Tempo de leitura: < 1 minuto

Uma conferida nos dados das pesquisas Datafolha dos finais de julho (de 20 a 23) e agosto (dias 23 e 24) na Bahia revelam dados interessantes:
– O governador Jaques Wagner (PT) ganhou cinco pontos percentuais nas intenções de voto entre aqueles que recebem até dois salários mínimos (saltou de 41% para 46%) no período, enquanto o democrata Paulo Souto oscilou um (24% para 23%). Geddel Vieira Lima caiu de 13% para 11% nesta faixa do eleitorado.
– Na faixa de dois a cinco salários mínimos, Wagner cresceu seis pontos (46% para 52%), Souto perdeu dois (24% para 22%) e Geddel caiu quatro (17% para 13%).
– Entre os eleitores que recebem acima de cinco salários, se dá uma evolução de Souto (15% para 22%), queda de Wagner (60% para 47%)  e ganho de três pontos para Geddel (8% para 11%).
Olhando assim, pode-se concluir que os eleitores mais “gelatinosos” encontram-se no topo da pirâmide, ao contrário do que se podia imaginar e do que tentava fazer crer a oposição. Teoricamente, os eleitores de menor renda seriam mais suscetíveis aos efeitos da propaganda governamental.
A propaganda institucional acabou – começou a eleitoral – e o que aconteceu, com base nesses números, foi uma evolução das intenções de voto de Wagner na faixa do eleitorado de menor renda. É justamente essa a que possui um número bem maior de votantes. Na outra ponta é que ocorreu o “fenômeno”. Para azar dos adversários do Galego.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O principal dado que a nova pesquisa Vox Populi traz, na edição d´A Tarde deste domingo, é a queda abrupta do ex-governador Paulo Souto (DEM). Ele tinha 24% das intenções de voto na pesquisa feita no início deste mês (7 a10 de agosto) e caiu agora para 17% (21 a 23 de agosto). O que explicaria essa queda?
O governador Jaques Wagner ganhou dois pontinhos, saindo de 45% para 47%. O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) também engordou em dois pontos percentuais, foi de 9% para 11%. Todos os números serão conferidos ainda nesta manhã de domingo, 29. A pesquisa Vox Populi foi encomendada pelo principal diário baiano.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O governador Jaques Wagner (PT) subiu de 46% para 49% das intenções de voto na pesquisa Ibope/Rede Bahia, divulgada há pouco no BA-TV (veja a pesquisa anterior).
O ex-governador Paulo Souto oscilou negativamente um ponto e caiu para 18%. O peemedebista Geddel Vieira Lima saiu de 11% para 12%.
(Confira aqui os números do Datafolha)
A pesquisa foi realizada de 24 a 26 de agosto e ouviu 1.008 eleitores em toda a Bahia. A margem de erro é de três pontos percentuais. O levantamento ainda traz Bassuma (PV) com 1%. Votos brancos e nulos representam 7% e os indecisos são 12%
O Ibope também aferiu a rejeição dos candidatos. Paulo Souto tem 25% de rejeição; Bassuma, 19%; Geddel, 18%; e Santa Bárbara (PCB) aparece 14%.  Os candidatos com menor reprovação por parte do eleitorado são Wagner, Marcos Mendes (PSOL) e Professor Carlos (PSTU), com 12% cada um.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Se vai dar resultado, só as urnas vão dizer. Certo é que a oposição bate duro na segurança pública na Bahia em tempos de Jaques Wagner (PT). De Geddel (PMDB) a Paulo Souto (DEM), o uníssono é que houve uma disparada da violência no estado.
Mas no programa que foi ao ar, há pouco, o peemedebista Geddel Vieira Lima focou os ataques tanto em Wagner como Paulo Souto, atribuindo aos dois a evolução da criminalidade em terras baianas.
E logo após Geddel criticar Paulo Souto e Wagner, aparece o presidenciável tucano José Serra afirmando que a violência na Bahia cresceu muito nos últimos anos. Pela sequência, acabou sobrando para o patrono de Serra na Bahia, o ex-governador democrata.
Wagner apareceu na sequência, repetição do programa de segunda à noite, assegurando que investiu R$ 2,1 bilhões a mais em segurança do que o seu antecessor e novamente adversário nas urnas. O tempo do petista foi quase integralmente destinado ao tema, salvo chamado para comício com Lula e Dilma, amanhã, às 19 horas, na praça Castro Alves.
Por enquanto, a oposição jogou o governador na defensiva e ditou o roteiro dos programas nesta semana, tal a intensidade dos ataques tanto no horário eleitoral como nas inserções ao longo das grades das emissoras de rádio e televisão.

Tempo de leitura: < 1 minuto

As prestações de contas, parciais, dos candidatos a governador da Bahia revelam que o democrata Paulo Souto foi quem mais arrecadou até aqui. Ele amealhou R$ 2.153.335,63 até o início de agosto, conforme declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O governador Jaques Wagner (PT) vem em segundo. Arrecadou R$ 1.825.000,00. Geddel (PMDB) captou R$ 1.415.035,42. Já o “verde” Luiz Bassuma declarou receita de R$ 62 mil. Os demais candidatos não informaram receita.

Tempo de leitura: 2 minutos

54% a 32%: Souto perderia para Wagner.

O Datafolha testou na pesquisa sobre a sucessão baiana um cenário provável de segundo turno entre Jaques Wagner (PT) e o ex-governador Paulo Souto (DEM). Pesquisou, mas não divulgou no último final de semana.
Conforme relatório acessado pelo Pimenta, Jaques Wagner pontuou com 54% das intenções de voto no embate de segundo turno contra Paulo Souto, dono de 32% das intenções, conforme o Datafolha.
Em relação ao primeiro turno, Wagner e Souto ganham nove pontos percentuais de intenções de voto, cada um. 5% votariam em branco ou nulo. Neste cenário, existem 8% de indecisos
A pesquisa também confirma aquilo que está na boca de quem conhece os bastidores da política baiana. Se houver um segundo turno e mesmo que o peemedebista Geddel Vieira Lima anuncie apoio a Wagner, 60% dos eleitores fiéis ao PMDB votarão em Paulo Souto (DEM). 31% ficariam com o governador.
REJEIÇÃO A GEDDEL AUMENTA 5 PONTOS

Geddel sofre com rejeição (Foto Pimenta-30.08.08).

A pesquisa do Datafolha mostrou queda na rejeição de Paulo Souto (29% caiu para 26%) e Wagner (16% caiu para 15%). Na outra ponta, cresceu o percentual de eleitores que não votariam em Geddel Vieira Lima (18% subiu para 23%), aumento de cinco pontos percentuais.
Pior: na intenção de voto espontânea, tanto Paulo Souto como Wagner cresceram (dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais), mas Geddel patinou. Wagner saiu de 25% para 28% de intenções de voto, Souto de 7% para 8% e Geddel estacionou nos 5%.
PT É O PREFERIDO DE 30% DOS BAIANOS
Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto

Da coluna Tempo Presente, d´A Tarde
Pesquisa do Datafolha, 22 de dezembro de 2009: Wagner 39%, Souto 24 e Geddel 11.
Pesquisa do Datafolha, 13 de agosto de 2010: Wagner 45%, Souto 23 e Geddel 10.
Noutras palavras, de lá para cá, a única coisa que mudou foi Wagner subir.
E se algo vai mudar daqui até a eleição, terá sido por obra e graça do horário eleitoral no rádio e na tevê, que começa terça.

Tempo de leitura: < 1 minuto

A frase acima foi “cometida” por Rafinha Bastos, um dos apresentadores do humorístico da Band, Custo o Que Custar (CQC), nesta noite de segunda-feira, 9. O programa que foi ao ar inaugurou o quadro Quem quer ser governador, com todos os candidatos ao governo da Bahia. Sandro Santa Bárbara (PCB) não pôde participar, alegando motivos pessoais.
Wagner, Bassuma, Geddel, Souto, Mendes e Professor Carlos participaram. Os candidatos a autoridade-mor da boa terra responderam a várias perguntas de conhecimentos gerais sobre a Bahia, feitas por Felipe Andreoli.
Da bancada, Rafinha Bastos largou: “Atenção, pessoal da Bahia. Não dá mais para eleger o Antônio Carlos Magalhães. Se ele aparecer na urna eletrônica, é encosto”.
Aperte o play e confira quem se saiu melhor na parada.

Tempo de leitura: < 1 minuto

– Wagner tem 43% e adversários somam 32%

– Souto despenca 12 pontos percentuais

– Geddel avança 1 ponto e vai a 10%

O Vox Populi/Band divulgado nesta noite praticamente confirma o Datafolha e dá o governador Jaques Wagner reeleito no primeiro turno. O petista aparece com 43% das intenções de voto. Paulo Souto (DEM) é o segundo, com 21%, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) pontua com 10%. Bassuma (PV) pontua com 1%.
De acordo com o instituto, 19% dos eleitores baianos ainda estão indecisos quanto ao voto em 3 de outubro. 6% dos eleitores pesquisados disseram que optariam em branco ou anulariam o voto. Foram ouvidas 800 pessoas, entre os dias 17 e 20 de julho. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais, conforme registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na pesquisa espontânea, Wagner aparece com 24%, Souto com 8% e Geddel com 4%. O ex-governador Paulo Souto é rejeitado por 19% do eleitorado baiano no Vox Populi. Geddel tem rejeição de 11% e Wagner com 10%. Bassuma, 7%.
Na última pesquisa Vox Populi/Band, divulgada antes da corrida eleitoral (relembre aqui), Wagner aparecia com 41%, Souto com 33% e Geddel com 9%. O levantamento atual revela que Wagner ganha dois pontos, Geddel soma um e Souto despenca 12 pontos percentuais.
Atualizado às 20h24min

Tempo de leitura: < 1 minuto

Após a divulgação do Datafolha, a expectativa agora recai sobre os números que o Vox Populi deverá apresentar entre hoje e amanhã sobre a corrida sucessória na Bahia. Os números do levantamento realizado entre os dias 17 e 20 de julho serão divulgados no Jornal da Band, da TV Bandeirantes. O instituto ouviu 800 eleitores em todo o estado.

Tempo de leitura: < 1 minuto

A pesquisa eleitoral Datafolha, publicada ontem, revela que o presidente Lula tem influência decisiva sobre as intenções de voto de 46% dos eleitores baianos. É o grupo dos que dizem que votariam, com certeza, em um nome a governador indicado pelo presidente da República.
Na Bahia, aponta o instituto, o governador Jaques Wagner (PT) tem 44% das intenções de voto e Geddel Vieira Lima (PMDB), 12%. Ambos pertencem à ala governista. O oposicionista Paulo Souto (DEM) possui 23% das intenções de voto, conforme o Datafolha (confira aqui a última pesquisa sobre o cenário baiano).
Na Bahia, o instituto ouviu 1.060 eleitores. Ainda nesta semana, a Folha de São Paulo, dona do Datafolha, também publicará os resultados para o Senado Federal e a avaliação do governo do prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB).

DILMA E SERRA EMPATADOS

O Datafolha de ontem também aferiu as intenções de voto para presidente da República. Foram ouvidos  O tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff estão empatados com 37% e 36%, respectivamente. Marina Silva (PV) pontua com 10%. Plínio de Arruda (PSOL) e Zé Maria (PSTU) têm 1%, cada.
No segundo turno, é repetido empate técnico entre Serra e Dilma. Nesse caso, a petista tem 46% e o tucano fica com 45%. Na espontânea, o tucano tem 16% e Dilma, 21%. Marina tem 4%. A pesquisa nacional ouviu 10.905 eleitores. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
A pesquisa mostra que 41% dos eleitores acreditam que Dilma Rousseff sairá vencedora da disputa eleitoral, ante 30% dos que creem na vitória do tucano José Serra e 2% levam fé em Marina, presidente. A pesquisa foi feita de 20 a 23 de julho.

Tempo de leitura: 2 minutos

Governador tem 44% e adversários, juntos, 38%

Wagner bate Souto e Geddel, juntos, no Datafolha (Foto Google).

A Folha de São Paulo divulgou neste sábado (24) o resultado do mais novo levantamento feito pelo Datafolha sobre a sucessão baiana. Candidato à reeleição, o governador Jaques Wagner ganharia no primeiro turno, segundo o instituto de pesquisa.
O petista aparece com 44% das intenções de voto. O ex-governador Paulo Souto (DEM) pontua com 23% e o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB, tem 12%. Luiz Bassuma (PV) e Professor Carlos (PSTU) têm 1% cada um. Sandro Santa Bárbara (PCB) e Marcos Mendes (PSOL) não pontuaram.
Por meio da sua assessoria de comunicação, Wagner comentou o Datafolha: “Essa notícia muito nos alegra, porque é a 15ª consecutiva que mostra nossa vitória no primeiro turno. Essa pesquisa é uma consolidação do meu trabalho”.
A soma de intençõe de votos de Wagner é seis pontos percentuais superior à de seus adversários: 44% a 38%. Mantendo-se este cenário até 3 de outubro, o governador sai reeleito da peleja eleitoral que começou, oficialmente, no dia 6 de julho.
Os dois principais adversários do governador, Geddel Vieira Lima e Paulo Souto, não comentaram a pesquisa Datafolha. 13% dos eleitores não opinaram e 6% disseram que vão votar em nulo ou branco.
O levantamento foi aplicado de 20 a 23 de julho. Foram ouvidos 1.086 eleitores. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Wagner consegue obter seus melhores índices de intenções de voto entre os mais ricos e mais jovens, conforme o instituto de pesquisa.
Entre os que recebem acima de cinco salários, Wagner tem 58%, ante 16 de Souto e 7% de Geddel. O percentual entre os mais jovens (faixa dos 16 a 24 anos) é de 53% para o petista, 19% para o democrata e 12% pro peemedebista.
Wagner recua, no entanto, na faixa daqueles que recebem abaixo de dois salários mínimos. Aí o placar fica 42% para JW e 24% para Souto.  Geddel alcança 12%. O petista é também favorecido pela menor rejeição: 16% contra 30% de Souto e 20% de Geddel.
SENADO
O Datafolha deve divulgar, ainda, o levantamento para o Senado Federal pela Bahia e a avaliação dos soteropolitanos em relação ao governo do prefeito João Henrique (PMDB), de Salvador.

Tempo de leitura: 2 minutos

Daniel Thame | www.danielthame.blogspot.com
A eliminação do Brasil na Copa do Mundo antecipou em uma semana o início da campanha eleitoral, que oficialmente começou na terça-feira, mas certamente iria esperar mais um pouco caso o time de Dunga fosse à decisão e faturasse o hexa.
Dunga já é carta fora do baralho, nem Branca de Neve quer saber do seu notório mau humor e a sucessão entra na ordem do dia, no Brasil e na Bahia.
Embora haja uma profusão de candidatos a presidente da República e a governador da Bahia, na prática a eleição é uma espécie de ´três pra lá, três pra cá´.
Na eleição presidencial, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) são os candidatos com chances de vitória, embora a princípio a disputa pareça estar limitada à petista e ao tucano, que de acordo com as pesquisas de intenção de votos aparecem rigorosamente empatados.
Mas, assim como o futebol, a política às vezes também é uma caixinha de surpresas, daí que Marina não pode ser descartada.
Dilma Rousseff vem no embalo da estratosférica popularidade do presidente Lula e, embora lhe falte carisma, tem a seu favor os resultados positivos -e reconhecidos pela população- do governo que ela representa. Está no jogo e em condições de ganhar.
Carisma, aliás, também não é o forte de Serra, que vai tentar convencer o eleitor usando como trunfo a experiência como ministro, prefeito e governador de São Paulo, entre outros cargos. Deve protagonizar com Dilma (caso Marina não decole) uma disputa para testar quem tem problemas cardíacos.
Na Bahia, a disputa também estará limitada a três candidatos: o atual governador Jaques Wagner, do PT, Paulo Souto, do DEM e Geddel Vieira Lima, do PMDB.

Pesquisas recentes apontam uma vantagem de Wagner, com Souto em segundo e Geddel tentando romper a barreira de um dígito, o que significa passar dos 10% nas intenções de voto

Pesquisas recentes apontam uma vantagem de Wagner, com Souto em segundo e Geddel tentando romper a barreira de um dígito, o que significa passar dos 10% nas intenções de voto.
Wagner, que inegavelmente promoveu avanços significativos na Bahia, pleiteia um novo mandato, para consolidar e ampliar o trabalho realizado nesses quatro anos.
Paulo Souto, agora sem as bênçãos de seu mentor e protetor ACM, tentar juntar os cacos do carlismo e vai apostar na tese do ´era bom e a gente não sabia´. Difícil vai ser convencer as pessoas de que era bom viver num estado com alguns dos piores indicadores sociais do país e onde as oportunidades se limitavam aos amigos e aos protegidos do rei.
Geddel, escudado na estrutura do PMDB e num apetite voraz para fazer política, vai se oferecer como contraponto à Wagner e Souto, em nome de uma pretensa renovação. Não é, decididamente, alguém a ser desprezado, até porque pode ser o fiel da balança num hipotético segundo turno.
Três pra lá, três pra cá, a sorte está lançada.
Quem tremer ou perder a cabeça no meio da disputa, feito aquele time amarelão de Dunga, levará um implacável cartão vermelho do torcedor/eleitor.
Daniel Thame é jornalista e autor do livro Vassouras.

Tempo de leitura: 6 minutos

Geddel em Ilhéus: "Cacete" nos adversários e esperança para o eleitor (Foto José Nazal).

A campanha peemedebista parece ter encontrado o ‘caminho’ para tentar fazer do deputado federal e ex-ministro Geddel Vieira Lima o vitorioso das urnas em outubro na disputa pelo Palácio de Ondina. Em Ilhéus, ontem à tarde, ele deu pistas de qual será sua estratégia na guerra eleitoral contra o ex-aliado Jaques Wagner (PT) e o ex-governador Paulo Souto (DEM).

Para um público de aproximadamente 300 pessoas, num encontro com lideranças regionais do seu arco de alianças, Geddel iniciou discurso afirmando estar angustiado, triste com a Bahia de hoje.

No script, primeiro vêm os índices da criminalidade no estado, depois a saúde. Bate na educação, no programa de alfabetização Topa (“é uma variante do Todos pela Educação, do governo federal”). E, na tribuna do plenário da Câmara, prega a la Edir Macedo. Gesticula bastante, bate a mão no pedestal à semelhança de um pastor ou juiz após anunciar sentença. Tá tudo errado, imagina.

Geddel: eleição de petista foi milagre.

Os gestos e as palavras são bem escolhidos para animar a militância, afinal, ele possui 9% nas pesquisas, apesar de estar em campanha desde junho do ano passado, quando rompeu oficialmente a aliança com o atual governador Jaques Wagner.

E sobre as pesquisas, diz que estas de nada valem neste momento. Se põe a lembrar do ex-aliado Jaques Wagner. Em maio, junho de 2006, prega, o petista pontuava com 5%, 10% das pesquisas. “Ninguém acreditou que fossemos capaz de produzir esse milagre [da eleição de Wagner, ainda no primeiro turno]“, acentua, para dizer aos militantes que o povo o tinha como guia de cego naquele início de campanha com índices desanimadores.

Ou seja, se vê hoje como Wagner em 2006. É o discurso “motivacional”. Para dar tons mais dramáticos, pontua que luta contra um governo de gasto diário de R$ 500 mil em propaganda no ano passado.

Paulo Souto começou com 70%, e tomou cacete no primeiro turno.

Souto "tomou cacete no 1º turno".

Do outro lado, o adversário Paulo Souto estava com belos índices de aprovação de governo. “É um que tem uma autoridade muito grande pra falar de pesquisa. Porque começou com 70% e tomou cacete no primeiro turno”.

Os termos e a inflexão na voz têm objetivo: mais do que dizer, convencer o seu “rebanho” de que tem chances. “Acreditem no sonho, se alimentem da esperança, arregacem as mangas e vão pras ruas”.

Após falar de sua angústia com a violência que viceja por estas terras de Todos os Santos e das famigeradas pesquisas, lembra que já espalharam todo tipo de boato para minar a sua campanha.

E aponta como autores das maldades os ex-amigos do PT. – Disseram que Lula me tirararia do Ministério [da Integração Nacional], depois diziam que João Henrique estava brigado comigo, que Edmundo Pereira iria para o PCdoB, que eu não faria sucessor no ministério, que Lula, nas viagens à Bahia, iria mandar eu retirar a candidatura.

Depois de enumerar todos os boatos acima, constata, para alegria das três centenas de militantes: “e como um castelinho de cartas, todas as mentiras foram sendo derrubadas”. Àquele momento, a militância entra numa espécie de êxtase.

O que dizem de mim? Que fui um preguiçoso, omisso ou corrupto? Não.

Hora de falar de suas qualidades, não sem antes pontuar o que imagina como defeitos alheios, “reforço” de que não será um enganador: – o que dizem de mim? Que fui um preguiçoso, omisso ou corrupto? Não. O que eles dizem de mim é que investi demais no estado. É que privilegiei a Bahia, fazendo com que 300 municípios tenham a marca do meu trabalho. Isso é o que respalda o meu discurso.

Aqui, uma pausa para relembrar aos militantes o que “a mídia preconceituosa do sul” fez contra ele: foi “condenado” porque repassou 60% dos recursos de combate às enchentes, para a Bahia. De origem carlista, Geddel segue, aqui, a estratégia do seu criador, Antônio Carlos Magalhães, que tratava de carrear para os seus aliados na Bahia quase todos os recursos federais para o estado. Talvez 5% ficassem para os adversários.

O peemedebista se diz preparado para assumir o governo. Afirma que Souto teve oito anos para poder fazer algo pelo Estado e Wagner, qualificado como omisso e incompetente, quatro anos. Agora, diante dessa Bahia tida como sem rumo, é a sua vez. “O que tenho a lhes oferecer é a esperança”.

Sobre Wagner, disse que saiu do seu governo quando percebeu que essa era uma gestão que não mais lhe alimentava sonhos. Se não alimentou, apressou, como se vê: o de ser eleito novo mandatário da Bahia, ainda em 2010. As projeções miravam 2014, por conta da ruptura inevitável.

Em Salvador, um carro é roubado a cada hora.

À esquerda da tribuna da Câmara, o ex-deputado e candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa, o médico Renato Costa, se achega ao blogueiro e constata: “Discurso matador”. As palavras, escolhidas com precisão quase cirúrgica, de fato, empolgaram a multidão. Mas a bola da vez é mesmo seu ex-aliado.

Wagner para adversários: "mágicos" (Foto José Nazal).

Wagner, poucas horas antes, estava no Hospital Regional Luiz Viana Filho, para entregar obras e anunciar outras importantes, além de alertar eleitores contra “os mágicos que vão aparecer na televisão com uma cartolinha” com solução também mágica para todos os males. Uma panaceia. Dizia isso quando falava de segurança pública.

E ainda versando sobre segurança, Geddel fala que não se pode atribuir ao crack – como tem feito o governo – os milhares de homicídios ocorridos no estado, e outros tipos de crimes. “Em Salvador, um carro é roubado a cada hora. Em Feira de Santana, neste mês, duas mortes a cada dia”.

Depois dos dados, promessa. Em seu governo, o secretário de Segurança Pública não será de fora das polícias Civil ou Militar. Os dois nomes de Wagner na segurança pública tiveram ou têm como origem a Polícia Federal. Para Geddel, este é um fato que desestimula os policiais. E lembra que os federais têm contracheques gordinhos se comparados aos de militares e civis. “Ganham três ou quatro vezes mais. É desestimulante”.

Ali, Geddel está acompanhado de alguns deputados e também do senador César Borges. Este, foi o penúltimo a falar. Borges disse que não era homem de ser seduzido, na idade que tem, por falsas promessas. Tratava-se de ataque direto ao governo. Por isso, aliou-se a Geddel em vez do “omisso” Wagner.

Voltemos ao ex-ministro: o peemedebista critica a lentidão do governo no licenciamento e obras do Porto Sul, que se arrastam “há quase quatro anos”. Nem o projeto do porto público foi entregue ainda, acrescentou. Falou de empregos, da falta de ações no sul da Bahia. Num tom que se pretendia messiânico, encerrou pedindo uma ‘chancezinha’. Depois de abraços dos correligionários e novos aliados, Geddel falou de… pesquisas ao Pimenta.

Crença em pesquisa? (Foto Pimenta)

Deputado, o senhor relembrou a história de Wagner em 2006. Hoje, o senhor tem índices parecidos com os dele naquele período.

(interrompe) Não, não.

O Vox Populi diz que o sr. tem 9%?

Eu tenho pesquisas que mostram que nosso índice é muito maior que isso.

O sr. não acredita no Vox Populi?

(irônico) Eu acredito em todas as pesquisas. Só estou dizendo que tenho pesquisas internas que já nos mostram num patamar bem acima desse. Mesmo que considere esse, não pode ser diferente. [O desempenho] vai melhorando à medida que completamos a chapa, as pessoas conheçam nossas propostas e posições e a nossa estrutura fortíssima de aliança participe do processo, fazendo o debate.

Mas a pergunta é: o sr. considerou a eleição do seu ex-aliado um milagre. A sua, acontecendo em 2010, também o seria?

Claro que não. A posição lá [em 2006], era absolutamente diferente. O ex-governador [Paulo Souto] tinha, à época, 70% de aprovação. O atual governador, com toda a estrutura, toda máquina, toda propaganda, não passa de 38% [44%, segundo o Vox Populi].

Tempo de leitura: < 1 minuto

Pesquisa de intenções de voto para governador em Ilhéus, feita nos dias 15 e 16 de maio, aponta uma ‘virada’ para o petista Jaques Wagner. Segundo um levantamento de consumo interno, ele teria praticamente a soma de votos dos seus principais oponentes, Paulo Souto e Geddel Vieira Lima. A diferença pró-oposição é de mísero meio ponto percentual.

A situação de Wagner em Ilhéus é melhor do que em Itabuna, onde a sua vantagem para Souto, por exemplo, era pequena. E, na pesquisa Vox Populi, incluiu-se Itabuna e Ilhéus ficou fora. O levantamento ouviu eleitores de 36 municípios baianos.