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Jabes (1)O prefeito Jabes Ribeiro diz que a Prefeitura de Ilhéus precisa cortar R$ 3 milhões da folha de pagamento e a proposta de um pacto com os servidores, o que inclui a não concessão de reajuste salarial, é justamente para evitar a necessidade de demissões. Segundo ele, o município tem duas opções: “deixar tudo como está ou o diálogo”. Os servidores estão em greve geral há quase duas semanas.

Na entrevista ao PIMENTA, Jabes fala em situação falimentar do município, nega que tenha contribuído para o caos financeiro com os precatórios e faz críticas tanto aos servidores quanto ao Reúne Ilhéus.

O prefeito acredita que os sindicatos estejam tentando medir forças com o governo e disse que está disposto a assumir o custo do enfrentamento. “Acho que é um pouco de teste, de enfrentamento de forças. Isso não me incomoda”.

Confira a entrevista concedida durante a inauguração da sede da Bahiagás em Itabuna, dia em que Jabes e secretários enfrentaram protestos e xingamentos no centro da cidade. O prefeito ainda falou porque dispensaria a reeleição: “Eu já fui reeleito uma vez e não gostei nada. Dá para trabalhar em 4 anos”.

BLOG PIMENTA – Os sindicatos cobram proposta de reajuste, mas o governo diz que não tem como atender. Dá para chegar a um acordo?

JABES RIBEIRO – Só existem dois caminhos para Ilhéus. É deixar tudo como está, desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, não ter dinheiro para nada… A folha chega a comprometer quase 70%, o que tem levado o governo a não poder atender os serviços básicos, essenciais. Eu me recuso. O outro caminho é o diálogo.

PIMENTA – Os sindicatos têm outros números. O comprometimento com a folha significaria 55% das receitas.

JABES – Nós estamos propondo uma empresa especializada para conferir os números. Em 2011, a folha de pessoal já estava em 64%. A informação que temos do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) é de que em 2012 ultrapassa 70%. Janeiro a maio deste ano, está na faixa dos 78,6%. Vamos contratar uma empresa técnica, vamos conferir [os percentuais]. Mas até agora é só me dá aumento, me dá aumento.

PIMENTA – E o sr. vai conceder?

JABES – Eu estou impossibilitado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, além de não ter recurso financeiro. O diálogo está aberto. O Pacto por Ilhéus tem resposta positiva da sociedade organizada. Ministério Público presente, OAB, todos… Eu só não consegui pacto com os servidores.

PIMENTA – As negociações vêm de algum tempo e a resistência do servidor seria justamente por entender que há como sair este aumento.

JABES – Não, não. Pelo amor de Deus. Eles sabem que não há.

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GREVE DOS SERVIDORES Acho que é um pouco de teste, de enfrentamento de forças. Isso não me incomoda.

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PIMENTA – E por que sabendo disso, como o senhor diz, o funcionalismo continua em greve?

JABES – Acho que é um pouco de teste, de enfrentamento de forças. Isso não me incomoda. Eu quero é o diálogo. Se for deixar como está, é caos. Ou então, vamos fazer um freio de arrumação. Isso tem um custo.

PIMENTA – O governo está disposto a assumir esse custo?

JABES – Não tenha dúvida. Meu compromisso não passa por popularidade momentânea, mas reorganizar a cidade. Nisso aí, nós temos o apoio da sociedade organizada.

PIMENTA – E como é mensurado esse apoio, a partir do pacto, pesquisa?

JABES – Eu tenho sido transparente. Essa é a única forma.

PIMENTA – O que levou a esse caos na gestão?

JABES – A arrecadação em Ilhéus caiu muito ao longo dos últimos anos. Nós éramos o terceiro ICMS da Bahia. Hoje, somos o 16º. As despesas só fazem crescer.

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DÍVIDAS COM PRECATÓRIOS – Grande parte dos precatórios é do governo Antônio Olímpio. Então, não adianta mais. Já se transformaram em sentenças judiciais. Fazer o quê?

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PIMENTA – Na origem do caos financeiro de Ilhéus estão os precatórios. O senhor é acusado de deixar mais de R$ 60 milhões em precatórios.

JABES – Não, não. Grande parte dos precatórios é do governo Antônio Olímpio. Então, não adianta mais. Já se transformaram em sentenças judiciais. Fazer o quê? Fazer o que fizemos. É parcelar e pagar. Não tem jeito. É sentença transitado em julgado. Tem ainda um terceiro ponto: o governo anterior foi muito complacente com essa coisa de reajuste salarial.

PIMENTA – Complacência em negociação salarial?

JABES – O sindicato chegava, peitava. O prefeito não queria enfrentamento e dava o que se pedia. Se você observar, os aumentos salariais superaram em muito a inflação do período. Se você me perguntar se é justo, claro. O problema é que o empregador está falido.

PIMENTA – O senhor fala de um pacto com a sociedade e servidores. Mas de que forma esse pacto que o senhor propõe poderia ajudar?

JABES – Aí é que está. Nós temos que cortar quase R$ 3 milhões da folha. É preciso sentar e definir como.

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DEMISSÃO DE SERVIDORES – O único caminho que a lei me dá é exatamente a demissão de servidores. O pacto é para evitar isso e preservar o emprego.

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PIMENTA – Numa entrevista, o senhor falou em demissões, até 700 demissões.

JABES – Não, não. Colocando a verdade, o único caminho que a lei me dá é exatamente a demissão de servidores. O pacto é para evitar isso e preservar o emprego, os direitos individuais e, sobretudo, ter um processo de discussão. Até porque, você não terá um pacto eterno.

PIMENTA – Do ponto de vista jurídico, o comprometimento da folha continuará o mesmo. O senhor fala da possibilidade de ser um ficha-suja, ter contas rejeitadas pelos tribunais. Mas no que esse pacto ajuda a reduzir esse nível de comprometimento?

JABES – À medida que você senta [para conversar], começa a ter cenários. Mas se só diz eu quero aumento, eu quero aumento

PIMENTA – Da parte do servidor, o que pode ser proposto?

JABES – A partir do momento que ele sentar, pode propor tudo.

PIMENTA – E do lado do governo, o que propor? Vai mexer na receita?

JABES – Nós estamos trabalhando. É melhoria do cadastro do IPTU… Eu agora estou preparando projeto tributário que é muito inspirado em Salvador. O professor tributarista Edvaldo Brito está vindo nos ajudar nessa discussão. Mas tudo isso só terá efeito no próximo ano. É o princípio da anterioridade. Só que eu tenho que fechar as contas neste ano. Estou aproveitando a Era Franciscana: é diálogo, paciência, humildade, compreensão. Só não me peçam para deixar como está e não cumprir a lei. Isso me afetaria e afetaria o gerenciamento da cidade.

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EXONERAÇÃO DE LEDÍVIA – Se amanhã qualquer secretário não preencher os requisitos mínimos, é outra discussão. Não dá para ter queimação agora.

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PIMENTA – No plano da gestão e da política, muito se fala em substituição na saúde. A secretária Ledívia Espinheira será exonerada?

JABES – O governo não pensa isso. O governo avalia cada secretário a cada dia. Os problemas que ela está passando são os problemas do governo. Portanto, não dá para ter atitude desonesta, responsabilizar fulano. Se amanhã qualquer secretário não preencher os requisitos mínimos, é outra discussão. Não dá para ter queimação agora. Eu estou absorvendo responsabilidade completa do Pacto. Enfim, ou há pacto ou caos.

Para ler a íntegra da entrevista, clique no “leia mais”, abaixo.

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Grevistas ofereceram café da manhã aos manifestantes do Reúne Ilhéus (foto Maurício Maron/JBO)
Grevistas ofereceram café da manhã aos manifestantes do Reúne Ilhéus (foto Maurício Maron/JBO)

Um momento de demonstração de solidariedade entre grupos que protestam por questões diversas em Ilhéus. Na manhã desta quarta-feira, 31, os manifestantes do “Reúne Ilhéus” saíam das barracas onde estão acampados há 16 dias, em frente à Prefeitura, quando receberam mais que um “bom dia” dos servidores do município, em greve e também num plantão há mais de uma semana no mesmo local, na esperança de amolecer o coração do prefeito Jabes Ribeiro.

Os servidores traziam pães, bolos, biscoitos e garrafas com sucos de frutas para oferecer aos jovens que reivindicam redução no valor da passagem de ônibus. O gesto comoveu a molecada e quem passava por ali. Alguns transeuntes quiseram dar um jeito de mostrar que não estão indiferentes e doaram uma graninha para reforçar o caixa e a despensa dos acampados.

Presidente da Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI), Enilda Mendonça comentou o significado do gesto. “Estão aqui os nossos filhos, o futuro da cidade que precisa de respeito e apoio”, disse ao Jornal Bahia Online. Em torno da “mesa” farta, os dois grupos fizeram uma oração, agradecendo pelo alimento e clamando por gestores mais sensíveis às demandas do povo.

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greveios

A greve dos servidores públicos municipais de Ilhéus entra na terceira semana, sem sinal de acordo à vista. Nesta segunda-feira, 29, os cinco sindicatos que representam categorias diferentes do funcionalismo anunciaram que a paralisação das atividades continua por tempo indeterminado.

Os servidores questionam números apresentados pelo governo sobre a folha de pagamento e denunciam excessos na contratação de servidores comissionados e terceirização de serviços. Em assembleia na manhã desta segunda, servidores também reclamaram de “ameaças” que teriam sido feitas pelo prefeito Jabes Ribeiro e por secretários municipais.

Enquanto durar a greve, os representantes do funcionalismo prometem se concentrar todos os dias, a partir das 8 horas, em frente à sede do governo. Nesta terça, 30, no mesmo horário, haverá assembleia de professores no plenário da Câmara Municipal.

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Prefeito se reuniu com sindicatos e representantes da sociedade civil (foto Gidelzo Silva)
Prefeito se reuniu com sindicatos e representantes da sociedade civil (foto Gidelzo Silva)

Diante das dúvidas que pairam em torno dos números apresentados pela Prefeitura de Ilhéus acerca das despesas com pessoal, o prefeito Jabes Ribeiro (PP) propôs nesta segunda-feira, 22, a criação de uma comissão para conferir os gastos.

Ribeiro se reuniu no auditório da Justiça Federal com membros do Conselho de Observadores do Pacto por Ilhéus, representantes do movimento Reúne Ilhéus, dos sindicatos dos servidores e vereadores. Além da comissão para esmiuçar as despesas com o funcionalismo, que o governo afirma se encontrarem além do limite determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o gestor sugeriu que se crie outra comissão para destrinchar as planilhas das empresas de ônibus.

Sobre o funcionalismo, os sindicatos questionam os números apresentados pelo governo. Ao tempo que este afirma estar consumindo mais de 70% das receitas com pessoal, as entidades representativas dos trabalhadores calculam um valor abaixo de 55%.

Enquanto não se tira “a prova dos nove”, os servidores seguem com as atividades paralisadas. Na reunião desta segunda, Ribeiro conclamou os funcionários a retornar aos seus postos de trabalho, argumentando que “a cidade não pode parar”.

Passagem – A segunda comissão proposta pelo prefeito teria como objetivo esclarecer dúvidas sobre o faturamento líquido das empresas de transporte coletivo. O governo diz que esse estudo é necessário para se discutir a viabilidade do pleito do movimento  Reúne Ilhéus, que exige a redução do preço da passagem, de R$ 2,40 para R$ 2,00.

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Akemi Nitahara | Agência Brasil

Com as mudanças constitucionais das últimas décadas, que redistribuiram poderes e redefiniram atribuições, houve descentralização territorial no Brasil com a criação de municípios e transferência de responsabilidades da União e estados para as prefeituras. Com isso, de 2005 para 2012 o número de servidores públicos que ingressaram nas administrações municipais chegou a 1.512.611, um avanço de 31,7%.

Em 2012, o número total de servidores públicos municipais alcançou 6.280.213 servidores, o que representa 3,2% da população do Brasil, segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2012, divulgada hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a gerente da Munic,Vânia Pacheco, o crescimento não é expressivo quando comparado com o contingente de 2011, mas é necessário para fazer frente às obrigações transferidas para as prefeituras, como políticas de assistência social e saúde que antes eram tratadas em nível federal.

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Karla: frustração com proposta do município.
Karla: frustração com proposta do município.

A presidente do Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Itabuna (Sindserv), Karla Lúcia, considerou frustrante a contraproposta de reajuste salarial apresentada na Mesa de Negociação Permanente pelos representantes da prefeitura.
Enquanto o funcionalismo reivindica 17% de reajuste, o governo acenou com 5,84%. “Infelizmente, o valor apresentado frustrou, e muito, os trabalhadores e o Sindserv”.
A proposta já foi recusada pelos servidores. De acordo com Karla Lúcia, o andamento da campanha salarial será discutido em assembleia marcada para hoje, 7, às 17 horas, no auditório do Sindicato dos Comerciários, na Avenida do Cinquentenário. “É muito importante que os servidores participem da assembleia, discuta e delibere sobre os rumos da campanha salarial”.

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Os servidores da Prefeitura de Ilhéus nomeados no final de 2012 sofreram uma derrota no Tribunal de Justiça da Bahia. A corte, considerando que as nomeações desrespeitaram a Lei de Responsabilidade Fiscal, suspendeu a liminar favorável aos servidores, obtida em primeira instância.
A suspensão foi determinada pelo presidente do TJ-BA, Mário Alberto Hirs, que atendeu requerimento do governo ilheense. No entendimento do desembargador, a decisão de nomear servidores, quando o município já comprometia mais de 70% de sua receita com a folha de pessoal, vai de encontro ao que dispõe a LRF. A norma limita os gastos com a folha em 54% da receita.
Além do inchaço das depesas com pessoal, o desembargador considerou que as nomeações ocorreram nos últimos 180 dias da administração, o que também é proibido pela Lei de Responsabilidade.
 

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Prefeitura e Sindicato dos Servidores Municipais de Ilhéus (Sinsepi) finalmente entraram em acordo na manhã desta sexta-feira, 1º, com o governo se comprometendo a quitar os salários de dezembro do ano passado à medida que a justiça libere os recursos bloqueados. Ficou acertado ainda que não haverá corte dos dias não trabalhados durante a greve, além do pagamento do adicional de insalubridade aos funcionários que têm direito ao complemento. Um levantamento sobre estes servidores foi realizado, de acordo com a Prefeitura, pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano  (Sedur).
A nova gestão já criticou a anterior por gastos excessivos com o pagamento da insalubridade, o que teria gerado despesa de R$ 400 mil na folha de dezembro. O governo diz que, na realidade, esse gasto não deveria ser superior a R$ 70 mil e não se sabe se esta conta será revista.
Feito o acordo, o Sinsepi recomendou que a categoria retorne ao trabalho. Também ficou acertada a manutenção das comissões responsáveis pela discussão dos passivos salariais.

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Jabes3Ainda em dificuldades com os servidores em função dos salários de dezembro, não pagos pela gestão anterior, o prefeito ilheense, Jabes Ribeiro (PP), fez um apelo aos trabalhadores nesta quinta-feira, 31. Segundo ele, a paralisação deflagrada por setores do funcionalismo é injusta.
“Reunimos com os sindicatos, mostramos a situação financeira do município, nos esforçamos para pagar antecipadamente os salários de janeiro, restando apenas o pagamento de um setor da educação; criamos três comissões, com membros dos sindicatos, para pensar uma forma de pagar os salários e benefícios não pagos pela gestão anterior, portanto não vejo razões para greve”, avaliou o gestor.
Ribeiro disse que a administração encerrada em dezembro inchou a folha de pagamentos da Prefeitura. Segundo ele, no último mês de 2012 a despesa com horas extras atingiu R$ 400 mil e 790 servidores receberam adicional de insalubridade. O prefeito afirmou que, em janeiro, constatou-se que somente 70 trabalhadores têm direito ao complemento.

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Em audiência, servidores da Saúde e administrativo fecharam acordo, o que não ocorreu na educação (Foto Jeremias Barreto).
Saúde e administrativo fecham acordo. Educação terá nova audiência (Jeremias Barreto).

Os representantes do funcionalismo municipal de Itabuna decidiram há pouco encerrar a greve iniciada nesta terça-feira, 29. A deliberação pelo retorno às atividades ocorreu em assembleia, após reunião com membros do governo intermediada pelo Ministério Público do Trabalho. O salário de dezembro será quitado em seis parcelas. A primeira deverá ser paga em 13 de fevereiro.
A greve foi deflagrada em protesto contra o atraso no pagamento dos salários de dezembro de 2012. A nova gestão alegava que a administração anterior não deixou recursos em caixa para quitar a dívida com o funcionalismo, que atinge um montante de R$ 11,3 milhões.
Inicialmente, o governo propôs aos funcionários o pagamento dos salários em 16 vezes, o que foi recusado pelos servidores. Na tarde desta quarta-feira, 30, a Prefeitura melhorou a proposta, que passou a ser de parcelamento do débito em seis vezes, a partir de fevereiro.
Segundo a dirigente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv), Wilmaci Oliveira, os cerca de 300 funcionários da equipe de apoio da educação receberão os atrasados de uma só vez, no dia 13 de fevereiro. Já os professores, vinculados a outro sindicato, negociam à parte com o governo e não estão incluídos no acordo fechado hoje.
A dirigente ressaltou que a proposta não foi a ideal, mas a possível de ser alcançada, pois a outra opção era o caminho judicial, que implicaria em demora para se chegar a uma solução.
PROFESSORES
Os professores rejeitaram nova proposta de parcelamento apresentada pelo governo e que resultaria em pagamento do salário de dezembro em 12 vezes. Os representantes do município não aceitaram proposta de parcelamento em quatro vezes. Alegaram falta de condições financeiras. Uma nova audiência foi marcada para o dia 19 de fevereiro, seis dias antes do ano letivo, programado para 25 de fevereiro.
Atualizado às 22h56min

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Um servidor da Prefeitura de Itabuna, comparando a própria situação de quase penúria com a da administração municipal, sugere uma saída ao seu ver muito simples para a questão do pagamento dos salários de dezembro.
A dica é a seguinte: em vez de parcelar a dívida com o funcionalismo em dezesseis vezes, o governo poderia contratar empréstimo em um banco e pagar “à vista” aos trabalhadores. Assim, parcela-se a dívida com a instituição financeira, não com o depauperado barnabé.
Parece justo.

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Servidores e governo se sentaram ontem à mesa de negociação
Servidores e governo se sentaram ontem à mesa de negociação

A Prefeitura de Itabuna ainda discute uma fórmula para regularizar a situação salarial dos servidores, que ficaram sem receber os pagamentos de dezembro, bem como o décimo terceiro. Em uma reunião na tarde desta segunda-feira, 21, a nova gestão apresentou alternativas para resolver a pendência deixada pelo ex-prefeito José Nilton Azevedo (DEM), como a de parcelar o débito do mês passado em 16 vezes, o que a priori não foi aceito pelos sindicatos que representam o funcionalismo.
O governo afirma buscar uma solução que atenda à necessidade dos servidores, mas sem criar embaraços para a administração. Além das secretarias da Administração e da Fazenda, o titular da pasta do Planejamento, Wenceslau Júnior, de longa experiência junto ao movimento sindical, trabalha em prol do acordo.
Enquanto a saída não é encontrada, os servidores vão demonstrando impaciência. Tanto que nesta manhã acontece protesto de agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, em frente ao Centro Administrativo Firmino Alves.

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A Prefeitura de Itabela, no extremo-sul da Bahia, é outra que está deixando os servidores no perrengue neste fim de ano. Na cidade, os funcionários públicos municipais estão com os salários atrasados desde outubro e também não receberam o décimo terceiro, o que fez o Ministério Público ajuizar uma ação civil pública contra o prefeito Osvaldo Caribé (PMDB).

Na ação, o promotor Dinalmari Mendonça Messias solicita o bloqueio de repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a fim de quitar os salários do funcionalismo. O montante objeto do bloqueio é de R$ 2.315.000,00.

Segundo Messias, o prefeito já foi notificado pela justiça. Ele afirma considerar o atraso uma irregularidade gravíssima, pois “agride os direitos legítimos de toda uma coletividade, já que o recebimento do salário é a contraprestação pelo trabalho realizado”.

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Até na hora de pagar os salários dos servidores, o atual governo de Itabuna revela pouco compromisso com a saúde. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos do Município (Sindserv), os trabalhadores deste setor ficaram na rabeira da fila para receber os pagamentos atrasados. Do pessoal da saúde, somente os agentes comunitários de saúde e de controle de endemias tiveram acesso ao salário de novembro. Os demais continuam aguardando.

Os servidores estão em greve, que prossegue até que a situação salarial seja regularizada, e realizam manifestações nesta quarta-feira, 12, em frente ao Hospital de Base e à Secretaria Municipal da Saúde.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, os salários de novembro serão pagos a todo o funcionalismo até esta sexta-feira, dia 14.

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É pedir muito, mas os servidores da Prefeitura de Ilhéus precisarão ter um pouquinho mais de paciência para ver na conta os salários atrasados. A administração divulgou nota há poucos instantes, na qual informa ter enviado mais cedo para o Banco do Brasil os arquivos digitais com a folha de pagamento dos meses de setembro e outubro, mas a Caixa Econômica não teria remetido os valores correspondentes, em tempo hábil, para o BB.

Segundo a nota, a CEF se comprometeu a fazer a transferência dos recursos no início do expediente bancário desta quarta-feira, 5, e os salários serão creditados pelo BB nas contas dos servidores, ao longo do dia. A Prefeitura também informa que encaminhará nesta quarta, para o Banco do Brasil, os arquivos da folha de novembro.

A regularização dos salários está prevista em acordo firmado ontem (3), entre o prefeito Newton Lima e o Ministério Público do Trabalho, perante o juiz da 3ª Vara do Trabalho de Ilhéus, José Cairo Júnior.