Motociclistas são flagrados fazendo racha em rodovia federal
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Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagraram duas motocicletas “disputando” uma corrida, o chamado “racha”, e realizando manobras perigosas entre outros veículos. O flagrante ocorreu a partir do Km 80 da BR-367, em Eunápolis, extremo-sul da Bahia, na segunda-feira (16).

Os policiais avistaram as motocicletas em alta velocidade e só conseguiram fazer intercepção depois de cinco minutos de perseguição pela rodovia federal. Durante a fuga, os motociclistas fizeram  ultrapassagens proibidas em diversos pontos da BR.

De acordo com a PRF, durante o “racha” o condutor da CG 160 Fan se equilibrava na moto com os dois pés para trás e deitado sobre o banco, além de segurar o guidom com apenas uma das mãos. A motocicleta também estava sem retrovisor.

Em dado momento, os motociclistas transitaram na rodovia com uma moto ao lado da outra. Para evitar uma colisão frontal, o condutor de um carro que seguia em sentido contrário foi obrigado a desviar.  A velocidade chegou a atingir 130 km/h, quando a equipe, finalmente, conseguiu parar um dos infratores na localidade do Delta Park.

Questionado, o jovem de 19 anos confessou que disputava o “racha” com seu primo, para verificar qual das duas motocicletas desenvolvia maior velocidade na rodovia.

Ele foi preso por disputa de corrida e apresentado na delegacia da Polícia Civil de Eunápolis, além de ser autuado em flagrante foi multado em quase R$ 8 mil pelas diversas infrações que cometeu.

O crime está previsto no art. 308 do CTB e prevê penas entre 6 meses a 10 anos de prisão, além de suspensão da CNH. O outro motociclista conseguiu escapar, mas deve ser identificado e punido.

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Regiane e Fernando saíam de um restaurante quando foram atingidos pelos carros do “pega”

Adriano Barreto e Thadeu Oliveira foram condenados, no final da noite desta quarta (15), a cumprir pena de 16 anos de prisão em regime fechado pela morte dos jovens Regiane Cássia Vitório e José Fernando Bispo. Adriano e Thadeu participavam de um “pega” em 14 de março de 2010, na Avenida Lomanto Júnior, no Pontal, em Ilhéus, quando provocaram o acidente, matando Regiane e José Fernando.

O julgamento durou mais de 12 horas, quando, ao final, o Tribunal de Júri deu o veredito, no Fórum Epaminondas Berbert de Castro. O júri foi presidido pelo titular da 1ª Vara do Júri de Ilhéus, Gustavo Henrique Almeida Lyra, tendo o advogado Jacson Cupertino na acusação, além das promotoras Giovana Barbosa e Darluse Ribeiro.

Regiane e José Fernando saíam de uma festa do Restaurante Boca du Mar, na Lomanto Júnior. Eles estavam em um Gol Volkswagen e foram atingidos pelos veículos que participavam do “pega”. Adriano dirigia uma picape GM Montana e Thadeu um VW Golf. Conforme as investigações, ambos provocaram uma série de colisões que resultou nas mortes. Regiane faleceu na hora e Adriano morreu 10 dias depois.

Adriano foi preso logo após o acidente, enquanto Thadeu somente se apresentou à justiça um ano e meio depois, após ter fugido do Hospital Geral Luiz Viana Filho, ficar foragido e ter pedidos de habeas corpus negados por todas as instâncias do Judiciário, inclusive o Supremo Tribunal Federal (STF).

A defesa de Adriano Barreto e Thadeu Oliveira foi feita pelo advogado Cosme Araújo. Ele sustentava a tese de que os réus não tinham a intenção de matar, mas não obteve sucesso. No trânsito, quem comete “pegas”, sob a luz do Código de Trânsito, assume essa intenção.