Presidente do Senado diz que golpistas pagarão pelos prejuízos || Jefferson Rudy/Agência Senado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou, nesta terça-feira (10), que o “Brasil não vai ceder diante de golpismos” e que os ataques aos prédios do três Poderes da República, no último domingo (8), foram e devem ser tratados como crimes. De acordo com um levantamento inicial, o prejuízo causado pela depredação do prédio do Senado e destruição de objetos e obras de arte é de cerca de R$ 4 milhões.

O senador também ressaltou que as instituições estão “mais do que nunca” fortalecidas e unidas em defesa da democracia em resposta “a essa minoria antidemocrática”. E garantiu que os responsáveis pelas depredações serão identificados, investigados e responsabilizados, assim como seus financiadores, organizadores e os agentes públicos dolosamente omissos.

“Não é justo que o povo brasileiro pague por essa conta. Todo aquele que gera o dano fica obrigado a repará-lo. E aquelas pessoas que aqui estiveram para praticar os crimes no Senado Federal já estão sendo identificadas, serão individualizadas, terão todas as informações colhidas e recolhidas num procedimento próprio da Polícia Legislativa do Senado, sem prejuízo das providências da Polícia Federal e de outras providências”, afirmou.

REPRESENTAÇÃO CRIMINAL

O parlamentar destacou que a Polícia Legislativa do Senado está incumbida de identificar um a um os que praticaram crimes no ambiente do Senado Federal. “E, ao identificá-los, a Advocacia do Senado também está incumbida de fazer as representações criminais por todos os tipos penais praticados no dia 8 de janeiro. Desde a invasão, passando pelo patrimônio público, passando pelo crime mais grave que se viu: o atentado ao Estado de Direito incluído no Código Penal, assegurou Pacheco.

De acordo com Rodrigo Pacheco, as representações criminais serão feitas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aos órgãos de primeira instância. Também disse que o Senado irá ajuizar ações de reparação de danos individualmente em relação a essas pessoas, com medidas cautelares de sequestro e bloqueio de ativos. “Eles deverão pagar essa conta. E nós tomaremos todas as providências para que isso aconteça em relação à invasão praticada no Senado Federal, à invasão praticada na Câmara, à invasão praticada”.

O senador Rodrigo Pacheco diz ser inadequado discussão para aumentar número de ministro do STF || Foto Divulgação
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou, nesta terça-feira (11),  que o momento não é adequado para a discussão sobre eventuais mudanças na composição do Supremo Tribunal Federal (STF), como propõem alguns parlamentares e defendeu nesta semana o atual presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos dias, eles falaram sobre a possibilidade de aumentar de 11 para 16 o número de ministros do STF.

No último domingo (9), o presidente da República Bolsonaro admitiu que pode aumentar o número de ministros no STF, caso seja reeleito. Segundo o presidente, existe uma proposta de alteração dos atuais 11 ministros para 16. Ele disse que, para isso acontecer, vai depender da “temperatura” da corte.

Rodrigo Pacheco avalia como  contraditório que os mesmos políticos defensores da redução dos gastos públicos estejam hoje fazendo a defesa de uma proposta que vai no caminho contrário, propondo mais despesas para a sociedade.

O senador disse também ser inadequado o projeto da Câmara dos Deputados que pune erros em pesquisas eleitorais. De acordo com Pacheco, o debate sobre pesquisas deve ser feito com cautela e responsabilidade.  Ele avaliou ainda que a mudança de humor do eleitor pode ocorrer na última hora, com mudança ou definição de voto. Veja a entrevista abaixo.

 

Votação em todo o país seguirá horário de Brasília e será encerrada às 17h || Foto Roberto Jaime/TSE
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Começou há pouco e vai até as 17h (horário de Brasília) a votação para escolha dos deputados estaduais e federais, senador, governador e presidente da República em todo o país. Na Bahia, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) orienta o cidadão a não deixar para votar na última hora, pois o prazo não será estendido. A consulta aos locais de votação pode ser feita na página da Justiça Eleitoral ou por meio do aplicativo e-Título.

O eleitor pode até não apresentar o título na hora de votar, mas deverá estar com um documento oficial com foto, que pode ser carteira de identidade, identidade social, carteira de reservista ou de motorista. O importante é que seja oficial e tenha foto.

Ao chegar a seção e apresentar o documento, o eleitor se dirige à cabine de votação e não deve estar com celular em mãos. A recomendação é que deixa com mesários junto com documento de identificação. Entrar com celular na cabine de votação é proibido, conforme o Artigo 91-A da Lei 9.504/1997.

O analista judiciário do TRE-BA Jaime Barreiros explica que a medida busca “proibir a influência e a quebra do sigilo do voto”. Continua Jaime: “para evitar essa situação, o TSE, interpretando a lei (que já existia), proíbe o acesso do eleitor à cabine com o celular ligado”.

Colinha mostra a sequência da votação deste domingo

SEQUÊNCIA DA VOTAÇÃO

O eleitor primeiro vai votar para deputado federal, com quatro dígitos. Na sequência, ele escolhe o deputado estadual, com cinco dígitos. Logo após, confirma o número para senador, que tem 3 números. Após confirmação, ele vai digitar os números para governador. Para encerrar, os dois dígitos para presidente da República.

CRIMES ELEITORAIS

De acordo com o Artigo 236, do Código Eleitoral, cidadãos podem ser presos no dia das Eleições em caso de flagrante delito e sentença criminal condenatória por crime inafiançável. Entre as práticas ilegais que podem levar a detenção está o crime de boca de urna, que “se caracteriza pela tentativa ostensiva de convencimento que o eleitor venha a fazer em relação a outros eleitores no dia da eleição”, pontua o servidor.

BOCA DE URNA

Pode ser considerado boca de urna no dia da eleição: distribuir material de campanha, fazer carreata ou passeata, usar jingle ou som alto, fazer manifestações coletivas com outros eleitores no dia da votação ou qualquer outra ação que busque influenciar o voto de outra pessoa. Além destas práticas, sinaliza Barreiros, “existem vários outros crimes comuns ou eleitorais que podem ocorrer”.

“Crimes que, se ocorrerem, podem levar à detenção do cidadão, além da boca de urna, são: o transporte irregular de eleitores, a perturbação do local de votação, tentativa de quebra de urna e outros”, disse Barreiros.

Transporte coletivo funcionará normal no domingo (2)|| Foto Divulgação
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A Secretaria de Transporte e Trânsito de Itabuna (Settran) anunciou, nesta quinta-feira (29), que a empresa que opera o transporte coletivo no município usará a frota com 100% dos veículos no domingo (2). A prefeitura anunciou que o objetivo é atender, principalmente, as pessoas que precisarão se deslocar para as seções eleitorais.

Domingo é dia de eleições, no primeiro turno, para escolha de deputados (estadual e federal), presidente da República, Senador e Governador do Estado. Itabuna tem 156.529 pessoas aptas a votar nas eleições deste ano, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desse total, são 124.834 (79,75%) com cadastro biométrico e outros 31.695 (20,25%) sem o registro.

SEM EXIGÊNCIA DE USO DE MÁSCARA

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) informou que não será exigido comprovante de vacinação durante a realização do pleito deste domingo (2). Também não haverá cobrança do uso de máscara no local de votação. De acordo com o Regional baiano, será seguido o decreto do Governo do Estado, que considera a diminuição na curva dos casos de contaminação pelo coronavírus.

Mas o TRE disponibilizou equipamentos de proteção individual (EPI) para os cartórios eleitorais entregarem àqueles que atuarão nas mesas receptoras de voto. No kit de combate à Covid-19 constam frascos de álcool em gel e máscaras de proteção individual.

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Não acredite que a política não interfere na sua vida. O que seria de nós sem o SUS durante a pandemia de covid, por exemplo? O SUS é fruto de uma política pública. Viver é um ato político.

 

Marcos Bandeira Júnior

Sei que a política muitas vezes desanima, que tudo tão errado, que não há sinal de que as coisas possam melhorar. Esse cenário deixa a gente descrente mesmo. Muitos jovens se perguntam: Que diferença meu voto vai fazer nas próximas eleições? Político é tudo igual, só pensa em embolsar dinheiro. O que eu ganho votando, se a política não interfere na minha vida?

Eu, Marcos Bandeira Junior, comecei a exercer minha cidadania com 16 anos e desde então venho observando o poder transformador do voto. Por todos esses anos de experiência como cidadão e advogado, posso garantir: não há outro meio de mudar o mundo que não seja através da política. Se há tantos políticos ruins no Congresso, na Câmara dos Vereadores e dos Deputados, os culpados somos nós mesmos. Fomos nós que os colocamos lá. Muitos dos corruptos eleitos estão fazendo o que querem, simplesmente porque não soubemos escolher os mais honestos, os mais comprometidos com as causas da população, os mais capacitados, os que realmente acreditam que é possível transformar este mundo, num lugar melhor para todos.

E, para esses maus políticos, quanto menos gente se interessar por política, fiscalizar suas ações e exercer pressão para que prestem contas dos seus mandatos, melhor. Quanto mais gente repetir o mantra de que “político é tudo igual”, melhor. Eles continuarão surfando na corrupção, comprando voto, desviando dinheiro da educação, da saúde, da assistência social e da segurança com a certeza da impunidade. Quando ninguém se importa com a política, esses apropriadores de verbas públicas continuam agindo livremente.

Não acredite que a política não interfere na sua vida. O que seria de nós sem o SUS durante a pandemia de covid, por exemplo? O SUS é fruto de uma política pública. Viver é um ato político. Você pode não entender muito bem o que significa apoiar a esquerda ou a direita, mas, a partir do momento em que você analisa as posturas e as falas de um candidato, você consegue definir se está ou não de acordo com ele.

Informar-se é fundamental: visitar o Instagram, o Twitter, o Facebook dele, ver o que ele posta, que projetos ele apoia, conferir se as ideias dele te convencem, dando um Google, conversar com seus amigos, avaliar se vocês têm pensamentos parecidos. Informação é poder, assim como seu voto. Tire o seu título e vote, ajudando a escolher o próximo presidente do Brasil, o governador da Bahia, assim como senadores e deputados federais e estaduais.

O Brasil tem mais de 6 milhões de jovens entre 16 e 17 anos, mas apenas 835 mil deles tinham tirado o título de eleitor até o final de fevereiro. Então, para que possamos mudar os destinos da nossa cidade, do nosso Estado, do nosso país, temos de incentivar os jovens que ainda não tiraram o título a fazer isso até 4 de maio – último dia de prazo. É fácil, rápido, online. Em 10 minutos fica pronto. O link do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é este:
www.tse.jus.br/eleitor/titulo-de-eleitor/pre-atendimento-eleitoral-titulo-net/pre-atendimento-eleitoral-titulo-net/

Vamos juntos, além do voto, depositar nossos sonhos e esperanças nas urnas. Com a certeza de que é possível transformar o Brasil num país mais justo, menos desigual, em que todos se respeitem e colaborem para o bem-estar comum, dentro de uma sociedade verdadeiramente democrática.

Marcos Bandeira Júnior é advogado.

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Rosemberg Pinto (PT), deputado estadual e líder do Governo Rui Costa na Assembleia Legislativa, disse aprovar a escolha do vereador soteropolitano Geraldo Jr. (MDB) como o vice na chapa do pré-candidato a governador da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues (PT). “[É] Uma chapa moderna e representativa”, avaliou. A majoritária está fechada tendo o senador Otto Alencar (PSD) pré-candidato à reeleição.

Os nomes ao governo baiano e ao Senado serão pré-lançados em evento com a participação do ex-presidente Lula (PT), no Wet, na Paralela, em Salvador, às 14h desta quinta-feira (31). Do ato também participam o governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner, ambos do PT, além de prefeitos, vereadores, deputados e pré-candidatos. O senador Angelo Coronel (PSD) também é esperado. O evento deverá reunir em torno de 3 mil pessoas, a capacidade máxima do espaço de eventos.

– Estou satisfeito com a escolha de uma pessoa jovem na idade e nas ideias. Agora, temos um nome do interior (Jerônimo), outro da capital (Geraldo Jr) e, no Senado, contamos com a experiência do amigo e atual senador Otto Alencar (PSD). Temos um histórico de grupo, de vitórias, e a certeza de que cuidamos da Bahia melhor do que todos os anos anteriores a 2006 – afirmou Rosemberg.

Do MDB, Geraldo Jr (à esq.) foi escolhido o vice de Jerônimo Rodrigues (PT)

Novato no grupo, Geraldo Jr. é o nome que o MDB apresentou para compor a chapa. Vereador e presidente reeleito da Câmara de Salvador, Geraldinho, como também é chamado, teve o “aprovo” dos caciques petistas. Consta que o senador Jaques Wagner trabalhou pela reeleição de Geraldinho à presidência da Câmara de Salvador, na terça (29), assegurando votos de vereadores da oposição para ele.

Senado aprova socorro financeiro para municípios e estados|| Foto Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O  Senado aprovou, neste sábado (2), o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, que prestará auxílio financeiro de R$ 125 bilhões a estados e municípios para combate à pandemia da covid-19. O valor inclui repasses diretos e suspensão de dívidas. Foram 79 votos favoráveis e um voto contrário. O texto segue para a Câmara dos Deputados.

O programa vai direcionar R$ 60 bilhões em quatro parcelas mensais, sendo R$ 10 bilhões exclusivamente para ações de saúde e assistência social (R$ 7 bi para os estados e R$ 3 bi para os municípios) e R$ 50 bilhões para uso livre (R$ 30 bi para os estados e R$ 20 bi para os municípios). Além disso, o Distrito Federal receberá uma cota à parte, de R$ 154,6 milhões, em função de não participar do rateio entre os municípios. Esse valor também será remetido em quatro parcelas.

Além dos repasses, os estados e municípios serão beneficiados com a liberação de R$ 49 bilhões por meio  da suspensão e renegociação de dívidas com a União e com bancos públicos e de outros R$ 10,6 bilhões pela renegociação de empréstimos com organismos internacionais, que têm aval da União.

Os municípios serão beneficiados, ainda, com a suspensão do pagamento de dívidas previdenciárias que venceriam até o final do ano. Essa medida foi acrescentada ao texto durante a votação, por meio de emenda, e deverá representar um alívio de R$ 5,6 bilhões nas contas das prefeituras. Municípios que tenham regimes próprios de previdência para os seus servidores ficarão dispensados de pagar a contribuição patronal, desde que isso seja autorizado por lei municipal específica.

O auxílio foi aprovado na forma de um texto apresentado pelo relator, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), e que substitui a proposta original enviada pela Câmara. Dessa forma, o Senado, como autor do projeto de lei (PLP 39/2020), terá a palavra final sobre o assunto — ou seja, caso os deputados promovam mudanças, elas terão que ser confirmadas pelos senadores.

DISTRIBUIÇÃO

A fórmula para repartir os recursos entre os entes federativos foi uma das grandes alterações promovidas por Davi Alcolumbre no seu texto substitutivo.  A versão da Câmara usava como critério a queda de arrecadação dos impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

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Neste domingo (7), eleitores irão às urnas em todo o país para escolher os futuros governantes. Pela Lei Eleitoral, os eleitores precisam respeitar algumas regras nos locais e no dia da votação.
USO DE BANDEIRAS E CAMISETAS DO CANDIDATO
O eleitor pode demonstrar a preferência por um candidato, desde que seja de maneira individual e silenciosa. São permitidas bandeiras sem mastro, broches ou adesivos no local de votação. Uso de camisetas foi liberado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O eleitor poderá usar a camiseta com nome de seu candidato preferido, sem fazer propaganda eleitoral a favor dele. A camiseta não pode ser distribuída pelo candidato.
COLA ELEITORAL
O eleitor pode levar, em papel, os números dos candidatos anotados. A cola eleitoral (imprima aqui) é permitida e recomendada pela Justiça Eleitoral, pois o eleitor irá votar para cinco cargos (deputado federal, deputado estadual ou distrital, dois senadores, governador e presidente). Não é permitida a “cola” em celular na hora de votar.
USO DE CELULAR E TIRAR SELFIE
Na cabine de votação, celulares, máquina fotográficas, filmadoras ou outro dispositivo eletrônico não são permitidos. Os equipamentos podem corromper o sigilo do voto, ou seja, não pode tirar selfie na hora da votação ou tirar foto do voto. O eleitor que baixou o e-Título vai apresentá-lo ao mesário e depositará o celular em uma mesa enquanto estiver na cabine de votação. Ao final, o aparelho será devolvido pelo mesário.
ACOMPANHANTE
O eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida poderá contar com o auxílio de pessoa de sua confiança na hora de votar, mesmo que não tenha feito o pedido antecipadamente ao juiz eleitoral.
ALTO FALANTE E CARREATAS
Uso de alto-falantes, caixas de som, comícios e carreatas são proibidos.
BOCA DE URNA
Tentar convencer um eleitor a votar ou não em um candidato é proibido. A propaganda de boca de urna também não é permitida. São consideradas boca de urna, por exemplo, a distribuição de panfletos e santinhos de candidatos, a aglomeração de pessoas usando roupas uniformizadas ou manifestações nas proximidades das zonas eleitorais.
BEBIDA ALCOÓLICA
A legislação eleitoral proíbe a venda de bebida alcoólica das 6h até as 18h no dia da eleição. No entanto, cabe a juízes e às Secretarias de Segurança Pública de cada unidade da Federação decidirem sobre a proibição da venda e do consumo nos estados ou até em cidades. Em Itabuna, por exemplo, foi proibida a venda de bebida alcoólica neste período. Redação com Agência Brasil.

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Gaudêncio Torquato
 

A campanha mais curta – de 45 dias nas ruas e de 35 dias na mídia eleitoral – beneficiará os mais conhecidos e aqueles de maiores recursos financeiros.

 
As projeções apontam para a elevação do índice do NV (Não Voto – abstenções, votos nulos e brancos), na eleição de 7 de outubro, a um patamar acima de 40%. Recorde-se que o 2º turno da eleição para governo de Tocantins, em junho passado, registrou 51,83% de eleitores votando em branco, anulando ou deixando de comparecer às urnas.
Trata-se, como se deduz de pesquisas, da indignação do eleitor em relação às coisas da política – atores, métodos e processos. O eleitor protesta contra o lamaçal que envolve a esfera política, que parece indiferente a um clamor social exigindo mudanças de comportamentos e atitudes. A principal arma que dispõe o eleitor para mudar a política é o voto. Ora, se o cidadão se recusa a usar esse direito está, de certa forma, contribuindo para a manutenção do status quo, perpetuando mazelas que infestam o cotidiano da vida política.
Estamos, portanto, diante de um dilema: caso o NV assuma proporções grandiosas no pleito deste ano, a hipótese de mudança na fisionomia política cai por terra, arrastada por ondas da mesmice, onde se enxergam as abomináveis práticas do fisiologismo (“é dando que se recebe”), o coronelismo (os currais eleitorais, a política de cabresto), o nepotismo (as engordas grupais), a estadania (o incremento da dependência social do Estado), o neo-sindicalismo peleguista (teias sindicais agarradas às mamas do Estado), a miríade de partidos e seus escopos pasteurizados etc.
A renovação política, bandeira erguida pela sociedade organizada, corre o risco de fracassar, caso o eleitorado se distancie do processo eleitoral ou, mesmo comparecendo às urnas, anule o sufrágio ou vote em branco. É oportuno lembrar que o eleitor é peça fundamental no jogo de xadrez da política. Se não tentar dar um xeque no protagonista que busca se eleger, este acabará sendo empurrado para o altar da representação política por exércitos treinados nas trincheiras dos velhos costumes. Assim, a renovação nas molduras governativa e parlamentar não ocorrerá.
Aliás, calcula-se que a renovação da representação no Parlamento seja de apenas 40% este ano, menor do que em pleitos do passado. A campanha mais curta – de 45 dias nas ruas e de 35 dias na mídia eleitoral – beneficiará os mais conhecidos e aqueles de maiores recursos financeiros. (No pleito anterior, a campanha tinha 90 dias de rua e 45 dias de programa eleitoral no rádio e TV).
O fato é que não se pode contar com mudança política por unilateral vontade do corpo parlamentar. Deputado ou senador, se não recebem pressão da base eleitoral, resistem a qualquer ideia de avançar, alterar, mudar regras que, hoje, os beneficiam. Ou, para usar a expressão mais popular, não darão um tiro no pé. Por conseguinte, a reformulação da política carece de participação ativa do eleitor, razão pela qual este deve cobrar de seus candidatos compromissos com avanços com o fito de eliminar os cancros que corroem o corpo político.
Em suma, a política não se renova porque não há, por parte dos representantes, desejo de mudá-la. E não há desejo porque o eleitor ainda não jogou seu representante no carrossel das transformações. O pleito de outubro deste ano tende a encerrar a era do grande compadrio na política. O que não quer necessariamente dizer que isso ocorrerá. Por isso mesmo, urge despertar a consciência cívica do cidadão. Motivá-lo a colocar sobre os trilhos o trem das mudanças. Toda a atenção deve se dar à bomba que ameaça explodir a locomotiva: o Não Voto. Abstenções, votos nulos e brancos, em demasia, são os ingredientes que podem implodir nosso ainda incipiente sistema democrático.
Gaudêncio Torquato é jornalista, professor titular da USP e consultor político e de comunicação.

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Allah-GóesAllah Góes | allah.goes@gmail.com

 

Aqueles que forem possuidores de mandato de vereador e tenham já exercido cerca de três anos e três meses do seu mandato, poderão mudar de legenda, sem prejuízo para os seus mandatos, durante o período de 2 de março a 2 de abril deste ano,

Após meses de debate, aquilo que se convencionou chamar de minirreforma eleitoral foi bem menor do que se supunha. De alteração realmente significativa, trouxe, além das questões de propaganda e da alteração do prazo para a filiação partidária, que ficou em 6 meses antes do pleito, criou a possibilidade do detentor de mandato eletivo, mesmo “sem justa causa”, poder mudar de partido sem a perda do mandato, o que na prática pôs fim à fidelidade partidária.

Devemos ressalvar que, mesmo em havendo a possibilidade de filiação partidária há 6 meses do pleito – ou seja, até 2 de abril deste ano -, a regra quanto à questão da inscrição no domicílio eleitoral não foi alterada. Assim, as pessoas que desejam se candidatar nas próximas eleições devem ter domicílio eleitoral um ano antes do pleito na respectiva circunscrição eleitoral.

Antes da minirreforma, para que o detentor de um cargo eletivo pudesse mudar de partido e sem que perdesse o mandato, teria que demonstrar, perante a Justiça Eleitoral, que houve: 1) A incorporação ou fusão do partido ao qual pertencia; 2) A criação de novo partido; 3) A mudança substancial ou o desvio reiterado do programa partidário; e 4) A grave discriminação pessoal.

Agora, com o advento das alterações feitas pela Lei nº 13.165/2015, as situações de justa causa para a desfiliação partidária passam a ser apenas três, conforme o parágrafo único do artigo 22-A da Lei 9.096/95. São elas, 1) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; 2) grave discriminação política pessoal; e 3) mudança de partido efetuada durante o período de 30 dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei (seis meses) para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

Assim, excetuando-se a mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e a grave discriminação política pessoal, a oportunidade de mudança do partido para o detentor do mandato eletivo só poderá ser exercida quando cumprido cerca de três anos e três meses do seu mandato, ou seja, nos 30 dias que antecedem o início do mês de abril (seis meses antes do pleito).

Mas uma duvida foi criada com a promulgação da Emenda Constitucional nº 91, de 18/02/16, que, em seu bojo, faculta “ao detentor de mandato eletivo desligar-se do partido pelo qual foi eleito nos trinta dias seguintes à promulgação desta Emenda Constitucional, sem prejuízo do mandato”, impondo como prazo fatal para esta mudança o dia 18 de março de 2016, data menor que aquela contida na Lei 13.165/15, que seria o dia 2 de abril.

Ocorre que a Emenda promulgada pelo Congresso, além de casuística, vez que visa permitir a que Deputados e Senadores, no meio da atual legislatura, possam mudar de legenda sem serem punidos pelo “Instituto da Fidelidade Partidária”, e perderem seus mandatos, não pode gerar efeitos para as eleições deste ano, em virtude do Princípio Constitucional da “anualidade eleitoral”, e isto, mesmo que se argua que uma Emenda Constitucional seja autoaplicável, pois, neste caso, se estaria contrariando o próprio texto da Constituição.

O Art. 16 da CF estabelece que: “a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”. E o aprovado na Emenda 91, por incidir na questão da fidelidade, permitindo a mudança de legenda, altera o processo eleitoral, não podendo, desta forma, ser aplicado para o pleito de outubro próximo.

Ressalte-se que regras e os fatos constituídos podem sim, ser alterados até as eleições, mas não se aproveitarão às eleições que se avizinham. É possível criar novas regras ao longo desse período, entretanto, elas não afetarão o próximo pleito.

Assim, em relação à “janela eleitoral”, aqueles que forem possuidores de mandato de vereador e, portanto, tenham já exercido cerca de três anos e três meses do seu mandato, poderão mudar de legenda, sem prejuízo para os seus mandatos, durante o período de 02 de março a 02 de abril deste ano, ficando o prazo até o dia 18 de março, para os outros detentores de mandato eletivo.

Allah Góes é advogado municipalista e especialista em Direito Eleitoral.

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O empresário e candidato a deputado federal Félix Júnior (PDT) disse que José Carlos Aleluia (DEM), concorrente a uma vaga ao Senado, parece ter perdido a compostura ao acusá-lo de compra de votos. “[Ele] deveria respeitar a população de Itajuípe que rechaça a afirmação de aceitar se vender, como este senhor insinua”.
Félix Júnior disse ter amigos em Itajuípe. ” Agradeço ao meu mais novo “fiscal de foto”, o deputado Aleluia, a informação sobre minha aceitação na cidade”, ironiza. O candidato a deputado lamenta que o algoz abuse do verbo comprar. E sapeca: “Se [Aleluia] fosse sapateiro, falaria de sapatos. Quer dizer que os outros possuem o costume dele [de comprar votos]“.
Por fim, o candidato aconselha Aleluia a abandonar a metralhadora giratória e discuta projetos, “como a Universidade Federal do Sul da Bahia, do PAC Social para o cacau, de impostos setoriais únicos, de cursos técnicos, novas indústrias para o município, de incentivar pessoas de bem a entrar na política”.
A vereadora Andrea Mendonça (DEM) reagiu, via twitter, à acusação contra o irmão. “Ele [Aleluia] enlouqueceu… devem ser os choques da Coelba”. Engenheiro eletricista, Aleluia presidiu a companhia antes de ser privatizada na década de 90. Vem daí a estocada de Andrea.

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Uma candidatura a deputado estadual não se viabiliza tendo menos de R$ 1,5 milhão, diz uma velha raposa da política. “Quem falar menos de R$ 1 milhão, está mentindo”, prega. Para federal, coloque aí R$ 2 milhões, por baixo. Já deu para perceber que amanhã, dia 6, começa oficialmente a temporada 2010 do Show dos Milhões!
Quem sucumbiu ao Show dos Milhões foi o ex-deputado federal Jabes Ribeiro (veja nota abaixo), um desistente do projeto de lutar por uma vaga na Assembleia Legislativa.
O ex-prefeito ilheense é gato escaldado nessa peleja. Em 2006, concorreu com o apoio do carlismo, mas faltaram-lhe dinheiro e o apoio do ex-governador Paulo Souto na reta final. Morreu na praia. Hoje, preferiu economizar para 2012. Quer retornar ao Palácio Paranaguá.
Oficialmente, a campanha política começa nesta terça, após o registro das candidaturas a deputado federal, deputado estadual, senador e governador. Ainda não se sabe o número total de candidaturas proporcionais. Para o Palácio de Ondina, os nomes postos são Jaques Wagner (PT), Paulo Souto (DEM), Geddel Vieira Lima (PMDB), Luiz Bassuma (PV) e Marcos Mendes (PSOL).