Tempo de leitura: < 1 minuto

A cúpula do PSDB baiano estará em Itabuna, na próxima sexta, 19, para inauguração da nova sede tucana em Itabuna. A nova sede funcionará na Rua Manoel Fogueira, 43, próximo ao Hotel Distak. A inauguração está prevista para as 18h30min e reunirá, além dos figurões tucanos na Bahia, deputados, prefeitos e vereadores.

Tempo de leitura: 5 minutos

Gabrielli durante evento em Itabuna (Foto Marcos Souza/Pimenta).
Gabrielli em Itabuna (Foto Marcos Souza/Pimenta).

O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli disse que os ataques da oposição ao período em que ele comandou a estatal do petróleo têm como foco não a disputa estadual de 2014, da qual se revela pretendente a sucessor do também petista Jaques Wagner. O alvo, para ele, é a gestão da presidente Dilma Rousseff.
– Essa é uma questão nacional que nada tem a ver com a disputa local. É nacional, em relação à Petrobras. O PSDB e a oposição ao Governo Dilma estão querendo bombardear a Petrobras, e não a minha gestão. O foco não sou eu – disse em entrevista ao PIMENTA.
Gabrieli diz que a empresa saiu de um lucro médio de R$ 1,1 bilhão com os tucanos, em 2002, para R$ 25 bilhões sob o período Lula-Dilma Rousseff. E aproveita para se capitalizar. “Os cinco maiores lucros obtidos pela Petrobras foram sob a minha direção”. Para ele, os tucanos “estão falseando a realidade” financeira da Petrobras.
O secretário é um dos nomes petistas na disputa à sucessão do governador Jaques Wagner. Gabrielli é apontado como o queridinho de Lula ante nomes como os de Walter Pinheiro e Rui Costa, este último com o apoio de Wagner.
Também de olho em 2014, o homem do Planejamento iniciou périplo pelo estado há dez dias. O pretexto é discutir problemas e soluções nos quase 30 territórios de identidade da Bahia. De quebra, aproveita para vitaminar o próprio nome, colocando-se em contato com líderes políticos e comunitários, a exemplo do que ocorreu em Itabuna, no projeto “Diálogos Territoriais”, com a companhia dos deputados Geraldo Simões e Rosemberg Pinto, que defendem o nome de Gabrielli na sucessão estadual.
Confira a entrevista.
Blog Pimenta – Como esta série de diálogos pode ser útil à sociedade e ao governo?
José Sérgio Gabrielli – Esse Diálogo permite troca de opiniões sobre o que foi feito e qual é a visão que o seu território tem dos seus principais problemas. Isso vai fazer com que nós processemos essas informações e reorientemos as ações de governo, além de observar no que essa reorientação pode implicar nas ações da gestão.
BP – O que foi identificado de deficiências na atuação do Estado no Território Litoral Sul?
JSG – Senti muito uma visão de que o governo está fazendo as obras estruturantes, que as grandes questões estão sendo tratadas pelo governo, mas há uma diferença entre os pequenos e os grandes municípios da região. O governo está precisando dar um pouco mais de atenção a essas questões internas do Litoral Sul, especialmente aos municípios menores.
gabrielli jan1 foto marcos souza www.pimenta.blog.br

PORTO SUL – Esse processo não está parado, está em andamento. Está mais lento que nós gostaríamos, mas não está parado.  [A lentidão] É resultado da legislação brasileira e da ação do Ministério Público Federal.

BP – A lentidão no andamento do projeto Porto Sul tem sido ponte de fortes críticas ao governo. A Bamin reivindica a cessão da área do terminal privativo. Por que essa cessão não ocorreu até agora?
JSG – Olha, existe um processo de licenciamento ambiental que está sendo contestado pelo Ministério Público Federal e pelos órgãos ambientais. Pontos foram defendidos, foram feitas várias audiências. A licença-prévia saiu e temos que atender uma série de condicionantes.  Esse processo não está parado, está em andamento. Está mais lento que nós gostaríamos, mas não está parado.  [A lentidão] É resultado da legislação brasileira e da ação do Ministério Público Federal.
BP – A cessão não pode ocorrer enquanto não sair o licenciamento?
JSG – Na licença-prévia, você tem uma série de condicionantes, que estão sendo encaminhadas. Eu não concordo com a ideia de que estamos parados. Gostaríamos de maior rapidez, mas temos limitações que fogem ao nosso controle.
BP – Agora, falando de processo eleitoral: o PT fez reunião para discutir 2014 e o nome do senhor está incluído.
JSG – Mais importante que os nomes, o PT reafirmou a legitimidade de ter um candidato a governador. Essa é a questão central. Vamos maturar os nomes e o processo de definição.  Acho que está muito cedo para definir quem é o nome, mas o partido reafirmou, corretamente, que tem condições políticas para dar continuidade ao governo Wagner, que é do PT, e vem conduzindo de forma magnânima a ampla a base de sustentação.
Gabrielli foto Marcos Souza jan2 www.pimenta.blog.br

 

Elegemos 92 prefeitos na Bahia, temos as maiores bancadas de deputados. Por isso, [o PT] tem toda a legitimidade e vários nomes a ofertar para ser o sucessor de Wagner.

 
 
BP – E a viabilidade?
JSG – O PT tem viabilidade eleitoral porque teve um milhão de votos a mais que o segundo partido mais votado na disputa a prefeito [em 2012] no Brasil, elegemos 92 prefeitos na Bahia, temos as maiores bancadas de deputados estaduais e federais. Por isso, [o PT] tem toda a legitimidade e tem vários nomes a ofertar para ser o sucessor de Wagner.
BP – Falando do senhor, o bombardeio contra os resultados da sua gestão na Petrobras não seriam um complicador na pretensão de ser o nome do PT?
JSG – Olha, essa é uma questão nacional que nada tem a ver com a disputa local. É nacional, em relação à Petrobras. Acho que o PSDB e a oposição ao Governo Dilma estão querendo bombardear a Petrobras, e não a minha gestão. O foco não sou eu.

Gabrielli foto Marcos Souza jan2 www.pimenta.blog.brA Petrobras não está em crise. Uma empresa que teve R$ 21 bilhões de lucro em 2012, [projeta] 236 bilhões de dólares de investimentos para os próximos anos e está produzindo 300 mil barris/dia no pré-sal não pode ser caracterizada como empresa em crise.

 
BP – Mas não refletiria no nome do senhor e nas suas pretensões?
JSG – Eu venho afirmando claramente que a Petrobras não está em crise, não está com problemas. Uma empresa que teve R$ 21 bilhões de lucro em 2012, [projeta] 236 bilhões de dólares de investimentos para os próximos anos, que está fortemente caminhando para crescer na produção e já está produzindo 300 mil barris por dia no pré-sal não pode ser caracterizada como uma empresa em crise. Essa é a questão central. Estão falseando a realidade [da Petrobras].
BP – Como se explica o fato de a empresa deixar de ser a de maior valor do Brasil?
JSG – Mas ela foi a de maior valor comigo. Os cinco maiores lucros obtidos pela Petrobras foram sob a minha direção. Eles estão comparando com 2008, quando eu era presidente. Por que não comparam com 2002, quando eles mandavam na Petrobras e o lucro era de R$ 1,1 bilhão e, agora, o lucro médio dos últimos anos é de R$ 25 bilhões?
BP – Retornando à disputa de 2014, o senhor acha que o nome a ser escolhido na base terá como vencer diante das insatisfações regionais com o governo estadual?
JSG – Olha, as eleições de prefeito demonstraram que o PT teve um milhão e 100 mil votos na Bahia. O PMDB elegeu pouco mais de 40 prefeitos, o PSDB elegeu 9. A base do governo elegeu 340 prefeitos. Então, não vejo como o eleitor está demonstrando que é contra o governo.

Tempo de leitura: < 1 minuto

ACM Neto descartou o Palácio de Ondina em 2014, mas as pesquisas...
ACM Neto descartou Ondina em 2014, mas as pesquisas…

Deputados de oposição ao Governo Wagner partiram em romaria ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), na última terça, 12. Ouviram o prefeito, mas a visita tinha, na verdade, o intuito de saber das intenções dele quanto à sucessão de Jaques Wagner.
Neto – estrategicamente, talvez – disse que seus planos para 2014 passam longe do Palácio de Ondina. O foco dele é outro palácio, o Thomé de Sousa, onde pretende ficar até 2016. E, quem sabe, disputar a reeleição.
A oposição considera o prefeito de Salvador o nome mais viável para fazer frente à candidatura governista e a pontinha de esperança dos oposicionistas vem das pesquisas. Em geral, elas mostram que há espaço para a oposição.
O deputado tucano Augusto Castro, por exemplo, cita levantamento em Itabuna que confere quase 40% das intenções de voto, na estimulada, para o neto de Antônio Carlos Magalhães, dado que não difere muito do quadro em todo o Estado. “Essa é a nossa esperança [trunfo]”, diz Castro.
Outros nomes no tabuleiro oposicionista são os de José Ronaldo (DEM), prefeito de Feira de Santana e agora no terceiro mandato, e João Gualberto (PSDB), ex-prefeito de Mata de São João. Outras alternativas: o tucano Antônio Imbassahy e o peemedebista Geddel Vieira Lima.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Por falar em possíveis dobradinhas (ver nota abaixo), outra que se cogita é entre o atual presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães, do PCdoB, com o deputado estadual Augusto Castro (PSDB). O assunto foi tratado com bastante entusiasmo num encontro ocorrido neste sábado, 22, entre o vice-prefeito de Itabuna, Wenceslau Júnior, e o próprio deputado.

Magalhães deverá disputar cadeira na Câmara Federal.

Tempo de leitura: 2 minutos

sócrates santanaSócrates Santana | soulsocrates@gmail.com

É como narra o escritor José Saramago no antológico O evangelho segundo Jesus Cristo sobre o maniqueísmo cristão: “Este bem que eu sou não existiria sem esse mal que tu és”.

A metáfora – nuvem de poeira – do governador Jaques Wagner levanta do subterrâneo da política, crônicas de uma guerra particular entre tucanos e petistas. A verborragia de dos dois ex-presidentes, FHC e Lula, reaparece de maneira extenuante com o paulatino crescimento de novas forças e alianças de poder no Brasil. A ascensão do PSD de Gilberto Kassab, bem como o despontar do PSB de Eduardo Campos e o prelúdio de uma rebelião peemedebista orquestrada de dentro do Palácio da Alvorada, reposiciona os mísseis de petistas e tucanos contra si.

A dicotomia entre PSDB e PT vem sendo corroída ao longo dos anos. O próprio jogo sucessório, a repetição dos discursos e a assustadora convergência de interesses entre personagens antes inconciliáveis, a exemplo de ACM e FHC, Paulo Maluf e Lula, diminuiu a distinção ética entre os dois partidos pelo próprio curso da história de quem governa e de quem faz oposição. Ora, é obvio que as diferenças continuam vivas, mas, o esforço argumentativo para estabelecer o antagonismo entre ambos vem sendo o grande desafio das agências de publicidade.

Apesar do freqüente enfoque negativo da opinião publicada, ainda resta aos petistas à vantagem de quem dirige o país. De quem pode cartear, impor regras e criar artifícios para enfraquecer o principal oponente, mas, nunca eliminá-lo. É como narra o escritor José Saramago no antológico O evangelho segundo Jesus Cristo sobre o maniqueísmo cristão: “Este bem que eu sou não existiria sem esse mal que tu és”.

O outro lado da moeda, obviamente, é tucano. Com a permissividade petista, Aécio Neves é inflado a lançar candidatura à presidência. É evidente que os efeitos colaterais são inevitáveis. O arsenal do PSDB vem acompanhado de uma avalanche de ataques e, inclusive, demarcações de projetos e interesses, a exemplo do embate sobre a redução das taxas de energia elétrica no país.

Enclausurados no ninho paulista por uma década, o PSDB insurge de um empoeirado cômodo carioca. O mistério dos bastidores é assistido pela alta cúpula do PT, sem perder de vista a articulação movediça de aliados, cada vez menos confiáveis, cada vez mais arredios. A guerra fria entre PT e PSDB, portanto, interessa a ambos os lados.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense

 

Agora, com o “mensalão tucano” entrando na pauta do STF, a grande imprensa tem a oportunidade de mostrar para seus leitores que não é tucana (ou atucanada).

 

O PT se queixa de uma implacável perseguição da chamada “grande imprensa”. O tripé oposicionista, segundo os petistas, é formado pelos jornais Folha de São Paulo, Estadão e o Globo.

Saltam aos olhos que os três jornalões não conseguem despistar o antipetismo encravado nos editoriais, como se o partido do ex-presidente Lula fosse o único integrante do prostituído sistema político.

A declaração da presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito – “os meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista” –, deixou os petistas irritados.

A sinceridade de Judith, que é também diretora-superintendente do Grupo Folha, canaliza para a óbvia conclusão de que a oposição, com o PSDB, DEM e o PPS, está fragilizada.

Agora, com o “mensalão tucano” entrando na pauta do STF, a grande imprensa tem a oportunidade de mostrar para seus leitores que não é tucana (ou atucanada).

É bom lembrar que essa sistemática perseguição só está acontecendo porque o PT, como disse o jornalista Mino Carta, perdeu a linha. Demoliu seu passado honrado.

PS – “Há heróis indiscutíveis na trajetória da esquerda brasileira, poucos, a bem da sacrossanta verdade factual. No mais, há inúmeros fanfarrões exibicionistas, arrivistas hipócritas e radical-chiques enfatuados. Nem todos pareceram assim de saída, alguns enganaram crédulos e nem tanto. Na hora azada, mostraram a que vieram. E se prestaram a figurar no deprimente espetáculo que o PT proporciona hoje, igualado aos herdeiros traidores do partido do doutor Ulysses, ou do partido do engenheiro Leonel Brizola, obrigados, certamente, a não descansar em paz”. (Mino Carta).

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Matéria publicada nesta terça-feira, 6, no jornal O Globo revela que caciques do DEM já se assanham para os lados do PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Após a vitória de ACM Neto, em Salvador, partido já iniciou as discussões sobre os rumos que tomará para chegar a 2014.

Uma das propostas mais defendidas no DEM é a de atacar a polarização entre PT e PSDB, aproximando-se do PSB e de outros interlocutores.

O partido do governador pernambucano é visto como alternativa natural, por ser o único com uma possível candidatura capaz de rivalizar com tucanos e petistas.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Da coluna Painel (Folha de SP)

Lá e cá – O tucano Aécio Neves (MG) sai em defesa do DEM, aliado vital a seu projeto presidencial: “ACM Neto foi o gigante da eleição. Até porque enfrentou campanha de baixa estatura”, diz, em alusão ao ataque de Dilma ao prefeito eleito de Salvador.

Tempo de leitura: 2 minutos

Sócrates Santana | soulsocrates@gmail.com

A ascensão do PSB nas cidades mais pobres do país simboliza também a redescoberta de uma quarta força partidária no Brasil, antes ocupada pelo metafisico DEM/PFL, reanimado com a vitória em Salvador e Aracaju.

Não existe mais uma pedra no meio do caminho do senador Aécio Neves. Ao menos, no PSDB. Afinal de contas, a derrota de José Serra não significou apenas a vitória do PT em São Paulo. Representou o término de um ciclo paulista no ninho tucano, onde a mensagem de despedida dos serristas à presidência passou de um até logo para um adeus melancólico das urnas do seu principal reduto eleitoral. “A festa acabou”, diria o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, que comemoraria hoje – se vivo fosse – 110 anos.

Em Minas Gerais, o PSDB venceu em 143 municípios, enquanto o PT elegeu 114 e o PMDB 119 prefeituras. Mas, restou ao PSB do governador pernambucano Eduardo Campos a cereja do bolo: Belo Horizonte. Com o apoio de Aécio Neves, o prefeito reeleito Márcio Lacerda (PSB) derrotou o ex-ministro Patrus Ananias (PT), apoiado pela presidenta Dilma Rousseff. Mas, a única cidade acima de 200 mil eleitores governada pelo PT a partir de 2013 em território mineiro será Uberlândia.

A disputa na capital mineira serviu como uma prévia da eleição presidencial de 2014. De um lado, a aliança entre o PSDB e o PSB. Do outro, a manutenção de um casamento temerário entre PT e PMDB. Fora da disputa, após perder a eleição municipal para Fernando Haddad (PT), o ex-presidenciável José Serra, com a chave na mão, “quer abrir a porta”, mas, “não existe porta”, porque, Aécio Neves levou para Minas Gerais.

O deslocamento político do ninho tucano para Minas Gerais é acelerado na mesma medida que ocorre também um reposicionamento da hegemonia petista do nordeste de volta para o eixo sul do país. Dos eleitores a serem governados por prefeitos petistas a partir de janeiro, a maioria absoluta (51%) estará no Estado de São Paulo. Além da capital, o partido ganhou em municípios de peso na Região Metropolitana, como Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo.

Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto

Em números absolutos, o Partido dos Trabalhadores sai vitorioso das eleições municipais de 2012 na Bahia. A sigla elegeu o maior número de prefeitos no estado, com vitória em 93 municípios. Presidido no estado pelo vice-governador Otto Alencar, o recém-criado PSD é o segundo colocado, com 73 prefeitos eleitos, seguido pelo PP, legenda do atual prefeito da capital baiana, João Henrique, com 52 gestores.

O DEM ocupa a 10ª posição no ranking de prefeituras conquistadas nas urnas este ano: foram nove – mesmo número alcançado pelo PSDB. Mas o Democratas derrotou o PT nos dois maiores colégios eleitorais do estado: Salvador, com ACM Neto e Feira de Santana, com José Ronaldo. Aliado do DEM na capital, o PMDB é o quarto colocado com 44 prefeituras, seguido de perto pelo PDT do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo, que elegeu 43 gestores.

O PSB da senadora Lídice da Mata fez 28 prefeitos na Bahia e o PCdoB da vereadora e ex-candidata a vice-prefeita de Salvador Olívia Santana saiu vitorioso em 13 municípios. Informações do Bahia Notícias.

Tempo de leitura: 3 minutos

Marco Wense

Como não bastasse um leão desdentado ou, então, com caninos e incisivos inofensivos, o PSDB e o DEM têm que enfrentar uma aprovação recorde do governo Dilma Rousseff.

O oposicionismo ao governo Dilma, tendo na linha de frente o PSDB e o DEM, vibrou com a notícia de que o julgamento do mensalão seria concomitante com o processo sucessório municipal.

Tucanos e democratas comemoraram como se já fosse uma vitória antecipada de seus pré-candidatos a prefeito, principalmente nas grandes capitais, com destaque para São Paulo.

A possibilidade de figuras importantes do PT serem condenadas e, com efeito, massacradas publicamente, como, por exemplo, um José Dirceu, deixou a oposição confiante, embevecida.

Em tempo, a ex-cúpula poderosa do PT, formada por José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, respectivamente ex-ministro da Casa Civil, ex-presidente do partido e ex-tesoureiro da legenda, foi condenada pelo STF por crime de formação de quadrilha.

O escândalo do mensalão seria uma espécie de tábua de salvação para uma oposição fraca e comprovadamente incompetente. Sem falar na arrogância e na soberba dos tucanos da Avenida Paulista.

Ledo engano. O mensalão, não menos e nem mais escandaloso do que a compra de votos para aprovar a PEC da reeleição no então governo FHC, mostrou-se, digamos, como um leão desdentado.

O jornalista Fernando Rodrigues tem razão quando diz que “o PT sairá das urnas como o grande vencedor nas cidades com mais de 200 mil eleitores, podendo levar pela terceira vez a joia da coroa, São Paulo”.

Como não bastasse um leão desdentado ou, então, com caninos e incisivos inofensivos, o PSDB e o DEM têm que enfrentar uma aprovação recorde do governo Dilma Rousseff.

Pois é. Tucanos e democratas estão, como diz o ditado popular, no mato sem cachorro. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. É Dilma incorporando o papel de paladina da justiça e Lula com sua capa de teflon.

WAGNER E 2014

A manifestação de vontade do governador Jaques Wagner, querendo deixar o governo para se candidatar a uma vaga na Câmara Federal, foi comemorada, efusivamente, por dois políticos: Otto Alencar e Geddel Vieira Lima.

Para os gedelistas, a atitude de Wagner é a prova inconteste do seu desinteresse pelo governo. Os otistas, por sua vez, vibram com a possibilidade do chefe assumir o comando do Palácio de Ondina.

Geddel, pelo PMDB, e Otto, pelo PSD, são pré-candidatos a governador na eleição de 2014.

O CARA

Nem o senador tucano Aécio Neves e, muito menos, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Para enfrentar Dilma Rousseff, candidatíssima a um segundo mandato, via instituto da reeleição, só Joaquim Barbosa (foto acima), ministro do Supremo Tribunal Federal – STF.

Depois de jogar duro nos mensaleiros, o eminente ministro passou a ser “o cara”. A bola da vez. O cara retado de bom, como diz o nordestino

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: < 1 minuto

A jornalista e ex-candidata a prefeita de São Paulo Soninha Francine (PPS) concedeu entrevista ao jornal Brasil Econômico e não economizou em críticas ao PT, ao ex-presidente Lula e até a quem admira muito, o ex-governador José Serra:

– O Serra é um cara esquentado e cai muito fácil em provocação. Quando está no front, sai faísca. Mas ele também é estúpido com a imprensa – disse.

Soninha fez leitura da campanha eleitoral em São Paulo e explica por que chamou (?) o petista Fernando Haddad de “filho da p…” em escritos nas redes sociais. Haddad lidera as pesquisas de intenções de voto na disputa em São Paulo, no próximo domingo, 28.

Confira a entrevista de Soninha na íntegra

Tempo de leitura: < 1 minuto

Pesquisa do Instituto Datafolha mostra que o cenário do segundo turno em São Paulo vai se definindo a favor de Fernando Haddad (PT). Finalizado nesta quinta-feira, 18, o levantamento traz o ex-ministro da Educação com 49% das intenções de voto, enquanto José Serra (PSDB) aparece com 32%. Considerados os votos válidos (sem brancos e nulos), Haddad tem 60% e Serra, 40%.

A rejeição ao tucano cresceu bastante com relação à pesquisa feita pelo Datafolha nos dias 5 e 6 de outubro. Em um intervalo de apenas 12 dias, o índice dos que não votariam em Serra de jeito nenhum subiu de 42% para 52%. A rejeição ao petista é de 34%.

Há indicações de que a reprovação ao prefeito Gilberto Kassab (PSD), que apoia Serra, explique em parte o declínio do candidato do PSDB. Outro fator é que Haddad atraiu a maior parcela dos que, no primeiro turno, votaram em Gabriel Chalita (PMDB) ou em Celso Russomano (PRB). Com informações da Folha Online.

Tempo de leitura: 5 minutos

O deputado federal Jutahy Júnior circulou neste final de semana no sul da Bahia em atividades de apoio a candidaturas do arco de alianças do PSDB. Ontem à noite, o parlamentar falou do mensalões do PT e do PSDB mineiro (claro, diferenciando-os), eleições de 2014 e fez avaliação das disputas eleitorais em Ilhéus e Itabuna.

Jutahy vê corrida acirrada pelo voto em Itabuna sendo travada entre o prefeito e candidato à reeleição, Capitão Azevedo (DEM), que tem apoio do PSDB, e Claudevane Leite, Vane do Renascer (PRB).

Para ele, o cenário em Itabuna ficará mais nítido quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) liberar o registro de candidatura de Azevedo, barrado em primeira instância por irregularidades insanáveis em licitações e contratos nos anos de 2009 e 2010.

Jutahy disse que, no geral, o PSDB acertou ao abrir mão de candidaturas próprias a prefeito nos grandes municípios baianos em favor de aliados mais viáveis eleitoralmente, a exemplo de Azevedo em Itabuna. E critica a estratégia petista de nacionalizar a disputa de 2012.

PIMENTA – O PSDB, taticamente, agiu certo ao abrir mão de ter candidaturas próprias a prefeito nos principais municípios da Bahia?

JUTAHY JÚNIOR – A estratégia foi exatamente essa: fortalecer as candidaturas aliadas mais viáveis. Mesmo onde abrimos mão, temos chapas fortes para vereador. Esperamos fazer três vereadores em Itabuna, onde tínhamos nome respeitado para disputar a prefeitura, Ronald Kalid. No geral, nossa estratégia é inversa à do PT, que preferiu nacionalizar as campanhas com o “time” de Lula, Dilma e Wagner.

A estratégia do PT é errada?

O PT cometeu maior equívoco. A [estratégia] é completamente furada. Impuseram candidaturas artificiais, esqueceram de propostas com identidades nas cidades. Achava que só o marketing político era suficiente. Mas é indiscutível que houve desgaste do PT com o mensalão. A imagem foi atingida. Somou-se ao erro de estratégia nacionalizada o mensalão.

No plano nacional, o PSDB lidera em duas capitais, mas não aquelas de grande expressão. As estratégias tucanas também não têm sido equivocadas?

Lideramos em Macéio (AL), Teresina (PI), Vitória-ES, Rio Branco (AC) e São Luís (MA).

O que está acontecendo em São Paulo, com José Serra?

A luta é levar o Serra para o segundo turno. E acho que isso é muito provável, que chegue ao segundo turno.

______________

Na cidade de São Paulo, tem quem o quer, mas também tem o petista e quem é próximo ao PT que tem em Serra o antagonista.

 ______________

Mas ele, segundo as pesquisas, tem rejeição superior a 40%. Como se explica essa rejeição?

Serra foi candidato tendo embates muito fortes. Foi para o segundo turno contra a Dilma em 2010. Foi contra Marta Suplicy em 2004, na disputa pela prefeitura. Na cidade de São Paulo, tem quem o quer, mas também tem o petista e quem é próximo ao PT que tem em Serra o antagonista. Tem o que vota e o que não vota nele. A campanha, dessa vez, é acirrada. É impositiva do Lula no apoio a [Fernando] Haddad. Dilma, também [apoia].

Qual a análise do senhor quanto às disputas em Itabuna e Ilhéus?

A questão de Ilhéus eu não tive participação. Estou mais envolvido com os vereadores. [Os deputados] Imbassahy e Augusto Castro que definiram [apoio a Jabes Ribeiro, do PP]. Já em Itabuna, eu participei diretamente na decisão, no convencimento do diretório municipal, de fazer essa aliança.

E a disputa em Itabuna, que cenário o senhor enxerga?

Em Itabuna, é disputa que ainda está em aberto. Acho que a eleição vai ser entre o Capitão [Azevedo] e Vane. Mas na hora que sair o registro [de Azevedo], teremos cenário mais nítido. Existem muitos eleitores indecisos.

______________

Em Itabuna, estamos muito otimistas [quanto à disputa no legislativo], esperamos fazer três vereadores do PSDB.

______________

Mas as sondagens revelam o contrário: o percentual de indecisos é muito baixo.

Acho que [a disputa] vai ser entre Azevedo e Vane, com boas perspectivas para o capitão. Em Itabuna, estamos muito otimistas [quanto à disputa no legislativo], esperamos fazer três vereadores do PSDB.

Como o PSDB sai das urnas na Bahia?

As projeções são razoáveis no quantitativo. No sentido político, será positivo.  Temos o vice em Conquista, abrimos mão em Salvador e em Camaçari [onde o partido renunciou em apoio a Maurício de Tude, do PTN]. Nossa estratégia foi apoiar, eleger prefeitos eficientes para pensar em 2014. O trabalho [de alianças] que o Augusto tem feito ajudou o PSDB a expandir muito aqui na região sul.

O senhor falou de Itabuna. E Ilhéus?

Jabes é favorito. Isso é indiscutível.

Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto
O tucano Imbassahy anunciará apoio a ACM Neto.

Os resultados da última pesquisa Ibope/Rede Bahia levaram o ex-prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PSDB), a descer do muro e anunciar apoio à candidatura de ACM Neto (DEM). Ontem, o Ibope mostrou salto de 11 pontos de Nelson Pelegrino (PT), que saiu de 16% para 27% ante os 39% de Neto (em 24 de agosto era 40%).

O anúncio de apoio do tucano a ACM Neto será feito em coletiva à imprensa nesta sexta, às 15h, no Hotel Fiesta. O apoio é tratado pela assessoria do prefeiturável como “de grande relevância para a campanha do democrata”.