Jorge Caetano entrevista o Rei Pelé || Foto Arquivo Pessoal
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– Jorge Caetano, você viu que cacete? – pergunta o narrador Paulo Kruschewsky.

Até hoje não se sabe ao certo a informação de Jorge Caetano, mas segundo a galera do radinho de pilha colado ao ouvido, ele teria dito:

– Vi, sim, Paulo Kruschewsky, estava em cima dele!

Walmir Rosário

Itabuna e Ilhéus possuíam vários times, todos recheados de craques. Isto quase todos sabem. Entretanto, poucos conhecem os craques dos microfones esportivos daquela época. Eram muitos e bons, afirmo com toda a tranquilidade. E um deles era (e é) Jorge José Caetano Neto, ou simplesmente Jorge Caetano, que atuou durante anos na reportagem de campo e na narração de jogos, o que ainda faz até os dias de hoje.

E pra começo de conversa, Jorge Caetano foi revelado em Ilhéus, onde morava, e passou a integrar a equipe da Rádio Bahiana, inicialmente como plantonista, depois como repórter. E o início foi obra do acaso e das boas amizades. Um belo dia, o empresário Moisés Bohana, que tinha sido colega de escola, perguntou se queria trabalhar na emissora. Não deu outra, começou no dia seguinte, para ganhar experiência.

Com o traquejo, pouco tempo depois passou para a Rádio Jornal de Ilhéus (hoje Santa Cruz), de Osvaldo Bernardes, já como repórter esportivo. E por lá foi ampliando os conhecimentos, tanto que em pouco tempo já era um disk joquei. Nessa época conheceu o radialista Seara Costa, com quem passou a formar dupla. E o rádio ilheense parecia um zoológico, dada a quantidade de “feras” no microfone.

Djalma e o irmão Fernando Costa Lino, Armando Oliveira, o futuro governador Paulo Souto, Juarez Oliveira, Paulo Kruschewsky, eram as figurinhas carimbadas com os quais passou a dialogar no rádio esportivo ilheense. Em 1970 é aprovado num concurso da Ceplac e conhece o radialista Geraldo Santos (Borges), que lhe abriu caminho no rádio itabunense, onde predominavam profissionais de altíssimo nível.

Nessa época se transfere para a Rádio Jornal de Itabuna e o diretor Waldeny Andrade o escala para substituir Geraldo Santos, ocupado com o mestrado no Rio de Janeiro. De início, como era costume, passou a narrar em companhia de Cordier, cada qual um dos tempos dos jogos. E nesta época trabalhou lado ao lado de Nílson Rocha, Lucílio Bastos, Lima Galo, Orlando Cardoso, Ramiro Aquino e outros craques do microfone esportivo.

E Jorge Caetano viveu muitas histórias nas transmissões esportivas nos campos do interior baiano. Certa feita, em Maracás, foi transmitir o jogo das seleções de Itabuna e a local. Sem saber, o sinal da rádio Difusora, para quem narrava, estava sendo retransmitido para o serviço de sonorização da cidade. De repente, o céu escurece e cai um toró. Como a chuva não parava, o campo se transformou num imenso lamaçal.

Desconhecendo que toda a cidade o escutava pelo serviço de som, passou a falar das péssimas condições do campo. De repente, ouve o pipocar de fogos. E Jorge Caetano pensava que a torcida apenas comemorava a entrada de sua seleção em campo. Mas como os fogos vinham na direção da equipe da Rádio Difusora, se deu conta que seus comentários sobre o gramado mexeu nos brios da população local.

Jorge Caetano em seu estúdio em Itajuípe || Foto Walmir Rosário

Após se casar, Jorge Caetano passa a residir em Itajuípe e continua a trabalhar no rádio esportivo. Com o tempo, se elege vereador, se torna presidente do Legislativo e passa a ser tratado pelos colegas – no ar – como o Repórter Presidente. Certa feita, viaja a Santo Antônio de Jesus com o narrador Orlando Cardoso, para transmitir uma partida entre o Leônico e Itabuna pelo Torneio de Acesso.

Só que o ônibus em que viajaram não entrava na cidade e desembarcaram na BR-101, com enormes sacolas de equipamentos. Aquela seria a última narração esportiva de Orlando Cardoso. Enquanto caminhavam em direção à cidade, comentavam a cena que viviam: dois radialistas e vereadores tendo que transportar aquela bagagem, por não atentarem para o itinerário do ônibus, até que uma providencial carona os salvaram dos fardos.

As transmissões do Campeonato Intermunicipal eram antecedidas por verdadeiras batalhas radiofônicas, insuflando a rivalidade entre os torcedores. Certa feita, numa partida entre os selecionados de Itajuípe e Coaraci, a animosidade se agravou. E os torcedores de Coaraci prepararam a vingança jogando pedaços de melancia, sendo que um delas bate na cabeça de Jorge Caetano.

Noutra feita, num jogo entre Cachoeira e Itajuípe, ao chegar ao estádio, um torcedor grita: olha, seu “fdp” se você gritar um gol aqui eu te jogo dentro do rio. Quando Jorge Caetano se dá conta, estava localizado no final da arquibancada, quase em cima do muro e o rio logo abaixo. A Seleção de Itajuípe ganhou por três a zero ele teve que narrar o jogo bastante apreensivo.

Todo o radialista, ao se preparar para a área esportiva, um dos métodos mais fáceis é se inspirar nos colegas famosos. E com Jorge Caetano não foi diferente. Mesmo não gostando de imitar, ouvia com atenção José Carlos Araújo, César Rizzo, Edson Mauro, Orlando Cardoso e Geraldo Santos, e às vezes até puxava nuances do estilo de cada um deles para sedimentar um estilo próprio.

Já com bastante experiência, um lance deixou o repórter Jorge Caetano bastante famoso. Jogavam no estádio Mário Pessoa Flamengo e Colo-Colo de Ilhéus. E o atacante do Flamengo, Parará, dribla dois zagueiros do Colo-Colo e dá um chute violento em direção ao gol, que passa raspando a trave. E então o narrador Paulo Kruschewsky aciona o repórter Jorge Caetano para completar a informação.

– Jorge Caetano, você viu que cacete? – pergunta o narrador.

Até hoje não se sabe ao certo a informação de Jorge Caetano, mas segundo a galera do radinho de pilha colado ao ouvido, ele teria dito:

– Vi, sim, Paulo Kruschewsky, estava em cima dele!

Mas garante Jorge Caetano, que a frase correta teria sido:

– Vi, sim, Paulo Kruschewsky, estava em cima do lance!

E essa passagem notabilizou Jorge Caetano para o resto da vida, que se orgulha de ter entrevista Pelé e outros grandes jogadores brasileiros. Atualmente Jorge Caetano se divide entre o site http://www.webnewssul.com.br/; a apresentação de um programa às segundas-feiras, ao meio-dia, na FM 91,2; e o programa A Agenda da Cidade e transmissões esportivas na rádio web Pitangueiras FM.

Walmir Rosário é radialista, jornalista, advogado e autor d´Os grandes craques que vi jogar: Nos estádios e campos de Itabuna e Canavieiras, disponível na Amazon.

Augusto: "o que aconteceu em Itabuna no últimos 30 anos?"
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A população itabunense voltou a ser castigada pelas fragilidades da infraestrutura urbana diante das chuvas trazidas pela Zona de Convergência do Atlântico Sul, nesta semana. Para o prefeito Augusto Castro (PSD), Itabuna paga conta acumulada há três décadas, período em que, segundo ele, as gestões municipais não investiram nas soluções urbanísticas necessárias para mitigar os efeitos das tempestades.

– O que aconteceu em Itabuna nos últimos 30 anos? Existia um populismo muito grande. Não se trabalhou gestão, não se trabalhou planejamento de urbanismo – declarou o prefeito, neste sábado (19), em entrevista ao Frequência Política, da Rádio Difusora de Itabuna.

O mandatário avaliou o desempenho da própria gestão ao lidar com os efeitos das chuvas. “A gente está equipando a Defesa Civil. Nós temos, hoje, uma equipe eficiente para poder ir às ruas da cidade. A Prefeitura conseguiu dar resposta. Nós temos feito limpeza de canais”, disse, acrescentando que Itabuna tem 25 máquinas e equipes empenhadas na redução dos impactos do temporal.

SANEAMENTO BÁSICO

Outro tema da entrevista foi a defasagem do saneamento básico do município. Segundo Augusto Castro, Itabuna trata menos de 30% do esgoto que produz, enquanto a irregularidade do abastecimento de água afeta 36 bairros.

– Por que não foi feito investimento no passado? Porque não houve gestão com preocupação de levar Itabuna pra poder ter água e trazer indústria pra população – disparou.

O prefeito relembrou que, no seu governo, a Prefeitura destinou R$ 20 milhões, com recursos próprios, para a construção do novo sistema de abastecimento de água, que já tem 50% das obras concluídas.

“Falta divulgar mais. Falta dar publicidade, divulgar para a cidade, mas nós estamos fazendo o maior investimento num novo sistema de abastecimento de água. São dois reservatórios, ali no Loteamento Cordier e na região do Jaçanã, que [vão armazenar] 8 milhões de litros de água”, concluiu Augusto Castro.

Chuvas caem torrencialmente no sul da Bahia em dia de partida de Luiz Carlos Barroso || Fotomontagem Walmir Rosário
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Como diz o ditado: É triste o momento da partida, mas prefiro acreditar que o “velho Barroso” se muda deste mundo com o presságio de que os augúrios das chuvas lhes acompanhe nesta mudança.

 

Walmir Rosário

Nesta sexta-feira (10) acordei preocupado com chuvas que se abatem por toda a região Sul da Bahia e áreas limites configuradas no Alerta Vermelho emitido pelos institutos de meteorologia. Em casa, tudo em ordem, embora as incessantes chuvas nos deixem preocupados. Afinal, mesmo que diretamente não sejamos atingidos, muitas famílias sofrem com o desabrigo e a perda de bens móveis, semoventes e imóveis.

A todo instante nos chegam – via redes sociais – notícias com imagens de áreas inundadas, casas, pontes e estradas submersas, impedindo o ir e vir. Pelo que sei, os eventos da natureza não são obrigados a respeitar os ditames da nossa constituição e somente nos resta a chorar pelas desgraças que abatem os que habitam nessas áreas tristemente atingidas.

Desde menino que ouvia e até aprendi serem as chuvas o sinal de bonança, muita fartura na agropecuária, comemoradas exaustivamente pela população, o que teria criado os festejos a São João. Os mais velhos asseguravam que as mudanças em tempo de chuvas representavam bons augúrios, felicidade na nova casa, na cidade escolhida, enfim, garantia de sucesso na futura empreitada.

Mas nem sempre isso acontece. Basta recordarmos a lição feita em forma de canção deixada por Gordurinha (Waldeck Artur de Macedo, cantor compositor, radialista), em sua grande obra Súplica Cearense. “Oh! Deus, perdoe este pobre coitado/ Que de joelhos rezou um bocado/ Pedindo pra chuva cair sem parar/ Oh! Deus, será que o senhor se zangou/E só por isso o sol arretirou/ Fazendo cair toda a chuva que há…”

Mas as coisas não acontecem exatamente como queremos, de acordo com nossas vontades, que mudam a cada momento, de acordo com nossas necessidades, sejam elas prementes ou não. Pedimos chuva para não faltar água, criar animais e a plantação; sol para cumprirmos o vai e vem no nosso dia a dia, não nos molhar no ir e vir, ou simplesmente irmos à praia, pegar um bronzeado.

Mas como na música de Gordurinha, nunca sabemos como pedir: “Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho/ Pedi pra chover, mas chover de mansinho/ Pra ver se nascia uma planta no chão/ Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,/ Eu acho que a culpa foi/ Desse pobre que nem sabe fazer oração…”. E arremata: “…Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno/ Desculpe eu pedir para acabar com o inferno/Que sempre queimou o meu Ceará”.

Baseado na premissa de que a chuva traz felicidade, quero homenagear outro colega radialista, desta vez o operador de som (sonoplasta) itabunense Luiz Carlos Barroso, de apenas 58 anos, que faleceu na noite desta quinta-feira (9), no Hospital de Base de Itabuna. Ele foi acometido da Covid-19, que lhe deixou algumas complicações cardiovasculares, deixando a mulher (Márcia) e os filhos Roberto e Roberta.

Há muito que não nos encontramos para aquele bate-papo comprido, relembrando coisas do passado, em que trabalhamos juntos na apresentação do Programa De Fazenda em Fazenda, na Rádio Difusora de Itabuna. Àquela época cumpríamos um ritual ímpar, pois éramos quem abríamos a programação da emissora às 4 horas e seguíamos até as 7 da manhã, com um programa líder em audiência. De segunda a sábado, às 3h20min passava o carro da Ceplac em minha casa e seguíamos para a casa de Barroso.

Separados por uma parede com um painel de vidro, mais do que cumprir um roteiro do programa com sintonia, tínhamos uma cumplicidade nas ações, ao ouvir os ouvintes ao telefone e colocá-los no ar, para dar os famosos recados para as fazendas. Final do programa, numa simples conversa escolhíamos a programação musical do dia seguinte e qualquer mudança era como se fosse telepatia.

Outra ocasião trabalhamos juntos numa campanha eleitoral em que escrevi e dirigi o programa de rádio de um candidato a prefeito em Itabuna, apresentado por outro grande do rádio de Itabuna, Paulo Vicente. Fizemos um trabalho maravilhoso, tanto assim, que os temas apresentados passaram a ser discutidos em toda a cidade, principalmente os quadros humorísticos com Paulo Leonardo e Florentina Jerimum.

Um certo dia, ao ouvirmos o horário eleitoral, aconteceu o inusitado: o programa do adversário, apresentado antes do nosso candidato, respondia algumas denúncias que seriam feitas em seguida. Após analisarmos todas as questões, descobrimos que nosso programa era ouvido ao ser entregue na emissora responsável pela veiculação, por um operador que trabalhava na campanha desse adversário.

E mudamos nossa estratégia: Em vez de entregarmos à noite, como fazíamos, passamos a entregar a fita cassete às 4 da manhã, impedindo que a produção do candidato adversário pudesse fazer qualquer manipulação. E era o Barroso que, antes de abrir a Rádio Difusora, onde trabalhava, passava, de motocicleta, na outra emissora para entregar a fita do programa que iria ao ar logo mais às 7 horas. Nem precisamos recorrer à Justiça Eleitoral, pois nosso candidato estava melhor colocado e ganhou a eleição.

Enquanto a chuva continua caindo incessantemente, minha mente reproduz imagens das enchentes, das pessoas que estão sofrendo com os dissabores e choro por todas elas, como choram a família, os amigos e colegas por Luiz Carlos Barroso. Como diz o ditado: É triste o momento da partida, mas prefiro acreditar que o “velho Barroso” se muda deste mundo com o presságio de que os augúrios das chuvas lhes acompanhe nesta mudança.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Binho e João conduzem o "Frequência Política", na Difusora, aos sábados
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Apenas seis meses depois de ir ao ar, na Rádio Difusora Sul da Bahia, o programa Frequência Política consolidou audiência e já se tornou dos mais importantes na cobertura da área política no Estado. Apresentado por Binho Shalon e João Matheus, do Políticos do Sul da Bahia, o programa é marcado por entrevistas exclusivas com atores da política estadual e nacional.

Dentre os entrevistados do período, estão o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ex-DEM e a caminho do PSD-RJ, os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Jaques Wagner (PT-BA) e o deputado federal licenciado e ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), além do vice-governador da Bahia, João Leão.

O programa vai ao ar aos sábados, das 10h às 12h, na Rádio Difusora, líder de audiência no sul da Bahia e acessível pela internet por meio de aplicativo. A emissora reforçou o sinal de transmissão e está chegando a cerca de 100 municípios do estado.

Ao comentar o sucesso do programa, João prometeu entrevista bombástica para o próximo sábado (5). Antecipando-se ao analista, o também apresentador Binho Shalon disse preferir guardar a surpresa. Pelo menos, até sexta. Os dois destacam, ainda, a repercussão das entrevistas em alguns dos principais veículos de comunicação do estado.

Ministro João Roma elogia trabalho da secretária Andrea Castro, de Itabuna
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Durante entrevista ao programa Frequência Política (Rádio Difusora), ancorado por João Matheus e Binho Shalon, o ministro da Cidadania, João Roma Neto, citou os feitos realizados pelo seu ministério e ressaltou o trabalho desenvolvido pelo governo do prefeito Augusto Castro. Roma fez referência direta às ações da secretária Andrea Castro, da Promoção Social e Combate a Pobreza.

– Uma grande mulher que está realizando um brilhante trabalho a frente da área social da cidade – disse o ministro em deferência a atuação da secretária de Promoção Social e Combate a Pobreza de Itabuna no programa que vai ao ar aos sábados, das 10h às 12h.

Para o ministro o que vem sendo feito em Itabuna com os mais carentes é uma surpresa muito positiva. “A secretária Andrea Castro está se estabelecendo pela competência, dedicação e busca de resultados. Ela e a gestão do prefeito Augusto Castro estão de parabéns”, destacou João Roma.

A secretária Andrea Castro se disse surpresa e orgulhosa com a avaliação do ministro João Roma. “É uma grata surpresa e motivo de orgulho. O nosso objetivo é cuidar dos mais vulneráveis e, graças a Deus, estamos no caminho certo”, revelou a secretária.

Solon Cerqueira deixa legião de amigos
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Solon Cerqueira era um homem apaixonado pela política e pela comunicação. Exercia bem a arte não apenas de se comunicar, mas de fazer e preservar amigos. Colecionou uma legião deles nos 58 anos de vida. 

No início da tarde deste sábado (13), Solon deu um até logo aos amigos. Partiu, após 24 dias internado da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Calixto Midlej Filho, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, vítima da Covid-19.

Solon deixa esposa, Agna Calheira, e os filhos Miguel e João, da união com Ana Niela. E deixa uma legião de amigos e a todos órfãos de bom papo e de suas histórias bem contadas, com toda a teatralidade de quem conhecia a vida e sabia viver.  

Empresário da área de cacau e derivados, Solon fez história – e muitos amigos – na comunicação, dirigindo duas das principais emissoras de rádio do sul da Bahia – a Difusora AM, de Itabuna, e a Gabriela FM, de Ilhéus. Também participou de campanhas políticas vitoriosas em Ilhéus e em Itabuna, comandando a área do rádio.

O delegado Ricardo Ribeiro conheceu Solon Cerqueira no final de 2004, em Ilhéus, ambos atuando na área da comunicação. “Solon era a alegria, um cara espirituoso, amigo, uma pessoa fora de série, gente boa demais”, afirmou Ricardo. Ailton Silva, editor do PIMENTA, também lembra da alegria que Solon irradiava por onde passasse. “Era muito difícil encontrar com Solon e não ter resenhas e muitas gargalhadas”.

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O senador Otto Alencar, presidente do PSD baiano, e o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, estão entre os entrevistados da edição deste sábado (12) do Programa Bom Dia Bahia, apresentado por Ederivaldo Benedito (Bené) e Andirlei Nascimento. O programa vai ao ar das 8h às 10h30min.

O Bom Dia Bahia terá participação especial do jornalista Levi Vasconcelos, um dos maiores analistas da política baiana. Levi, Bené e Andirlei vão entrevistar o senador Otto Alencar. O partido presidido pelo senador foi o que mais ganhou prefeituras na Bahia. O Bom Dia Bahia pode ser ouvido clicando aqui.

Ponte do Tororó no Rio Cachoeira, em Itabuna || Foto Arquivo Walmir Rosário
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Gostaria de, em cima das pontes atuais e das que serão construídas, poder apreciar o Cachoeira revitalizado na Itabuna altaneira que sempre acostumamos a ver. Espero um dia possa ter essa oportunidade, assim como todos os itabunenses – daqui e de fora – que aprenderam a amar essa terra.

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Confesso que sou um pouco saudosista, mas quem há de resistir àquelas boas lembranças dos tempos de criança e adolescente? Poucos insensíveis, diria eu, recordando a belezas e a funcionalidade do rio Cachoeira dos anos 1950/60. A beleza plástica está quase toda registrada nas telas dos nossos artistas, com suas pedras à mostra, às vezes nem tanto, pois também serviam de “quarador” para as centenas de lavadeiras de ganho, ou de casa, que utilizavam as abundantes águas.

Labutavam, ainda, nas águas do velho Cachoeira pescadores – alguns especializados – de pitus, calambaus e camarões; peixes das mais variadas espécies, em sua maioria nobre, a exemplo de robalos, jundiás, tucunarés; os areeiros, que retiravam a areia para as construções com suas canoas e transportadas nos jegues; tipo de transporte também utilizados para levar água (de gasto e de beber) às residências que não dispunham de água encanada, artigo (melhor, serviço) raro à época.

Com poucos esgotos in natura (tratamento também não existia) despejando no nosso rio, era o local da higiene corporal de muitos moradores, alguns que se exibiam com saltos e braçadas durante a natação num simples banho. As águas límpidas – embora salobra – era um convite, inclusive durante a noite quando alguns se aventuravam a mergulhar e nadar sorrateiramente para furtar os peixes capturados nas grozeiras e outras armadilhas colocadas em frentes às residências.

Os donos sabiam quem eram os larápios, mas nada de chegar às vias de fato, bastava uma simples censura, como geralmente assim fazia Pepê, hoje o advogado Pedro Carlos Nunes de Almeida, que tinha suas armadilhas ali na rua da Jaqueira, hoje avenida Fernando Cordier. Nos tempos atuais, mesmo com os parcos recursos, poucos se aventurariam a entrar nas águas superpoluídas do nosso velho rio, ainda mais com peixes suscetíveis a todos os tipos de doenças.

Sem medo de errar ou ser interpretado como politicamente incorreto, até as inundações do rio Cachoeira eram de encher os olhos e correr o mundo com as notícias da invasão das águas na pujante Itabuna. E olhe que naquela época não existia internet ou redes sociais, ganhava o mundo através dos jornais, telégrafo e dos microfones das rádios Clube, Difusora e Jornal, já que os serviços de alto-falante Tabu (bairro Conceição) e a Voz da Cidade não tinham longo alcance.

Passada a refrega, o comércio contabilizava seu prejuízo, refazia seus planos e tudo voltava à normalidade. A economia cacaueira dava o seu ar da graça e todos voltavam a ser o grapiúna de sempre, rico mesmo sem ter dinheiro no bolso, mas com muito crédito na praça. Nenhuma cidade do porte de Itabuna possuía o número de agências bancárias numa mesma avenida, a Cinquentenário, e todas funcionando, emprestando dinheiro e recebendo aplicações da venda do cacau.

Voltando ao comércio, a Cinquentenário e adjacentes se impunham com a galhardia de seus luminosos, confeccionados em gás neon, apagando e acendendo em intervalos diferentes, como só se viam nas grandes metrópoles pelo mundo afora. E os visitantes ficavam de “queixo caído” com nossa beleza feérica, tanto assim que muitos anos depois um conhecido biólogo da capital fluminense (à época Niterói), José Zambrotti, enchia os pulmões para nominar Itabuna como a Broadway brasileira.

Nem parecia que meses atrás tinha sofrido a grande catástrofe e, assim como no comércio, indústria e serviços maiores, a vida do rio voltava ao normal, com todos utilizando o que as águas produziam e permitam que fosse retirado para o bem do homem. Até as pontes voltavam ao normal. Me refiro às pontes do Tororó (conhecida como dos Velhacos), estreita, baixa e somente para pedestres, e a do Marabá, cujo nome, Miguel Calmon, ainda é desconhecido da maioria da população, que eram interditadas.

Hoje maltratado, o rio Cachoeira ainda tenta sobreviver, mesmo contra a falta de vontade dos nossos governantes, que pela importância dos rios, já poderia merecer tratamento diferenciado, com um projeto de despoluição desde sua nascente até o chamado “mar de Ilhéus”, onde deságua. Atualmente nenhum artista plástico dedicaria parte do seu tempo para retratar seu leito tomado pelas baronesas, criadouro do mosquito da dengue, ou as águas fétidas e de cor encardida pelo caldo derramado pelos esgotos.

Mesmo assim, ainda tenho a esperança de vê-lo, se não como o de antigamente, mas um rio importante na nossa vida e na socioeconomia do itabunense, do grapiúna. Gostaria de, em cima das pontes atuais e das que serão construídas, poder apreciar o Cachoeira revitalizado na Itabuna altaneira que sempre acostumamos a ver. Espero um dia possa ter essa oportunidade, assim como todos os itabunenses – daqui e de fora – que aprenderam a amar essa terra.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Pedro Campos explicará, no "Bom Dia Bahia", como o coronavírus age || Foto Divulgação
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O professor Pedro Costa Campos Filho, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), vai explicar como o novo coronavírus (Covid-19) age e o que as pessoas podem fazer para minimizar os efeitos da doença. Pedro participará do Bom Dia Bahia, na Rádio Difusora, neste sábado (6). O programa começa às 8h e vai até as 10h.

Pedro Costa Campos Filho é biomédico com habilitação em Análises Clínicas e possui doutorado em Biologia e Biotecnologia de Organismos. Ele falará sobre o assunto sob a mediação dos apresentadores do Bom Dia Bahia, o jornalista e radialista Ederivaldo Benedito e o advogado e radialista Andirlei Nascimento. O programa poderá ser ouvido pelo site da emissora.

Neto, do Grupo Chaves e Jequitibá, e o reitor da Uesc, Alessandro Fernandes, participam do programa
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O reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes, e o diretor do grupo Chaves e do Shopping Jequitibá, Manoel Chaves Neto, são alguns dos entrevistados do Bom Dia Bahia deste sábado (18), a partir das 8h, na Rádio Difusora Sul da Bahia AM. Sete personalidades do mundo empresário e político do sul da Bahia vão discutir saídas para a crise, antecipa o apresentador Ederivaldo Benedito.

O Bom Dia Bahia terá também a presença do vereador Ricardo Xavier, presidente da Câmara de Itabuna; do vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e membro do Conselho de Saúde de Itabuna, Paulo Eduardo Santana da Silva (Paulinho); do secretário-executivo da Amurc, Luciano Veiga; e do ex-presidente da Associação Comercial de Itabuna e coordenador do Movimento Empresarial Sul da Bahia em Ação (Mesb), Ronaldo Abude, além do coordenador do Fórum Empresarial da Bahia, José Raimundo Araújo.

O programa “Bom Dia Bahia”, apresentado por Ederivaldo Benedito-Bené e pelo advogado Andirlei Nascimento. O programa vai ao ar das 8h às 10h30min, pela Rádio Difusora de Itabuna AM-640. O link da emissora é http://www.radiodifusoraam.com.br/ e os ouvintes podem participar por meio do WhatsApp – 73 98889 1909.

Jornalista Levi Vasconcelos fará comentários semanais no "Bom Dia Bahia"
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Levi Vasconcelos, um dos mais bem-informados e conceituados jornalistas políticos da Bahia, fará um balanço do que aconteceu esta semana no cenário político da capital baiana, a partir da manhã deste sábado (7), no Bom Dia Bahia. O programa semanal é apresentado pelo também jornalista Ederivaldo Benedito, na Rádio Difusora AM 640, de Itabuna.

Editor da coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, Levi Vasconcelos é também editor do site Bahia.ba. O convite para o jornalista fazer um comentário semanal no Bom Dia Bahia partiu do colega Ederivaldo Benedito, que apresenta o Bom Dia Bahia ao lado do advogado Andirlei Nascimento, das 8h às 10h30min da manhã.

“Levi, excelente profissional, é um amigo desde o início de minha carreira em 1975. Fomos colegas de redação no extinto Jornal da Bahia, na Tribuna da Bahia e em A Tarde. É um prazer tê-lo no Bom Dia Bahia, ao lado de Andirlei Nascimento e João Matheus Feitosa, noticiando, analisando e comentando os fatos da política baiana”, afirmou Ederivaldo Benedito, “Bené”.

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Roberto de Souza faleceu na madrugada desta terça

O ex-vereador de Itabuna, radialista e apresentador de TV Roberto de Souza faleceu na madrugada desta terça-feira (17), após um ano de luta pela vida. O comunicador e ex-parlamentar foi diagnosticado com câncer em 2018.

Roberto foi vereador de Itabuna por quatro mandatos consecutivos, no período de 1997 a 2012. Por várias vezes membro das mesas diretoras da Câmara e na Casa conseguiu aprovar a Lei Roberto de Souza, que obriga o município a divulgar, com 30 dias de antecedência, o reajuste de serviços como a tarifa de água e esgoto ou da passagem de ônibus.

Ele comandou por duas décadas um dos programas de maior audiência no rádio grapiúna, o Resenha da Cidade, sempre aos sábados e, por alguns anos, também de segunda a sexta. O Resenha da Cidade foi ao ar nas três emissoras AMs de Itabuna – Difusora, Jornal e Nacional, onde ele chegou a apresentar o programa ainda neste ano, mesmo já debilitado pela doença.

Apaixonado pelo microfone, era dono de bordões como “Beleza, beleza, beleza” e “Confusão, confusão, confusão” para cumprimentar os ouvintes ou abrir novos blocos do programa ou até anunciar uma entrevista quente.

Entrevistar era sua maior arte no rádio. Nos mais de 20 anos de microfone, Roberto pautava o noticiário regional a partir de entrevistas feitas em seus programas. Sabia ser contundente nas perguntas sem ser agressivo ou ofender o entrevistado. O estilo e a grande audiência no rádio levaram Roberto para a telinha, com um programa semanal na TVI, após convite do diretor Barbosa Filho.

Nascido em Itabuna em 30 de outubro de 1961, Roberto Tadeu Pontes de Souza, além de radialista e apresentador de TV, formou-se em Agronomia. Deixa esposa, a advogada Sandra Ramalho, e os filhos Roberto Ramalho, Paulo e Natália.

VELÓRIO

O corpo de Roberto de Souza está sendo transladado de Salvador para Itabuna, onde deverá chegar no final da tarde desta terça-feira (17) a Itabuna. O velório será no plenário da Câmara de Vereadores. O enterro está previsto para às 10h desta quarta-feira (18), no Cemitério Campo Santo.

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Wadson pilotará o Boletim 640, aos sábados

A Rádio Difusora Sul da Bahia AM640 estreará, no próximo sábado (17), um novo programa jornalístico. Sob o comando do jornalista Wadson Santos, o Boletim 640 irá ao ar todas as manhãs de sábado, das 8h às 9h.
Formado em Jornalismo pela Unime e um dos mais ágeis repórteres do rádio sul-baiano, Wadson afirma que a proposta da emissora é oferecer ao público um programa informativo com os assuntos de maior repercussão da semana. Segundo ele, longe da ideia de resumo, o Boletim 640 chega com a missão de promover um aprofundamento das notícias que foram destaque durante a semana.
A participação do ouvinte, que é um aspecto marcante da emissora, será por meio do quadro O que foi notícia pra você?. O radiouvinte vai contar qual notícia considerou a mais importante da semana. O quadro é uma demonstração de que o público soma no processo de produção e multiplicação do conteúdo diante do acesso aos vários canais disponíveis de informação nos tempos atuais, segundo a emissora.
O programa Boletim 640 é a primeira das novidades na grade da emissora para 2018. “Acreditamos que será um ano produtivo e com boas perspectivas para o setor da comunicação. Vamos acompanhar esse processo e as exigências do público, que está cada vez mais colaborativo no processo de informar,” disse o diretor da emissora, Antônio Badaró.

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Roberto estreia dia 26 na Rádio Nacional
Roberto estreia dia 26 na Rádio Nacional

Roberto de Souza deixou a Rádio Difusora e já está de casa nova. O radialista e ex-vereador estreará, na próxima quarta (26), na Rádio Nacional 870AM.

A estratégia da emissora com a nova aquisição e algumas mudanças é recuperar a audiência perdida por erros sucessivos de administração nos últimos dez anos, alguns dos quais fora do ar.

A aquisição tem peso. Quando na Difusora, Roberto era considerado líder de audiência no horário das 13h às 14h, de segunda a sexta, e das 10h às 12h dos sábados.

A Nacional passa por mudança não apenas na programação. O estúdio sai do Zildolândia para a Avenida Princesa Isabel, no Banco Raso, em um antigo imóvel da Minas Aço. A emissora pertence à família do ex-deputado Daniel Gomes.

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Em tempo, o Resenha na Nacional será das 12h30min às 14h, de segunda a sexta. No sábado, das 10h às 14h. Atualizado às 15h26min

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Debate reuniu seis dos pré-candidatos a prefeito de Itabuna.
Debate reuniu seis dos pré-candidatos a prefeito de Itabuna.

Seis pré-candidatos a prefeito de Itabuna participaram de debate, no sábado (18), na Rádio Difusora. Antônio Mangabeira (PDT), Augusto Castro (PSDB), Davidson Magalhães (PCdoB), Fernando Vita (PMDB), Geraldo Simões (PT) e Roberto José (PR) discutiram temas como saúde, falta d´água, educação e segurança pública.

O áudio do debate foi disponibilizado pelo site Plantão Itabuna, do jornalista Oziel Aragão, que atuou como mediador do encontro entre candidatos. O modelo do debate não permitiu réplicas e tréplicas, mas houve confronto indireto, quando Geraldo Simões e Davidson Magalhães abordaram o tema crise hídrica. O leitor-ouvinte que não acompanhou pode conferir como foi clicando aqui, na íntegra. Deixe, na seção comentários, sua avaliação sobre o desempenho dos pré-candidatos.