Pesquisadores da Uesc desenvolveram biofábrica de moléculas
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Após ter sido estudado para criação de etanol, cerveja artesanal, e até medicamento contra a Covid-19, o cacau, matéria-prima típica do Sul da Bahia, agora é utilizado como base para a criação de uma biofábrica de moléculas terapêuticas que possuem propriedades para diversos setores industriais. O projeto é de um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), liderado por Akyla Alves, que consiste em selecionar algumas proteínas do fruto, a exemplo da proteína de ligação ao selênio, que, produzidas através da engenharia genética, podem ter alta aplicabilidade comercial devido às suas propriedades terapêuticas. As moléculas produzidas, segundo Akyla, poderão servir de base para remédios e fármacos, entre outros.

“A partir do DNA recombinante, utilizando Escherichia coli como biofábrica, queremos levar soluções para a sociedade, através da nossa empresa Bioativa Biotecnologia LTDA”, afirmou Akyla antes de detalhar como surgiu a inspiração para a criação deste trabalho. “A ideia surgiu ao longo da minha pesquisa de mestrado e doutorado, quando me dediquei a buscar e caracterizar moléculas de cacau de importância biotecnológica. A partir disso, trabalhamos com a tecnologia do DNA recombinante, produzindo proteínas de cacau e realizando testes in vitro contra parasitas. Os resultados obtidos indicaram a boa aplicabilidade dessas moléculas para fins terapêuticos”, disse.

De acordo com a cientista, o diferencial da pesquisa é produzir as moléculas de cacau a partir da tecnologia do DNA recombinante e utilizar bactérias competentes como biofábrica. “Produzir essas moléculas neste sistema garante a produção em larga escala e de forma padronizada, além de substituir modelos de produção baseados na extração de compostos vegetais direto da natureza e de produtos químicos. Atualmente, a biotecnologia associada à indústria farmacêutica tem demonstrado eficácia ao desenvolver novos produtos, visto que essas proteínas de cacau, por terem origem vegetal, podem apresentar menor toxicidade aos seres vivos em relação às drogas químicas utilizadas atualmente”.

REEMERGENTES

O projeto foi aprovado no Programa Centelha, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que vai conceder R$ 60 mil em recursos financeiros a cada um dos pesquisadores selecionados, para que possam desenvolver suas pesquisas científicas. “Com o trabalho concluído, esperamos que os futuros fármacos tenham características sustentáveis e racionais. Além disso, poderemos atender a grande demanda atual por moléculas terapêuticas para doenças infecciosas emergentes e reemergentes, e valorizar o patrimônio genético e a biodiversidade vegetal do Sul da Bahia, pois ao utilizar essas técnicas não é necessário devastar nenhuma floresta em busca de proteínas com potencial terapêutico. Por isso, a utilização de uma molécula extraída de plantas de cacau para o tratamento de doenças em humanos proporcionará grande potencial agregado para nossa economia e sociedade, além da competitividade empresarial”.

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Shunji responde pela direção de vídeo premiado.
Shunji responde pela direção de vídeo premiado.

Um ilheense está entre os vencedores, na categoria mercado, do Prêmio Profissionais do Ano (Norte/Nordeste), promovido pela Rede Globo. É o cineasta e publicitário Shunji Ikuta Filho, 24 anos, sócio da conquistense No Ar Filmes.
Shunji, juntamente com Ramon Campelo, responde pela direção do vídeo “Remédio”, do Hospital Samur, de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano. O trabalho é da produtora de vídeo com a também premiada Gente Propaganda, de Conquista.
O vídeo já havia sido indicado ao Bahia Recall, da rede de emissoras afiliadas à Globo no Estado. Para se ter a dimensão da conquista do ilheense e da produtora conquistense, o prêmio é o mais importante da propaganda brasileira. Os vencedores da edição Norte/Nordeste foram conhecidos na semana passada.
O filme teve criação de Lucas Caires, Peu Pereira, Leandro Jandiroba e Evandro Pacheco e direção de criação de Lucas Caires e Peu Pereira, além de Ramon Campelo e Shunji na direção. Confira o vídeo “Remédio”.

Atualizado às 11h31min

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medicamentosResolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) publicada hoje (4) no Diário Oficial da União autoriza reajuste de até 6,31% nos preços dos remédios. As alterações valem para três grupos de medicamentos, definidos de acordo com o nível de participação de genéricos.
Na categoria com maior participação, onde os genéricos representam 20% ou mais do faturamento, o reajuste autorizado pode chegar ao teto de 6,31%. Para remédios com faturamento de genéricos entre 15% e 20%, o reajuste autorizado é de até 4,51%. Já entre medicamentos com menor participação de genéricos (faturamento menor que 15%), a Cmed autorizou um reajuste até 2,7%.
No ano passado, o reajuste autorizado pelo governo para medicamentos vendidos em todo o país chegou a 5,85%. Informações da Agência Brasil.