Tempo de leitura: < 1 minuto

Rui Correia é estimulado a trabalhar projeto para 2016.
Rui Correia é estimulado a trabalhar projeto para 2016.

O advogado Ruy Correa está sendo estimulado a trabalhar candidatura a prefeito de Barro Preto, no Sul da Bahia. E o incentivo parte, principalmente, de gente desiludida com Jaqueline Mota (PT), acusada de transformar a prefeitura em uma “Jaquelândia”, referência jocosa à decisão da prefeita em empregar dezenas de parentes em cargos comissionados ou por meio de contrato.
Ruy Correa sente-se lisonjeado com convites de alguns partidos, dentre eles o PSB, para construir o Projeto 2016. Apesar de afirmar que possui bons projetos para Barro Preto, o advogado não deixa claro se aceita a empreitada.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Renato: acusado de golpe.

E o ex-deputado Renato Costa, quem diria?, aprontou para cima dos membros da comissão provisória do PMDB de Itabuna. Na surdina, o médico foi a Salvador e conseguiu tirar da Comissão Provisória o advogado Ruy Corrêa e o contador Alberto Elmo (Bebeto). Renato substituiu Corrêa e Bebeto por Antonio Moreira (Moreirinha) e o estudante Pedro Arnaldo.
Corrêa e Bebeto foram informados somente hoje da “substituição”. Da comissão provisória antiga, restaram apenas o próprio Renato e o presidente do Itabuna Esporte Clube, Ricardo Xavier.
Corrêa caiu depois de enfrentar decisão do partido e afirmar que manterá candidatura avulsa à prefeitura de Itabuna. Quanto a Bebeto, que foi um dos que atraíram Renato para o PMDB, pouco se sabe.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marival Guedes | marivalguedes@yahoo.com.br

Os brutos também choram. Leonelli, apesar de toda a brutalidade política, não conteve as lágrimas ao ouvir de um correligionário que aquilo era “armação”.

Começo pelo cenário político baiano na época: em abril o vice-governador Otto Alencar tomou posse substituindo César Borges, que renunciou para candidatar-se ao senado. Antônio Carlos Magalhães estava desempregado.  Renunciou ao mandato por causa da sua estripulia no Senado, a fraude no painel de votação. Candidatou-se novamente.

O PSB lançou Itaberaba Lyra ao governo, Ruy Corrêa (Senado), Domingos Leonelli (deputado federal) e Lídice da Mata à reeleição na Assembléia Legislativa. Anthony Garotinho (PSB) era candidato à presidência da República e precisava de um palanque na Bahia, por isso entrou em contato com o presidente da legenda Domingos Leonelli.

O ASSALTO

Depois de combinar por telefone com Garotinho, Leonelli voou ao Rio para buscar a primeira parcela do dinheiro da campanha. No retorno, pegou seu carro, foi à casa de uma amiga com a pasta com o dinheiro debaixo do banco e, em seguida, para sua residência no Rio Vermelho. Lá estavam, dentre outras pessoas, a deputada Lídice da Mata e  Geovan, do PSB de Vitória da Conquista. Quando acabou de entrar , um grupo invadiu a casa e anunciou o assalto, levando toda a grana.

Os brutos também choram. Leonelli, apesar de toda a brutalidade política, não conteve as lágrimas ao ouvir de um correligionário que aquilo era “armação”.  A hipótese foi rechaçada pela direção do partido. Ele concedeu entrevistas e o fato foi noticiado pelos principais veículos de comunicação.

RESULTADO DAS ELEIÇÕES

Lula foi eleito presidente, Paulo Souto derrotou Jaques Wagner, Antônio Carlos e César Borges se elegeram, Lídice da Mata se reelegeu e Leonelli não conquistou a cadeira na Câmara. O advogado itabunense Ruy Corrêa obteve 85 mil votos, ficando em quinto lugar entre os nove candidatos ao senado.

QUESTÕES INTRIGANTES

Os ladrões nunca foram descobertos e alguns fatos chamaram a atenção. Por exemplo, eles entraram perguntando onde estava a pasta com o dinheiro. Logo após o assalto, Leonelli declarou nas entrevistas que a pasta tinha dez mil reais. Os jornais A Tarde e Tribuna da Bahia e outros veículos publicaram esta versão. Mas o Correio da Bahia publicou 190 mil. Chegou bem próximo. Na verdade havia 210 mil reais.

2002 foi um ano “quente” na política baiana. De março a setembro, houve um festival de grampos telefônicos clandestinos. O esquema era operado por pessoas da Secretaria de Segurança Pública. Foram grampeados 190 números de telefones dos desafetos de Antônio Carlos Magalhães.

Marival Guedes é jornalista e escreve no PIMENTA às sextas.