PM apreende quase 140 quilos de drogas em Itabuna || Foto Divulgação
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Uma operação da Polícia Militar, no bairro Jorge Amado, em Itabuna, nesta quarta-feira (8), resultou numa intensa troca de tiros com os traficantes e na apreensão de drogas e armas. Em um imóvel usado como depósito por integrantes de uma facção, os policiais encontraram submetralhadora, espingarda, coletes balísticos, dentre outros materiais.

Material estava escondido em imóvel de facção criminosa || Foto Divulgação

Durante a operação policial foram apreendidos 123 kg de maconha, 11 kg de cocaína, 2,6 kg de Skank, 1 kg de crack, 859 comprimidos de ecstasy, uma submetralhadora calibre 40, uma espingarda calibre 12, pistola, revólver, carregadores alongados com capacidade para trinta munições, kit Roni, cinco coletes balísticos e três placas, uma espada, quatro balanças, 200 munições de diversos calibres e cadernos com anotações do tráfico de drogas.

PM encontrou droga depois de denúncia anônima || Foto Divulgação

Além das drogas e armas, os policiais apreenderam diversos itens usados para o preparo, divisão e venda dos entorpecentes. “Essa foi a maior a apreensão realizada, neste ano, pelo 15⁰ Batalhão da Polícia Militar”, afirmou o tenente-coronel Robson Farias, comandante da unidade. O oficial disse ainda que mais de uma tonelada de drogas foi retirada das ruas da cidade do sul da Bahia.

Bandidos fugiram deixando munições e armas para trás || Foto Divulgação
Polícia apreende drogas escondidas em brinquedos e utensílios domésticos
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Policiais da Coordenação de Narcóticos, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), apreenderam, nesta quinta-feira (26), drogas que seriam enviadas, pelos Correios, da Bahia para outros estados. Foram interceptadas também drogas enviadas do interior para Salvador.

As drogas foram apreendidas durante mais uma fase da “Operação Correios”, que contou com o apoio do Canil da Coordenação de Operações Especiais (COE) e do Setor de Segurança dos Correios. Com ajuda de cães, as buscas foram feitas com ajuda dos no Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas dos Correios e no setor de cargas do Aeroporto Internacional de Salvador.

Foram apreendido 3 mil comprimidos de ecstasy, 1,8 quilo de cocaína, 8,15 quilos de maconha, 1,10 de haxixe, 390 gramas de skank, 220 gramas de kush e 10 gramas de crack. As drogas estavam acondicionadas em utensílios domésticos, brinquedos e outros objetos empacotados para as encomendas.

O delegado da Coordenação de Narcóticos, Adriano Moreira, informou que as ações são contínuas. “As atividades investigativas não esgotam na apreensão. Atuamos com as equipes de segurança dos Correios, desde os trabalhos de inteligência até a interceptação dos entorpecentes e a identificação dos autores”, informou.

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Gilberto Gil é das atrações confirmadas no FIB (Foto Marcos Hermes).
Gilberto Gil é das atrações confirmadas no FIB (Foto Marcos Hermes).

Mais três grandes atrações foram confirmadas neste sábado (19) para a edição 2014 do Festival de Inverno Bahia (FIB). Gilberto Gil, Vanessa da Mata e Capital Inicial fecham a grade, que terá ainda Skank, Paralamas do Sucesso, Ira!, Luan, CPM 22 e Natiruts.
O FIB vai de 29 a 31 de agosto, no Parque de Exposições Teopompo de Almeida, em Vitória da Conquista, no sudoeste do Estado. A grade com a ordem e o dia das apresentações deverá ser anunciada até o início de agosto.

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Skank é uma das atrações do Festival de Inverno, em Conquista (Foto Divulgação).
Skank é uma das atrações do Festival de Inverno, em Conquista (Foto Divulgação).

A organização do Festival de Inverno Bahia (FIB) divulgou seis das atrações dos três dias do evento anual em Vitória da Conquista. Skank, CPM 22, Paralamas do Sucesso, Ira!, Natiruts e Luan Santana são os nomes já confirmados.
O festival deste ano será realizado de 29 a 31 de agosto, no Parque de Exposições de Conquista, no sudoeste baiano. Será a décima edição do evento que reúne até 30 mil pessoas por noite.
 

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TODOS NÓS CONHECEMOS HOMENS NO ESTOJO

Ousarme Citoaian
O leitor Mohammad Padilha referiu-se aqui aos contos de humor de Tchekhov (foto), o que me motivou a uma releitura, mesmo dinâmica, de O homem no estojo (que tenho) e Um negócio fracassado (da coletânea de humor), captado no PC. O primeiro fala de um professor de grego que se agasalha, a qualquer tempo, com sobretudo de lã, galochas e guarda-chuva. Quando sobe numa carruagem, levanta a capota imediatamente e, ao dormir, mesmo em noites quentes, fica sob os cobertores, os ouvidos tapados com algodão. O presente o apavora, enquanto ao passado faz louvações exageradas, sempre a combater qualquer ideia nova. É o homem no estojo, tipo que todos nós conhecemos. Por essas e outras, Tchekhov é universal.

“DON JUAN” TUDO PERDE POR FALAR DEMAIS

Um negócio fracassado nos dá um Tchekhov picaresco (lado que, penso, é pouco analisado em sua obra), num texto que nos prende logo de saída: “Estou com uma terrível vontade de chorar! – começa o narrador, passando a contar como lhe escapou das mãos, num casamento, uma pequena fortuna.“Ela é jovem, linda, vai receber de dote 30 mil rublos, tem alguma cultura, e a mim, autor, ama como uma gata”, festeja o Don Juan, por antecipação. Veste-se, perfuma-se, penteia-se, impressiona  a incauta. Mas quando já tinha como seus os  30 mil rubros (mais a linda moça que os acompanharia), mete-se a falar e tudo põe a perder. É de fazer chorar. Tem bom gosto, esse Mohammad com sobrenome de grande poeta.

O CONTO LIBERTO LEVITA FEITO ASA-DELTA

Diz o crítico Hélio Pólvora, em Itinerários do conto (Editus-Uesc/2002), que Tchekhov “libertou o conto de um pesado arcabouço clássico, enchendo-o de oxigênio puro e fazendo-o levitar como asa-delta”. Itinerários… deve ser adotado como livro de cabeceira pelos que se propõem a apreender os mecanismos do conto e/ou ter uma visão dos nomes capitais da literatura mundial: lá estão (fora Tchekhov) de Maupassant a Poe, de Machado de Assis a Mark Twain, de Sartre a Adonias Filho, Marquês de Sade, Eduardo Portela, Proust, Ricardo Ramos, Ariano Suassuna, Joyce, Álvaro Lins, Jorge Amado – mais de 250 autores. Curiosamente, Tchekhov é o campeão de citações de todo o livro, com 22 referências.

SAUDADES DAS COORDENADAS ASSINDÉTICAS

Na escola, em tempos idos, todos nos sentíamos mais ou menos molestados (olha a aliteração aí, gente!) com a insistência dos professores em nos enfiar análise sintática cabeça adentro. Ah, as orações… coordenadas e subordinadas, sindéticas e assindéticas, partidas e sem sujeito, adjetivas, adverbiais, reduzidas, substantivas e outras – parece mesmo um exagero. Programa para quem almeja a especialização, privilégio de poucos.  Mas tenho como indispensável apreender o sentido de sujeito, predicado e objeto (mais uma pitada de regência e concordância). Com isso, já se pode fazer muito jornalismo e até um pouco de literatura, sim senhor.

MONSTRENGO QUE AGRIDE OLHOS E OUVIDOS

A reflexão me surge quando leio, em importante jornal de Salvador, este título, totalmente (ou deveria dizer “sintaticamente”) equivocado: Julgamento de padres pedófilos finaliza dia 22. Gramáticos encontrariam nesta construção material suficiente para uma conferência magna. Mesmo quem não tem engenho e arte para dissecar o monstrengo, nota que sua desnecessária complexidade agride nossos olhos e ouvidos: “Julgamento de padres pedófilos”, ao mesmo tempo, finaliza e é finalizado, pois é resposta às perguntas “quem finaliza?” (sujeito) e “o que finaliza?” (objeto). Dessa mistura incomum saiu um resultado, no mínimo, insalubre.

JULGAMENTO NÃO FINALIZA, É FINALIZADO

Melhor para todos é escancarar o sujeito, tirá-lo da sombra. Com “Tribunal finaliza julgamento de padres…” estaria tudo resolvido. Colho na grande mídia (para não fatigar os leitores) apenas cinco abonos da construção que defendo neste caso: 1) Supremo finaliza julgamento sobre Raposa Serra do Sol; 2) Elenco do Flamengo finaliza atividade física; 3) Petrobras finaliza plano de investimento; 4) MEC finaliza plano de educação com meta de 7% do PIB; 5) Supremo finaliza julgamento de Battisti. “Julgamento” não finaliza, é finalizado; sofre a ação, não a pratica; não é elemento principal, mas acessório; logo, não é sujeito, é complemento.

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MPB NUM NOME SÓ: ANTÔNIO CARLOS JOBIM

Ari Vasconcelos, no Panorama da Música Popular Brasileira, diz que se tivesse espaço para apenas um nome que representasse a MPB escreveria “Pixinguinha”. Pode ser, pode ser. Músicos fazem música, letristas fazem letras, políticos fazem discurso. É a lei natural das coisas. Da mesma forma, bananeira não dá laranja e coqueiro não dá caju – segundo Braguinha, na marcha Bananeira não dá laranja/1953. Como as demais regras, esta comporta exceções, e uma das mais notáveis é Tom Jobim. O maestro, à primeira vista exclusivamente músico, era também um letrista excepcional. Enfim, resta dizer que Panorama… foi publicado em 1964 – e Tom ainda faria, pelo menos, dez clássicos.

BAIANA COM CESTO DE FRUTAS NA CABEÇA

Tom é um dos pais da Bossa Nova. E esta abriu as portas do mundo para a MPB, livrando-nos daquele estereótipo ridículo criado para Carmem Miranda (a baiana que usava na cabeça algo parecido com um cesto de frutas tropicais). E influenciou o jazz, para sempre. É lembrar que Tom Jobim foi gravado por Ella Fitzgerald, Stan Getz, Anita O´Day, Sarah Vaughan, Joe Henderson, Miles Davis, Chet Baker – para citar apenas algumas feras desse gênero. E gravou com Frank Sinatra, o que não é pouco. Lobão disse, dentre outras do seu latifúndio de polêmicas, que a Bossa Nova é uma linguagem morta. Ofensa das pequenas, para quem já condenara as vozes que “crucificam os torturadores que arrancaram umas unhazinhas”.

ROCK BRASILEIRO É APENAS CONTRAFAÇÃO

Não tenho simpatia pelo rock, filho bastardo do jazz. E falo do rock norte-americano, pois rock brasileiro não passa de contrafação – no sentido anotado no Michaelis: “Imitação fraudulenta de um produto industrial ou de uma obra de arte”. Ainda assim, gosto de uma coisa ou outra de Raul Seixas, do pioneirismo do Camisa de Vênus, de Tia Rita Lee e do Skank (penso que Chico Amaral é muito bom letrista). E porque falávamos de Tom Jobim, vamos a uma de suas melodias mais importantes, O amor em paz. Para ela, Vinícius escreveu “O amor é a coisa mais triste, quando se desfaz”. E não é mesmo? Aqui, com o pungente sax tenor de Joe Henderson, com músicos brasileiros.

(O.C.)

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