Tempo de leitura: 2 minutosMarco Wense
O início do processo sucessório é um teatro a céu aberto. No frigir dos ovos, poucos serão candidatos. A maioria é de pré-candidato a candidato a vice-prefeito ou, então, a um cargo no primeiro escalão.
Para facilitar e proporcionar ao eleitor-cidadão-contribuinte um melhor entendimento da sucessão do prefeito Claudevane Leite, vamos distribuir os postulantes em cinco grupos.
Essa didática arrumação, que pode ser alterada a qualquer momento, é o primeiro passo para esclarecer o cada vez mais turvado cenário político-eleitoral.
A indefinição do chefe do Executivo, que continua enigmático em relação ao segundo mandato, se disputa ou não a reeleição, deixa a neblina mais densa.
O início do processo sucessório é um teatro a céu aberto. No frigir dos ovos, poucos serão candidatos. A maioria é de pré-candidato a candidato a vice-prefeito ou, então, a um cargo no primeiro escalão.
O engraçado é que o toma-lá-dá-cá só é vergonhoso, só é repugnante quando parte do eleitor para o candidato. Entre os senhores políticos é tudo normal, faz parte do jogo e da desenfreada luta pelo poder.
Deixando o alcaide de fora, vamos para os grupos: 1) Davidson Magalhães e Roberto José. 2) Fernando Gomes, Geraldo Simões e Azevedo. 3) Carlos Leahy, Antônio Mangabeira e Leninha Duarte. 4) Augusto Castro. 5) PSOL, PCB e o PSTU.
Grupo 1 – Representa os pré-candidatos do Centro Administrativo Firmino Alves. Davidson Magalhães, deputado federal pelo PCdoB, disputa com Roberto José, secretário de Transporte e Trânsito, o apoio de Vane. Uma composição entre eles é tida como improvável. A legenda do prefeito, o PRB, sob a batuta da Igreja Universal, já descartou qualquer possibilidade de apoiar o comunista. Tudo caminha para um inevitável e iminente racha, com a prefeitura virando um barril de pólvora.
Grupo 2 – São os ex-prefeitos querendo ser novamente prefeito. Fernando Gomes atrás do quinto mandato, Geraldo Simões do terceiro e Azevedo do segundo. Em comum o receio de que o discurso da mudança, de que é preciso renovar, possa provocar estragos nas suas pretensões políticas.
Grupo 3 – Leninha Duarte já ensaiou candidatura em outras eleições. O ex-presidente da CDL, Carlos Leahy, trabalhou no então governo Azevedo como secretário de Indústria e Comércio. Quem realmente protagoniza a verdadeira mudança é, sem dúvida, o médico Antônio Mangabeira (PDT).
Grupo 4 – Augusto Castro, até mesmo por ser deputado estadual pelo PSDB, é quem mais encarna o oposicionismo, principalmente ao PT e, por tabela, ao governo do Estado. Como o prefeito de Itabuna é aliado do governador Rui Costa, o tucano faz oposição ao governo municipal. Vale ressaltar que Fernando Gomes e Azevedo podem pertencer a este grupo.
Grupo 5 – São os prefeituráveis de legendas de pouca ou quase nenhuma representatividade no Congresso Nacional.
O traiçoeiro mundo da política pode trazer junções inimagináveis, como uma inusitada aproximação entre Fernando Gomes e Geraldo Simões ou, quem sabe, um civilizado pacto de não-agressão.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.