Ana Carolina, Maria Eduarda, Erik Quadros, Luís Felipe e Camila Moura "fecham" redação do Enem
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta quinta-feira (9), os resultados das provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2022, que dá acesso à maioria das instituições públicas de ensino superior no Brasil. Até o momento, antes da divulgação oficial dos candidatos que tiraram nota mil na prova de redação, cinco estudantes do Nordeste já figuram na lista honrosa.

Com 17 anos, Maria Eduarda Braz, de Natal (RN), concluiu o ensino médio no ano passado e obteve nota máxima na redação do Enem. Esse também foi o desempenho de Carina Moura, de 18 anos, moradora de Frei Miguelinho, em Pernambuco.

Outro candidato nota mil é o gaúcho Luiz Felipe Alves Paiva Brito, 24 anos, radicado em Maceió (AL) desde 2010. Completam a lista Ana Carolina Angelim Damasceno, 20, de Teresina (PI), e Erik Quadros, 23, de Salvador.

No Enem de 2021, apenas 22 estudantes de todo o país conseguiram a nota máxima na redação. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), para merecer essa pontuação, os textos dissertativos devem atender diversos requisitos, a exemplo de coesão, coerência, escrita formal e proposta de intervenção sobre o problema abordado como tema da dissertação.

Os candidatos também devem, ainda segundo o MEC, demonstrar e articular repertório sociocultural na construção de argumentos que sustentem suas proposições.

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redacao enemEntre as regras a serem seguidas pelos candidatos que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na elaboração da prova de redação está o respeito aos direitos humanos. Quem defender ideias avaliadas como contrárias aos direitos humanos poderá receber nota zero na redação.

De acordo com a Cartilha do Participante – Redação no Enem 2017, divulgada nesta segunda (16) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), algumas ideias e ações serão sempre avaliadas como contrárias aos direitos humanos, como: defesa de tortura, mutilação, execução sumária e qualquer forma de “justiça com as próprias mãos”, isto é, sem a intervenção de instituições sociais devidamente autorizadas.

Também ferem os direitos humanos, a incitação a qualquer tipo de violência motivada por questões de raça, etnia, gênero, credo, condição física, origem geográfica ou socioeconômica e a explicitação de qualquer forma de discurso de ódio voltado contra grupos sociais específicos. Segundo o Inep, apesar de a referência aos direitos humanos ocorrer apenas em uma das cinco competências avaliadas, a menção ou a apologia a tais ideias, em qualquer parte do texto, pode anular a prova.

No ano passado, quando o tema da redação foi “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”, foram anuladas as redações que feriram os direitos humanos porque incitaram ideias de violência ou de perseguição contra seguidores de qualquer religião, filosofia, doutrina, seita, inclusive o ateísmo ou quaisquer outras manifestações religiosas, além de ideias de cerceamento da liberdade de ter ou adotar religião ou crença e que tenham defendido a destruição de vidas, imagens, roupas e objetos ritualísticos.

De acordo com o Inep, a prova de redação do Enem sempre exigiu que o participante respeite os direitos humanos, mas, desde 2013, o edital do exame tornou obrigatório o respeito ao tema, sob pena de a redação receber nota zero.

A prova de redação, que será aplicada no dia 5 de novembro, exige a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. O candidato deve apresentar uma proposta de solução para o problema proposto, a chamada intervenção, respeitando os direitos humanos Também deve ser apresentada uma referência textual sobre o tema. Da Agência Brasil.

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Priscila Borges | Portal IG

Receita para macarrão instantâneo esta entre os "deboches" recriminados.
Receita para macarrão instantâneo esta entre os deboches “recriminados”.

O próximo edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá trazer novas mudanças no modelo de correção das redações. Luiz Claudio Costa, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), defendeu que “inserções indevidas, como deboches e brincadeiras”, devem ser punidas.
A proposta evitaria que redações como as divulgadas esta semana com uma receita de ‘miojo’ e o hino do Palmeiras fossem corrigidas. “O aprimoramento e o debate técnico são ótimos para o País. Eu estou convencido de que devemos separar o joio do trigo, punir deboche em respeito ao estudante que faz a prova com seriedade. Vai dar mais trabalho aos corretores, claro, mas estou convencido de que será necessário. Esse é um bom debate”, disse.
Costa explicou que, hoje, o edital não prevê eliminação para candidatos que mantêm o raciocínio no contexto geral do texto. Ele diz que a maior parte dos estudantes faz o Enem sob pressão e, pedagogicamente, um possível “branco” ou desvio é esperado. “Mas o que coloca deliberadamente esse tipo de coisa tem de ser penalizado. A correção não é feita ao acaso. E elas foram tão corretas que as notas foram parecidas”, afirmou.
Segundo o Inep, poucos foram os casos em que os candidatos “inseriram algo indevido” nos textos. Entre as 4,1 milhões de redações, cerca de 300 se enquadraram nesse perfil.