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Marco Wense

Lúcio e Geddel Vieira (Foto Pimenta arquivo 30-08-2009).

Não é verdade que o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, pré-candidato do PMDB ao cobiçado Palácio de Ondina, esteja despreocupado com a mais recente pesquisa de intenção de voto do instituto Vox Populi.

Na sondagem, o peemedebista aparece na terceira posição com 9%, atrás do democrata Paulo Souto (32%) e do petista Jaques Wagner (41%). O presidente estadual da legenda, Lúcio Vieira Lima, esperava um resultado perto dos 15 pontos.

É evidente que Geddel , para evitar um crescente movimento de desânimo  em sua campanha, principalmente entre os prefeitos do PMDB, faz de tudo para não demonstrar  qualquer tipo de preocupação com as pesquisas eleitorais.

Toda boa articulação do PMDB, atraindo o senador César Borges para compor a chapa majoritária e vários partidos para apoiar o ex-ministro, não surtiu o efeito desejado pelos peemedebistas.

Correligionários bem próximos de Geddel, que apostavam em uma melhora do ex-ministro, alguns até falando em uma situação de empate técnico com Paulo Souto, começam a perder a esperança.

Um segundo turno entre Wagner e Geddel parece cada vez mais distante.

RUMO AO HEXA

Victor Wense, meu filho, com seus 12 anos de vida, aluno do Colégio Sagrado Coração de Jesus, assim que recebeu a tabela da copa do mundo de 2010, fez a seguinte previsão.

Oitavas de Final: França x Nigéria, Inglaterra x Sérvia, Alemanha x EUA, Argentina x Uruguai, Holanda x Paraguai, BRASIL x Chile, Itália x Camarões e Espanha x Costa do Marfim.

Quartas de Final: Holanda x BRASIL, França x Inglaterra, Argentina x Alemanha e Itália x Espanha.

Semifinais: Inglaterra x BRASIL e Argentina x Espanha. A grande final: BRASIL x Espanha.

Para Victor Wense, a Argentina perde da Espanha e ganha da Inglaterra, ficando em terceiro lugar. A seleção brasileira, com o placar de 3×2, ganha da Espanha. O terceiro gol, o da vitória, será marcado pelo zagueiro Lúcio.

Brasil Hexacampeão. É a opinião de Victor Wense.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Paixão Barbosa | Blog Política e Cidadania

O que mais me chamou a atenção no resultado da pesquisa eleitoral do Instituto Vox Populi sobre a sucessão baiana, que apontou Jaques Wagner (PT) com 41%, Paulo Souto com 32% e Geddel Vieira Lima com 9%, foi o crescimento substancial dos eleitores que se declararam indecisos (não sabem quem votar). Vejamos: os três principais candidatos mantiveram-se estáveis em relação à última pesquisa (feita em janeiro), uma vez que as oscilações se deram dentro da margem de erro da consulta, que foi de 3% – Wagner caiu 3% (de 44 para 41), Paulo Souto subiu 3% (de 29 para 32) e Geddel subiu 1% (de 8 para 9).

Mas a coluna de indecisos passou de 6% para 13%, sendo o único indicador que oscilou acima da margem de erro (brancos e nulos caiu de 6% para 4%), enquanto as candidaturas do PV e do PSOL mantiveram com 1% e 0%. Não é de estranhar que, após cinco meses, a quantidade de pessoas que não sabem em quem votar tenha crescido, quando o natural é que a indecisão vá caindo à medida que os candidatos e suas propostas se tornem mais conhecidos?

A coluna de indecisos passou de 6% para 13%, sendo o único indicador que oscilou acima da margem de erro.

Ou será isto um reflexo justamente deste maior conhecimento, que levou parte do eleitorado a pisar no freio e refluir de posições anteriores enquanto aguarda que as coisas se aclarem mais? Sem dúvida que, como pesquisa é justamente para orientar os passos das campanhas, aí está um bom prato sobre o qual marqueteiros e analistas vão se debruçar em busca de explicações.

No mais, em relação às três principais candidaturas, o quadro da pesquisa mostra que ainda há muita água para passar sob esta ponte eleitoral, embora o governador Jaques Wagner mantenha nitidamente o seu favoritismo, ainda que (neste momento) nada indique uma vitória já no primeiro turno. Mais uma vez nós deveremos ter uma eleição que deverá se decidir sob a influência do horário eleitoral gratuito e dos momentos finais da campanha.

Paixão Barbosa é coordenador da Agência de Notícias A Tarde e mantém o Blog Política e Cidadania (acesse aqui).

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ACM Neto faz pouco caso de Geddel e ataca Wagner.

O deputado federal ACM Neto (DEM) concedeu entrevista exclusiva ao Pimenta na Muqueca, nesta sexta (14), e praticou o seu exercício preferido nos últimos tempos: bater no governador Jaques Wagner, do PT. Disse que a gestão do petista é “pior do que a de Waldir Pires”, em meados da década de 80.

No papo com este blog, logo após dar uma palhinha para lideranças locais e a imprensa, Neto defendeu o seu partido, o Democratas, e fez pouco caso da candidatura de Geddel Vieira Lima, do PMDB.

Inicialmente, o deputado do DEM colocou Geddel na condição de coadjuvante no processo eleitoral. “Não vejo esse fortalecimento dele”. E faz reparo à sua fala ao observar que não há nenhuma pesquisa mostrando crescimento de Geddel, dono de apoio de 10 partidos.

Ao reparo, seguiu: “Mas acho até importante que ele cresça um pouquinho mesmo, para garantir que seja uma eleição de dois turnos”.

O deputado crê na presença de Paulo Souto no segundo turno, e afirma não estar preocupado contra quem será o possível segundo tempo da peleja, se contra Geddel ou Wagner. “Não estou nem preocupado. Nós vamos ganhar a eleição”.

Na entrevista, ele não admite que o DEM foi destroçado em Itabuna ao perder Fernando Gomes e ver escapar-lhe às mãos o prefeito Capitão Azevedo, ainda no partido mas sinalizando para Geddel e Wagner. Antes, na coletiva, revelou um “desejo” de debater publicamente com o deputado federal itabunense Geraldo Simões e disse que Fernando é “coisa do passado” para o DEM. E Maria Alice, e não Azevedo, seria a maior liderança do partido, atualmente, em Itabuna.

Os principais trechos da entrevista a Fábio Roberto, especialmente para o Pimenta, você confere neste sábado. Ele fala do escândalo provocado por José Roberto “Panetone” Arruda, do legado político do avô, Antônio Carlos Peixoto Magalhães e como encara o apelido “Grampinho”, homenagem carinhosa da deputada Alice Portugal (PCdoB).

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A disputa pelo Palácio de Ondina é capa da edição desta semana do jornal Metrópole. E foi traçado um perfil do prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo (DEM): “promíscuo”.

Diz a publicação:

“Um caso emblemático que exemplifica bem a promiscuidade na relação entre candidatos e prefeitos está em Itabuna. Lá, o prefeito, Capitão Azevedo (foto), foi eleito pelo DEM. Entretanto, tem conversado com Paulo Souto, com Wagner e com Geddel, e nada de bater o martelo. Prometeu apoiar Wagner se o governador liberasse recursos ou obras para o município, como a duplicação da BR-415, no trecho Ferradas-Nova Itabuna. A mesma regra vale para Geddel. E, no dia 21/3, esteve num encontro político com Souto na Câmara Municipal da cidade.

Azevedo também confirmou presença em Guanambi dia 7/4, quando deverá ser confirmado o nome do prefeito da cidade, Nilo Coelho (PSDB), como vice na chapa de Souto. Ou seja, na prática, Azevedo está com todo mundo.”

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César Borges | cesarborges@senador.gov.br

A história e a literatura são repletas de exemplos de que sempre foi mais fácil alimentar o antagonismo e a desconfiança que abrir o diálogo e a cooperação.

Diante disto, muitos se perguntam, de que vale dialogar e reduzir as distâncias? Alguém responderá: o inimigo nos mantém unido.

Defenderão identidade, cultura, pureza ideológica. Dirão que água e óleo não se misturam! Eles não se importam se a intolerância vai dividir e enfraquecer a sociedade, drenando energia que poderia ser canalizada para a luta pelo desenvolvimento comum.

“Dirão que água e óleo não se misturam! Eles não se importam se a intolerância vai dividir e enfraquecer a sociedade”

Diante dessas dificuldades, por que então um governador e um senador que estão em margens opostas do rio deveriam arriscar suas posições políticas confortáveis para dialogar entre si? Não posso falar pelo governador Jaques Wagner, mas, de minha parte, acredito, francamente, que todo diálogo leva à maturidade e sabedoria. A cooperação entre as forças políticas pode ajudar a Bahia a ser mais forte no plano nacional, enquanto instiga debate franco e transparente, sem que ninguém seja subjugado ou tenha que abdicar da história pessoal. Esta é a nova política que defendo para a Bahia.

Os frutos desse diálogo, que se faz à luz do sol, ajudaram muito nosso Estado. Conjuntamente, atuamos no Senado e no governo federal para garantir o trecho baiano da Ferrovia Oeste-Leste, que esteve ameaçado por uma emenda parlamentar de Minas Gerais.

Também foi trabalho comum trazer para a Bahia recursos de recuperação de estradas, através de um ministério comandado pelo meu partido, o PR. Outro exemplo é a renovação dos benefícios da Ford, um esforço do governador junto ao presidente Lula que relatei no Senado, aprovada agora.

Foi uma cooperação responsável e republicana.

Isto não quer dizer que vá ocorrer uma aliança política para as eleições de 2010.

Estamos analisando o convite do governador, mas há outros fatores que precisam ser levados em conta e é isto que estou fazendo: dialogando com todas as forças, para que o PR não seja caudatário de nenhum partido, mas seja um parceiro, porque tem sua própria contribuição a dar aos projetos que estão em debate, fruto da experiência de seus membros.

Por isto, converso também com o PMDB do ministro Geddel Vieira Lima, sem esquecer meus antigos companheiros, porque política não se faz com exclusão ou isolamento.

Entretanto, agora que se aproxima a eleição, querem interditar o diálogo e nos fazer reféns do passado. Aprendi com o senador Antonio Carlos Magalhães que a Bahia vem em primeiro lugar e que os baianos exigem isto; com Luís Eduardo, que o diálogo pode reduzir as diferenças políticas. O próprio Luís Eduardo buscou uma ampla coalizão para governar a Bahia, projeto que Deus não quis que ele concluísse e que me coube tentar implementar. Os três candidatos a governador também querem ampliar suas alianças, porque sabem que a tarefa de governar a Bahia exige parcerias.

Esta semana, assisti ao filme Invictus, que conta um episódio inspirador na vida de Nelson Mandela. Eleito para presidir a África do Sul, ele arriscou o prestígio para unir o país em torno da seleção de rúgbi, identificada com o antigo regime. Mandela poderia ter recuado, mas superou a desconfiança dos brancos e negros, e hoje temos uma democracia multirracial na África. Foi uma união simbólica que deu suporte à conciliação do país. Mandela explicou aos companheiros: “Se eu não posso mudar diante de uma nova circunstância, como posso querer que os outros mudem?” Modestamente, me associo ao líder sul-africano.

Quando deixei meu antigo partido e me filiei ao PR, em 2007, disse que não queria ser prisioneiro do ressentimento. “Meu partido é a Bahia”, afirmei. Compreendi que fui eleito para uma realidade que mudou, e que não era correto tentar refazer a decisão do eleitor, salvo no momento próprio, que é agora, na eleição. Desse modo, ouvindo Geddel, Paulo Souto, Wagner, com respeito e atenção, vamos encontrar afinidade com a melhor agenda para os baianos. Um novo modo de fazer política toma forma na Bahia, mesmo sob combate dos radicais; independente de quem o PR vir a apoiar, a política baiana já não é mais a mesma.

César Borges é senador da Bahia e presidente do PR-BA.

Artigo extraído da edição de hoje do jornal A Tarde.

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Durou pouco menos de 10 minutos a visita de Paulo Souto a Itabuna, nesta sexta-feira, 12. Atraído a uma festa da presidente do Democratas local, Maria Alice Pereira, o ex-governador baiano ficou uma fera com o pequeno público no clube da Usemi. Souto veio acompanhado do também ex-governador Nilo Coelho, dos deputados João Almeida (PSDB) e Sandro Régis (PR) e do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, pré-candidato ao Senado baiano.

O presidente estadual do DEM esperava um grande público e reunião de lideranças regionais do campo do Democratas. Doce ilusão. Por lá, encontravam-se apenas os prefeitos de Itabuna, Capitão Azevedo (DEM), e de Itajuípe, Marcos Dantas (PP). O público reunido por lá, neste momento, não enche a Kombi do partido.

Souto abandonou a festa com a desculpa de que tinha compromisso em outra cidade.

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Marco Wense

Não há mais nenhum resquício de dúvida em relação ao posicionamento de George Gurgel, presidente estadual do Partido Popular Socialista (PPS), diante da sucessão do governador Jaques Wagner (PT).

O dirigente do PPS segue a cartilha do deputado federal Roberto Freire, que é o comandante nacional da legenda. O parlamentar, que já foi candidato a presidente da República, é mais antipetista do que qualquer democrata ou tucano.

Gurgel compartilha com a opinião de que Wagner pode ser reeleito já no primeiro turno. Diz Gurgel: “Para que não haja uma derrota acachapante, tem que haver um entendimento entre as forças contrárias”.

As forças contrárias são Geddel Vieira Lima, Paulo Souto, Antonio Imbassahy, ACM Neto e João Henrique. Depois ficam falando da panelinha do governador Jaques Wagner com César Borges e Otto Alencar.

E por falar em panelinha, o ministro Geddel quer explicações do governador Wagner sobre as alianças com Borges e Otto. O engraçado é que Geddel fez de tudo para ter os ex-aliados de ACM do seu lado.

VICE DE SERRA

Itamar, opção para o tucanato.

O DEM, envolvido com essa enxurrada de escândalos, perdeu a força para reivindicar um democrata como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo tucano José Serra (PSDB).

A chapa puro sangue, com Serra e Aécio Neves, respectivamente governadores de São Paulo e Minas Gerais, tem o apoio de todos que fazem oposição ao governo Lula e a presidenciável Dilma Rousseff.

Descartando a possibilidade da chapa 100% tucana, com o DEM fora da disputa, o ex-presidente da República, Itamar Franco, filiado ao PPS, passa a ser a melhor opção do tucanato.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia

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Marco Wense

Souto, Wagner e Geddel.

Enquanto o governador Jaques Wagner, do Partido dos Trabalhadores (PT), estiver em uma posição confortável nas pesquisas de intenção de voto, a implícita parceria entre o PMDB e o DEM vai continuar.

Os democratas e os peemedebistas, tendo a frente Paulo Souto e Geddel Vieira Lima, pré-candidatos ao Palácio de Ondina, estarão sempre unidos na missão de criticar o governoWagner.

Nada mais natural e democrático. A oposição faz seu papel. Se o governador da Bahia fosse do PMDB, DEM ou do PSDB, os petistas, com suas bandeiras vermelhas, em companhia dos comunistas e socialistas, fariam a mesma coisa.

Os tucanos, sob o comando de Imbassahy, presidente estadual do PSDB, de olho na eleição presidencial, torcem para que o namoro entre peemedebistas e democratas seja duradouro.

O problema é que a duração do namorico entre o PMDB e o DEM depende do andamento do processo sucessório, do cenário eleitoral futuro, mas precisamente do mês de maio, antes das convenções partidárias que acontecem em junho.

Se o momento político apontar para uma eleição em dois turnos, descartando a reeleição de Wagner na primeira rodada, o “love” do PMDB com o DEM passa a ser coisa do passado.

Como ninguém, pelo menos em sã consciência, acredita na hipótese do chefe do Executivo ficar de fora de um eventual segundo round, a disputa entre peemedebistas e democratas, com geddelistas e soutistas trocando “delicadezas”, é inevitável.

O confronto entre Geddel e Souto, em uma situação de empate técnico, seria duríssimo. Exemplificando com números, observe a seguinte hipótese: Wagner com 40%, Souto 23% e Geddel 19%.

O DEM não abre mão de ser o protagonista da oposição, assim como foi o PT na sucessão de 2006, quando o então candidato do partido, Jaques Wagner, liquidou a fatura no primeiro turno.

Se o PMDB tentar “roubar” a bandeira do oposicionismo, os democratas vão alegar, com toda razão do mundo, que os peemedebistas passaram quase três anos no governo Wagner usufruindo das benesses inerentes ao poder.

Em relação ao apoio de quem ficar de fora da disputa, é evidente que Paulo Souto, independente da eleição para presidente da República, fica com Geddel. O óbvio ululante é o DEM versus PT.

No caso de Geddel, com um segundo turno entre Wagner e Souto, a eleição presidencial é fator decisivo. Para muitos analistas políticos, o peemedebista fica com o democrata se a candidatura da petista Dilma Rousseff fracassar.

Sinceramente, não acredito que Geddel Vieira Lima, em detrimento de um pedido pessoal do presidente Lula para que apoie Wagner, passe para o lado do DEM. Seria uma inominável traição. Uma ingratidão imperdoável.

Geddel é o que é hoje, com o seu PMDB, graças ao presidente Lula. Sua ascensão política se deve ao Geddel como ministro da Integração Nacional. Se fosse um simples deputado federal não seria nada diante de um Jaques Wagner e Paulo Souto.

A sucessão estadual promete muitas emoções. “São tantas as emoções…”, diria o eterno rei Roberto Carlos.

AZEVEDO, ALICE E A INFIDELIDADE

É evidente que a presidente do DEM de Itabuna, Maria Alice, não concorda com um possível e cada vez mais provável apoio do prefeito Azevedo ao projeto de reeleição do governador Jaques Wagner (PT).

A ex-dama de ferro sabe que espernear não é o melhor caminho. Qualquer atitude intempestiva só vai acelerar a decisão do chefe do Executivo de apoiar o segundo mandato do petista.

Um outro detalhe é que o instituto da fidelidade partidária, tido como o eixo principal da tão propalada e decantada reforma política, “condicio sine qua non”, é igual a uma nota de R$ 3,00.

O presidente estadual da legenda, Paulo Souto, pré-candidato ao Palácio de Ondina, encara com naturalidade a declaração de apoio de prefeitos do DEM ao ministro Geddel (PMDB), conforme divulgou sua assessoria de imprensa.

A infidelidade só existe do DEM para o PT. Quando é do DEM para o PMDB é permitida. Sem dúvida, mais um sinal de que peemedebistas, carlistas e democratas estão de mãos dadas.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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– PREFEITO NEGOU TEOR DE NOTA DO PIMENTA

– GEDDEL CONFIRMOU TUDO E PROMESSA DE APOIO

Geddel diz que Newton ofereceu apoio eleitoral.

Ontem, o prefeito Newton Lima reuniu-se com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, na sede estadual do PMDB, conforme noticiou o Pimenta com exclusividade (confira aqui). O encontro foi às escondidas. Não era para ter vazado. Mas vazou.

Hoje, Newton teve dois dedos de prosa com o blogueiro Emílio Gusmão e disse que não foi a Salvador para tratar de questões eleitorais, mas da liberação de recursos de um contrato emergencial assinado em novembro do ano passado, quando Ilhéus foi afetada pelas chuvas, duas crianças morreram e várias famílias ficaram desabrigadas.

A história estava bonitinha, mas ele esqueceu de combinar com o ministro peemedebista. Geddel Vieira Lima confirmou ao jornalista Maurício Maron, do Jornal Bahia Online (clique aqui para acessá-lo), que realmente houve o encontro noticiado pelo Pimenta. Não só confirmou a reunião no Costa Azul como também o teor da nota deste blog. E deu valores ao pedido de uma grande obra: R$ 22 milhões.

Fala, Geddel:

– O que ouvi do prefeito de Ilhéus é de que ele apoiará quem, efetivamente, apoiar Ilhéus, levar obras e investimentos para a cidade. Me disse que se o governador ajudar, terá votos. Se eu ajudar, também. Até Paulo Souto tem chances de ter apoio dele se levar alguma coisa boa para a cidade.

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Marco Wense

Souto, Wagner e Geddel.

Os coordenadores de campanha, inconformados com a posição dos seus pré-candidatos no cenário eleitoral de 2010, estão massacrando os institutos que realizam pesquisas de intenção de voto.

O mínimo que se diz é que eles são fajutos. Palavras mais duras, ditas principalmente em conversas reservadas, onde o político xinga a genitora do concorrente, são impublicáveis.

Vale ressaltar que existem institutos sem nenhuma credibilidade, que manipulam os dados de acordo com o que foi combinado com as agremiações partidárias e os senhores políticos.

Aqui na Bahia, o PMDB, tendo como porta-voz o presidente estadual Lúcio Vieira Lima, só vai acreditar nas pesquisas quando o ministro Geddel estiver em empate técnico com o petista Jaques Wagner (PT).

O sonolento DEM, em estado de letargia política, parece conformado. Apenas algumas lideranças isoladas, como o deputado José Carlos Aleluia, se manifestam contra os resultados das consultas populares.

A última pesquisa sobre a corrida sucessória, realizada pelo instituto Vox Populi, aponta o governador Jaques Wagner com 44%, Paulo Souto 29% e o ministro Geddel 8%. O petista seria reeleito no primeiro turno.

O otimismo, até mesmo como forma de manter a militância unida, é importante em uma campanha. A infantilidade é inaceitável. Alguns peemedebistas, por exemplo, acham que Geddel já ultrapassou Paulo Souto, pré-candidato do DEM.

Essa infantilidade, bem próxima de uma imbecilidade, existe. Não é nenhuma invencionice. Tem um membro do diretório do PMDB de Itabuna que aposta na eleição do ministro Geddel já no primeiro turno. A diferença entre Wagner e Geddel é de 36 pontos.

O que mais irritou os peemedebistas na pesquisa da Vox Populi não foi os 8% na estimulada, e sim, com certeza, o irrisório, decepcionante e insignificante 1% na modalidade espontânea contra 4% de Souto e 17% de Wagner.

O presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, quando é questionado sobre as pesquisas, diz que “não leva em consideração nenhuma delas”, nem mesmo a da Datafolha, que também aponta uma vitória de Wagner no primeiro round.

É bom lembrar que, com essa da Vox Populi, já são seis pesquisas de intenção de voto que indicam uma possível e cada vez mais provável vitória do petista na primeira etapa eleitoral.

Se o cenário continuar favorável ao chefe do Executivo, apontando uma vitória no primeiro turno, a debandada de prefeitos do DEM, PSDB e PMDB para o projeto de reeleição é inevitável.

Petistas gozadores, adeptos do desaconselhável “já ganhou”, andam dizendo que o governador Jaques Wagner, pelo andar da carruagem, só vai precisar de “meio turno”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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wagneremitapéfotopimenta
'Gato escaldado', Wagner diz que pesquisa definitiva é a de outubro.

Após tomar conhecimento dos números da pesquisa Vox Populi/Band, o governador Jaques Wagner demonstrou que bota fé na melhoria dos indicadores econômicos e na capacidade do estado de realizar mais obras e ações em 2010. Ele observou que a sua liderança nas pesquisas ocorreu apesar da economia.

O petista lembrou que esta é a sexta pesquisa consecutiva que lhe dá a liderança da sucessão estadual – e apontando até vitória no primeiro turno. “Eu espero continuar nessa batida até a pesquisa definitiva, que é a eleição no dia 3 de outubro”.

A receita para chegar lá, revela, é “continuar trabalhando muito para que esse reconhecimento se mantenha”.  Wagner é “gato escaldado” em relação a pesquisas. Em 2006, nenhuma delas apontava a sua vitória – e ainda mais no primeiro turno.

A última pesquisa Vox Populi mostra Jaques Wagner com 44% dos votos, seguido de Paulo Souto (DEM), com 29%, e Geddel Vieira Lima (PMDB) com 8%. Bassuma (PV) e Hilton Coelho (Psol) têm 1%.

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– EM AGOSTO, PESQUISA VOX POPULI/BAND TRAZIA SOUTO NA FRENTE

Souto, Wagner e Geddel: quem vai levar?

A mais nova pesquisa sobre a sucessão estadual na Bahia revela o governador Jaques Wagner (PT) com 44% das intenções de voto e o ex-governador Paulo Souto (DEM) com 29%. O levantamento foi feito pelo Instituto Vox Populi a pedido do Grupo Bandeirantes de Comunicação (TV Band). Foram ouvidos 700 eleitores em toda a Bahia.

A última pesquisa, realizada em agosto do ano passado, era Souto quem liderava, com 37%. Wagner pontuava com 36% e Geddel Vieira Lima (PMDB) tinha 13% (relembre aqui). Na atual, Geddel cai para 8%. Luiz Bassuma e Hilton Coelho aparecem com 1%. O percentual de brancos e nulos bateu em 6%, idêntico ao de indecisos.

O levantamento, realizado entre os dias 15 e 22, também incluiu a modalidade espontânea. Wagner aparece com 17% e Souto tem 4%.  Geddel, César Borges (PR) e ACM Neto (DEM) são citados por 1% dos pesquisados. O percentual de indecisos é de 68%. Com informações do Bahia Notícias.

Geddel Vieira Lima   (1) Geddel Vieira Lima   (8)
ACM neto   (1) Bassuma   (1)
César Borges   (1) Hilton Coelho   (1)
Outros   (2)
Bracos e Nulos   (6) Brancos e Nulos   (6)
Não sabem   (68)
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Mais próximo do ministro Geddel Vieira Lima, o prefeito Capitão Azevedo não assistiu à palestra de Paulo Souto em Ilhéus.

Azevedo, que já deu sinais claros de que não apoiará Souto em 2010, preferiu enviar como representante o rechonchudo secretário de Agricultura, Marcelino Oliveira.

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Marco Wense

O pré-candidato do PMDB à sucessão do governador Jaques Wagner, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), aparece na terceira posição em todas as pesquisas de intenção de votos.

Se a eleição fosse hoje, Geddel teria a metade dos votos de Paulo Souto (DEM) e Jaques Wagner (PT), tecnicamente empatados. A vantagem do democrata sobre o petista é de menos de dois pontos percentuais.

A polarização do processo eleitoral, com Souto e Wagner disputando voto a voto, seria uma treva para os peemedebistas, principalmente para o presidente estadual da legenda, o peemedebista-mor Lúcio Vieira Lima.

O PT acredita que o maior problema do geddelismo – espécie de carlismo disfarçado, segundo petistas provocadores – é uma inevitável debandada de prefeitos do PMDB para apoiar a reeleição do governador Jaques Wagner.

Se Geddel não crescer nas pesquisas, não mostrar que sua candidatura é eleitoralmente viável, que pode sair vitorioso, vai terminar sendo vítima do próprio pragmatismo do PMDB.

O ministro, em recente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, deixa transparecer a sua falta de confiança na legenda: “O PMDB, infelizmente, tem tido o pouco salutar hábito de não se escravizar pelo resultado das urnas. O partido precisa ter posição clara. Se é governo ou  oposição”.

A declaração de Geddel é a prova inconteste de que o PMDB é politicamente instável. Não é confiável.  Suas lideranças – vereadores, prefeitos, governadores, deputados e senadores –, com as honrosas exceções, seguem a cartilha da conveniência e do interesse pessoal.

Sob o comando do bom médico Renato Costa, pré-candidato a deputado estadual e presidente do diretório municipal, os peemedebistas de Itabuna, obviamente os mais esperançosos, acreditam que a disputa no segundo turno será entre Geddel e Paulo Souto (DEM).

Os peemedebistas lembram que o então candidato a prefeito de Itabuna, Capitão José Nilton Azevedo, depois de ficar um bom tempo sem nenhuma perspectiva de vitória, foi eleito com mais de 12 mil votos na frente da petista Juçara Feitosa.

A modesta coluna aposta numa disputa acirrada entre Wagner e Souto, com o ministro Geddel fora do páreo. E aí cabe uma pertinente pergunta: Geddel, em um eventual segundo turno, ficaria com o petista ou o democrata?

O ex-presidente estadual do PT, Josias Gomes, pré-candidato a deputado federal, acha que o ministro Geddel Vieira Lima, em decorrência do presidente Lula, fica com Wagner.

Aliás, muita gente tem esse mesmo raciocínio de Josias. Não acredita que Geddel, depois de tudo que Lula fez, transformando-o em um “super-Geddel”, possa trair o presidente da República.

Mas uma outra declaração de Geddel, também no Estadão, não fecha a janela de um possível apoio a Paulo Souto e, muito menos, ao governador José Serra, pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo tucanato.

Depois de fazer rasgados elogios a Dilma Rousseff, Geddel deixa nas entrelinhas que não vai aceitar qualquer tipo de indiferença em relação a sua candidatura ao Palácio de Ondina.

E mais: além de exigir a presença de Dilma no palanque, ficará vigilante a qualquer gesto da pré-candidata do PT que possa ser interpretado como favorável ao projeto de reeleição do governador Jaques Wagner.

Geddel Vieira Lima diz: “Só terei posições alternativas se for hostilizado. Se perceber que a construção de um projeto político está condicionada às relações pessoais e não política”.

Para os bons entendedores bastam poucas palavras. No caso em tela, até os incautos percebem que nas “posições alternativas” do ministro está embutida a seguinte ameaça: o apoio do PMDB baiano a Paulo Souto em um eventual segundo turno.

Como a declaração do ministro Geddel Vieira Lima está no plural – “posições alternativas” –, ela pode ser estendida para o pré-candidato do PSDB à presidência da República, o tucano José Serra.

Se o PT quer o apoio do geddelismo no segundo round, seja na sucessão estadual ou presidencial, é melhor tratá-lo com mais carinho. A ponta afiada da estrela vermelha não pode tocar no ministro Geddel.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.