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Da Folha

A disputa pela Prefeitura de São Paulo chega ao primeiro turno com três candidatos empatados tecnicamente e com um segundo turno indefinido, de acordo com pesquisa Datafolha. Na véspera da eleição, José Serra (PSDB) aparece com 28% dos votos válidos, contra 27% de Celso Russomanno (PRB) e 24% Fernando Haddad (PT).

A margem de erro das pesquisas é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Embora tenha oscilado dentro da margem de erro em relação a pesquisa anterior, realizada entre os dias 2 e 3 de outubro, o levantamento atual mostra queda acentuada de Russomanno nas últimas pesquisas. Há oito dias, na pesquisa concluída no dia 27, ele aparecia com 34% dos votos válidos.

No levantamento atual, Gabriel Chalita (PMDB) aparece com 13%, Soninha (PPS) tem 5% dos votos válidos. Carlos Giannazzi (PSOL), Paulinho (PDT), Ana Luiza (PCO) e Levy Fidelix (PRTB) aparecem com 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

O levantamento foi feito nesta sexta-feira (5) e sábado (6) e ouviu 3.959 pessoas. A pesquisa foi registrada com o número SP-01778/2012.

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O deputado federal Jutahy Júnior circulou neste final de semana no sul da Bahia em atividades de apoio a candidaturas do arco de alianças do PSDB. Ontem à noite, o parlamentar falou do mensalões do PT e do PSDB mineiro (claro, diferenciando-os), eleições de 2014 e fez avaliação das disputas eleitorais em Ilhéus e Itabuna.

Jutahy vê corrida acirrada pelo voto em Itabuna sendo travada entre o prefeito e candidato à reeleição, Capitão Azevedo (DEM), que tem apoio do PSDB, e Claudevane Leite, Vane do Renascer (PRB).

Para ele, o cenário em Itabuna ficará mais nítido quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) liberar o registro de candidatura de Azevedo, barrado em primeira instância por irregularidades insanáveis em licitações e contratos nos anos de 2009 e 2010.

Jutahy disse que, no geral, o PSDB acertou ao abrir mão de candidaturas próprias a prefeito nos grandes municípios baianos em favor de aliados mais viáveis eleitoralmente, a exemplo de Azevedo em Itabuna. E critica a estratégia petista de nacionalizar a disputa de 2012.

PIMENTA – O PSDB, taticamente, agiu certo ao abrir mão de ter candidaturas próprias a prefeito nos principais municípios da Bahia?

JUTAHY JÚNIOR – A estratégia foi exatamente essa: fortalecer as candidaturas aliadas mais viáveis. Mesmo onde abrimos mão, temos chapas fortes para vereador. Esperamos fazer três vereadores em Itabuna, onde tínhamos nome respeitado para disputar a prefeitura, Ronald Kalid. No geral, nossa estratégia é inversa à do PT, que preferiu nacionalizar as campanhas com o “time” de Lula, Dilma e Wagner.

A estratégia do PT é errada?

O PT cometeu maior equívoco. A [estratégia] é completamente furada. Impuseram candidaturas artificiais, esqueceram de propostas com identidades nas cidades. Achava que só o marketing político era suficiente. Mas é indiscutível que houve desgaste do PT com o mensalão. A imagem foi atingida. Somou-se ao erro de estratégia nacionalizada o mensalão.

No plano nacional, o PSDB lidera em duas capitais, mas não aquelas de grande expressão. As estratégias tucanas também não têm sido equivocadas?

Lideramos em Macéio (AL), Teresina (PI), Vitória-ES, Rio Branco (AC) e São Luís (MA).

O que está acontecendo em São Paulo, com José Serra?

A luta é levar o Serra para o segundo turno. E acho que isso é muito provável, que chegue ao segundo turno.

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Na cidade de São Paulo, tem quem o quer, mas também tem o petista e quem é próximo ao PT que tem em Serra o antagonista.

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Mas ele, segundo as pesquisas, tem rejeição superior a 40%. Como se explica essa rejeição?

Serra foi candidato tendo embates muito fortes. Foi para o segundo turno contra a Dilma em 2010. Foi contra Marta Suplicy em 2004, na disputa pela prefeitura. Na cidade de São Paulo, tem quem o quer, mas também tem o petista e quem é próximo ao PT que tem em Serra o antagonista. Tem o que vota e o que não vota nele. A campanha, dessa vez, é acirrada. É impositiva do Lula no apoio a [Fernando] Haddad. Dilma, também [apoia].

Qual a análise do senhor quanto às disputas em Itabuna e Ilhéus?

A questão de Ilhéus eu não tive participação. Estou mais envolvido com os vereadores. [Os deputados] Imbassahy e Augusto Castro que definiram [apoio a Jabes Ribeiro, do PP]. Já em Itabuna, eu participei diretamente na decisão, no convencimento do diretório municipal, de fazer essa aliança.

E a disputa em Itabuna, que cenário o senhor enxerga?

Em Itabuna, é disputa que ainda está em aberto. Acho que a eleição vai ser entre o Capitão [Azevedo] e Vane. Mas na hora que sair o registro [de Azevedo], teremos cenário mais nítido. Existem muitos eleitores indecisos.

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Em Itabuna, estamos muito otimistas [quanto à disputa no legislativo], esperamos fazer três vereadores do PSDB.

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Mas as sondagens revelam o contrário: o percentual de indecisos é muito baixo.

Acho que [a disputa] vai ser entre Azevedo e Vane, com boas perspectivas para o capitão. Em Itabuna, estamos muito otimistas [quanto à disputa no legislativo], esperamos fazer três vereadores do PSDB.

Como o PSDB sai das urnas na Bahia?

As projeções são razoáveis no quantitativo. No sentido político, será positivo.  Temos o vice em Conquista, abrimos mão em Salvador e em Camaçari [onde o partido renunciou em apoio a Maurício de Tude, do PTN]. Nossa estratégia foi apoiar, eleger prefeitos eficientes para pensar em 2014. O trabalho [de alianças] que o Augusto tem feito ajudou o PSDB a expandir muito aqui na região sul.

O senhor falou de Itabuna. E Ilhéus?

Jabes é favorito. Isso é indiscutível.

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Pelo menos dez grandes empreendimentos previstos para se instalar na Bahia estão suspensos por conta da proposta que tramita no Senado para por fim à Guerra Fiscal. Entre as empresas que suspenderam projeto de instalação no Estado estão as duas indústrias de bebidas, cujo investimento supera os R$ 500 milhões.

“Essa situação é vivida também por Pernambuco e o Ceará”, justifica o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, creditando a crise à posição de São Paulo, que tem recorrido à Justiça contestando incentivos fiscais dados por outras unidades da federação, inclusive a Bahia. “São Paulo canaliza hoje uma antipatia de todo o Nordeste pela intransigência em querer resolver as coisas do jeito que acha que é, esquecendo que no passado teve incentivo do proálcool”, enfatiza Correia.

Leia mais no site Gente&Mercado, da jornalista Sara Barnuevo.

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Empurrado pela torcida, o Bahia bateu o São Paulo por 1 a 0, há pouco, no Estádio de Pituaçu (Salvador). O gol foi marcado por Gabriel e fez o Bahia chegar aos 23 pontos, afastando-se ainda mais da Zona de Rebaixamento.

O time conseguiu a segunda vitória consecutiva no Brasileirão 2012. Na quarta, o Tricolor enfiou 3 a 1 no Santos, em plena Vila Belmiro. Confira o gol tricolor.

Atualizado às 21h – Tremenda bola fora. Sinceras desculpas pelo erro de informação no placar e agradecimentos aos atentos leitores. Agora, está correto.

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O Vitória meteu 2 a 0 no São Domingos-SE no Barradão, há pouco, e passou à segunda fase da Copa do Brasil em jogo. Os gols da classificação rubro-negra foram de Marquinhos e Arthur Maia. O rubro-negro enfrentará o ABC de Natal na próxima fase.
O triunfo de hoje é mais um aperitivo para o Ba-Vi do próximo domingo (18), às 16h, no Barradão. O Bahia é o líder do Baianão 2012, mas o Vitória chega com moral após golear na 14ª rodada e, hoje, carimbar passaporte à segunda fase da CB.
BAHIA DE FEIRA CLASSIFICADO
Há pouco, outro time baiano avançou à segunda fase, o Bahia de Feira. O Tremendão havia perdido do Aquidauanense-MS por 1 a 0, mas reverteu a vantagem em casa ao bater o adversário por 2 a 0. Na próxima fase, o Bahia de Feira pegará o São Paulo.

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O palhaço Tiririca, que é também deputado federal e foi o puxador de votos do PR no estado de São Paulo na eleição de 2010, pensa em disputar a prefeitura paulistana este ano. O Partido da República, que não sabia se apoiava Fernando Haddad (PT) ou José Serra (PSDB), optou por apresentar o folclórico pré-candidato. De acordo com a legenda, a decisão de seu a partir de sugestões recebidas de eleitores.
O PR é aliado do PT no plano federal, mas tem fortes ligações com o tucanato paulista. Sair com Tiririca seria uma maneira de evitar problemas nas duas relações… Ou aumentar o poder de barganha e garantir bons cargos no futuro.
Quem sabe Tiririca venha a desistir da candidatura para se tornar, talvez, o secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo…

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A partir de hoje, supermercados de São Paulo deixam de utilizar sacolas plásticas para empacotar as compras dos clientes. A medida é fruto de acordo com o Governo do Estado e tem adesão de 80% das empresas, sob a justificativa de que as sacolas degradam o meio ambiente.
Do outro lado, indústrias que produzem as sacolas plásticas alegam que o interesse de preservar a natureza não tem nada a ver com a motivação da proposta, que estaria mais relacionada ao interesse dos supermercados de cortar despesas. Estima-se que as empresas farão uma economia de R$ 500 milhões por ano. As indústrias também argumentam que as sacolas são reutilizáveis, como sacos de lixo.
Mesmo com a polêmica, o Governo Federal pretende reproduzir o exemplo de São Paulo no resto do País. O que o cidadão pensa disso? Ninguém perguntou, já que os donos das decisões acham esse negócio de ouvir o povo… um saco!

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Lojas das redes Extra, Ponto Frio, Casas Bahia e Magazine Luiza foram autuadas pelo Procon de São Paulo sob suspeita de irregularidades cometidas durante as megaliquidações promovidas nesta semana.
As  empresas autuadas responderão a processo administrativo e poderão ser  multadas em valores que vão de R$ 400 a R$ 6 milhões.
Desde segunda-feira, o comércio vem promovendo campanhas em que são prometidos descontos de até 70% em produtos como móveis e eletrodomésticos. Do Uol.
Em Itabuna, clientes reclamaram – principalmente – da falsa promessa de produtos com 70% de desconto. A espera foi grande, assim como a frustração.

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O Bahia está entre os quatro times da zona de rebaixamento do Brasileirão 2011, mas se há algo do qual não pode reclamar é do apoio que vem das arquibancadas. O time é o segundo que mais leva torcedores ao estádio – média de 22.333 por partida.
Quem ocupa a primeira posição é o líder do campeonato, Corinthians (26.715). A lista dos cinco primeiros é completada por São Paulo (19.277), Coritiba (18.748) e Flamengo (16.094). O lanterninha é o América-MG (2.493 torcedores por jogo).

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O Corinthians não passou de um 0 a 0 contra o Santos, na Vila Belmiro, há pouco, mas conseguiu recuperar a liderança da Série A por ter mais vitórias que o Flamengo (10 contra 9). Ambos somam 33 pontos. O Santos, que jogou sem Neymar e Paulo Ganso, é o 14º colocado da competição, com 14 pontos.
A liderança pode mudar no final de semana, quando o Corinthians pega o Ceará, no Pacaembu, e o Flamengo enfrenta o Figueirense em Santa Catarina. Os dois jogos serão realizados no domingo (14). E o São Paulo, dois pontos atrás, jogará contra o Atlético-PR, sábado, às 18h30min. O time pode ser líder isolado se bater o time paranaense e o timão e o rubro-negro perderem.

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O Bahia levou 3 a 0 do São Paulo em jogo encerrado há pouco no Morumbi e se manteve na 14ª posição na Série A, com 15 pontos, coladinho na zona de rebaixamento. O primeiro gol foi polêmico: Rogério Ceni cobrou falta e a bola resvalou no braço do zagueiro Tite. O juiz interpretou como mão na bola e marcou pênalti, convertido pelo goleiro são-paulino.
O segundo gol aconteceu em jogada de contra-ataque de Dagoberto, que encobriu o goleiro Marcelo Lomba, ainda no primeiro tempo. O terceiro gol do time paulista pintou numa arrancada de Lucas. O craque “fuzilou” Marcelo Lomba para cravar 3 a 0. O São Paulo tomou novamente a terceira colocação com a vitória, atingindo 28 pontos. O próximo confronto do tricolor baiano será contra o Atlético-GO, no domingo, em Pituaçu, às 18h30min.
 

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Em 2007, quando o governo do prefeito Valderico Reis em Ilhéus se afundava em uma sucessão de escândalos, os principais personagens daquela história política macabra se transportaram, em forma de verdadeiros mondrongos, para os palcos e ruas de Ilhéus. Surgia Teodorico Majestade, o prefeito da fictícia Ilha Bela, e todo o seu “staff” de malandros.
Criação de Romualdo Lisboa, encenada pelo Teatro Popular de Ilhéus, Teodorico é um tapa na cara da classe política, a vingança do povo ou a “desconstrução do marketing”, como diz o autor. A peça, indicada para dois prêmios Braskem, foi encenada no Rio de Janeiro e participou recentemente da 6ª Mostra Latino Americana de Teatro, em São Paulo. Sucesso de público e crítica, teve casa cheia todos os dias numa temporada de dois meses na capital paulista.
Sai o prefeito, entra o vice. Agora é a vez do Inspetor-Geral, que estreou em São Paulo e ainda terá uma temporada de dois meses por lá, antes de chegar a Ilhéus. Com sua linguagem universal, o Teatro Popular conquista outros palcos.
Leia abaixo os principais trechos do bate-papo do PIMENTA com o criador de Teodorico e do Inspetor :
PIMENTA – Como vocês chegaram à Mostra Latino-Americana?
Romualdo Lisboa – É a Cooperativa Paulista de Teatro que faz um levantamento das produções, sai para ver coisas. No nosso caso, eles sabiam que a gente já tinha feito temporada no Rio, Salvador e havíamos sido indicados para dois prêmios Braskem, o que despertou o interesse. O curioso é que durante a mostra, a crítica para a maioria dos espetáculos não foi boa. Eles contratam críticos de todos os países que participam e cada espetáculo é avaliado por dois deles. No começo, as análises estavam muito ruins, o que deixou os organizadores preocupados.
PIMENTA – Até Teodorico entrar em cena…
RL – Aconteceu que alguns espetáculos, antes do fim da semana, começaram a ganhar uma crítica bacana. Os da Colômbia e da Argentina, por exemplo, ajudaram a melhorar a crítica. O nosso espetáculo estava programado para o final e a opinião dos críticos foi muito boa. O resultado foi que Teodorico acabou fazendo a primeira temporada longa naquele teatro do Sesi e iniciou um projeto de vincular mais a comunidade da zona leste de São Paulo àquele espaço cultural.
PIMENTA – Eles já conheciam a experiência do Teatro Popular em Ilhéus?
RL – Eles conhecem a nossa identidade aqui na região, sabem como nós tornamos a Casa dos Artistas mais próxima da comunidade, como a gente vai para os bairros, os distritos. Essa política do grupo lhes interessou para aquele espaço. Estrategicamente foi bacana, porque a gente lotou sempre. Os ingressos eram reservados para três, quatro semanas. Estreamos no dia 13 de maio e ficamos até 2 de julho, realizando nesse período 32 apresentações.
 

Tinha gente que chegava e dizia: ‘vocês estão falando de Campinas? Porque tá acontecendo isso lá em Campinas’.

 
PIMENTA – Isso significa que o público paulista entendeu perfeitamente a mensagem de Teodorico
RL – Isso foi muito legal. Tinha gente que chegava e dizia: “vocês estão falando de Campinas? Porque tá acontecendo isso lá em Campinas”. Ou seja, a história não é só de Ilhéus, ela é universal.
PIMENTA – Vocês tinham ideia da dimensão que a peça tomaria quando começaram a encená-la na rua e até em frente à Prefeitura de Ilhéus (no período de crise política que levou à cassação do então prefeito Valderico Reis)?
RL – Não tínhamos a menor ideia. Teodorico eu escrevi com raiva e aquilo me deixou muito mal no começo. Houve uma cobrança das pessoas, que chegavam ali da janela (da Casa dos Artistas) e gritavam : “e aí, vocês não vão fazer nada não, é?”. Eram professores, gente da imprensa, que estavam indignados com aquela sequência de escândalos.
PIMENTA – Você conseguiu transformar essa raiva em um negócio engraçado.
RL – É, à medida que ia escrevendo, eu perdi a raiva e o negócio começou a ficar tão engraçado que a gente decidiu fazer uma pesquisa sobre literatura de cordel. O texto de Teodorico foi todo escrito em cordel, em sextilhas. Foi muito divertido. Em vez da gente fazer uma coisa com raiva, agredindo de maneira panfletária, a gente fez uma brincadeira.
PIMENTA – Que é muito mais eficaz…
RL – Com certeza, o humor é muito mais poderoso. O então prefeito de Ilhéus me encontrou algumas vezes e virou a cara, gritou, me xingou, e eu me divertia demais com aquilo. Havia uma evento grande, nós íamos mesmo sem sermos convidados. Os personagens estavam lá na porta, tocando, cantando, e de repente o prefeito chegava e via, e se via, era um inferno. Chegou num nível de estresse dele com isso que o então presidente da Fundação Cultural, Arléo Barbosa, negou uma pauta pra gente no Teatro Municipal. Ele dizia que até liberava a pauta, desde que a gente não encenasse Teodorico. Dizia assim: “ah, vocês têm tantos espetáculos legais, façam os outros, esse não”. Arléo Barbosa é uma pessoa super gente fina, mas estava numa situação em que não tinha autonomia. Como a gente não aceitava deixar de encenar a peça, ele aconselhava: “então fale com o prefeito”. Eu fui falar e o prefeito me enxotou de lá. O segurança dele é que interveio para que ele não me batesse. No dia seguinte, a gente colocou em todos os jornais que o prefeito havia censurado Teodorico Majestade no teatro.
 

Um começa a entregar o outro, até que o prefeito toma uma decisão. Eu não sei se na vida real isso é possível, mas na nossa história acontece.
 

PIMENTA – Quanto tempo durou a censura?
RL – A notícia saiu no sábado e a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Ilhéus) nos convidou para participar no mesmo dia de um almoço oferecido à imprensa. Eles pediram que levássemos algum espetáculo nosso e é claro que a gente levou Teodorico (risos). O prefeito estava lá e a gente encenou a peça diante dele. Naquele momento, meio na pressão, ele anunciou que o espetáculo poderia ser apresentado no teatro. Isso foi menos de 24 horas depois dele ter me enxotado da Prefeitura.
PIMENTA – E O Inspetor…?
RL – O Inspetor é a segunda parte de Teodorico. Sai o prefeito, entra o vice Gilton Munheca. Ele e a família estão numa situação muito bacana, vivendo dias muito felizes. A mulher vive na capital, só anda no luxo. Ele distribuindo uísque, fazendo festas. O irmão dele, Zé de Minga, é o responsável pelas festas. É uma orgia o tempo inteiro.
PIMENTA – Até que…
RL – Aí surge uma carta, avisando da chegada de um Inspetor-Geral, que viria em missão secreta para apurar todos os malfeitos. Então eles ficam alucinados: Gilton Munheca, Cacau das Treitas, Pai Didão, Jorge Paraíba e a mulher do prefeito, que na nossa história é a secretária de Educação. E um começa a entregar o outro, até que o prefeito toma uma decisão. Eu não sei se na vida real isso é possível, mas na nossa história acontece (risos). Ele toma a iniciativa de mandar arrumar a casa. Manda colocar funcionários para melhorar a limpeza das ruas, pintar meio-fio, consertar aqui e ali, trocar luz dos postes…
Nesse ínterim, surge a história de que tem uma pessoa estranha na única pensão da cidade. Aí eles entendem que só pode ser o inspetor geral e vão tentar comprar o cara. O prefeito leva o dito inspetor-geral pra casa, cada um leva um dinheirinho e o cara fica cheio de grana. No final das contas ele vai embora noivo da filha do prefeito, já perto do casamento, mas há uma série de outros fatos que complicam toda essa história.
PIMENTA – Na essência, o que tem de diferente nessa história em relação à de Teodorico?
RL – Diferentemente de Teodorico, O Inspetor-Geral… traz uma outra perspectiva desse universo. É quase um processo de expiação. A gente promove uma vingança no Teodorico, a gente se vinga dele e de todos os outros. E no Inspetor-Geral, a gente só constata esse tipo com quem a gente está lidando. Em seu discurso final, o prefeito diz assim: “Somos porcos miseráveis, grandes ratos abomináveis”. Ele e todos os demais acabam se enxergando como um mal para a sociedade.
PIMENTA – E o público acaba os enxergando como de fato são…
RL – A ideia é fazer a identificação dessa espécie de gente. É preciso que o público, quando vir na TV aquele discurso muito bem arrumado, ele enxergue as deformações daquele discurso. A gente faz a desconstrução do marketing, precisa fazer.
PIMENTA – Quando O Inspetor estreia em Ilhéus?
RL – Só depois que a gente encerrar o contrato com o Sesi de São Paulo, que inclui uma próxima temporada em outubro e novembro, no teatro da Vila das Mercês. É possível ainda uma temporada extra, de um mês, que pode ser em dezembro ou janeiro. Isso significa que provavelmente só em fevereiro a gente esteja aqui em Ilhéus com o espetáculo.

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Paixão Barbosa (Blog Política e Cidadania)

Mais uma demonstração de como os programas e princípios dos partidos políticos no Brasil não tem nenhuma importância nem são levados a sério principalmente pelos seus filiados. Falo da anunciada decisão do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, de se filiar ao PMDB. Para quem não se lembra, Skaff, um dos grandes empresários da indústria brasileira, disputou o governo de São Paulo pelo PSB, sigla que, para não deixar dúvidas, quer dizer Partido Socialista Brasileiro.

É claro que em nenhum momento empresário revelou ter pendores socialistas e sua entrada no PSB se deu apenas pela necessidade de uma legenda para ser candidato. Tanto é que, agora, passados somente pouco mais de três meses da eleição, já busca novo novo abrigo para tentar atingir o seu sonho que é governar o maior Estado do Brasil.

E assim acontece com quase todos partidos brasileiros – e digo quase porque sempre há algumas exceções que confirmam a regra. Não há o menor compromisso por parte de quem quer entrar nem tampouco qualquer cobrança por parte de quem recebe a filiação.

Desta realidade surgem duas certezas. A primeira é que mais do que nunca se faz necessária uma reforma política séria, profunda e moralizadora no País. A segunda é que, se depender dos partidos e dos seus parlamentares, tal reforma nunca acontecerá.

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O Itabuna Esporte Clube/Marília-MA estreou com derrota na Copa São Paulo de Futebol Júnior. O time que conta com apenas quatro atletas do Itabuna enfrentou o Inter de Limeira e perdeu por 1 a 0, gol de Cauê. O Azulino volta a jogar no próximo sábado (8), desta vez contra o São Paulo. Além do Itabuna, outros dois representantes do estado na Copa São Paulo são o Vitória e o Bahia.

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Do IG
Dono da maior torcida do Brasil, o Flamengo segue poderoso, mas já não ostenta a liderança do ranking das marcas mais valiosas do futebol nacional. As muitas ações de marketing desde a chegada de Ronaldo e, principalmente, do centenário do clube, além da grande presença de público nos estádios, levaram o Corinthians a se tornar a marca de maior valor em 2010: R$ 749,8 milhões.
No estudo anual realizado pela “Crowe Horwath RCS”, o São Paulo também conseguiu importante avanço e assumiu o segundo lugar, com R$ 659,8 milhões. O Flamengo agora é o terceiro, com a marca avaliada em R$ 625,3 milhões. Enquanto o Palmeiras se manteve na quarta posição (R$ 444,1 milhões), o Vasco ganhou duas em relação a 2009 e agora é sétimo. O campeão brasileiro Fluminense, curiosamente, caiu uma colocação.
A LISTA DOS MAIS VALIOSOS
1. Corinthians – R$ 749,8 milhões
2. São Paulo – 659,8 milhões
3. Flamengo – R$ 625,3 milhões
4. Palmeiras – R$ 444,1 milhões
5. Internacional – R$ 268,7 milhões
6. Grêmio – R$ 222,8 milhões
7. Vasco – R$ 156,5 milhões
8. Santos – R$ 153,3 milhões
9. Cruzeiro – R$ 139,6 milhões
10. Atlético-MG – R$ 110,3 milhões
11. Fluminense – R$ 104,2 milhões
12. Botafogo – R$ 89,9 milhões
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