Diante do bloqueio do WhatsApp por determinação judicial (ver nota abaixo), usuários do aplicativo buscam alternativas para evitar uma síndrome de abstinência.
A principal alternativa é o Telegram, um similar também gratuito e que supre perfeitamente a lacuna deixada pelo “zapzap”, apelido carinhoso do aplicativo bloqueado no Brasil.
Desde ontem, acredita-se que milhões de pessoas baixaram o Telegram e outros substitutos em seus smartphones. Também se popularizam aplicativos como VPN, que driblam o bloqueio judicial e viabilizam o uso do próprio WhatsApp.
Depois de desbancar o cheque na preferência dos consumidores, o cartão de plástico começa a ser ameaçado. Chegou ao Brasil a tecnologia que permite o pagamento de compras em lojas físicas por meio de smartphones.
Em vez de inserir ou passar o cartão na máquina, o cliente aproxima o celular de um leitor com a tecnologia Near Field Communication (NFC). Inicialmente disponível apenas para telefones com o sistema Android, a novidade foi lançada nesta semana pelo Banco do Brasil e vale tanto para operações de crédito quanto de débito.
Diferentemente de outros países, onde os pagamentos por telefones móveis utilizam créditos de celulares, a solução adotada pelo Banco do Brasil (BB) usa cartões virtuais atrelados ao cartão físico. Por meio do aplicativo Ourocard-e, disponível no sistema Android, o correntista pode criar quantos cartões virtuais desejar, todos atrelados ao cartão de plástico do cliente e sem a cobrança de anuidade, que vale apenas para o cartão principal.
O vencimento da fatura, os benefícios e os atributos dos cartões virtuais seguem o cartão principal. “Essa é uma tecnologia pioneira em todo o mundo”, diz o vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil, Raul Moreira. Desde o ano passado, o banco oferece cartões virtuais para compras em sites eletrônicos. A ferramenta agora foi estendida às lojas físicas.
A compra por meio da tecnologia NFC funciona da seguinte forma: o lojista informa o valor da compra na máquina. Em vez de entregar o cartão com seus dados ao vendedor, o cliente abre o aplicativo, escolhe o cartão virtual que deseja usar e a forma de pagamento (crédito ou débito). Para concluir a transação, o comprador aproxima o celular do leitor, digita a senha do cartão e espera a emissão do comprovante. Compras abaixo de R$ 50 dispensam a senha.
Segundo Moreira, a tecnologia não oferece risco de clonagem. Ao fazer um pagamento, o sistema emite para a máquina uma chave de segurança que elimina qualquer possibilidade de captura do número do cartão do cliente. “A segurança é a mesma dos chips instalados nos cartões de plástico. Para o lojista, a tecnologia NFC reduz as filas nos caixas porque as transações são mais rápidas que no sistema tradicional”, explica.
Para evitar contratempos em caso de perda do celular, o usuário deve seguir os procedimentos padrões para o extravio de smartphones. Basta inserir uma senha segura para o aparelho, de modo que o ladrão não consiga desbloqueá-lo, ou programar a desativação remota do smartphone.
Na primeira etapa, a novidade está disponível apenas para clientes com cartões Ourocard Visa. Em maio, os clientes do Banco do Brasil com cartões Elo também poderão criar cartões virtuais. Apesar de a tecnologia estar em fase inicial, o vice-presidente do BB diz que 70% dos terminais nos pontos de venda estão preparados para a tecnologia NFC. “Nos Estados Unidos, apenas 15% das máquinas estão adaptadas ao NFC”, compara.
Raul Moreira diz que o banco pretende estender a tecnologia aos smartphones com os sistemas iOS (da Apple) e Windows Phone. No entanto, ainda não existe data para que a funcionalidade seja incorporada a esses aparelhos. “Decidimos dar prioridade ao Android, que responde por 80% do mercado brasileiro de smartphones. A utilização da ferramenta nos iPhones exige a definição de que solução a Apple pretende adotar para o NFC”, justifica.
Há uma semana usando o cartão virtual no smartphone, o engenheiro Guilherme Rodrigues, 31 anos, aprova a tecnologia. “Além de agilizar o pagamento, acho mais seguro que o cartão tradicional porque o risco de clonagem é menor”, diz. Segundo ele, a maior dificuldade, até agora, tem ocorrido com lojistas que não sabem operar o NFC: “É uma questão temporária, que vai ser resolvida quando os comerciantes se habituarem ao sistema”.
Para usar a tecnologia, é necessário ter um celular Android com função NFC. O telefone deve ter ainda sistema operacional mínimo Kit Kat 4.4.2 e acesso à internet móvel ou ao wi-fi.
Da Agência Brasil
Até o fim do ano, cerca de 50 mil carteiros do país irão utilizar aparelhos de telefone celular com acesso à internet (smartphones) para atualizar em tempo real o status de entrega de correspondências rastreadas. A partir de maio, profissionais de 14 estados já vão receber os equipamentos para a atualização de entregas de encomendas feitas pelo Sedex 10.
Com o novo sistema, os carteiros vão poder atualizar o sistema de rastreamento pelo telefone celular, tanto na hora em que recebem a encomenda no centro de tratamento como no momento da entrega. Atualmente, essa atualização só é feita ao final do dia, quando o carteiro retorna para a central de entrega. A mudança também deverá gerar economia de papel, já que a lista de entregas do dia será disponibilizada para os carteiros no próprio smartphone.
A previsão dos Correios é investir R$ 3 milhões até o fim do ano com implantação de sistemas, compra de softwares e tecnologia da informação. O valor também inclui o treinamento dos carteiros para se adequarem à nova tecnologia, que já foi testada em cidades do interior de São Paulo. De acordo com a empresa, o novo recurso vai garantir que os clientes saibam em tempo real o status de sua encomenda e vai aumentar a qualidade e a segurança das informações sobre as entregas. Leia mais
Trazer um iPhone 5 dos Estados Unidos sai quase R$ 1 mil mais barato do que comprar o smartphone no Brasil, apesar dos impostos e da cotação do dólar. O modelo mais simples, com 16 GB de armazenamento, custa US$ 650 desbloqueado.
Com o imposto de 8,875% cobrado em Nova York, mais 6,38% de IOF no cartão de crédito, o aparelho sai por R$ 1.611. Mas a isenção de impostos para celulares comprados no exterior se aplica somente para um item, de uso pessoal, por viajante.
Os smartphones caíram no gosto dos brasileiros e, pela primeira vez, vão ultrapassar as vendas de computadores no país. Segundo dados da consultoria IDC, a expectativa é de que sejam vendidos 10 milhões de smartphones neste ano, o dobro de 2010. Os micros de mesa ou desktops vão somar 7,7 milhões de unidades, e os notebooks, 8 milhões. Em 2012, a projeção é de que os celulares superem as duas categorias de computadores juntas.
Os smartphones são celulares que usam sistemas operacionais, a exemplo dos computadores, o que os diferencia dos telefones comuns. Os aparelhos são capazes de executar várias tarefas ao mesmo tempo e oferecem funções avançadas, como edição de vídeos em alta definição. O principal atrativo é a capacidade de navegar na internet com uma facilidade semelhante à de um PC.
A popularização dos smartphones é decorrência de uma combinação de motivos, que inclui maior oferta de modelos, preços em queda e promoções das operadoras nos pacotes de internet. Esses fatores permitem que os aparelhos, até recentemente considerados uma exclusividade de executivos, fiquem acessíveis a um número maior de consumidores. Há modelos para todos os gostos e bolsos. Os mais baratos custam em torno de R$ 600 e os mais caros passam de R$ 2 mil. Dependendo da operadora, os aparelhos podem até sair de graça.