Crivella usará tornozeleira eletrônica
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O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, ​​​​deferiu liminar, na noite desta terça-feira (22), que substituir a prisão preventiva do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), pela prisão em regime domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.

Além disso, o prefeito está proibido de manter contato com terceiros; terá que entregar seus telefones, computadores e tablets às autoridades; está proibido de sair de casa sem autorização e proibido de usar telefones.

As medidas cautelares são válidas até que o ministro Antonio Saldanha Palheiro, relator do habeas corpus impetrado pela defesa de Crivella, analise o mérito do pedido – o que deverá acontecer após o fim das férias forenses.

PRESO EM OPERAÇÃO

Acusado de envolvimento em esquema de propinas na prefeitura, Marcelo Crivella foi preso em casa na manhã desta terça por ordem de uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que também o afastou do cargo.

O ministro Humberto Martins afirmou que a decisão da desembargadora fundamenta a necessidade de restringir a liberdade do político, mas não justifica a prisão preventiva.

“Não obstante o juízo tenha apontado elementos que, em tese, justifiquem a prisão preventiva, entendo que não ficou caracterizada a impossibilidade de adoção de medida cautelar substitutiva menos gravosa, a teor do artigo 282, parágrafo 6º, do Código de Processo Penal”, comentou o ministro, ressaltando que, segundo a jurisprudência do STJ, a prisão preventiva só não deve ser substituída por medidas cautelares diversas quando se mostrar imprescindível.

Martins mencionou que Marcelo Crivella integra o grupo de risco da Covid-19 e que também por esse motivo pode ter a prisão preventiva substituída pelo regime domiciliar, como orienta a Recomendação 62 do Conselho Nacional de Justiça.

HABEAS CORPOS

No pedido de habeas corpus, a defesa afirmou que a ordem de prisão é “teratológica” e pretende impor uma “punição antecipada” ao político, pois não fundamenta a necessidade da medida extrema, limitando-se a tecer considerações sobre o suposto envolvimento do prefeito nos crimes investigados. Além disso, os advogados lembraram que, como não foi reeleito, Crivella deixará o cargo em 1º de janeiro.

Esses fatos, para a defesa, tornam a prisão desnecessária, seja como garantia da ordem pública ou por conveniência da instrução penal. Alegaram ainda que a desembargadora que decretou a prisão não teria competência para tal ato, pois o TJ-RJ já estaria em recesso, cabendo ao presidente daquela corte decidir a respeito.

Segundo o presidente do STJ, a defesa não comprovou ilegalidades na atuação da desembargadora.

“Verifica-se que não foram trazidos aos autos elementos concretos que evidenciem que não estava a relatora em pleno exercício de suas funções no Primeiro Grupo de Câmaras Criminais de forma a autorizar a sua atuação em pleno recesso forense”, comentou Martins.

QG DA PROPINA

Marcelo Crivella foi uma das seis pessoas presas nesta terça-feira (22) em um desdobramento da Operação Hades, deflagrada para investigar um suposto “QG da Propina” na prefeitura do Rio.

Segundo o Ministério Público estadual, empresários pagavam propina para conseguir contratos com o município e também para receber mais facilmente os valores devidos pelos cofres públicos.

As investigações tiveram origem na colaboração premiada de um doleiro preso em um dos desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio. O MP aponta o prefeito como líder da suposta organização criminosa, e o acusa ainda dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Paulinho morreu na noite desta quarta
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Morreu na noite desta segunda-feira (14), aos 68 anos, no Rio de Janeiro, o cantor Paulo César Santos, o Paulinho, do grupo Roupa Nova. O artista não resistiu às complicações do novo coronavírus. Ele foi internado com doença no mês passado e o estado de saúde se gravou nas últimas horas.

Paulinho passou por um transplante de medula óssea para tratar de um linfoma. Ele tinha respondido bem ao tratamento, mas precisou ser novamente internado para tratar a Covid-19. O cantor estava desde a formação inicial do grupo Roupa Nova.

Drogas foram apreendidas com uma mulher
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A Polícia Rodoviária Federal apreendeu quase 36 quilos maconha e skunk (conhecida como supermaconha), em um ônibus de transporte interestadual de passageiros que fazia linha Rio de Janeiro X Ilhéus. O flagrante ocorreu no KM 594 da BR 101, em Camacan.

Os policiais flagraram duas malas contendo 37 tabletes de maconha e 1 invólucro com Skunk, totalizando 35,6kg de drogas nas malas no compartimento de bagagens do ônibus.

As drogas estavam escondidas em duas malas

Os policiais identificaram uma mulher, que seria a proprietária das bagagens. Questionada, ela informou que recebeu a droga na Capital fluminense e iria transportá-la até Itabuna, onde realizaria a entrega. A acusada não relevou quem receberia a “carga” no município do sul da Bahia.

A mulher foi presa e conduzida para a Delegacia de Polícia Civil de Camacan, onde foi indiciada por tráfico. As drogas apreendidas também foram levadas para a delegacia.

 

Chica Xavier morre aos 88 anos
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A atriz baiana Francisca Xavier Queiroz de Jesus, ou simplesmente Chica Xavier, morreu aos 88 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de um câncer no pulmão, descoberto em estágio avançado. Na última quarta-feira (5), ela foi internada com um quadro de desconforto respiratório contínuo.

Uma precursora, símbolo de gerações de atrizes e atores negros, de representatividade, que trazia em cada cena ou fala traços latentes de baianidade. Nunca negou a origem. Um sorriso inconfundível, que bastava ser visto uma vez para não mais esquecer.

 

Atriz baiana fez vários papéis

PAPÉIS

Conhecida por papéis emblemáticos e que marcaram a memória afetiva do público na TV, no cinema e no teatro, Chica Xavier mudou-se para o Rio de Janeiro em 1953, aos 21 anos, com o sonho de se aprofundar na arte. O companheiro de uma vida foi o também ator Clementino Kelé, com quem no último mês de julho completou 64 anos de casada.

Começaram este matrimônio justamente em 1956 que encenaram a primeira peça de suas carreiras: “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes. Recentemente, em uma entrevista, ela foi simples e direta sobre a relação com o marido: “Sou Chica Xavier, mas mais do que isso, eu sou Chica de Kelé”. A união gerou três filhos – Christina, Izabela e Clementino Junior – e três netos – Ernesto Junior, Luana Xavier e Oranyan. Saiba mais sobre a atriz em leia mais.

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Muita gente “não vê”. Não basta compartilhar posts de apoio a campanhas nas redes sociais, amigos. É preciso enxergar os Fabrícios, Paulos, Pedros etc que existem pelo mundo afora.

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Na timeline de todas as redes sociais a pauta do mundo é racismo e fascismo. Questão levantada principalmente nos EUA, após um vídeo viralizar mostrando a prisão de George Floyd. Nele, um policial branco aparece com o joelho sobre o pescoço do homem, que já estava algemado e de bruços no chão. “Não consigo respirar”, dizia, morrendo pouco tempo depois. No Brasil, a vítima-símbolo da vez é João Pedro, 14 anos, inocente, morto dentro de casa durante operação policial no Rio de Janeiro. No último domingo, 31 de maio, manifestações gigantes. “Nós viemos pras ruas porque eles foram nos matar em casa!”, gritava jovem em ato no Rio de Janeiro.

Enquanto isso, em Itabuna, mas ao vivo no youtube, acontecia a Live do Pancada. Não sabe o que isso tem a ver com o tema? Então vou te contar! Fabrício Pancadinha, 31 anos, negro, morador de um dos bairros conhecidos como dos mais violentos da cidade, é cantor e hoje empresário da própria carreira. Para tocar na cidade, quase sempre ele precisa ser também o produtor dos eventos. Mas faz. E toca. E com o dinheiro da própria banda, na medida do possível, ajuda sua gente.

Em maio de 2019, alugou um espaço na praça do próprio bairro e montou um projeto social chamado Alô Comunidade. Nele, jovens e adultos são assistidos com aulas de boxe, dança, capoeira, percussão etc. Quando os apoios somem, o dinheiro dos shows banca o aluguel do espaço, enquanto as demais despesas ficam por conta da união de todos. União essa que também concretou (con-cre-to!!!) ladeiras inacessíveis do bairro. Táxi, Samu e outros serviços básicos agora conseguem passar por ruas que o poder público simplesmente ignorava.

A conta é simples: quem pode um pouco mais, ajuda quem pode menos ou simplesmente não está podendo nada. A Live do Pancada, produzida, idealizada e montada por ele mesmo, em parceria com amigos (muitos do próprio bairro), arrecadou quase 10 toneladas de alimentos para a própria comunidade. Além, claro, de estar visualmente bonita, dando voz e autoestima a milhares de pessoas que se sentem representadas por ele. Mas muita gente “não vê”. Não basta compartilhar posts de apoio a campanhas nas redes sociais, amigos. É preciso enxergar os Fabrícios, Paulos, Pedros etc que existem pelo mundo afora.

Manuela Berbert é publicitária.

STF nega reabertura de comércio em cidade fluminense
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A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso da prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que pedia a reabertura do comércio no município. Caxias autorizou a reabertura do comércio na cidade depois de um período de isolamento social, por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), no último dia 25.

A reabertura incluía algumas restrições como o uso de máscara dentro das lojas, a disponibilização de álcool em gel e o limite de público reduzido a 30% da capacidade de lotação do estabelecimento.

Mas, no mesmo dia, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a suspensão da medida e exigiu um laudo que comprovasse que a reabertura do comércio não colocaria em risco a saúde da população.

Por meio de nota, a prefeitura de Duque de Caxias informou que “aguarda publicação da decisão do Supremo Tribunal Federal e, principalmente, o julgamento do agravo interno perante a 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça”.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, Duque de Caxias registra 1.358 casos de covid-19 e 235 mortes. Informações da Agência Brasil.

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A Polícia Federal deflagrou operação para investigar indícios de desvios de recursos públicos do combate à covid-19 no Rio de Janeiro. Nesta manhã de terça (26), a residência oficial do governo fluminense, o Palácio das Laranjeiras, foi um dos alvos das buscas de agentes da PF. O escritório de advocacia da esposa do governador Wilson Witzel também recebeu a visita dos federais.

De acordo com as primeiras informações, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou 12 mandados de busca e apreensão para investigar os indícios de desvios de recursos do combate à pandemia no Rio de Janeiro. Os mandados são cumpridos nos municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo, segundo a PF.

A PF informa que a operação foi desencadeada a partir de investigações iniciadas pela Polícia Civil e os ministérios públicos Estadual (MP-RJ) e Federal (MPF), com dados compartilhados com a Procuradoria-Geral da República. As investigações, conforme a PF, “apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro”.

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Há muito sofrimento acontecendo no mundo para que um novo tempo comece de verdade. Um tempo baseado em clarezas, sentimentos genuínos e coletivos. Os personagens da vida real não sustentarão suas máscaras por muito tempo. 

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Gosto de gente. Sempre gostei. Observar o comportamento humano sempre foi, digamos, o meu maior fetiche. Novelas, seriados, livros, filmes e as mais simples rotinas diárias, para esta publicitária que vos escreve, só tem atrativo se tiverem personagens interessantes. Interpretados ou vivenciados. Da vida real, ou não. Suas falas, gestos, emoções, reações, seus dramas, conquistas e perdas. Suas histórias. Ninguém resiste a uma boa história.

Fui uma telespectadora apaixonada pelas novelas de Manoel Carlos, e consigo ainda sentir a emoção de quando pisei pela primeira vez no Leblon, no Rio de Janeiro. As boas histórias têm esse poder: de nos entreter e nos entrelaçar ao ponto de nos apaixonarmos por algo, alguém. Ou algum lugar. Eu me apaixonei por aquele bairro boêmio, mas também cheio de cafés e livrarias. Como me apaixonei por suas Helenas, sentimento esse facilmente estendido a Regina Duarte, excelente atriz.

Faço parte da parcela brasileira que teve vergonha ao assistir “minha Helena”, ops, a (agora, ex) “Ministra” da Cultura Regina Duarte completamente desequilibrada em uma entrevista, ao vivo na CNN, desdenhar do número de mortos durante a pandemia que estamos enfrentando. O mundo todo parou, o mundo todo segue se precavendo e lamentando tudo o que estamos vivendo, e Regina, a pessoa real, nem de longe parecia aquelas personagens todas já interpretadas, coerentes e de falas tão lúcidas.

2020 chegou trazendo muitas mudanças – e muitas delas pela dor. Há muito sofrimento acontecendo no mundo para que um novo tempo comece de verdade. Um tempo baseado em clarezas, sentimentos genuínos e coletivos. Os personagens da vida real não sustentarão suas máscaras por muito tempo. A de Regina Duarte caiu, e nem Manoel Carlos consegue mais segurar!

Manuela Berbert é publicitária.

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Que nossos governantes aprendam a planejar e modificar a paisagem da cidade, como mostram as fotos, com os requisitos mínimos de habitabilidade e conforto para os que realmente merecem: os que pagam seus impostos.

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Quase que diariamente recebo fotos e textos explicativos e comparativos sobre a evolução do município de Ilhéus, algumas vezes de Itabuna. O vasto material – iconográfico, assim podemos chamar – faz parte do acervo de bibliotecas particulares de ilheenses ou instituições baianas traçam um perfeito Raio X de como as aglomerações e cidades eram planejadas, privilegiando a arquitetura, a estética o conforto e a segurança.

Quando comparadas com as atuais, podemos perceber claramente um choque entre o esmero de antes e a pobreza conceitual de agora, causada, quem sabe, pela falta de planejamento do poder público. É certo que tínhamos nossos vergonhosos cortiços, nos variados graus de miséria, sem as mínimas condições de higiene e habitabilidade, que ainda teimam em ficar, embora em menor escala.

Quando recebo esse material enviado pelo fotógrafo e vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal, vibro com a história e o pioneirismo do que com muito sacrifício conseguiram implantar nossas cidades, com as construções de acordo com as características dos diferentes locais. Entretanto, não encontro o mesmo entusiasmo ao ver o avanço das aglomerações, que não obedecem qualquer padrão técnico ou paisagístico.

Não consigo compreender os discursos dos políticos, notadamente os ocupantes de mandatos no poder executivo, que torcem loas às administrações [suas, é claro] comemorando o crescimento de tal bairro e tal cidade. Faço esforço em acreditar na honestidade do discurso em desprezar a palavra desenvolvimento, quem sabe por total desconhecimento do que o vocábulo significa.

Analisando essa desconformidade crescente nas aglomerações, hoje chamadas generosamente de comunidade, sinto ter nascido na última geração de gente feliz, mesmo com todas as diferenças sociais da época. Basta lermos ou ouvirmos os “causos” de Jessier Quirino, para confirmarmos nossa felicidade nos bons tempos passados que não voltam mais.

Ilhéus no antes e depois em foto e acervo de José Nazal

Não nos incomodávamos com as pequenas doenças ou surtos que apareciam corriqueiramente em nosso corpo, a exemplo dos piolhos na cabeça, das impinges que apareciam e ficavam à mostra no corpo, chamadas popularmente de “ziquizira”. Era um prato cheio para as gozações no recreio da escola, no jogos de gude ou nos campinhos de futebol. E ninguém morria por isso, no máximo um xingamento da mãe e três tapas trocados.

Como não sabíamos o que significava “bullying”, essa santa ignorância nos livrava de outros males maiores e que necessitavam do auxílio dos profissionais da psicologia, psiquiatria e outros mimos que conhecíamos pelos livros. Também não existia o politicamente correto. Nos contentávamos em sentar para ouvir os programas de rádio do Rio de Janeiro e saímos em carreira para mostrar nosso conhecimento dos grandes clubes de futebol, após ouvirmos atentamente a resenha.

Ninguém se incomodava em ver os programas de televisão na casa de um vizinho, com uma enorme plateia sentada no chão da sala – os privilegiados e os mais apressados – ou olhando pelos ombros dos que se acomodavam na janela. Os chuviscos na tela faziam parte do espetáculo, bem como os mais espertos eram bem-vistos quando se ofereciam para regular a antena lá nas alturas.

Hoje, nossos objetos de desejo passaram a ser os aparelhos celulares no lançamento, que trocamos a cada seis meses, em perfeito estado, por outro ainda em pré-lançamento. Não colocamos nossos pés na lama dos campinhos de futebol, pois estamos jogando nos poderosos notebooks e a qualquer leve mudança de temperatura corremos em busca dos médicos especialistas e suas dezenas de exames.

Saudosismos à parte, prefiro os tempos em que desejávamos uma rua calçada a paralelepípedos mas não pensávamos duas vezes em tirar os sapatos para atravessar um trecho de lama. Não recebíamos merenda na escola e às vezes não trazíamos de casa, mas não dispensávamos o “baba” com uma bola de pano no recreio e chegávamos em casa sãos e salvos.

Nos tempos atuais posso assegurar que muitos de nós teria saudade de doenças como catapora, sarampo e caxumba do que conviver com as gripes virulentas importadas de outros países, que não apenas “fabricam” catarro como antigamente. Não, os vírus são exigentes e levam à morte, principalmente se o coitado já estiver acometida de doenças outras como diabetes, cardiopatias, hipertensão.

Naquela época não existia o Sistema Único de Saúde, o famigerado SUS, que abarrota de dinheiro os sacos sem fundo que se transformaram os governos estaduais e municipais de todo o Brasil. Ainda hoje muitos ainda desconheciam o SUS, destinado a atender de qualquer jeito os mais pobres, e que muitos políticos os conhecem – o SUS e os pobres – apenas por ouvir dizer.

Lembro de um ditado antigo que asseverava: “Pela entrada da cidade eu conheço o prefeito”, numa alusão aos que sabiam cuidar da comunidade, da sua gente. É triste, porém comum, que muitos políticos e servidores públicos sequer conheçam essas comunidades, simplesmente chamadas de invasão e que aparecem com frequência nas fotografias de José Nazal.

Que nossos governantes aprendam a planejar e modificar a paisagem da cidade, como mostram as fotos, com os requisitos mínimos de habitabilidade e conforto para os que realmente merecem: os que pagam seus impostos. Quem sabe a pandemia e o distanciamento social presencial seja uma importante ferramenta para podermos aprender como nos comportar como eleitor. E com o apoio das redes sociais, para a felicidade das novas gerações.

Walmir Rosário é advogado, jornalista e radialista.

Estados Unidos têm mais de 100 mil casos confirmados da doença
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Os Estados Unidos são o país com o maior número de casos de novo coronavírus confirmados no mundo. Já são 105 mil ocorrências, com 1.711 mortes até a amanhã deste sábado (28).

A Itália parece na sequência, com 86.498 casos da doença confirmados e 9.134 mortes causadas pela doença. A terceira posição no ranking é ocupada pela China, com 81.340 infecções confirmadas e 3.295 pessoas que não resistiram à doença.

No Brasil, até sexta-feira (27), eram 3.147 os casos confirmados de coronavírus, aumento de 17,22% em relação ao dia anterior. O número de óbitos também aumentou em 19,4%, passando de 77 para 92.

De acordo com informações repassadas pelos estados ao Ministério da Saúde, até as 17h de sexta-feira (27), as mortes foram registradas em Amazonas (1), Ceará (3), Pernambuco (4), Rio de Janeiro (10), Goiás (1), Paraná (2), Santa Catarina (1) e Rio Grande do Sul (2). São Paulo continua registrando o maior número de casos e de mortes, com  68 óbitos no estado.

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O Ceará é o estado do Nordeste com maior número de casos confirmados de Coronavírus. A última atualização do Ministério da Saúde, neste domingo (22), indica que os exames de 122 pacientes deram positivo para a doença, mas o número pode ser ainda maior, pois o boletim não traz os casos confirmados na tarde hoje.

Entre os estados nordestinos, a Bahia ocupa a segunda colocação, seguida de Pernambuco (37). No boletim do MS, a Bahia aparece com 49 casos, mas a Secretaria Estadual de Saúde confirmou 55 pessoas doentes.

De acordo com o Ministério Saúde, subiu para 1.546 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil. Até o momento, 25 mortes estão confirmadas, sendo 22 no estado de São Paulo e três no Rio de Janeiro.

Na última sexta-feira (20), o Ministério da Saúde reconheceu a transmissão comunitária do coronavírus (Covid-19) em todo o país. É fato que nem todas as regiões apresentam o mesmo nível de transmissão. Nem por isso, a população dessa região deixará de participar do esforço coletivo que passa a ser adotado pelos brasileiros. Assim, a medida é uma estratégia para que todo o Brasil se una contra o vírus.

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É sábado à noite. Escrevo enquanto escuto um especialista explicar no Jornal Nacional, da Rede Globo, que é preciso viver um dia de cada vez para evitar o estresse e a ansiedade. Respiro fundo, mas confio na seriedade e serenidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Fui uma das pessoas que, ao ficar em casa voluntariamente, chamei o meu movimento de quarentena, até entender que não é isto o que estou vivendo. Estou isolada socialmente, em minha própria residência, respeitando uma medida preventiva dos Governos, na tentativa de amenizar a disseminação do COVID-19, conhecido popularmente como coronavírus.

Tenho um coração dividido, neste momento: de um lado, a tentativa de não acompanhar todas as notícias e me distanciar de sentimentos como medo e ansiedade. Do outro, uma curiosidade absurda para tentar entender o que está acontecendo de fato, e porque a Itália divulgou, há algumas horas, a morte de 793 pessoas em um único dia, inclusive ultrapassando o número de vítimas da China, onde tudo começou.

Uma das palavras que mais tenho escutado, há alguns dais, é Lombardia, região mais populosa da Itália cuja capital é Milão. A tão sonhada por tantos brasileiros! Tão sonhada quanto o Rio de Janeiro e São Paulo. Impossível não fazer a associação. Impossível não lembrar que as primeiras mortes pela infecção estão acontecendo por lá. Impossível não pensar que o COVID-19 está pontuando nas regiões da classe média e alta, e que se chegar a um barraquinho sequer de uma daquelas tantas favelas do Rio, ou na gigantesca população que mora nas ruas de São Paulo, o Brasil não terá a menor condição de contabilizar ou conter. Lamentavelmente.

É sábado à noite. Escrevo enquanto escuto um especialista explicar no Jornal Nacional, da Rede Globo, que é preciso viver um dia de cada vez para evitar o estresse e a ansiedade. Não sabemos quanto tempo tudo isso irá durar. Respiro fundo, mas confio na seriedade e serenidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O nosso presidente, Bolsonaro, chama a pandemia de gripe e desfaz das ações enérgicas dos Governadores dos Estados Brasileiros. Desconfiam que ele esteja negando a própria infecção. Desconfio que muitos ainda negam sua insanidade…

Manuela Berbert é publicitária.
Voos entre terminais da Bahia e São Paulo e Rio de Janeiro deverão ser suspensos
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O governador Rui Costa anunciou, no início da tarde desta quarta-feira (18), que vai solicitar às agências nacionais de Aviação Civil (Anac) e de Vigilância Sanitária (Anvisa) a suspensão, em caráter emergencial, de voos saindo ou chegando de aeroportos baianos para o exterior e para cidades brasileiras com casos de contaminação comunitária, como Rio de Janeiro e São Paulo.

“Vou assinar esse pedido para as agências ainda hoje, a fim de suspender, imediatamente e em caráter emergencial, todos esses voos. Afinal, os casos registrados na Bahia são de pessoas que chegaram do exterior e dessas duas cidades”, explicou o governador.

A medida, explica, busca frear a transmissão do coronavírus em todo o território baiano e soma-se a uma série de ações executadas pelo governo estadual. Dentre elas, a suspensão das atividades de todas as escolas públicas e privadas de todos os municípios baianos e do fechamento de terminais rodoviários em cidades com casos confirmados do novo Coronavírus.

Até o início desta tarde, casos de covid-19 foram confirmados em Porto Seguro (3), Prado (1), Feira de Santana (5) e Salvador (5). “São medidas duras de restrição de circulação, mas são absolutamente necessárias para que vidas humanas sejam salvas”, conclui Rui. O boletim epidemiológico, a ser emitido no final da tarde de hoje, deverá atualizar para 18 o número de casos confirmados. Os três novos seriam da capital, sendo um deles um médico que atendia pacientes com a covid-19, segundo o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas.

Bahia registrou 156 casos e um óbito até este domingo (29)
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A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirmou o segundo caso do novo coronavírus no estado e o primeiro na cidade do Rio. Trata-se de uma mulher de 52 anos, que apresentou sintomas de quadro viral desde o retorno de viagem à Itália, na última quarta-feira (4).

De acordo com a Secretaria, a paciente, que mora sozinha, está em isolamento domiciliar. Quando voltou de viagem, no mesmo dia, ela deu entrada em uma unidade de saúde particular apresentando febre, tosse, congestão nasal e conjuntivite. Ela viajou acompanhada de outras três pessoas, que estão sendo monitoradas pela Secretaria em parceria com a Vigilância municipal.

A primeira amostra para testagem da paciente foi coletada no mesmo dia em que deu entrada na unidade particular. O resultado deu negativo para painel viral geral e detectável para coronavírus. Ontem (6), o material foi encaminhado ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que confirmaram o laudo positivo para o novo coronavírus.

Em nota, o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, destacou que não houve transmissão ativa do vírus no Rio de Janeiro. Os dois casos confirmados até agora são importados do exterior. “Permanecemos no Nível Zero do nosso plano de contingência e não há razão para pânico. Os cuidados devem permanecer os mesmos que tomamos para a gripe”, diz.

De acordo com os últimos dados  divulgados na sexta-feira (6), o Brasil tem 13 casos confirmados de coronavírus no país. Ainda não constava o segundo caso do Rio de Janeiro. Ao todo, 768 casos suspeitos são monitorados pelo Ministério da Saúde.

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Viradouro é a grande campeã do Carnaval do Rio de Janeiro || Imagem Agência Brasil
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Unidos do Viradouro é a escola campeã do carnaval do Rio de Janeiro. O resultado dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial foi divulgado hoje (26) pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), na Praça da Apoteose. Esta é a segunda vitória da escola, que também levou o título em 1997.

Com o enredo Viradouro de Alma Lavada, dos carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon, a escola de Niterói resgata a bravura das escravas de ganho do Abaeté, que trabalhavam para comprar a alforria de parentes e amigos.

Em segundo lugar, ficou a Acadêmicos do Grande Rio, com o enredo Tata Londirá – O canto do caboclo no Quilombo de Caxias dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, a escola contou a história de João Alves Torres Filho, o babalorixá Joãozinho da Gomeia, que virou um ícone do candomblé no Brasil.

Os envelopes com as notas das escolas foram abertos na seguinte ordem: fantasias; samba-enredo; comissão de frente; enredo; alegorias e adereços; bateria; mestre-sala e porta-bandeira; evolução; e, harmonia. A pontuação da escola nos quesitos considerou três das cinco notas. Foram descartadas a maior e a menor nota.

As notas foram atribuídas a cada escola pelos 45 jurados do carnaval de 2020. As seis que somaram mais pontos voltam ao Sambódromo no próximo sábado (29), para o tradicional desfile das campeãs. Desfilam, além da Viradouro, Mangueira, Grande Rio, Salgueiro, Mocidade e Beija-Flor.