianos planejam realizar um protesto no próximo dia 5, a partir das 9 horas, no Porto do Malhado, em Ilhéus. Na ocasião, deverá estar atracado no terminal portuário um navio caregado com 5 mil toneladas de cacau proveniente de Gana.
O objetivo da manifestação é forçar o Governo Federal a adotar medidas de controle da importação, que prejudicaria o cacau produzido no país. Segundo os cacauicultores, a safra 2012/2013 na Bahia alcançou 137 mil toneladas, mas grande parte da produção se encontra armazenada em depósitos.
O boicote das indústrias, de acordo com os produtores, gera deságio sobre a cotação das amêndoas na Bolsa de Nova York e também derruba os preços no mercado interno. Nesta semana, o produto está sendo comercializado de R$ 58 a R$ 60 no eixo Ilhéus Itabuna. As informações são do site Mercado Cacau.