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Mantido o cenário das pesquisas até aqui, o ex-presidente Lula se avizinha daquela já esperada volta triunfal, interrompida em 2018, quebrando, inclusive, o paradigma de uma vitória no primeiro turno.

 

Rosivaldo Pinheiro

O mundo vive um momento de tensão e, diante dele, as democracias vêm sendo testadas. Aqui no Brasil, também estamos vivenciando este momento da história da humanidade. O nosso ambiente político está bastante conturbado e seu estopim começou a ser visto a partir da votação de Aécio Neves para presidente da República, em 2014, quando disputou com Dilma Rousseff, que acabou reeleita, mas, diante das circunstâncias, não conseguiu estabelecer a governança no seu segundo mandato. Os fatos deste período são de amplo conhecimento de todos nós e o fechamento desse ciclo aconteceu com o impeachment da ex-presidente, assumindo o seu lugar o vice, Michel Temer.

Olhando com uma lupa mais atenta, perceberemos que os fios desse novelo começaram a ser enrolados desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, quando, no primeiro ciclo de gestão, foi acusado de firmar acordos para manter o poder político com o Congresso, no chamado Mensalão, e, posteriormente, Petrolão. Esses movimentos, no entanto, não se materializaram. E, assim, através do seu grande poder de diálogo, Lula estabeleceu a sua liderança e superou aquelas dificuldades, sendo reeleito e concluiu o segundo ciclo de governo com uma aprovação recorde – 96%, entre ótimo, bom e regular; apenas 4% o reprovaram. Isso naturalmente o colocava no tabuleiro da disputa em 2018, quando a Operação Lava Jato, já com quatro anos de funcionamento, mirava toda a sua artilharia contra o ex-presidente.

A Operação Lava Jato, aliás, comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro e tendo como célula de acusação o Ministério Público Federal (MPF) e principal articulador Deltan Dalagnol, foi apoiada por tentáculos globais, tendo os ianques como mola mestra, e contando com setores da política e da economia como braços internos para dar sustentação para evitar a volta triunfal de Lula. Através desta mega articulação, o ex-presidente foi condenado e preso quando liderava as pesquisas de intenção de voto na corrida presidencial daquele ano.

Neste cenário, operado por influentes instrumentos, tendo na mídia uma poderosa aliada, a orquestrada Lava Jato formou a opinião do grande público e acabou emancipando para o centro do debate um pré-candidato franco-atirador, que bem se aproveitou do momento para pregar sua teoria que contrariava todas as bandeiras sociais defendidas pela Constituição de 1988, que, aliás, fazem parte do modelo de gestão praticado por Lula e Dilma. Com todo este enredo, Bolsonaro sagrou-se eleito em 2018. Esse ambiente de polarização acabou se arrastando e essas eleições de 2022 são uma espécie de tira-teima, de confronto direto entre os dois campos: Lula x Bolsonaro.

Essa polarização tornou-se tão forte que não foi possível, até aqui – e dificilmente será, o surgimento de um outro nome capaz de disputar a presidência da República. O pré-candidato Ciro Gomes (PDT) até tentou e insiste em se estabelecer no tabuleiro, mas seu êxito tem como limitante a forma raivosa com que ele tem se dirigido a Lula, por esse posto já ser assumido por Bolsonaro, e quando ataca Bolsonaro, por não ter a materialidade histórica que Lula já possui. Acabou isolado, e não consegue estabelecer um centro tático que o possibilite avançar.

Mantido o cenário das pesquisas até aqui, o ex-presidente Lula se avizinha daquela já esperada volta triunfal, interrompida em 2018, quebrando, inclusive, o paradigma de uma vitória no primeiro turno. Esse fato tem como razão de ser o fracasso do governo Bolsonaro, que muito prometeu aos que com ele se identificam e pouco entregou, tendo como únicos beneficiados os mais ricos ancorados pelo sistema financeiro e o agronegócio. Essa resposta quem vai dar é quem atualmente enfrenta as consequências de um governo que atropela os mais vulneráveis e que não leva em consideração as políticas públicas que outrora garantiam um ambiente mais digno para a população em geral.

Rosivaldo Pinheiro é economista, especialista em Planejamento de Cidades (Uesc) e comunicador.

Lula lidera pesquisa, seguido por Bolsonaro, Moro e Ciro
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Pesquisa Quaest/Genial para as eleições presidenciais de 2022, divulgada pela CNN nesta quarta-feira (16), traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 44% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 26%. Depois, aparecem os candidatos Ciro Gomes (PDT), com 7%, e Sergio Moro (Podemos), também com 7% das menções.

No cenário com o maior número de candidatos, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), figura com 2% das intenções de voto, mesmo percentual do deputado federal André Janones (Avante). Já Simone Tebet (MDB) registrou 1%. Felipe d’Avila (Novo) foi citado, mas não chegou a 1% das menções.

Além disso, 6% dos entrevistados afirmaram que votariam em branco/nulo ou não iriam votar. Outros 5% se declararam indecisos neste cenário. Confira, abaixo, os cenários de primeiro turno testados pelo instituto.

1º TURNO

Intenções de voto estimulada para presidente

CENÁRIO I

  • Lula (PT) – 44%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 26%
  • Sergio Moro (Podemos) – 7%
  • Ciro Gomes (PDT) – 7%
  • João Doria (PSDB) – 2%
  • André Janones (Avante) – 2%
  • Simone Tebet (MDB) – 1%
  • Felipe d’Avila (Novo) – 0%
  • Branco/nulo/não vai votar – 6%
  • Indecisos – 5%

CENÁRIO II

  • Lula (PT) – 45%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 25%
  • Ciro Gomes (PDT) – 7%
  • Sergio Moro (Podemos) – 6%
  • João Doria (PSDB) – 2%
  • André Janones (Avante) – 2%
  • Simone Tebet (MDB) – 1%
  • Eduardo Leite (PSDB) – 1%
  • Felipe d’Avila (Novo) – 0%
  • Branco/nulo/não vai votar – 6%
  • Indecisos – 4%

CENÁRIO III

  • Lula (PT) – 48%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 28%
  • Ciro Gomes (PDT) – 8%
  • Eduardo Leite (PSDB) – 3%
  • Branco/nulo/não vai votar – 8%
  • Indecisos – 4%

SEGUNDO TURNO

A pesquisa apresentou cinco cenários de segundo turno. Veja:

CENÁRIO I

  • Lula (PT) – 54%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 32%
  • Branco/nulo/não vai votar – 10%
  • Indecisos – 3%

CENÁRIO II

  • Lula (PT) – 53%
  • Sergio Moro (Podemos) – 26%
  • Branco/nulo/não vai votar – 18%
  • Indecisos – 3%

CENÁRIO III

  • Lula (PT) – 51%
  • Ciro Gomes (PDT) – 23%
  • Branco/nulo/não vai votar – 22%
  • Indecisos – 4%

CENÁRIO IV

  • Lula (PT) – 56%
  • João Doria (PSDB) – 15%
  • Branco/nulo/não vai votar – 26%
  • Indecisos – 4%

CENÁRIO V

  • Lula (PT) – 57%
  • Eduardo Leite (PSDB) – 15%
  • Branco/nulo/não vai votar – 24%
  • Indecisos – 4%

A pesquisa Genial/Quaest fez 2.000 entrevistas presenciais com eleitores acima de 16 anos, no período de 10 a 13 de março, em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-06693/2022. Com informações da CNN Brasil.

Sergio Moro será um dos entrevistados do "Frequência Política" deste sábado || Foto Agência Brasil
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O pré-candidato a presidente da República pelo Podemos, Sergio Moro, é um dos entrevistados do Frequência Política, nas rádios Difusora AM e Interativa FM, ambas de Itabuna, neste sábado (19).

O programa semanal começa às 10h e discute a política regional, nacional e estadual. Binho Shalom e João Matheus serão os entrevistadores do presidenciável.

Jair Messias Bolsonaro, presidente da República
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é investigado por suposta interferência política na Polícia Federal e vai depor à própria PF na condição de investigado. Na sessão plenária desta quarta-feira (6), o Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento do recurso em que Bolsonaro pediu para não ser obrigado a depor de forma presencial.

O julgamento foi suspenso em outubro de 2020, na última sessão do ex-ministro Celso de Mello, que relatou o caso no Supremo e votou contra o recurso de Bolsonaro.

Celso de Mello manteve o entendimento de que a prerrogativa dos chefes dos três Poderes de prestar depoimento por escrito se aplica apenas aos casos em que figurem como testemunhas ou vítimas, e não como investigados ou réus.

DENÚNCIA DE MORO, EXONERAÇÃO E NOMEAÇÕES

Dois episódios importantes do inquérito são a troca do comando da Polícia Federal e a denúncia do ex-ministro Sergio Moro. No dia 24 de abril de 2020, quando deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Moro acusou Bolsonaro de interferir na PF.

“O presidente queria alguém que ele pudesse ligar, colher informações, relatório de inteligência. Seja o diretor, seja o superintendente. E, realmente, não é o papel da Polícia Federal se prestar a esse tipo de função”, declarou o ex-ministro.

Naquela manhã, antes do pronunciamento de Sergio Moro, Bolsonaro exonerou Maurício Leite Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. A exoneração foi publicada com as assinaturas do presidente da República e do então ministro da Justiça. Moro negou que tenha assinado o documento.

Quatro dias depois, Bolsonaro nomeou o delegado Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da PF, mas o ministro Alexandre de Moraes vetou a nomeação após pedido do PDT. O partido alegou que Ramagem era muito próximo da família do presidente. No dia 4 de maio de 2020, Bolsonaro escolheu Rolando Alexandre de Souza para o comando da PF.

Lula e Bolsonaro são melhores colocados na pesquisa
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Uma pesquisa publicada, na noite desta quarta-feira (12), pelo jornal “Folha de S. Paulo” mostra que o ex-presidente Lula lidera a concorrida eleitoral de 2022 em todos os cenários. Caso a eleição fosse hoje, o petista venceria em todas as regiões do País, sendo que a maior vantagem foi registrada na Região Nordeste, onde atinge 68% no segundo turno.

Realizado nos dias 11 e 12 de maio em 146 cidades, o levantamento do Datafolha entrevistou 2.071 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Na estimulada para o primeiro turno, Lula aparece com 41%, seguido do presidente Bolsonaro (sem partido), que foi escolhido por 23%.

Os demais citados pelos entrevistados são Sergio Moro (7), sem partido; Ciro Gomes (6), PDT; Luciano Huck (4), sem partido; João Doria (3), PSDB; Luiz Henrique Mandetta (2), DEM e João Amoêdo (2), Novo.

SEGUNDO TURNO

Na simulação para o segundo turno, o ex-presidente também lidera, segundo a pesquisa Data Folha. O petista é o preferido de 55%, na disputa contra Bolsonaro, que aparece com 33%. Contra Doria, Lula atinge 57% contra 21%  do atual governador de São Paulo. No embate entre Dória e Bolsonaro, o primeiro tem 40% contra 39% do segundo.

Na simulação entre o atual presidente e Ciro Gomes, o pedetista tem 48% contra 36% de Bolsonaro. Quanto a rejeição, o atual ocupante do Planalto aparece com 54%. Ele é seguido de Lula (36%), Doria (30%),Huck (29%), Moro (26%) e Ciro 24%. Veja outros cenários aqui.

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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por 3 a 2, concedeu habeas corpus para reconhecer a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na condução da ação penal que culminou na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção passiva e lavagem de dinheiro referentes ao triplex em Guarujá (SP). Nesta terça (23), a maioria do colegiado seguiu o voto divergente do ministro Gilmar Mendes para determinar a anulação de todas as decisões de Moro no caso do triplex do Guarujá.

A decisão da 2ª Turma incluiu os atos praticados na fase pré-processual, por entender que ele demonstrou parcialidade na condução do processo na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). A defesa buscava a nulidade da ação penal relativa ao triplex e dos demais processos a que o ex-presidente responde em Curitiba.

Entre outros argumentos, os advogados sustentavam que o fato de Moro ter recebido e aceitado o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça a partir de janeiro de 2019 demonstra a sua parcialidade em relação ao ex-presidente e revela que ele teria agido durante todo o processo com motivação política.

O julgamento estava empatado, com dois votos contra a suspeição do ex-juiz – ministro Edson Fachin (relator) e ministra Cármen Lúcia – e dois pela parcialidade do magistrado – ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Na sessão de hoje, o ministro Nunes Marques proferiu voto-vista acompanhando o relator, e a ministra Cármen Lúcia, que havia votado pelo não conhecimento do HC, reajustou seu voto para, no mérito, acompanhar a divergência e reconhecer a suspeição.Leia Mais

Presidente da Câmara dos Deputados faz referência indireta ao vício processual que, ao mesmo tempo, anula os processos de Lula e evita julgamento da suspeição de Moro
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse ter dúvida se a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato, serviu para absolver o petista ou o ex-juiz Sérgio Moro, que presidiu os processos contra Lula na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba.

“Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!”, escreveu o deputado numa rede social.

O comentário de Lira parece fazer referência ao motivo da anulação. Fachin anulou os processos por causa da incompetência de foro, ou seja, no entendimento do ministro, a 13ª Vara de Curitiba não era o juízo natural para os processos penais contra Lula, mas sim a Justiça Federal em Brasília.

Ao anular os processos, Edson Fachin declarou que todos os outros Habeas Corpus da defesa de Lula perderam seus objetos – a razão de existir-, inclusive o recurso em que os advogados do ex-presidente questionam a imparcialidade de Moro na condução dos processos contra o petista.

Isso significa que, se a decisão monocrática for respaldada num julgamento colegiado do próprio STF, a suspeição de Moro não será julgada.

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Kennedy Alencar, do UOL

Ao tirar a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar o ex-presidente Lula, o ministro do STF Edson Fachin anula todos os atos processuais em relação ao petista. Ou seja, de balaiada, anula duas sentenças (apartamento do Guarujá e sítio de Atibaia) e uma denúncia (terreno da Odebrecht para Instituto Lula) contra o ex-presidente.

A decisão devolve Lula ao jogo político, pois ele volta a ser ficha limpa e estará livre para concorrer à Presidência em 2022 se não tiver outra condenação em segunda instância até lá. O efeito é politicamente poderoso, pois evidencia a parcialidade no tratamento de Lula por Sergio Moro. Será muito difícil que Lula não esteja na cédula eleitoral do ano que vem.

Como o Brasil não é para amadores, Fachin tenta salvar o que restou da Lava Jato, que vem se enfraquecendo com a exposição das lambanças de Moro, Dallagnol e cia. ao corromperem o processo judicial. Se são nulos os atos de Moro, não é necessário mais julgar a sua suspeição, algo que estava pendente na Segunda Turma do STF. Ela, a suspeição, é mais do que evidente com a decisão de Fachin, que tenta isolar o caso do ex-presidente dos demais julgados por Moro. Clique e confira a íntegra do artigo de Kennedy Alencar em sua coluna no UOL.

O ex-juiz Sergio Moro
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O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro prestará depoimento, na tarde deste sábado (2), na Polícia Federal, em Curitiba. O interrogatório foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que conduz a investigação.

Celso de Mello antecipou o depoimento de Sergio Moro após analisar pedido de parlamentares de partidos da oposição. Inicialmente, o prazo dado pelo ministro era de 60 dias. A oitiva será a primeira medida tomada no inquérito aberto a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para apurar suposta tentativa de interferência na PF ou crime de denunciação caluniosa.

JAIR BOLSONARO CHAMA MORO DE JUDAS

Nesta feira-feira (1), Augusto Aras designou os procuradores da República João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis para acompanhar todas as diligências a serem realizadas pela Polícia Federal no inquérito.

Em sua conta no Twitter, neste sábado (2), o presidente Jair Bolsonaro classificou Sergio Moro de “Judas” e relembrou o episódio em que foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018.

-Os mandantes estão em Brasília?

-O Judas, que hoje deporá, interferiu para que não se investigasse?

-Nada farei que não esteja de acordo com a Constituição.Mas também NÃO ADMITIREI que façam contra MIM e ao nosso Brasil passando por cima da mesma.

O ex-ministro Sergio Moro pediu demissão do cargo deixando o governo do presidente Jair Bolsonaro após quase 16 meses à frente da pasta. Ao anunciar sua decisão, Moro acusou o governo de interferir politicamente na Polícia Federal. Da Agência Brasil.

moro deixou o cargo atirando contra o presidente da República
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu, nesta sexta-feira (24), ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para apurar os fatos narrados e as declarações feitas pelo então ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro.

Entre as providências, o procurador-geral solicita a oitiva do ex-ministro, que pediu exoneração nesta sexta-feira. O ex-juiz da Operação Lava Jato fez sérias acusações contra o presidente Jair Bolsonaro, que no final da tarde contra-atacou.Leia Mais

Ministro do STF autoriza abertura de inquérito que investiga acusações de Moro contra Bolsonaro
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O ministro Sergio Moro (Justiça) pediu, nesta quinta-feira (23), exoneração do cargo a Jair Bolsonaro ao ser informado pelo presidente da decisão de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal, hoje ocupada por Maurício Valeixo.

Bolsonaro informou o ministro, em reunião, que a mudança na PF deve ocorrer nos próximos dias. Moro então pediu exoneração do cargo, e Bolsonaro tenta agora reverter a decisão do ex-juiz federal.

Os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foram escalados para convencer o ministro a recuar da decisão. Se Valeixo sair, Moro sairá junto, segundo aliados do ministro.

Valeixo foi escolhido por Moro para o cargo. O atual diretor-geral é homem de confiança do ex-juiz da Lava Jato. Desde o ano passado, Bolsonaro tem ameaçado trocar o comando da PF. O presidente quer ter controle sobre a atuação da polícia, diz o jornal Folha de São Paulo. Acesse aqui a íntegra da reportagem.

Moro compartilha foto de produção de máscaras no Conjunto Penal de Itabuna
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O ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, compartilhou, em sua conta no Twitter, uma foto da Oficina de Corte e Costura, no Centro de Ressocialização do Conjunto Penal de Itabuna (CPI). Publicada inicialmente no perfil do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), a imagem mostra os detentos fabricando máscaras de proteção, seguindo as novas orientações das autoridades de saúde do Estado e do País.

O trabalho de confecção das máscaras é realizado por 30 internas e internos que já faziam parte da oficina ou foram agregados nesse momento de enfrentamento da pandemia da Covid-19.

A oficina mostrada pelo ministro Sérgio Moro tem uma produção diária de 1.500 máscaras, e está em plena expansão, uma vez que os detentos estão se especializando na fabricação, orientados pelos instrutores e instrutoras da Socializa no Conjunto Penal.

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Moro terá licença de uma semana do cargo || Reprodução

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, se afastará do cargo por uma semana, de acordo com publicação no Diário Oficial da União desta segunda (8), para tratar de “assuntos particulares”. O período de afastamento vai de 15 a 19 de julho. Segundo a assessoria do ministro informou ao Estadão, a licença será não remunerada, já que o mesmo ainda não completou um ano no cargo.

A licença de uma semana no cargo coincide com o período mais críticos das denúncias de que Moro agiu ativamente para auxiliar a acusação a alvos da Lava Jato no período em que ele era juiz federal e julgou vários dos condenados, dentre os quais o ex-presidente Lula. A assessoria do ministro, porém diz que a licença estava prevista desde quando o ministro assumiu o cargo. Moro é alvo da “Vaza Jato”, série de reportagens divulgadas por veículos como Folha, Veja e The Intercept na qual aparece atuando de forma considerada irregular para um magistrado.

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Rui Costa considera muito graves revelações trazidas pelo “The Intercept”

Rui Costa, governador da Bahia, se pronunciou, há pouco, quanto às revelações de diálogos do ex-juiz, hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, com procuradores da Lava Jato (confira em nota abaixo). “O que o site The Intercept divulgou é muito grave. Provoca profunda indignação. É fundamental que todo o conteúdo seja esclarecido”, escreveu Rui em sua conta no microblog Twitter.

Segundo ele, o país “precisa saber de toda a verdade”. E continua: “Caso contrário o País continuará sem oferecer segurança Jurídico Institucional, Credibilidade e Confiança”. Apoiador do ex-presidente Lula, um dos alvos da Lava Jato e preso desde abril de 2018 depois de ser condenado pelo então juiz Moro e ter sentença confirmada em segunda instância, Rui Costa emenda com uma alfinetada:

– Chega de mentir e perseguir. Chega de mentir e perseguir. É preciso retomar a credibilidade em nossas instituições.

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Conversas de Moro (foto) com procuradores da Lava Jato é revelada por site

O clima na República deve esquentar, nesta segunda-feira (10), após a revelação, pelo site The Intercept, de conversas em chats privados do ex-juiz da Lava Jato e hoje ministro da Justiça, Sergio Moro, com procuradores da Operação, dentre eles Deltan Dallagnol.

Os conteúdos das conversas foram divulgados nesta noite de domingo e geraram reações de políticos e de procuradores, além do ministro. A matéria do The Intercept foi repercutida por alguns dos principais veículos do país, entre jornais, redes de TV e sites.

Algumas das conversas revelam antecipação de operações da Lava Jato e supostas combinações entre procuradores e o ex-juiz. Num dos diálogos, o procurador Deltan Dallagnol tinha dúvidas quanto à solidez das provas contra o ex-presidente Lula, condenado e preso desde abril do ano passado. Todo o conteúdo da matéria do The Intercept pode ser acessado aqui.