Corpo estava próximo a mangue na foz do Cachoeira, em Ilhéus || Foto PMI
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Bombeiros resgataram o corpo de um homem ainda não identificado, nesta terça (9), próximo a uma área de mangue na foz do Rio Cachoeira, na Sapetinga, em Ilhéus. A identificação está a cargo do Departamento de Polícia Técnica de Itabuna (DPT).

Suspeita-se que o corpo seja de Uilian Silva de Oliveira, de 29 anos, morador do Pontal, na mesma cidade. Ele é procurado pela família desde o último sábado (6), conforme boletim registrado na Polícia Civil.

Quem levantou a hipótese de o corpo ser de Uilian foi o pai dele, Marcelo Ribeiro de Oliveira, informa o site Fábio Roberto Notícias. Segundo Marcelo, características físicas, roupas e acessórios o levam a acreditar nessa possibilidade. O jovem enfrentava um quadro de depressão.

Agonia de cavalo foi registrada por moradora da Sapetinga
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“Olha pra isso, pessoal, olha”, apela uma mulher, celular na mão, filmando um cavalo. Os passos descoordenados, o esforço para se manter em pé e o enrijecimento dos músculos sugerem uma convulsão. A agonia do animal, que morreu pouco depois, foi registrada na Sapetinga, em Ilhéus. A morte repentina levantou suspeita de maus-tratos e envenenamento.

O caso ganhou as redes sociais nesta segunda-feira (12), em uma publicação da internauta Anne Pacheco, moradora da Sapetinga. Ao lado do vídeo com a cena descrita acima, há uma foto do cavalo morto. “Moradores da Sapetinga encaminharam, através de zap e ligações telefônicas, vários pedidos de socorro aos órgãos que têm a obrigação de cuidar do meio ambiente, que animais de grande porte, maltratados, estavam soltos nas ruas”, escreveu Anne. Sem citar nomes, disse ter havido descaso de órgãos “que não funcionam”. “Uma morte dolorosa que poderia ter sido evitada”, emendou.

VETERINÁRIAS COMENTAM

A pedido do PIMENTA, as médicas veterinárias Hannah Thame e Raissa Gracie assistiram ao vídeo, comentaram a suspeita de envenenamento intencional e levantaram outras hipóteses, com a ressalva de que falavam no campo da suposição, sem informações e instrumentos necessários para cravar parecer.

“Os sintomas estão parecidos [com os de intoxicação], sim. Ainda mais que veio a óbito no mesmo dia do vídeo, bem rápido. Pode ter sido intoxicação, sim”, comentou Hannah. No entanto, lembrou que são comuns os casos de intoxicação por planta tóxica. “Mas, a gente não sabe como era o local que ele fica, se tinha dono, se ficava solto ou preso”, ressalvou.

Apesar de curto, o vídeo deixa claro que o animal apresentou distúrbio neurológico, mas não é possível determinar se foi provocado por intoxicação, ponderou Raissa. “Pode ter sido intoxicação e pode ter sido alguma doença com sitomatologia nervosa. Inclusive, não descartaria a raiva nesse caso”, observou.

Especialista no tratamento de animais de grande porte, Raissa enfatizou que a raiva é doença de notificação obrigatória. “A Adab [Agência de Defesa Agropecuária da Bahia) deveria ter sido acionada para fazer a coleta do cérebro do animal e mandar para o laboratório”, explicou, reafirmando não ser possível, com as informações disponíveis, atestar a prática de envenenamento. “No cavalo, várias doenças têm essa mesma sitomatologia nervosa”, reiterou. O caso, segundo ela, demanda investigação pós-morte e, além disso, seria importante saber se pessoas entraram em contato com o animal.

Ao PIMENTA, o médico veterinário Gilmar Farias, fiscal da Adab, informou que a morte do cavalo na Sapetinga não foi notificada à Agência. O site não conseguiu contatar o Centro de Zoonoses de Ilhéus, órgão do município responsável pelo recolhimento de animais de grande porte soltos em espaços urbanos.

Casos de dengue disparam em algumas regiões do Brasil.
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O índice de infestação predial (IIP) do Aedes aegypti em Ilhéus supera em mais de cinco vezes o percentual considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Agora, 5,2% dos imóveis visitados em Ilhéus estavam com focos de larvas do mosquito, enquanto a OMS considera aceitável abaixo de 1%.

A infestação foi aferida durante o primeiro ciclo do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2022, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). Significa dizer que, a cada 100 imóveis visitados, mais de 5 apresentavam focos do mosquito.

Apesar disso, segundo a Sesau, o índice está abaixo do registrado em 2021, quando chegou a 8,4%. Já o último levantamento feito pela pasta, referente ao primeiro trimestre de 2022, registrou 124 casos de dengue, uma das três doenças transmitidas pelo mosquito, também responsável pela transmissão do zika vírus e da chikungunya.

BAIRROS EM SITUAÇÃO DE ALERTA

A Vigilância Epidemiológica de Ilhéus constatou os maiores índices de infestação do mosquito nos bairros Salobrinho, São Francisco, Nelson Costa, Sapetinga, Nossa Senhora da Vitória, Barra de Itaípe, Hernani Sá e Pontal, além da Avenida Itabuna.

O secretário de Saúde, André Cezário, pediu que os moradores de Ilhéus colaborem com o combate ao mosquito, evitando as condições de reprodução da espécie, que deposita suas larvas em recipientes com água parada.

“Os agentes realizam visitas e orientam os moradores, mas é importante que a comunidade faça a sua parte, porque o combate depende da conscientização de todos. Se não houver comprometimento da população, os casos continuarão aumentando”, disse o gestor.

A Sesau disponibiliza o telefone 73 3234-2031 para denúncias de possíveis criadouros do Aedes aegypti, a exemplo de terrenos baldios e casas abandonadas. O serviço funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h. Atualizado às 11h26min.

Casa próxima a barranco que desmoronou, em Ilhéus
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As chuvas que atingem as regiões sul e extremo-sul da Bahia obrigaram, pelo menos, 26 famílias de Ilhéus a deixar suas casas, até a manhã desta sexta-feira (10), informa o geógrafo Joandre Neres, coordenador da Defesa Civil no município.

Há registro de deslizamentos de terra e alagamentos em vários bairros, a exemplo do Teotônio Vilela, Nossa Senhora da Vitória, Ilhéus e Sapetinga. O risco é ainda maior nos altos da cidade, devido ao terreno acidentado, explica Joandre.

Moradores interditam ladeira que dá acesso ao Alto da Tapera

VOLUME DE CHUVA SUPERA RECORDE DE 2013

Segundo o coordenador da Defesa Civil, havia previsão de que o volume de chuva desta sexta-feira seria de 105mm, o que fez o órgão emitir alerta no início da semana. “Quebrou o recorde, na verdade, em a esse volume. A gente já soma 188mm neste exato momento”, acrescentou, informando que a medida corresponde ao intervalo das 21h de ontem até as 12h de hoje.

O recorde de chuvas do município foi registrado em 2013, com 192mm em 24h, informa Joandre Neres. “A gente tá, com menos de 24h, com um volume a 4mm de passar desse total”. A chuva em Ilhéus só deu trégua três horas depois, às 15h20min.

Queda de árvores interditou a Ilhéus-Itabuna na altura do Banco da Vitória

ILHÉUS TEM 5 MIL FAMÍLIAS EM ÁREAS DE RISCO

A Defesa Civil mapeou 48 áreas de risco em Ilhéus. Cerca de 5 mil famílias vivem nesses locais. Segundo Joandres, a Prefeitura criou um comitê para assistir essa população. As famílias são acompanhadas por equipes multidisciplinares, formadas por assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais.

Joandres Neres fez um apelo para que as pessoas que vivem em residências condenadas pelo órgão deixem os imóveis. “A gente presenciou deslizamento de terra, ao vivo, na madrugada. A situação é bastante complicada. A gente pede que as pessoas que estão ainda em áreas que têm consciência que são áreas de risco, que, se tiver um parente num local seguro, que vá.

Deslizamento de terra soterrou parte de casas no Alto Soledade

PREFEITURA USA ESCOLAS PARA ACOLHER FAMÍLIAS DESABRIGADAS

A Prefeitura de Ilhéus abriga as famílias afetadas pelas chuvas em escolas. Na zona sul, a população pode obter ajuda na Escola Municipal Nossa Senhora da Vitória e no Caic Darcy Ribeiro.

Os pontos de abrigo do norte são as escolas Paulo Américo, Odete Salma e Iguape. Moradores da região central são acolhidos no Instituto Eusínio Lavigne (IME) e no Heitor Dias, ambos na Avenida Canavieiras.

A Escola Sérgio Carneiro é o ponto de apoio de Olivença, enquanto as escolas Paulo Freire e Themístocles Andrade recebe famílias do Teotônio Vilela. Redação com informações da TV Santa Cruz.

Ação do MP leva em conta importância ambiental de área verde da Sapetinga || Foto Gustavo Mello/Flickr
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O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) pediu que a Justiça impeça a construção de Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A (Embasa) na Praça São João Batista, no Pontal, e numa área verde da Sapetinga, em Ilhéus. A informação é do Blog do Gusmão.

O promotor da 11ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, Paulo Sampaio é o autor da ação civil pública. Segundo o blog, Paulo Sampaio avaliou como infeliz a decisão da Prefeitura de Ilhéus de ceder as duas áreas à Embasa, por causa das características dos locais. No caso da praça, é um espaço de recreação, prática de esportes e atividades comerciais. Já a área na Sapetinga tem relevância ambiental e paisagística.

As duas estações estão no projeto do sistema de esgotamento sanitário da zona sul de Ilhéus, assim como a estação que a Embasa pretende construir na Nova Brasília, dentro da Maramata, também no Pontal, que não é objeto da ação do MP-BA. No entanto, a escolha desse local desagradou parte da vizinhança, além de comunidades de terreiros – relembre aqui.

A Embasa, que ainda não se pronunciou sobre a ação civil pública, argumenta que a escolha dos locais levou em consideração necessidades técnicas do sistema de saneamento, a exemplo da topografia – leia aqui a nota técnica da empresa sobre o assunto.

O MP também solicitou que a Justiça anule o termo de cessão das áreas do município à Embasa. Além disso, pediu que a ordem de proibição das obras seja concedida em caráter liminar e, em último caso, que as edificações sejam demolidas.

Embasa e Prefeitura ainda não se pronunciaram sobre a ação civil pública.

Empresa confirmou definição dos locais em resposta a ofício do vereador Vinícius Alcântara; confira a nota técnica da estatal
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A Embasa vai mesmo construir estações elevatórias de esgoto na Praça São João Batista, no bairro Pontal, na Sapetinga e na Maramata, todas do sistema de esgotamento sanitário da zona sul de Ilhéus. A empresa pública confirmou a definição dos locais em nota técnica enviada ao vereador Vinícius Alcântara (PV).

Segundo o documento, “por se tratar de áreas adensadas, não foi possível a identificação de outras opções para implantação das estações elevatórias”.

Críticos da escolha dos locais, por outro lado, afirmam que a empresa pública preferiu evitar custos com desapropriações, no caso das estações da Maramata e da Praça do Pontal, já que essas áreas foram cedidas pelo município. O processo de desapropriação da área na Sapetinga está em curso.

A Embasa informa que os impactos urbanísticos e ambientais das obras serão mínimos. “Devido ao pouco tempo de permanência dos esgotos sanitários nas elevatórias, a emissão de gases, odores ou vapores provenientes dos efluentes coletados são ínfimos, sendo que os poços de sucção, caixas de gradeamento e areias das elevatórias, parte do equipamento que tem contato com os efluentes, são subterrâneos e fechados, evitando assim a liberação de odores fora do sistema”, diz a nota técnica assinada pelo engenheiro Heber de Andrade Melo, gerente de expansão da estatal no interior.

A empresa destaca a importância da obra para a expansão da cobertura dacoleta de esgoto para 80% das residências localizadas na sede do município, além dos impactos positivos para o meio ambiente e a saúde pública, com “redução significativa dos índices de doenças de veiculação hídrica e melhoria da balneabilidade dos rios, baía do pontal e praias”.

Os argumentos da estatal ainda não convenceram os povos de terreiro, que estão mobilizados contra a obra na Maramata, local sagrado para a umbanda e o candomblé por causa da devoção à Iemanjá – relembre aqui.

Acesse a nota técnica da Embasa.

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Beleza da Sapetinga é "quebrada" pelos assaltos constantes (Foto Gerson Soares).
Sapetinga é alvo de assaltos constantes (Foto Gerson Soares).

A bela Sapetinga, na zona sul de Ilhéus, tornou-se alvo constante da bandidagem. Os moradores estão assustados, principalmente porque, embora os larápios tenham horários determinados para agir, a polícia não dá o ar da graça.

Os ataques aos moradores se intensificaram a partir de fevereiro. Uma moradora relata que, a princípio, os assaltantes agiam usando moto. Agora, eles chegam pelo rio e a maioria dos assaltos ocorre nas ruas 4 e 5, preferencialmente entre 18h e 20h. E, depois, fogem pelo rio.

Os moradores até já notaram que os ladrões são, pelo menos na aparência, menores. “Chegamos a ter três assaltos por dia”, diz morador. A região alvo é a mesma onde um professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) foi baleado em março deste ano (relembre aqui).

“A população está indignada, pois é sempre no mesmo lugar e com as mesmas características. Precisamos cobrar medidas da administração e da segurança pública”, diz a moradora.